DEZ ANOS DEPOIS do nascimento do filho, dois mil e vinte e sete.

— Você fez um show de graça para as suas fãs!?

— Fiz.

Meu filho quase não acredita.

— Na Europa?

— Na América — corrijo. — Foi no Brasil.

— Cacete.

— Olha a boca, garoto! — Eu repreendo e ele pede desculpas. — Isso é coisa do seu tio de Doncaster, né?

— Não sei de nada...

— Vou ter um conversa com aquele sem noção!

Ele faz bico.

— Não briga com ele, pai.

— Por quê?

— Porque ele é o meu tio preferido — ele garante.

Dou risada.

— Deixa seus outros tios ouvirem isso, garoto...

— Eu ouvi! — um coro é ouvido. Nem foi preciso olhar para saber quem era.

Minha malta insubstituível.

O cara que foi corrompido pelos amigos passando pra dar um "alô".