.23.
Jungkook:
-- E-eu... -- Encarei as costas de Anastácia com marcas avermelhadas. -- Vocês estão machucando ela!
Taehyung continuou com aquela expressão confusa no rosto, seus olhos faltavam me lançar flechas pelas íris. Claramente pedindo por uma explicação que justifique a minha falta de respeito.
-- Taehyung, me solte por favor. Eu não vou conseguir ficar com isso... -- Anastácia me ignora completamente e segue para o banheiro.
Eu realmente não sabia o que fazer e como sair dali.
Cocei minha cabeça constrangido.
Chaerin me olhava, agora com uma expressão divertida no rosto.
Ela estava rindo de mim?
Tae respirou fundo e se aproximou.
-- Aish... Venha, Justin, vou te acompanhar até o salão. -- Taehyung passou o braço pelos meus ombros. -- Chaerin, eu trouxe um vestido reserva, ele é mais folgado que esse. Vista-o em Anastácia, por favor. -- Dito isso, saiu do quarto, me arrastando junto.
Assim que ele fechou a porta, nossos passos se aceleraram em direção à escada principal.
Ele não disse nenhuma palavra, apenas continuava com aquela expressão pensativa.
Caminhávamos pelo corredor naquele silêncio mortal e eu estava começando a ficar nervoso com a situação.
Eu sou um idiota, só pode.
Mesmo que Anastácia estivesse fazendo algo de errado, isso não é da minha conta.
Depois de alguns minutos, de frente aos degraus, ele finalmente suavizou a expressão zangada e soltou uma risadinha.
-- Oh, agora entendo a sua reação -- Ele disse, olhando para o chão--....Você é um pervertido, sabia? -- Quando me fitou, mostrou aquele sorriso excêntrico, quadrado e zombeteiro, que só Kim Taehyung tem.
Se eu abaixasse mais a minha cabeça, tenho certeza de que quebraria o meu pescoço. Mas faria esse sacrifício; não quero olhar para Taehyung tão cedo.
[...]
Chaerin:
-- Pode sair!
Isabel tirava as anáguas do vestido com brutalidade, descontando toda a sua raiva e dor.
-- Vocês quase quebraram as minhas costelas! -- Ela bufou. -- Nunca pensei que diria uma coisa dessas, mas Justin me salvou de uma tortura, pois tinha dois contra um aqui no quarto.
Ri novamente. O que Jeon fez não seria esquecido facilmente. Pelo menos, não por mim.
Dei de ombros pela cara fechada da minha amiga. Não era nossa culpa. Se ela não era acostumada com algo tão comum, o que eu poderia fazer?
-- Não venha me dizer que espartilhos não existem no mundo exterior, porque eu sei que existem. -- Cruzo os braços, Isabel estava nua e com uma cara de desdém no rosto. Ela não me respondeu.
-- Cadê o outro vestido? Se você demorar muito, eu vou roubar uma calça do Jimin lá no quarto dele. Eu vi que ele trouxe muitas; nem irá fazer falta.
-- Só por cima do meu cadáver! Aqui você é Anastácia, entendeu?! -- Ela revirou os olhos -- E outra, as calças ficariam um saco frouxo! Jimin tem muito mais bunda para preencher aquele tecido, do que você, Bel. -- Analisei o corpo da menor.
Isabel sorriu de canto e cerrou os olhos na minha direção.
-- Então quer dizer que tem alguém reparando na bunda do rei? Hmmm... -- Ela riu. -- Prometo que assim que essa bagunça de casamento acabar, eu voltarei para a minha casa e ficarei longe da concorrência.
-- Não quero comprar briga com Taehyung, obrigada. -- Murmurei.
-- O quê?!
Foi minha vez de sorrir. Isabel sentou na cama. Parecia estar juntando todas as evidências na sua própria cabeça.
Deixei ela teorizar sobre o assunto sozinha.
A verdade estava estampada para todo mundo, o único cego que não percebe é o próprio Jimin; mas isso irá mudar.
Medlyn me deve uma, e ela prometeu me ajudar com isso...
Abri o armário a procura do vestido.
-- É bem básico. Se você quiser, eu acrescento algumas pedrarias...
-- Está ótimo, Chaerin. Vamos logo, já estamos atrasadas. -- Isabel vestiu roupas íntimas mais confortáveis e se enfiou dentro do vestido.
-- Leve o punhal. -- Coloquei a arma com a proteção, no vão dos seus seios.
-- Pra quê?
-- Apenas o leve, meu bem.
"A rainha Vermelha está esperando o sinal; aquela megera já descobriu sobre a minha escolha... Quando Jimin for atacado, empurre Jungkook para perto de Isabel. O resto do plano, deixe comigo." -- Medlyn sussurrou para mim.
Puxei a mão da garota para sairmos do quarto, e Mirtilo acabou nos seguindo também.
[...]
Narradora
Ambos já se encontravam no salão principal.
A música da banda estava alta, intercalando os ritmos agitados e lentos, de acordo com a movimentação dos convidados.
Os criados com bandejas de aperitivos e taças com bebidas diversas, perambulavam por todo o ambiente.
Jungkook permanecia com aquela timidez (tão conhecida por crianças, quando acabam de quebrar o vaso mais caro de sua mãe).
O que Anastácia pensaria dele?
Ela já se mostrou não amigável com ele, agora depois desse episódio, vai ser difícil ter uma convivência saudável com ela.
Mas a pergunta que mais rondava a sua cabeça era: Por que raios, eu estou me importando??
-- Justin, ooi! Justin! -- Uma mão acenava na sua frente, os dedos logo apertaram o nariz do rapaz.
Quando a mão saiu do seu campo de visão, Jungkook viu uma garota de cabelos castanhos com um vestido holográfico, o encarando.
-- Oi, srta....?
-- Me chame só de Irene. Gosto de ser chamada assim...
-- Gosta de ser evasiva também. Tome cuidado, meu jovem. -- Taehyung comentou, se afastando logo em seguida.
Tae preferia ver Irene no encalço do seu novo amigo, do que no seu próprio pé.
No outro lado do salão, Orthon estava sentado em uma das poltronas do canto. Ele estava acompanhado da esposa e das suas filhas, com exceção de Chaerin, que estava cuidando de Isabel.
Orthon era o único que sabia quem era Isabel. Chaerin sempre partilhou seus segredos com o pai, e vice-versa.
Ter uma filha tão especial quanto ela, resultava no domínio harmonioso e sábio do reino Alado.
Os olhos do rei buscavam por Jimin.
Orthon sabia o que tinha que fazer. Achou a ideia sôfrega, mas se quisessem sair com vitória nessa guerra, alguém teria que passar por um sacrifício. Uma encenação perfeita para distrair a rainha Vermelha.
[...]
--Justin, quero te apresentar alguns amigos. -- Jimin se aproximou.
Jungkook tinha a expressão tediosa. Já estava farto de escutar Irene falar sem parar. Quando viu Jimin se aproximando, foi de encontro com ele, pedindo licença para a senhorita e seguindo com o rapaz, para onde quer que ele esteja o levando.
Jungkook não se importava com isso, ele só precisava ficar longe daquela gralha que vomitava palavras incessantemente.
-- Este é Jackson, filho de Arthur. -- Jungkook sorriu para o rapaz, e trocaram apertos de mão. -- Jackson, esse é Justin.
-- O elfo? Muito prazer! Fiquei sabendo que a situação na lavoura do seu bando está lastimável... Eu sinto muito.
Jungkook abaixou a cabeça.
Ele não sabia mais incorporar aquele personagem. Ele nunca havia passado necessidade do tipo. Por mais que estivesse uma destruição por fora, no interior, especificamente falando do castelo, Jungkook teve tudo do bom e do melhor.
Tudo isso era um tanto assustador pra ele, ver que o mundo que imaginara não é de fato como pensou.
Sua mãe o privou de tanta coisa, que ele passou a duvidar se ela fez isso por proteção ou para evitar que o filho veja o que as mãos dela estavam fazendo.
-- Mas tudo isso irá mudar. Medlyn me escolheu, e agora podemos acabar de vez com o reino Vermelho. Todo mundo terá plena paz e fartura, em breve! -- Jimin deu tapinhas nas costas de Jungkook. O mais novo percebeu que Park estava orgulhoso e se perguntou sobre qual motivo era.
Medlyn... Já havia escutado esse nome de sua mãe. Ouviu poucas coisas, na verdade. Mas preferiu não perguntar nada, isso poderia estragar o seu disfarce.
-- Eu fico imaginando em como será a reação do novo Rei de Copas, ao descobrir que o primo dele é o escolhido. -- Jackson comentou, enquanto bebia mais uma taça de vinho branco. -- Aquele cara precisará de um exército poderoso, porque não iremos ter piedade...
Jungkook sentiu um tremor percorrer por todo o seu corpo.
Atacar o reino vermelho?
Ele precisava arranjar um jeito que contatar um mensageiro para avisar Hoseok.
-- Não será necessário atacar ninguém. Medlyn irá acertar as contas sozinha. A única coisa que precisamos fazer é trazer Riordan pra cá. -- Jimin acenou para o criado, que trocou a bebida das taças.
Jungkook preferiu não beber. Ele queria estar sóbrio o suficiente para decorar cada palavra dita pelos dois rapazes.
-- Que história linda, não é?! Um casal destruirá um monstro que eles mesmos criaram. Tudo isso por que ambos ficaram separados e suas almas não conseguiram descansar... Queria um amor forte assim. -- Jackson suspirou divertido.
Aquela confissão, obviamente era mentira. Jack e seus irmãos nunca perderam o instinto mulherengo, e isso se dá ao fato de serem filhos de uma sereia.
Seduzir vulneráveis está no seu sangue.
-- Monstro...? -- Pela primeira vez, a voz de Jungkook se fez presente.
-- Monstro é mais bonitinho que dizer: Jaguadarte/Criatura das trevas/ Demônio que se alimenta da escuridão.... não acha?? -- Brincou Jackson.
-- Irmão, Seulgi está te chamando! -- Mark se aproximou, com as pernas um pouco bambas. Jungkook logo sentiu o cheiro forte de álcool. -- Ah, oi! -- Apertou a mão de Jungkook.
-- Se me dê licença, rapazes...
-- Você não toma jeito...-- Jimin retrucou, vendo eles se distanciarem.
-- Eu estava me perguntando -- Jungkook esperou os dois se afastarem mais um pouco, para continuar a falar -- Esses caras são da família dos aquáticos... Não deveriam ter cauda?
-- Magia, Justin... magia. -- Jimin bebeu outro gole de champanhe.
[...]
-- Sim, à esquerda. -- Chaerin acenava para outro casal, na entrada do Palácio.
Entregou o resto das fichas dos convidados para um dos guardas e seguiu para dentro, à procura de Isabel.
Como todos sabem, um ritual de magia é mais poderoso quando se é feito de madrugada.
Jimin pediria a mão de Isabel neste momento.
Com as mãos segurado o vestido volumoso, seguiu pelos corredores, iluminados por candelabros e vagalumes coloridos.
Até mesmo ela, achou um tanto esquisito o motivo de Medlyn estar fazendo tanta bagunça nos sentimentos alheios.
Taehyung sempre se sentiu importante para Jimin, mas desde que Isabel chegou, perdeu total atenção do rapaz;
Chaerin sabia que aquilo não era normal, pois, por mais que Jimin não perceba, ele sente o mesmo por Taehyung.
Se Jungkook é o escolhido, por quê está fazendo Isabel se casar com outro?
Correu com mais força até encontrar a porta do salão.
Vasculhou pelos cantos, não encontrando a menina.
Chaerin olhou a mesa posta. O banquete irá ser servido, depois do pedido surpresa.
Sentou em uma cadeira e acalmou a respiração.
Os convidados dançavam e conversavam alegremente. Damas e senhores cortejavam sob a iluminação do grandioso lustre de cristal.
Chaerin sentiu algo pesado em seus pés. Olhou para baixo e encontrou um corpo felpudo e azul, se espreguiçando em cima dos seus sapatos.
-- Vem aqui. -- Pegou o filhote e o abraçou.
"Isabel está com Jimin. Ambos caminham para o centro do salão."
-- Já estou indo... -- A jovem apertou Mirtilo em seu corpo e caminhou até o centro.
Jimin estava conduzindo a garota em uma valsa.
Isabel, com a cabeça encostada em seu pescoço, dançava de olhos fechados.
De canto, no grande círculo de pessoas que se criou, Taehyung os encarava sorrindo.
Chaerin sabia que era um sorriso triste. Um sorriso de desesperança...
Sentiu vontade de pegar Medlyn pelos cabelos e pedir uma justificativa, mas apenas continuou respirando fundo, crendo que a deusa tinha um motivo plausível para tudo isso.
A música cessou.
Palmas ecoaram por todo o salão.
-- Senhoras e senhores, reis e princesas, condes e duquesas... -- Arthur chamou a atenção do público -- É com notória satisfação que eu anuncio a mais nova união real. -- O homem pegou a mão de Isabel e a de Jimin, erguendo-as. -- Anastácia, sobrinha do meu fiel amigo Orthon e Jimin, nosso mais novo rei de Wonderland.
Palmas voltaram se fazer presentes no ambiente. Os olhares se mesclavam entre satisfação dos amigos na direção de Jimin, e os de repulsa das damas, na direção se Isabel.
Arthur logo continuou:
-- Park sempre foi visto como um filho para mim, e tenho certeza de que seus pais estariam orgulhosos vendo o grandioso progresso que este jovem está fazendo. -- Jimin sorriu, sentindo o carinho do homem através das palavras -- E esta donzela será seu alicerce, à partir de hoje. Estou confiando profundamente em ti, minha doce menina... tens o coração de um homem de valor em suas mãos.
A vibração no salão deu confiança para Jimin prosseguir.
-- Anastácia e eu temos um vínculo mais do que sentimental, temos um destino heróico traçado. -- Os olhares curiosos os secavam e cochichos corriam como água fluida de um riacho. -- Somos os escolhidos.
Jimin levantou o braço, mostrando a flor radiante e roxa. Isabel logo fez o mesmo.
Um pequeno tumulto de vozes surpresas fez o orgulho de Jimin crescer. Ele se sentia finalmente um rei, e não um príncipe covarde que se viu obrigado a liderar o Palácio de Espadas, depois da perda de seus pais.
Ajoelhou-se e retirou a pequena caixinha do bolso.
-- Anastácia, que nessa jornada repleta de inesperados tormentos, você venha ser a minha motivação para seguir em frente todos os dias. Quero partilhar minhas risadas, minhas lágrimas, meus imprevistos e aflições... Quero ser o seu auxílio, sua inspiração, seu antídoto para os dias horríveis, os quais não podemos evitar de receber durante a vida. -- Jimin abriu a pequena caixa, mostrando um anel com pedrinhas prateadas. -- Quero que fique ao meu lado, para que nossa convivência se torne harmoniosa e necessária... até chegar no dia em que nos tornaremos um só. Anastácia, aceita se casar comigo?
-- Sim, eu aceito.
Depois de colocar a aliança, Jimin a tomou pelos braços e a beijou com ternura.
Chaerin se sentiu mal. Olhou mais uma vez para Taehyung que fazia de tudo para segurar as lágrimas e continuar sorrindo.
Um vento forte atrapalhou o beijo do casal, que se afastou com receio.
Uma risada macabra estrondou o salão e uma densa fumaça negra surgiu do chão.
Chaerin olhou para o seu pai, que entendeu o recado. Somente eles dois tinham o controle do plano, agora.
-- Por que pararam a comemoração? CONTINUEM! -- Uma voz feminina se fez presente, e estilhaços de vidro surgiram em todos os cantos. Os convidados começaram a correr e gritar.
"Chae... você não tem muito tempo, procure Jungkook agora!" -- Medlyn sussurrou para a jovem que já tinha avistado Jeon.
Chaerin:
-- Estão desesperados? Eu não quero machucar vocês... -- A voz maquiavélica da mulher saía de dentro do redemoinho negro -- Não ainda.
-- M-mamãe? -- Jungkook sussurrou. Segurei a mão dele, que me olhou assustado e com os olhos marejados.
-- Vem comigo.
Não deixei ele responder, o puxei para mais perto de Anastácia e os arrastei para o canto do salão.
Abri as minhas asas, criando uma proteção para nós quatro.
-- Se acalmem. Não inventem de surtar agora, ou serei obrigada a desmaiar um de vocês. Toma, segurem o Mirtilo.
-- Chae! O Jimin... ele -- Interrompi Isabel.
-- Jimin está bem, olhe. -- Ergui uma das asas, dando espaço para Isabel enxergar Park lutando com ajuda da espada, contra as pequenas e peçonhentas criaturas que saíam daquela escuridão. Meu pai o protegia, e mantinha o rapaz longe de nossa direção, assim como o planejado.
"Muito obrigada por sua ajuda, querida. Agora deixe comigo... A rainha está usando a magia negra, vinda do Jaguadarte, é muito poderoso para vocês se envolverem. "
Só acabe com isso, por favor, antes que alguém se machuque. -- Torço para que Medlyn ouça meus pensamentos.
"Isso só irá acabar quando Riordan me ajudar. Enquanto este dia não chegar, teremos que criar um teatro para entretê-la.
E esse 'teatro' será Jimin..."
Narradora:
-- O quê?! -- Chaerin berrou, assustando mais ainda os dois jovens escondidos em suas asas.
-- "O quê" o quê? Aconteceu alguma coisa aí? O quê vocês estão vendo?? -- Jungkook dizia tenso.
-- Cale a boca, Justin!
-- Não liga não... ela adora dizer isso. -- Isabel sussurrou pra ele.
-- O que você está vendo? -- Jungkook sussurrou de volta.
-- Jimin lutando. Bichos horríveis saindo daquela fumaça. Arthur está congelando alguns. Sangue. Meu Deus, seu pai se machucou, Chaerin!
-- Me deixe ver! -- O rapaz mudou a posição.
Jungkook se inclinou para olhar pela brecha, mas o espaço era curto e isso resultou em um Jeon quase abraçando Isabel por trás.
A garota sentiu a respiração pesada do rapaz no seu pescoço e por algum motivo, aquilo acalmou um pouco os seus nervos.
Voltando a atenção para a briga lá fora, se surpreendeu ao ver uma luz forte surgir do interior da fumaça preta, que se distorceu ao ter contato com aquilo.
A sombra ia retornando para o solo, atravessando o piso e sumindo.
Um grito estridente estremeceu o terreno. Vermelha estava furiosa por Medlyn estar tomando o controle novamente.
-- CADÊ A MENINA? EU IREI LEVÁ-LA.
Medlyn pediu auxílio das outras fadas para conseguir poder o suficiente para expulsá-la dali. Seu espírito estava sem base. Com Riordan longe, Medlyn era fraca.
A luz dominou o cômodo, e toda a escuridão sumiu.
Jimin começou a procurar a menina desesperadamente, pelo salão.
Seu coração se apertou.
Ele não queria acreditar que a rainha Vermelha tinha levado sua noiva.
Não, tudo menos isso...
-- Anastácia! Pelo amor de Deus, me responda! -- Gritava entre as lágrimas.
Já era tarde...
A presença de Medlyn desapareceu e tudo voltou ao seu devido lugar.
Os cacos das janelas foram colados, as comidas e bebidas no chão, se reconstruíram perfeitamente.
Os convidados saíam de seus esconderijos e os reis começaram a procurar pelos parentes, checando se todos estavam bem.
Chaerin olhou para baixo e não viu Jungkook, nem Isabel, nem Mirtilo sob suas asas.
"Deixe ele acreditar que Isabel está com Vermelha... e deixe Vermelha acreditar que Jimin está escondendo a garota.
Enquanto isso, tomarei as rédeas com o casal aqui."
-- Isso é uma tremenda loucura... Bem vindo à Wonderland... -- Chaerin se abaixou, encostando a cabeça no chão, e começou a cantarolar a musiquinha que os moradores usavam para espantar o medo.
Essa situação era exótica até mesmo para os que habitavam naquele mundo.
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Não deixe de votar e comentar... Isso me incentiva a prosseguir com a história.
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