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PARTE TRÊS • capítulo 1: o tão maravilhoso agora

"É mais fácil ficar? É mais fácil ir?
Eu não quero saber, oh
Mas eu sei que nunca, nunca vou mudar
E você sabe que não quer que seja de outro jeito"

— Easier,
5 Seconds Of Summer

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PARTE TRÊS • CAPÍTULO UM:
o tão maravilhoso agora.

— Aiden está morto.

Quase não entendo o que está acontecendo quando atendo a ligação. Do outro lado da linha, Lissa tenta parecer o mais calma possível, mas mesmo há quilômetros de distância, sei que está nervosa. A notícia demora a ser processada por mim por conta do sono interrompido, mas quando o peso das suas palavras ganha sentido, meu peito aperta e as batidas do meu coração aceleram.

Faço algumas perguntas, uma atrás da outra, mas a mais velha não responde.

— Lissa?

— Ele está morto, America — ela repete, na tentativa de si conformar. — Ele teve um ataque cardíaco. Sentiu dor no peito na hora do jantar e desmaiou. Liguei para a ambulância, mas Aiden morreu a caminho do hospital. — A voz de Lissa falha por causa do nervosismo. — Meu marido morreu.

— Eu sinto muito, Lissa. — A minha respiração falha. — Sinto muito mesmo.

Os próximos três minutos de chamada dão lugar às lágrimas, ao choro doloroso e profundo da minha amiga.

— Eu não acredito.

— Estou indo para Inglaterra. Consigo comprar uma passagem no aeroporto — eu prometo, saindo da cama.

— America, não.

— Você não está em condição de escolher nada, Alissa! Eu vou e pronto — declaro. — Tem alguém aí contigo?

— Anne.

Me senti confortável. Nesses momentos, estar sozinho torna tudo mais difícil.

Aposto o quanto Alissa está se culpando agora. O fato é que, a morte não pede um culpado, apenas uma desculpa. E eu sei disso porque, quando vovó Martha faleceu, minha mãe sentiu-se culpada por dar tanta atenção ao trabalho no hospital, do que para a família. Carol Stone, minha mãe, conciliava bem o tempo e conseguia exercer ambas as funções, mas mãe exige mais do filho. Vovó Martha queria mais da filha. Pelo menos foi isso que minha mãe usou como desculpa para se culpar.

Suspiro profundamente.

Lembrar da vovó Martha mexe muito comigo.

Por conta do fuso horário, em Nova York são onze horas da noite. Cinco horas de diferença. Uma ideia surge de supetão, e eu considero o quão estranho poderia ser se a colocasse em prática. Por outro lado, quando se perde alguém, tudo que as pessoas precisam é um rosto amigo, alguém que ainda tenha laços contigo.

Alissa precisa de mim.

— Espera amanhecer, America. Eu estou bem.

São onze horas.

Dá tempo de pegar o avião.

— Eu quero chegar aí quando amanhecer, Alissa. — Ela resmunga, mas eu relevo dada a circunstância. — Você vai me receber?

— Com tudo que restou do meu coração, sim.

Desliguei a ligação no segundo em que coloquei o pé na porta do meu apartamento no Brooklyn. É bem pequeno, e só vivem confortavelmente duas pessoas aqui. Só há um quarto, um banheiro minúsculo que quase não consigo me movimentar sem esbarrar em algo, uma cozinha tão pequena quanto e uma sala razoavelmente agradável e aconchegante.

Quando resolvi mudar-me de Washington para Nova York, o único propósito foi cursar jornalismo na universidade daqui. Sei o quão renomada e disputada essa universidade é, então considerei a possibilidade de me juntar a vizinhança nova-iorquina. Meus pais e Greta me apoiaram instantaneamente e foi bom ter o apoio deles.

Estou no último ano cursando jornalismo. O curso é intenso, mas me encontrei quando consegui uma bolsa na Universidade de Nova York. Inicialmente, pensei em cursar publicidade, mas a curiosidade de ter uma carreira promissora como jornalista do The New York Times ganhou a disputa. Estou me superestimando, eu sei, mas eu sempre sonhei, então qual é o problema de continuar sonhando?

Assim que completei vinte anos, em novembro de 2015, decidi ter alguma formação. Assim que o Ano-Novo trouxe 2016 para preencher as páginas dos nossos calendários, me empenhei em conseguir uma bolsa de estudos na Universidade. Eu queria Nova York, e sabia que precisava criar certa independência. Greta não morava mais em casa, mudou-se para a do seu namorado e meus pais trabalhavam como se não houvesse amanhã.

A casa era só minha.

E de Doc, meu fiel companheiro.

Vovó Tim, em parceria com vovó Aimée e vovô Luid guardaram, ao longo dos anos, uma quantia significativa de dinheiro para mim. Quando completei vinte e um anos, no natal daquele ano — 2016, se lembro bem — eles me presentearam e disseram que fizeram o mesmo com Greta, quando ela atingiu tal idade. Eles me entregueram um cartão, no nome da minha mãe, com a quantia de quinze mil dólares. Pelo que disseram, desde que souberam da minha existência no útero de Carol Stone, fizeram uma conta poupança para manter o dinheiro estacionado.

Eu nunca tinha usado aquele dinheiro.

Até agora.

Tenho algumas economias trabalhando na editora Van de Bosh como estagiária, mas nada muito alarmante. Ganho apenas trezentos dólares por semana e cinquenta dólares para as horas extras, quando meu chefe, Sebastian Van de Bosh, precisa do meu serviço. Meu salário mensal é de, no mínimo, mil e duzentos dólares, o suficiente para me manter bem no Brooklyn, pagando o aluguel, as contas e os gastos imprevisíveis.

Na minha bolsa há somente duzentos e dez dólares. No meu cartão, dezessete mil.

Quando Sebastian Van de Bosh contratou-me como estagiária, há quase um ano, eu passei a guardar parte do meu salário. Antes, eu trabalhava como garçonete no Coffee and Cookie e ganhava oitocentos dólares apenas. O salário cobria todas as minhas contas e as compras no supermercado, sobrava apenas cinquenta dólares para alguma emergência.

Assim que chego no aeroporto de Nova York, John F. Kennedy, procuro um caixa eletrônico para sacar quinhetos dólares. Após a sessão, direciono-me ao balcão para comprar a passagem. O valor da passagem é inacreditável, mas entrego o cartão para que a atendente faça seu trabalho. Faço o check-in das bagagens, passo pelo aparelho de identificação de metal e direciono-me até o portão de embarque. 

Assim que me acomodo, me preparo para uma viagem de quase sete horas.

São quase meia-noite.

Sete horas para chegar em Londres, especificamente em Manchester.

Perto de Homes Chapel.

Onde a família dele mora. A casa que ele morou até os dezesseis anos. Meu coração bate mais rápido só de pensar nele. Desde que voltei do fim de semana, ele só me contatou duas vezes. A primeira vez, a mensagem dizia que "acredita que eu sinto falta da sua risada?". Ele me enviou isso em dezembro daquele ano. Eu senti uma leve esperança, mesmo sabendo que era ilusão aguçada pela saudade.

Merda, como eu lutei contra o impulso. O impulso de ir atrás de Harry Styles.

A segunda vez foi há um ano, quando eu estava saindo da editora Van de Bosh. Eu o vi. Tive quase a certeza de que o tinha visto. H sumiu na multidão, e eu fiquei com um quê de interrogação pelo resto da tarde. De noite, eu recebi uma mensagem dizendo "por que eu tenho a impressão de que te vi hoje? Oops, talvez não seja só impressão".

— Eu sabia! — foi o que eu exclamei.

Ao invés de xingar, eu ri.

Depois disso, nunca mais o vi. Harry Styles nunca mais se comunicou comigo. E eu, com a parcela de culpa que talvez tivesse, também não informei-me dos ocorridos. Das duas mensagens. Em ambas as suas interações comigo, eu não respondi nenhuma das duas, mas comentei algo relacionado no Instagram. Postei a foto de um cara perseguindo uma garota com a legenda "lembre-se sempre de olhar à sua volta. É possível que você tenha um admirador secreto nem tão secreto assim. E quer saber? Eu acho que eu tenho um".

E ele soube que era para ele.

Harry Styles sempre soube como provocar alguém.

Uma mulher, principalmente.

Apesar da nossa química, não resultou em um relacionamento. Resultou, na verdade, no fim de um. Colin Scott e eu não ficamos juntos. Naquela segunda, quatro de agosto, assim que desci a escada rolante do aeroporto de Washington, vi meus pais e Greta segurando um cartaz de "Bem-vinda de volta, Ursinha". Só percebi o quanto sentia saudade quando os abracei. Me senti em casa. Protegida.

Em contrapartida, sufocada pela minha irmã.

— Vai dizer que não rolou nada? — ela interroga novamente. É o primeiro sábado em família, depois do fim de semana, e tudo que venho ouvindo é a curiosidade de Greta sobre o que realmente aconteceu. Sobre um possível — e real — envolvimento íntimo. Ela só pode pressentir as coisas, porque a forma como me olha é como se já soubesse e só estivesse esperando a confirmação.

Olho para Greta e me rendo.

— Talvez.

— Eu sabia! — ela se gaba, triunfante. — Conta tudo. Quem foi o sortudo?

Balanço a cabeça, sorrindo.

Estou me lembrado. E não quero me lembrar.

— Não posso.

— Como assim não pode? — ela quer saber, com uma expressão indecifrável. — Assinou um contrato de confidencialidade por acaso?

— Claro que não.

— Vendeu sua alma para Satã?

— O quê? Não, minha grande estúpida! Só não posso contar nada — eu repito e dou risada. Greta é tão palhaça às vezes. Ela deita-se ao meu lado e prolonga a gargalhada. Quando ficamos em silêncio, reformulo a reposta: — Posso te contar algumas coisas, quando a poeira abaixar, certo? Com quem foi, não.

Ela assente e força um sorriso.

— Por causa do Colin?

É nesse momento que eu simplismente congelo no lugar. Greta sabia!

— Há quanto tempo você sabe?

— Há um ano — ela responde. — Peguei ele saindo do seu quarto, na noite de natal.

— Foi a minha primeira vez.

— Dezessete anos?

— Eu me senti pronta. Colin foi carinhoso, paciente e delicado comigo. Queria que fosse com ele — eu admito, lembrando da noite. — Pensei que gostaria dele para sempre.

— Não gosta mais?

— Não da mesma forma, Greta.

Ela se vira e eu me aconchego em seus braços.

— O que aconteceu?

— Fiquei com outro cara — eu confesso. — Esse cara me fez pegar fogo sem ao menos encostar em mim. Temos química, nos conectamos.

— E esse cara te fez repensar?

— Exatamente.

— Vocês vão ficar juntos?

— Claro que não, Greta. Aventura de fim de semana — é o que eu digo.

— Se não vão ficar juntos, por que sacrificar o relacionamento com Colin? — Greta quer saber, indignada.

— Porque não consigo mentir pra ele. Não para ele.

Já deu pra entender o que aconteceu? Uma semana depois eu terminei com Colin. Meu primo não entendeu, tentou salvar o nosso relacionamento mas não conseguiu. Se ele ficou chateado? Claro que sim. A palavra certa seria decepcionado, traído. Colin teve a minha confiança partida quando ameaçou contar para nossos pais.

Colin estava apaixonado por mim.

Pena eu não saber o que ia acontecer depois.

— Você me traiu, não foi?

— Eu sinto muito, Colin — admito e uma lágrima escorre. — Peço perdão.

Ele emite um som estranho.

Meu coração está despedaçado agora.

— Você pede perdão?

— É o que posso fazer, cara. O que você espera que eu diga? Que me arrependo?

— É o mínimo — ele considera, só que eu não respondo. — Você não se arrepende.

Dou de ombros.

— Já pedi desculpas.

— É o mínimo que consegue fazer, America? — Agora Colin está chorando. O que eu tô fazendo? — Eu sou apaixonado por você, garota. Eu sou!

— Você não vai me querer depois da traição!

— Eu deveria?

Mordo a boca, nervosa.

— Eu nunca te pediria isso.

Sabe o problema? Mesmo chateados um com o outro, nós transamos naquela noite. Foi o sexo mais bruto que já fizemos. Não tinha carinho, amor da minha parte, só desejo e raiva, dissipando-se através do prazer. Colin me surpreendeu. Obviamente estava determinado a me fazer mudar de ideia, achando que o nosso passo sexual era o motivo.

Colin sempre pegou leve.

Ele era o sonho de consumo de qualquer virgem.

Naquele noite, Colin investiu em mim contra a parede com tanta força que eu não pude controlar-me. Gemi alto, pouco me importando se os vizinhos pudessem escutar. Parecia que éramos atores de um filme pornô, nem sequer usávamos preservativos. Liguei o foda-se para a prudência e aproveitei aquele transa gostosa que estávamos fazendo. Quando Colin gozou dentro de mim, eu pude sentir. Sentir que ele estava se despedindo de mim, de nós, do sexo, de beijo.

E realmente foi o fim.

— Toma.

— Pra quê isso? — eu perguntei quando ele me entregou o dinheiro.

— É pra você comprar a pílula.

E saiu do meu quarto.

Eu me senti uma verdadeira prostituta. Nua e mal paga. Vinte dólares.

No dia seguinte, eu fui até a farmácia comprar a pílula do dia seguinte. Tomei e segui com a vida, esbarrando em Colin nas festas de natal, ano-novo e outras comemorações. Colin Scott, pelo que me lembro, está morando no Canadá, com a sua atual namorada.

Tiffany Wilson, modelo da Victoria's Secret.

Deus lhe ajude.

Pelo menos, ele tem uma namorada. Eu, em contrapartida, não namorei ninguém depois de Colin Scott.

— Senhora, nós já chegamos em Londres — a comissária de bordo me avisa.

— Certo. Obrigada.

Eu nem dormi.

Sete horas acordada sem ao menos cochilar.

Saio do avião rapidamente, faço o check-out e pego as minhas bagagens. Quando saio do aeroporto internacional de Londres, Heathrow, contemplo a visão e respiro fundo. Nada melhor do que ar puro. Chamo um táxi e passo o endereço em Manchester para o taxista. O caminho é um pouco longo, mas nada que um cochilo de quem nada dormiu não fizesse o tempo passar.

— São vinte e cinco dólares.

Abro a carteira e lhe entrego o dinheiro.

— Muito obrigada — agradeço e saio do carro.

Alissa vive num casarão com entrada independente. A decoração é encantadora. Quando estou prester a apertar o interfone, alguém me aborda. E não é Alissa Renalti.

— America? Olá.

Não deveria.

Não deveria mesmo.

— Olá, Anne.

E sim, é examente essa pessoa que estão pensando.

A mãe dele.

— Fez boa viagem? — Faço que sim e sorrio. — Ela está te esperando.

— Obrigada.

Minha melhor amiga está encolhida num balanço, como se precisasse esconder-se do mundo. Seus cabelos negros estão bagunçados e deixam claro que não foram arrumados hoje — e tão cedo serão. Seu corpo ainda veste o pijama, o que seu marido lhe deu no primeiro natal juntos. Quando ela se dá conta da presença de alguém, levanta a cabeça. Seus olhos estão inchados e vermelhos. Ela chorou a noite toda, não tenho dúvidas.

— Estou aqui contigo. Não vou embora, ouviu?

Alissa está vulnerável.

Seus sentimentos estão bagunçados, incompletos e sem direção. Aiden era jovem, saudável e é inacreditável dizer que morreu de repente.

Ela se esconde em mim.

Seu choro duro cerca de dez minutos.

— Aiden nem soube.

Alissa não diz nada que faça sentido. Anne prontamente me ajuda a levá-la para dentro e acomadá-la em seu quarto. Sei do seu luto, mas um banho revigora qualquer pessoa. Ela toma contra a própria vontade, se veste e bebe um pouco de chá. Pouco tempo depois, adormece, dando o descanso que seu corpo tanto necessitava.

Anne se dispõe a preparar um café e eu aceito.

— O que ela quis dizer com "ele nem soube"? — é a primeira pergunta que faço a base de pura angústia. 

— Não faço ideia, querida.

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