.7.
Narradora:
Banhada pela escuridão superior,
dançava no centro do palácio.
Seus pés se moviam com rapidez, toda vez que no salão ecoava fervorosamente, o enunciado:
Viva à Rainha!
Suas mãos faziam gestos harmoniosos, seguindo o som dos instrumentos.
Rodopiava ao auxílio da música.
Mais e mais e muito mais...
Seus súditos gritavam:
Viva à Rainha!
Taças douradas, cheias de lágrimas de Fada e Hidromel.
Tudo especialmente coletado para a ocasião sublime.
No coração hediondo de Vermelha, sua ansiedade por vingança se sobressaía.
No coração dos subordinados, o medo os cegava.
Mas, quem se importa?
Se o sustento se faz presente,
a consideração pelos seus antepassados, pode se tornar ausente.
Ela matou cem
e como prêmio, o temor advém.
Seus submissos fantoches,
com medo da morte,
vociferavam:
Viva à Rainha!
No canto do salão, seu herdeiro a encarava.
Bebericando, imaginava como seria daqui para frente.
Meditava nas palavras de sua mãe.
"Que mal há em ceifar alguns imbecis?
É tudo em nome da Ordem!"
Pobre príncipe.
Vivia de conformismo.
Outro fantoche, hipnotizado pelos deslizes da rainha.
O reino movido ao caos subliminar,
onde ninguém escapa da coação.
Sobrevivam de desgraça e cegueira, lastimável multidão!
Cantem! Cantem mais alto!
Deixem o temor insensato invadir seu coração.
Nesse castelo de cartas,
toda humilhação é necessária,
se quiser sobreviver.
Pois vale um único sopro de Vermelha,
para tudo se esmorecer.
No terror disfarçado de alegria,
seus súditos a louvavam:
"Oh, viva à Rainha!"
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