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Pov Emma......
Meu chefe se encontrava com uma atitude que, particularmente, eu achava suspeita. Primeiro, que não imaginei que ele reagiria de forma tão calma depois da conversa que tive com Lilian, francamente? Achei que iria levar uma bronca, porém não foi o que aconteceu.
Imaginei todos os tipos de situação na qual ele seria grosseiro, e depois que ele me fez entrar no carro, até achei que algo pior fosse acontecer. Exagero eu sei, mais vindo de Alan Rickman, eu não abusaria de suas mudanças de humor.
A pouca troca de palavras que tivemos me deixou estranhamente feliz, ele me convidou para o evento, não diretamente, mais convidou, o que acarretou em alguns sorrisos traiçoeiros da minha parte, o que graças a Deus ele não notou.
Havíamos parado em uma boutique bem chique, e não entendi o motivo de nossa parada, não, até vários modelos clássicos de vestidos de gala fossem colocados em minha frente.
— O quê.... Pra que isso? — perguntei apontando para as maravilhosas peças a minha frente.
— Você não pretende ir a um evento de extrema importância com a roupa que está no corpo, pretende? — a voz animada da mulher me perguntou, me fazendo negar. Porém antes mesmo que eu pudesse a contradizer, a voz grave de Alan soou.
— Creio que você não tenha opções, então sugiro que comece experimentando esse aqui. — ele me esticou um vestido rosê, era feito de seda, e tinha uma abertura nas costas.
Queria poder dizer que não iria o usar, porém Rickman me olhava tão intensamente, que não tinha como negar, então peguei a peça, e fui para o trocador na qual fui guiada pela atendente.
Quando me vesti, observei cada detalhe do tecido em meu corpo, e confesso ter gostado do resultado, mas a palavra final era do homem que me esperava do lado de fora do trocador então....
Saí da cabine meio sem jeito, nunca precisei de aprovação quanto as roupas que usava, mais cá estou eu, o fazendo na frente de um dos homens mais rígidos de toda Londres vulgo, meu chefe.
— Então, o que achou? Ela está linda não está? — a mulher perguntou ao meio grisalho, que se levantou da poltrona que estava sentado e se aproximou de mim, me cercando como se eu fosse uma presa.
— É bonitinho! — ele disse com desdém, logo se afastando e voltando com outra peça em mãos. — Mais tente esse, quem sabe lhe caia melhor.
Fiquei tempos incontáveis experimentando vestidos e mais vestidos, e nenhum parecia agradar Alan, que cada vez que me via, arqueava as sobrancelhas em negação com a peça que eu vestia.
Ele podia saber sobre modelos, como gerenciar uma empresa bem sucedida, mais de longe era um estilista, pois todos os vestidos que experimentei eram perfeitos, e sempre ele usava a desculpa de que ou o pano não era da cor certa, ou o tecido não me caía bem.
As ultimas trocas que fiz, foram de um vestido vermelho de seda, que achei perfeito em meu corpo sem falar que era uma das minhas cores preferidas, e o ultimo, era um verde esmeralda.
Quando usei o vermelho, Alan bufou revirando os olhos, sequer fez questão de olhar muito, mais quando decidi experimentar o verde, ele rapidamente se levantou de onde estava e me olhou, de uma forma que pareceram horas e não segundos. O vestido era longo, contia uma fenda nas pernas, era de alça fina que se estendia pelas costas em uma amarração delicada, como as costas ficavam expostas, dava um leve toque de sensualidade, que só de pensar, me deixou sem jeito.
Senti meu rosto se esquentar por inteiro, não queria olhar para ele de novo e mostrar que estava sem graça por ele me olhar, mais seus passos até mim não me permitiram continuar a encarar o chão, tendo de o olhar para ver o que ele falaria, mas não o fez.
As mãos grandes e grossas tocaram as minhas, e sem perceber, eu dava uma leve e pequena volta guiada por ele, permitindo que visse como havia ficado.
— Ficou perfeito! — sua voz saiu num suspiro ao mesmo tempo que rouca e baixa, permitindo que só eu a ouvisse, e a sensação de calor que percorreu meu corpo com a ação, mais sua proximidade só me deixou mais desconfortável.
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Enquanto isso, em frente ao pequeno apartamento localizado na Baker Street, o sedan azul marinho estacionava em frente, chamando atenção de qualquer um que passava pela calçada.
Alan insistiu, depois de fazer Emma ficar a tarde inteira provando vestidos que a levaria para casa, porém mesmo com a castanha relutando, dizendo que não era necessário, ela acabou por ceder.
Ainda dentro do veículo, ela pensava em milhares formas de agradecer o chefe, ainda tinha insegurança de trocar alguma palavra com ele, mesmo que mínima.
— Chamarei um carro para que venha a buscar. — a voz grave do grisalho soou, chamando sua atenção que apenas concordou.
— Não.... Não precisava se preocupar comigo... Quer dizer, o vestido, sabe? — estava sem jeito. — Obrigada.
Rickman não disse nada, apenas acenou em concordância, se permitindo olhar para Emma, que tinha o rosto levemente ruborizado.
O clima estava meio estranho, afinal, ambos já estavam acostumados a passar o dia inteiro juntos, porém nunca sozinhos, então o constrangimento e a falta de algum assunto era bem nítida.
— Eu vou.... Bem, eu já vou indo. — Emma quebrou o silêncio, abrindo a porta do carro. — E mais uma vez obrigada.
....
Depois que viu o carro sumir pelas ruas, a cacheada entrou para o apartamento que dividia com Bonnie, e quando o fez, soltou todo o ar que não havia notado que segurava até então.
A ruiva ainda não estava em casa, provavelmente estava na casa dos pais, então provavelmente, teria de se virar sozinha para se arrumar para o evento promovido pela empresa onde trabalhava.
Ainda tinha bastante tempo, então decidiu tomar um banho demorado e relaxante, para depois pensar no que faria.
Depois de algum tempo, com a toalha enrolada no corpo, Emma decidia o que iria fazer com os cachos revoltos que tinha na cabeça.
Pensou seriamente em deixá-los soltos, mais estavam indomáveis demais, então fez um coque simples, porém sofisticado, deixando algumas mechas soltas.
Optou por uma maquiagem simples, algo mais natural....
Qualquer um que a visse, não negaria que era uma mulher belíssima, ainda mais vestida com o tecido que lhe caía tão maravilhosamente bem.
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O clima noturno estava mais do que agradável, em frente ao grande London Palladium, milhares de repórteres e fotógrafos iluminavam o caminho com seus flashes.
Alan dava pequenas entrevistas e se disponibilizava a tirar algumas fotos, estava muito bem vestido, o que acarretava en alguns suspiros por qualquer mulher que estivesse por perto.
— Até aquela cobra ruiva veio.... Onde está Emma em? — a voz de Gary perguntou enquanto cruzava os braços encarando a ruiva que o encarava com desdém, o moreno já considerava Emma uma boa amiga.
— Não sei, não tive muito tempo de falar com ela hoje. — foi a vez de David dizer.
— Por que estão tão preocupados com ela? — Jason que até então estava conversando com um homem aleatório, surgiu de supetão quando ouviu o nome da jovem garota.
— Porque todos estão aqui, até Lilian. — Gary bufou.
Ambos os homens estavam perto da entrada do salão, então puderam ver perfeitamente, quando o carro preto estacionava em frente ao local.
O motorista deu a volta no veículo e se colocou ao lado do mesmo, abrindo a porta para que quem estivesse alí, saísse.
Os olofotes foram diretos para Emma, que quando saiu do sedan, teve de levar uma das mãos ao rosto pela quantidade excessiva de flashes.
Rickman que conversava com a editora de uma revista, paralisou ao ver a jovem subir a escadaria em passos lentos, ela estava perfeita.
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Pov Alan......
Ela não poderia estar mais bela.
O sorriso que tinha no rosto, só a deixava mais perfeita e o fato dela usar o vestido verde que eu escolhera só me deixou mais fascinado.
Algo em mim, pedia para que eu fosse até ela e a conduzisse para o salão, mais o outro, dizia que ela continuava sendo a garota irritante que não parava de falar.
Mais ela estava tão atraente, que a única coisa que pensei, foi em querer poder desmanchar aquele coque e poder ver a pele por detrás do vestido verde esmeralda que ela usava.
— Me permite? — me aproximei a ela, estendendo meu braço para que se apoiasse.
— Claro. — ela sorriu, e confesso que amei seu sorriso.
Várias perguntas curiosas vindas dos repórteres, nos questionavam se éramos um casal, porém não dei importância aquilo, só prestando atenção ao doce cheiro que exalava de Emma a cada vez que ela se movimentava.
Eu sabia perfeitamente, que desde o começo ajo como um idiota prepotente com ela, porém algo tem mudado, e sinto que seja algo bom, mesmo não conseguindo entender o que é.
— Está linda! — falei enquanto seguia com ela segurando meu braço, precisava levá-la até um amigo.
— Obrigada! — e mais uma vez ela me deu aquele sorriso.
Verde era minha cor preferida, e não era atoa que havia escolhido a cor para que ela usasse, porém, eu não sabia que iria ficar tão bem nela.
Com os cabelos presos, podia ver a pele da costa exposta que o tecido favorecia, ia até o quadril, o resto sendo coberto pelo tecido leve.
A fenda conforme seu andar, me dá a visão perfeita de sua perna, e pensamentos impróprios tomam conta da minha mente.
— Onde vamos? — ela perguntou me tirando dos devaneios e a encarando, apenas sorri, me limitando em dizer muito.
— Verá. — falei a guiando para uma sala, esta estava silenciosa, bem.... Pelo menos até Michael nos notar.
O velho de cabelos grisalhos mexia em uma caixa de veludo, parecia ajeitar algumas coisas, mais foi questão de segundos para que ele nos percebesse.
— Alan.... Que bom vê-lo! — falou se virando e vindo até mim, me cumprimentando num abraço exagerado, quando se separando, olhando Emma que estava ao meu lado, dos pés a cabeça. — Uma bela jovem você tem aqui Rickman. — sorriu levando as mãos até às de Emma e beijando cada uma. — Esperei este momento por anos, Alan nunca me apresentou uma namorada dele. Você deve ser muito especial para ele te trazer até mim.
Por segundos senti todo o ar e minha alma sair do corpo com o que esse velho esclerosado dizia, porém vi que não fiquei tão pior que a mulher ao meu lado.
— Nós.... Nã..não somos.... Ele é.... — ela gaguejava não sabendo o que falar.
— Não é o que pensa Gambon. Ela só é uma de minhas modelos, nada mais.
— Oh.... Uma pena, formam um belo casal. — sorriu de canto.
— Que seja.... Mais não vim aqui pra isso, separou o que te pedi antes de vir pra cá?
— Oh sim. Como me esquecer?
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Da mesma sala que entraram, Emma, Alan e Gambon saíram. Mais desta vez, Emma chamava mais atenção de quando chegara ao evento.
Esta, usava agora um colar e brincos de esmeraldas, que haviam sido separados especialmente para que ela usasse, a pedido de Alan.
A peça era simples, porém a mais cara de todas as outras peças brilhantes da noite.
E ela, teria a honra de usá-la.
— Tem certeza de que quer que eu às use? — Emma ainda estava surpresa, e olhava para Gambon procurando certeza nos olhos do velho.
— Claro que tenho minha querida, Alan me pediu que as separassem exclusivamente para você. Será a atração da noite. — sorriu eufórico, ganhando um meigo da cacheada.
Emma olhou de relance para o homem ao seu lado, e não deixou de sorrir, mesmo que minimamente, contudo, quando ele a olhou, também lhe deu um sorriso, imperceptível, mais ele estava lá.
— Bem.... Se já terminaram de tagarelar..... Eu tenho que conversar com algumas pessoas. E você, acho que sabe o que fazer. — sem falar mais, ele saiu, caminhando de forma elegante e firme na direção de algumas pessoas.
— Ele é sempre assim? — perguntou ao bom velho que estava ao seu lado.
— É sim. Mais não passa de uma casca. Você se acostuma. — sorriu levando as mãos ao ombro dela. — Mais algo me diz que ele irá mudar para melhor.
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— Você está maravilhosa Emma. — a voz calma de David dizia, enquanto a garota sentia o rosto queimar pelo elogio.
— Obrigada. Posso dizer o mesmo. — sorriu.
A verdade, era que muitos estavam de olho em Emma durante o evento, isso porque ele não havia começado direito, e a cacheada já chamava atenção.
Do outro lado do salão, Alan tentava se desviar das investidas da ruiva nauseante.
Lilian insistia em ficar ao lado dele, como se fosse algo a mais que não uma secretária, porém a atenção de Alan estava em outra pessoa.
— Eu me arrumei toda, fui ao salão, fiz de tudo para ficar bonita pra você, estou usando até vermelho que sei que é sua cor preferida, e você só sabe olhar pra irritante da Watson? — reclamou.
Aquelas palavras tiveram certo poder em Alan, fazendo com que ele olhasse diretamente para Lilian, que sorriu vitoriosa por conseguir atenção.
— Vejo que não adiantou de muito se arrumar toda. — ele falou de forma bruta. — E quanto a roupa que usa, vermelho é sua cor preferida e está de longe de ser a minha. Odeio essa cor. — arqueou as sobrancelhas e fazendo uma careta, odiava mesmo a tonalidade.
— Já que não gosta do vestido, por que não o tira?
Não aguentando mais ficar alí, Alan saiu sem dizer nada, deixando a ruiva furiosa vendo a direção que ele tomava, que era onde Emma se encontrava conversando de forma animada com David.
Alan por mais que quisesse, não conseguia tirar os olhos dela, e para ter a oportunidade de ficar ao seu lado, apreciando a beleza e sentindo o cheiro inebriante que ela exalava, decidiu se aproximar.
Infelizmente, antes que pudesse ter algum contato com a jovem, seus passos foram interrompidos por Jason, que se aproximou e o puxou para começar o leilão beneficente das jóias.
Todas as peças foram apresentadas, adquirindo uma boa quantia em dinheiro para a 'caridade' porém, uma peça em especial chamou a atenção de todos, não só a jóia, mais sim a pessoa que as usava.
Emma estava deslumbrante, e podia se dizer que não eram as esmeraldas que usava no pescoço que a davam esse poder, mais sim a beleza natural que exalava.
— Ela é incrível. — Jason falou com um sorriso no rosto, chamando a atenção de Alan. — Maravilhosa eu diria.
— Fique com ela então, se acha isso. — o meio grisalho comentou, não gostando do que o amigo dizia.
— Ciúmes Alan? — zombou.
O homem não disse mais nada, ficou em completo silêncio, enquanto ouvia os lances serem dados, eram tão altos que ele imaginava que estavam comprando Emma e não os diamantes.
Quando os lances acabaram, uma salva de palmas encerrou parte do evento, que duraria sabe se lá até que horas.
— Acho que gostaram mais de você, do que das esmeraldas. — Gary surgiu de repente, entregando uma taça de champagne para Emma que aceitou de bom grado.
— Obrigada. Tenho certeza que eram as esmeraldas que fizeram todo o trabalho, não eu. — sorriu, e em uma de suas olhadas para todo o salão, seus olhos se encontraram ao de Alan, que estava escorado no balcão do bar de bebidas, longe de todos.
Ele bebia algo, não sabia identificar o que era, mais sentiu o corpo arrepiar ao ver que ele não tirava os olhos dela, em momento algum.
— Emma? — a voz de David a chamou, sabe se lá a quanto tempo ele o fazia.
— Me desculpe, o que disse? — deixou de olhar para o homem no fundo do salão, para dar atenção ao gentil que a chamava.
— A convidei para dar uma volta. O que acha? — ele sorriu.
— Adoraria. — ela retribuiu o sorriso, aceitando o braço que a guiaria.
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A caminhada era silenciosa, confortável, deixando os dois satisfeitos com a companhia um do outro.
Por mais que ainda estivessem dentro do London Palladium, e não em algum lugar aberto, era inevitável não apreciar os detalhes do século passado.
O homem de vestes de gala, guiou calmamente Emma para uma sala escura, pelo menos era o que parecia, até ela perguntar.
— David.... Onde estamos? — ela sabia que não haviam saído do prédio, porém se encontrava um pouco nervosa por estar a sós com o acastanhado de olhos amendoados.
— Por que não vê com os próprios olhos! — falou, logo ascendendo as luzes, dando visão de todo o teatro.
Os olhos de Emma brilharam ao ver o palco, as cadeiras e até às galerias vazias.
Quando tinha onze anos, havia assistido uma peça sobre Peter Pan, no mesmo lugar em que se encontrava agora, sempre imaginou como seria o lugar vazio, mais não pensou que seria tão belo, quanto cheio.
Os detalhes meio vitorianos, as cores que se misturavam entre o dourado e vermelho, e até mesmo o cheiro..... Era maravilhoso.
— É perfeito! — falou sorrindo, voltando a olhar David que tinha as mãos nos bolsos da calça e sorria enquanto olhava por todo o lugar.
— Sim.... Perfeito! — começou a caminhar entre as fileiras, Emma fazia o mesmo mais estava do outro lado. — Sabe... Quando criança eu sempre quis ser ator, só pra poder subir nesse palco. — não precisava falar muito alto, pois o pouco que dizia, o ambiente fazia questão de reproduzir com um eco agradável.
— E porque escolheu trabalhar com assessoria? — ela perguntava enquanto caminhava rumo ao palco.
— Sei lá. — deu de ombros. — Mais eu gosto do que faço agora então....
Ambos estavam perto do palco, não subiram nele, mais se escoraram de forma que pudessem olhar todo o lugar.
Mais uma vez ficaram em silêncio, Emma apreciando a companhia, sentindo o corpo maior ao seu lado, que vez ou outra se encostavam, e David, se afogando no cheiro doce de morangos e baunilha que o corpo da garota exalava.
Ele não se contentou em olhar só para as várias fileiras de cadeiras, muito menos para os detalhes vitorianos, precisava olhar a castanha, que estava mais do que linda naquela noite.
Ela tinha um sorriso quase imperceptível no rosto, com certeza pensava em algo. Seus pensamentos a levaram a uma pergunta, porém quando se virou para fazê-la, travou com a proximidade entre os rostos. Ela não sabia que David a encarava, muito menos que este estivesse tão próximo.
— Eu.... — tentou dizer algo, mais o amendoado misturado ao verde dos olhos dele a impediu de dizer qualquer coisa.
Agora que ele estava tão perto, ela pôde notar os detalhes, poucos, mais que faziam dele muito atraente.
Sem perceber, outro sorrisinho tomou conta de seus lábios, isso, ao sentir um leve aroma de chocolate e champagne vindo dele. Era tão bom.
— O que ia dizer? — a voz de Thewlis soou abafada e aveludada.
— Você cheira a chocolate! — disse ainda o encarando nos olhos. — Não era isso o que eu ia dizer mas....
Uma leve risada veio do mais velho, sendo acompanhado de Emma, contudo, durou pouco pois segundos depois, ainda olhando nos olhos um do outro, David levou uma das mãos ao rosto de Emma e a beijou.
Os lábios dele eram tão quentes e macios, que foi impossível não dar um leve gemido, ainda mais por sentir uma das mãos dele apertarem sua cintura.
Levando as mãos até seus ombros, a outra continuou caminho até os cabelos curtos onde deu um leve puxão, aproveitando para separar o beijo com uma leve mordida no lábio inferior do maior.
Mais uma vez, não ouve nenhuma troca de palavras, somente um intenso olhar, que foi quebrado mais uma vez por outro beijo, mais intenso, mais necessitado.
Emma estava escorada na parede do palco, dando a David brecha para que ele a prendesse, puxando sua perna para a cintura dele, enquanto a outra a ajudava a se apoiar.
A perna que estava suspensa em sua cintura, era justo a parte na qual havia a fenda do vestido, possibilitando que suas mãos percorressem a pele quente e macia de sua perna exposta.
Os corpos estavam tão próximos, que Emma sentiu se queimar por inteira, ao sentir entre suas pernas o membro duro de David a tocar, a fazendo arfar e aprofundar o beijo.
Ambos estavam alheios do que se passava em volta deles, eram somente eles alí, porém se separaram rapidamente quando ouviram a voz grave, rígida e muito bem conhecida de Alan ecoar por todo o lugar.
— A festa estava tão ruim assim para terem de arrumar outra forma de divertimento? — seus sapatos ecoavam a cada passo que dava, e antes que ele chegasse mais perto Emma tentava ajeitar alguns fios de cabelo que caíram em seu rosto.
— Alan. Achei que estava....
— Ocupado conversando besteiras com sócios que não servem pra nada? — interrompeu. — Sim, eu estava, até ver que uma iniciante a modelo e um dos meus assessores sumiram.
— Senhor eu.... — a jovem tentou se explicar.
— Jason e Gary estão precisando de você lá em cima. — falou, ignorando a jovem.
— Tudo bem! — David sabia que não adiantaria discutir com o chefe/amigo, então só restou se render. — Vem comigo Emma? — se dirigiu a ela pela primeira vez desde que começaram a se beijar.
— Claro eu só.....
— Ela fica! — Rickman falou pausadamente, cerrando os dentes em puro ódio, vendo o outro se afastar, dizendo para Emma que concordou que se viam depois.
O silêncio mais uma vez se instalou no local, mas desta vez era desconfortante.
A garota não sabia o que fazer, nem o que falar, muito menos para onde olhar, mas o silêncio e o olhar matador do chefe estava a deixando mais nervosa ainda.
— O senhor não vai falar nada? — perguntou receosa, levantando o olhar para ele, que tinha os lábios comprimidos e os olhos intensos em raiva.
— Você.... — fez uma pausa antes de continuar. — A noite toda, desde que você chegou.... — a cada palavra que dizia, dava um passo em direção a ela, que recuava dois até bater contra o palco novamente. — Venho tendo os pensamentos mais impuros e libidinosos com você. Nesse vestido, com as costas e a perna amostra.... — sua voz ficava rouca. — A noite toda venho te desejando e quando chego aqui, a vejo se atracando com David como dois coelhos no cio.
Emma olhava para Alan de forma inefável, não sabia o que realmente ele queria dizer, nem ela mesma sabia o que pensar, mais algo no que ele dizia, no tom que falava, estava a deixando estranhamente nervosa e quente.
Seus lábios ainda estavam vermelhos e inchados, e mesmo que tivesse tentado arrumar os fios de cabelos, estes caiam sobre seu rosto, dando a visão perfeita para o grisalho.
— Sabe o quanto estou com raiva? — vociferou. — Raiva de saber que não era eu beijando você bem aqui, de não ser eu o culpado de você estar com a boca inchada e os cabelos bagunçados?
Uma das mãos de Alan, foram ao rosto de Emma, apertando não muito forte sua mão nas bochechas dela, a fazendo o encarar.
Ele a olhava com luxúria nos olhos, mordendo os próprios lábios enquanto olhava para ela de cima a baixo.
— Eu..... — desistiu de falar quando sentiu ele se aproximar de seu ouvido.
— Você não faz idéia do que está se metendo. — falou rouco e baixo, suas mãos deslizando pelas costas dela, causando um certo arrepio que a fez fechar os olhos.
Emma não sabia como, mais já se via querendo mais daquele toque que se encerrou de forma rápida.
Ele ainda estava perto, sabia disso pelo cheiro que ele exalava, e era tão bom quanto o de David, era mais forte, mais viril.
Rickman olhava a garota a sua frente, queria a fazer dele alí, agora. Mais ainda estava com raiva, e quebraria a cara do meio amigo por isso, mais ao conseguir o efeito que queria sobre Watson, decidiu que as coisas seriam mais interessantes a partir daquele momento.
— Eu vejo a senhorita na segunda-feira! Sem atrasos.
Foi a última coisa que disse antes de sair dali a passos rápidos, deixando Emma sozinha, tentando recuperar os sentidos.
🍁𖤓ཷ☽ེ۪۪۪֥۟۟۟۟۬ Espero que estejam gostando.
🍁𖤓ཷ☽ེ۪۪۪֥۟۟۟۟۬ Capítulo feito por: 007_Aylin✨✨
Hey darlings. ✨ Turo pom?
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