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Capítulo 1

Sabes aqueles momentos estranhos na vida em que tu desejas saltar para um buraco para escapar para um sítio menos embaraço, menos traumatizante? Como naquelas vezes em que estás em casa do teu amigo e estás cheia de fome e não queres "assaltar" a sua cozinha mas estás com tanta fome que é isso que fazes e a mãe dele entra na cozinha escura e tu assusta-la com a tua boca cheia de Nutella? Dentes manchados de castanho e tudo.
Ou quando a tua melhor amiga te deixa nos subúrbios de New Orleans para visitar o seu pai em New York City durante uma semana e tu tens de sair com duas raparigas que já são melhores amigas e te sentes tão colas e fora do lugar mesmo que estejas sentada em frente a elas, a tirar snaps para reclamar com teus amigos on-line que gostas muito mais do que a maioria das pessoas, mas os teus pais fazem-te sair com as pessoas, pessoas mesmo reais?

Bem, isto é o oposto desses tipos de vezes. Este é um dos melhores momentos de toda a minha vida e a minha melhor amiga está a gritar na minha cara , a celebrar o melhor momento da vida de ambas até este ponto . Vamos poder dividir um quarto no próximo outono na faculdade.

Eu não me importo com o Secundário, mas a faculdade vai ser tão melhor. Não porque eu tenha alguma ideia de festas lotadas em casas de fraternidade, ou porque eu pretenda conhecer um rapaz misterioso, que finge que odeia a faculdade para ser fixe. A razão pela qual estou entusiasmada é porque eu vou viver a apenas alguns minutos do French Quarter e vou dividir o quarto com a minha melhor amiga do mundo inteiro. Eu vou trocar essas festas e esse rapaz pela minha melhor amiga e pequenas filas na cafetaria do campus.

Apenas mais um ano para eu nunca mais voltar a passar por estes corredores.

Um funcionário a empurrar uma lata de lixo passa por cima do meu pé e eu saio do seu caminho, batendo num rapaz que partilha a mesa de laboratório comigo durante Biologia. River Ridge High tem os corredores mais cheios e nenhum sistema que seja, mas Crane não é atormentada por latas de lixo a ir contra ela ou contra os meninos empurrando-as para fora do caminho. Crane é o cisne desta amizade. Ela é loura com maçãs do rosto salientes e sobrancelhas perfeitas.  É por isso que ninguém quer saber se ela está a saltar para cima e para baixo à minha frente, a abanar o telemóvel na minha cara, eles saem do seu caminho. As palavras, "Departamento de Habitação" passam pelos meus olhos quando ela grita novamente.

"Eu sei, eu sei que estás entusiasmada!" Eu agarrarro-a pelo seu colete de ganga para tentar mantê-la imóvel. As suas longas pernas fazem-na saltar alto e o seu riso toma o lugar dos gritos . Eu largo-a e ela coloca as mãos sobre os meus ombros.

"Tens alguma ideia do que isto significa?" Crane bate com uma mão na outra e descansa-as no topo da sua cabeça, logo acima do seu rabo de cavalo. Eu abano a cabeça, estou tão entusiasmada quanto ela, apenas não o demonstro tanto.

O meu telemóvel toca no meu bolso, é uma mensagem da minha mãe, a pedir-me para comprar bolachas graham no caminho para casa. Ela e o meu pai estão a fazer S'mores improvisados para esta noite. Parece que o outono está a passar tão rápido este ano. Toda a gente me dizia sempre que o meu ano de finalista ia passar rápido mas eu nem imaginava o quão rápido.

Viro-me para a minha melhor amiga, "Tenho que ir, os meus pais querem S'mores e eu tenho que comprar as bolachas." Começo a arrumar os meus livros na mochila. Tenho que estudar para dois testes e fazer um trabalho esta semana por isso tenho que encher a mala até cá acima de cadernos e livros. Tenho tentado usar o tablet da minha mãe mas ela usa-lo para trabalhar, ainda mais nesta época.

Ela franze a testa, os lábios dela caem numa forma dramática. "Está bem, esta conversa ainda não está acabada," ela aponta a sua unha azul brilhante para mim, " podemos acabar durante o café da manhã antes da escola." Ela abraça-me e alcança o seu bolso para pegar no telemóvel. "Eu mando-te mensagem mais tarde. Tenho que ir buscar a minha irmã ao jogo de futebol dela de qualquer das maneiras."

Assim que entro no meu carro, dirijo-me ao mini mercado mais próximo, e chego a casa depois das cinco. A minha mãe está na cozinha, o seu cabelo castanho enrolado num coque criativo no topo da sua cabeça. A minha mãe consegue prender o cabelo de uma maneira desajeitada que eu não consigo. A minha versão de coque desajeitado é realmente desajeitado por isso eu apenas deixo o meu cabelo secar e espero o melhor todos os dias.

"Como foi a escola?" A minha mãe pergunta quando eu pouso a minha mala na mesa e me sento. Ela abre um saco de marshmallows e põe um na sua boca. O meu pai entra na cozinha e também come um. Ele senta-se à minha frente e descansa os seus cotovelos na minha mala.

"Foi boa, sempre a mesma coisa, sempre a mesma coisa." Apanho o marshmallow que a minha mãe me atira e dou uma dentada. É suave na minha boca e de repente fico muito agradecida pela ânsia aleatória de S'more da minha mãe. Às vezes as ânsias ou experiências aleatórias dela não correm tão bem como ter marshmallows de chocolate derretidos deliciosos para o jantar. Quando eu tinha doze anos, ela teve a ideia de encher a minha mobília com água. Tivemos um tapete de volta, então , essa experiência falhou.

Eu adoro o espírito livre da minha mãe, é inspirador e a Melissa Toth sempre foi boa para inspirar. Ela foi a musa de cada pintura bem sucedida que o meu pai vendeu neste hobby ao longo da sua vida que às vezes traz uma renda, e essas vezes são sempre quando ele está a vender uma pintura da aguarela da minha mãe . Ele é a calma da sua tempestade, a âncora que impede a sua selvageria de nos consumir e ele ama-a muito.

"Bolachas por favor, " a minha mãe estende a mão e o meu pai rasga a parte de cima da caixa de bolachas. Ele entrega-lhe uma luva e ela pisca-lhe o olho. Eu olho para longe. Eu amo-os e qualquer dia quero uma vida como a deles, simples e cheia de gargalhadas, mas por agora tenho dezassete anos e não tenho interesse em ver os meus pais a namoriscarem um com o outro na cozinha.

"Vou para o meu quarto," Digo. O meu pai sorri, as linhas dos seus olhos aprofundam-se ao longo dos anos, mas há algo na sua covinha na bochecha que lhe tira pelo menos dez anos. Os meus pais eram novos quando me tiveram, o meu pai tinha acabado de terminar o segundo ano de faculdade e a minha mãe tinha acabado de sair. Ela não queria fazer parte das estatísticas, apenas não queria continuar lá. Ela manteve o seu trabalho numa loja e trabalhou durante toda a gravidez. Eles dizem que estavam prontos para ser pais mesmo sendo jovens na altura não tenho é a certeza se os meus avós de ambos os lados concordam. Alguns meses depois de me terem, o meu pai conseguiu um empréstimo para alugar um espaço perto do centro para a minha mãe abrir a sua própria loja de jóias artesanais. Eles sempre foram criativos e eu sempre amei isso.

"Está bem querida, " a minha mãe limpa as mãos à toalha que se encontrava no bolso de trás das suas calças. "Eu levo-te um prato quando estiver pronto." Ela diz como se estivesse a fazer uma refeição gourmet. Eu rio porque estou feliz que ela não o esteja a fazer. Digo a ambos que volto lá abaixo mais tarde para tirar a minha mala da mesa.

"Nós ainda vamos ao Willow amanhã à noite, certo? Já tenho os bilhetes!" A minha mãe grita quando chego ao topo das escadas. Weeping Willow é o nome do nosso café preferido no French Quarter. É velho e versátil mas tem feito um ótimo trabalho em seguir as tendências. Lembra-me uma versão muito mais fixe da casa da minha avó. Madeira por todo o lado, homens com barba da moda e móveis de metal enchem o espaço. Todos os sábados à noite eles têm poesia recitada ao vivo e é uma espécie de cena nossa. Eu conduzo para lá enquanto a minha mãe  acompanha o Joni Mitchell através das colunas do meu pequeno Miata e o meu pai finge que ela tem a melhor voz para cantar, o que está longe da verdade mas ele diz que a sua mentira inocente é a chave de estarem casados há tanto tempo.

"Sim!" Eu grito e fecho a porta. O meu quarto está uma confusão. Roupas estão em lugares onde não deveriam estar e os meus cadernos estão numa grande, mas surpreendentemente arrumada pilha na minha secretária. Tenho tantos cadernos, alguns completamente cheios e outros com apenas algumas coisas escritas neles. Gosto de rabiscar os meus pensamentos e de alguma forma eles acabm em linhas articuladas que, quando lidas em voz alta se tornam poesia. Elas não parecem nem soam tão bonitas no papel, as linhas restringem as emoções das minhas palavras e eu sentirme-ia tão limitada se os mantivesse guardados numa gaiola sobre estes blocos de papel. Pego no caderno mais recente e passo o dedo pelo meu nome impresso na capa.. Os cantos do caderno estão estampados com a linha do horizonte de New York City. Giro o caderno sobre as minhas mãos e sorrio. Foi um presente da Crane que o trouxe para casa para me dar depois de ter ido visitar o pai no verão passado. Ela ama tanto aquela cidade e às vezes tenho medo que ela deixe este sítio pelas luzes de lá, mas a maioria das vezes eu espero que ela o faça.

Lambo o meu dedo indicador e vou passando pelas páginas à procura da parte que não acabei ontem à noite. Quando a encontro, pego numa caneta do copo que está na minha secretária e deixo-me ir. Eu amo a maneira como a minha caneta desenha as minhas palavras, anseio pela liberdade que sinto ao moldar o texto.

Nunca pensei que gostava de poesia, ou mesmo perceber-la quando o meu professor me fazia escrever quatro linhas para o teste. Eu odiava e acaba sempre por escrever pensamentos  aleatórios que rimavam. Era assim até Mr. Geyser, o meu professor de Linguagem Artística do segundo ano nos pediu para escrever um pequeno texto sobre a nossa emoção favorita. Quando li o meu à turma ele disse que tinha uma estrutura muito semelhante ao de um poema e perguntou se eu já tinha escrito poesia. Eu disse-lhe que não e que não estava interessada em fazê-lo de todo. Alguns dias depois peguei num caderno das coisas velhas da minha mãe que estava na sua sala de artesanato e escrevi outro "pequeno texto". Dei por mim a moldar as palavras na minha língua, deixando a minha voz realizar o seu significado de uma maneira que a caneta não conseguia. Eu tinha um caderno inteiro  cheio de pensamentos que pareciam demasiado aleatórios e atrapalhados para serem considerados poesia mas eu adorei. Finalmente encontrei um hobby para além de espiar as vidas muito mais fixes e interessantes dos meus colegas nas redes sociais. Sempre me questionei se eles realmente se divertem ou se eles apenas são realmente bons a fingi-lo com legendas e filtros. Dei por mim a usar menos o telemóvel e com uma caneta verdadeira na minha mão. Outra coisa que os meus paiz notaram felizes.

Um mês depois quando me forcei a mostrar à Crane o que eu tinha andado a escrever no caderno, ela trouxe-o de volta com lágrimas nos olhos e implorou-me para mostrar a mais pessoas. Eu recusei, disse-lhe que ela estava a ser dramática e agradeci-lhe. Ela sempre foi aquele tipo de amiga que diz que tudo o que eu faço está ótimo. Se eu respirava ela dava uma festa e criava um novo prémio para "Melhor Respiradora do Mundo". À medida que os dias iam passando eu começava a ficar sem espanço no caderno, deixei-o na mesa de cabeceira dos meus pais. Eles também adoraram o meu trabalho, mas mesmo que não tivessem gostado eu teria preenchido todos estes cadernos com tinta azul e preta desajeitada, apenas o mesmo.

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