coletânea Os Irmãos • zayn JAVAAD malik
SETE ANOS DEPOIS da saída, dois mil e vinte e dois.
— Você se culpa?
— Por ter deixado a banda? — Minha noiva pergunta, curiosa. Este assunto é delicado, mas não um pesadelo.
Quando penso a respeito, me faço essa pergunta.
Geralmente, dou de ombros.
— Não — é a primeira vez que respondo com convicção.
— Eu li que foi uma confusão na época — ela menciona. — As fãs se multilaram, se machucaram, fizeram coisas absurdas. Você não se culpa por isso?
— Não.
Minha noiva me olha diferente.
Ela está me achando um egoísta, sem coração.
— A culpa não foi minha — eu insisto. — Muitas fizeram isso porque estavam chateadas, outras fizem por pressão psicológica, pra me fazerem voltar atrás. Não foi culpa minha. Ou a culpa foi minha por querer seguir meu caminho sozinho? Só me arrependo de uma coisa: das minhas atitudes, não da minha decisão.
— Eu entendo.
— Mas eu pediria perdão.
— Pra quem?
— A todas elas — eu admito. — Pediria perdão pra todas que se machucaram por mim. Elas não mereciam.
— Você as ama?
— Sempre vou amar, independente de qualquer coisa.
O perdão é um pequeno passo para o homem, mas um grande passo para a humanidade.
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