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capítulo 9.1: nem em um milhão de anos

MANHÃ DE DOMINGO

A cama está quente quando acordo. Permaneço deitada por mais algum tempo — tempo demais, considerando o quanto detesto ficar imóvel — até que me viro e sinto alguém ao meu lado. O corpo está quente também, mas mais que o meu. E é aí, que eu lembro do que aconteceu de madrugada. Eu deitei, conversei e dormi na cama e ao lado de H. Dormimos juntos.

Não do jeito que Harry Styles queria — que nós queríamos, na verdade, não posso tirar meu corpo fora quando eu queria tanto quanto —, mas dormimos na mesma cama. Um do lado do outro. Por sorte, nada de abraços, cabeça escondida na curva do pescoço e nem mão na cintura. Apenas dois corpos deitados lado a lado, vencidos pelo sono, cansaço ou sei lá o quê.

Abro os olhos.

Harry está dormindo, com a respiração lenta e calma. Sua boca está entreaberta. Não quero acordá-lo, mas a vontade de tocar em seu rosto, de circular suas tatuagens com os dedos vem à tona. Controlo-me de imediato, porque não quero acordá-lo. Ele está num sono profundo, tanto que eu poderia ficar aqui até que acordasse e me desejasse aquele "bom dia".

Aquele maldido bom dia rouco e gostoso.

O que tá acontecendo comigo?

Levanto da cama de H lentamente e volto para o meu quarto em silêncio. Pego o meu celular e ligo para Kellan.

— Preciso de você.

Ouço barulho do outro lado da ligação e, de repente, tudo fica quieto.

— Qualquer coisa — ele responde, solícito.

— Eu tô a fim dele.

— De quem?

— Você sabe quem, Kellan. Não aguento dizer em voz alta — admito, andando de um lado para o outro.

— Tá falando sério? — Murmuro que sim e ele emite um som de surpresa. — Por que não aguenta dizer em voz alta? Por que alguém pode ouvir?

— Também.

Estou andando cada vez mais rápido. Estou completamente deseperada.

— E mais o quê?

— Porque dói! — eu exclamo, baixinho. — Meu namorado está há quilômetros de distância de mim e eu estou gostando de outro cara. Colin me apoiou em participar do fim de semana, e agora, eu praticamente o apunhalei pelas costas! Isso é traição? É considerado?

— O que vocês fizeram?

— Nada. — Ele fica em silêncio, provavelmente esperando minha confissão. — Um selinho. E provocações. A gente admitiu vezes e vezes sem conta na madrugada que queríamos nos beijar e transar, mas não aconteceu nada. Eu não consegui. Acho que o meu lado pensante me impediu, de alguma forma.

— Deus.

— America Stone — corrijo.

— É sério? — Kellan ri nasalado. — Quando você fica nervosa o sarcasmo é o seu único mecanismo de defesa?

— O que você acha?

Eu nunca me senti assim. Estou arrependida e com remorso, mas só quando estou longe de H. Quando estou perto dele, esqueço de tudo. Parece que nada mais importa. Eu perco a noção, a razão e o sentido. A vontade me guia, e parece que sempre — ou quase todas às vezes — vence a razão. Eu simplismente esqueço que Colin Scott está em Washington esperando por mim depois de mais de um mês sem ver. E o que eu fiz, enquanto isso? Fiquei a fim de outro cara.

E não um cara qualquer.

Um cara mundialmente famoso, lindo, playboy e milionário — palavras dele, não minhas — é por quem eu tô a fim. Obviamente, nada disso me importa. Se ser bem sucedido, famoso e rico importasse, eu terminaria com Colin por mensagem de texto. É claro que, isso não excluí o quão iludida e traíra eu sou. Uma coisa não tem a ver com a outra, infelizmente.

— Se você não fez nada, qual o motivo desse surto todo? Você tá se arrependendo do quê? — Kellan quer saber, mas eu não respondo. O silêncio dele me deixa mais aflita, porque sei que ele descobrirá logo. — Não é pelo que você não fez, não é? — Kellan já sabe. Me xingo mentalmente. — É pelo que você sabe que quer fazer, e que cedo ou tarde, acabará fazendo.

— Eu me odeio.

— E de quê adianta? A vontade continuará aí com você.

Kellan suspira.

— Eu não estou te julgando, apenas abrindo os seus olhos. — Engulo em seco, com a boca seca. — O que você sente?

— Por quem?

— Você já sentiu o que sente por ele, pelo Colin?

— Não da mesma forma — eu respondo, engolindo a saliva. — Com Colin sempre foi mais suave, mais brando; com ele queima como se fosse fogo, arde dos pés à cabeça, eu mal consigo me controlar quando tô perto dele. É irracional o que passa pela minha cabeça. Eu queria, Kellan, mas o rejeitei.

— Por causa do seu namorado.

— Não, porque não queria ser esquecida no dia seguinte — confesso.

— O que você quer, Ames?

Mexo a cabeça, confusa.

— O que eu quero, eu não posso.

Só me acalmo quando deito na cama — me jogo, na verdade. Meu corpo não está tenso quando o faço, depois da conversa com Kellan. Minha cabeça, em contrapartida, está a mil. Considero a minha possível absolvição com os argumentos: eu não o beijei — quer dizer, não de língua —, nem transei com ele, apenas tive desejos sexuais do momento.

Isso não é errado.

Todo mundo sente vontade. Acho que até eu.

Niall invade o meu quarto pouco tempo depois com um prato de panquecas com mel. Ele não sabe, mas seu gesto me anima bastante. Por ora, até esqueço dos problemas e como as panquecas sem preocupações. Niall tem uma vibe muito boa, calma e livre de conflitos por si só, de boca fechada, mas quando ele começa a falar você só consegue rir e rir a cada segundo.

O auge da manhã foi:

— Quem é o seu preferido? — Olho pra ele com um quê de "você nunca saberá", mas ele não percebe. — Qual é? Me conta. Eu guardo segredo — ele assegura. — Eu prometo.

— Nem em um milhão de anos, gatinho.

Ele ergue as mãos, decepcionado.

— Por quê? 

— Não tenho resposta para essa pergunta, Niall. — Ele franze as sobrancelhas, confuso. — Agora, caso você pergunte com qual de vocês eu me identifico mais, talvez eu responda.

— Com quem se identifica?

— Contigo.

Ele sorri, e é o sorriso mais bonito que eu já vi.

— Comigo? Por quê?

— Porque temos muitas coisas em comum. Somos parecidos. Você gosta de comer, eu também. Você gosta de dormir, e opa!, eu também! — Conto e nós dois rimos. — Você é divertido, altoastral, gente do bem e... preciso dizer que eu também sou? — Ele nega e ri novamente. — E o melhor de todos: você pode estar passando por uma situação de merda, você sempre estará lá para quem precisar. Somos altruístas e empáticos, têm características mais humanas que essas? Eu acho que não.

Niall sorri, grato.

— Você é fantástica.

— E alguma vez você duvidou disso?

[...]

— Você. O tempo todo foi você.

[...]


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