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capítulo 23: ponto e vírgula

É inacreditável pensar no modo como as coisas simplismente mudam.

Há tantas mudanças sobre mim que muitos ainda não sabem, principalmente meus pais, Greta e Colin. E mais recentemente Kellan. Como eu me tornei fã, mencionei com Lissa, Kellan e Greta uma vez —, e acredito que meus pais desconfiem — mas como eu me tornei Directioner, não. Isto tudo começou com o clipe de lançamento de What Makes You Beautiful, em agosto de 2011, e até então, um ano e um mês após a formação da boyband One Direction, eu ainda me considerava uma simples fã.

Após isso, eu era mais alguma coisa.

E é aí, que a história começa a complicar.

Começamos a descomplicar quando entendemos que há estágios. Em relação à uma banda pensamos que é um estágio de amor, carinho e dedicação. Ainda não. Se considerar admiradora, fã ou Directioner não mede o nível de importância com o que está em questão. Não podemos pôr na balança e afirmar que uma Directioner ama mais a One Direction do que uma admiradora. E daí que ela só os admira? Não podemos simplismente dizer que não os ama por algo tão insignificante. Um título não define intensidade de amor, carinho e dedicação.

Um título é apenas um título.

E é isso que eu adoraria que metade do meu fandom entendesse: um título não é capaz de definir um sentimento; um sentimento é sempre um sentimento, bom ou ruim, não importa, pelo menos esse alguém está sentindo algum coisa. Ouvi em alguma série — na qual sou incapaz de lembrar agora — que tem uma coisinha que nos faz perceber que somos seres humanos com semelhanças: a dor. Sentimos dor, com intensidades diferentes, claro, mas somos sensíveis a dor.

Títulos não importam.

Saber mais ou saber menos, também não.

Essa fã que tanto julgam por não estar no nosso nível — seja lá qual for o meu, e se eu tiver um, aliás — tem o total direito de medir a intensidade, seja lá de admiração ou idolatria. É melhor amar alguém por dois minutos do próprio dia, da semana, ou do mês, que seja, e amar com sinceridade, do que amar todos os dias, cada segundo e minuto, e ser apenas pela aparência ou a famosa modinha. No fim, essa pessoa é mais Directioner do que a gente, porque mede amor, enquanto a gente só pensa em medir informação.

Antes mesmo desta competição ser idealizada, eu me convencia constantemente de que existe uma linha gigantesca entre uma fã e uma directioner. E só existe um título. Não interessa o que você é, e se você é alguma coisa, importa apenas que você está pronta para apoiá-los. Às vezes, eu tenho a impressão de que tudo que o Niall, Harry, Liam, Louis e o Zayn querem ouvir é um "apoiamos vocês", mas a amarga e crua realidade é que perdemos tempo demais dando importância às milhões de visualizações nos videoclipes, criticando as atuais namoradas — e até as ex's — ou exaltando algum bromance pra nos dar conta disso.

Detesto apontar erros, mas essa foi a única maneira de identificar os meus.

Não precisamos de um título.

Eu não preciso.

Isso só serve para alastrar mensagens de ódio entre nós do próprio fandom.

— Estou nervosa — admito.

A iluminação do camarim é pouca, mas consigo identificar Kellan Rich.

— Relaxa.

— Você parece calmo.

— Só pareço —, ele começa, forçando um sorriso calmo — porque por dentro pareço que vou explodir.

— E está pedindo pra eu relaxar por quê?

Ele sorri de leve:

— Porque não importa o quão nervoso eu esteja, é meu dever acalmar você.

Os meus ombros relaxam.

Sinto que respiro bem melhor.

E um terço do meu nervosismo desaparece.

— Obrigada por ser meu amigo.

— Seu amigo, não; melhor amigo — ele corrige. — Sou seu melhor amigo, Ames.

Dou risada e concordo.

— Obrigada, Kellan.

Ele se senta ao meu lado e segura minha mão.

— Não importa o que aconteça naquele palco, independente do resultado, quero continuar sendo seu melhor amigo. E quero que você continue sendo minha melhor amiga — Kellan admite, levando o resto do nervosismo consigo. — E não importa o que aconteça lá fora, no mundo de verdade, só atenda o celular, OK?

— Pra quê?

— Só confia em mim — ele pede e eu considero.

Alguém mexe no meu cabelo.

Já estou desconcentrada o bastante, querida.

— Tudo bem.

Kellan ergue a sobrancelha.

— De mindinho? — Quando pretendo estender o dedo, ele continua: — Sabe que promessas de mindinho não podem ser desfeitas, não é?

— Com toda certeza — e estendo o meu dedo.

— Atenda a ligação, America.

— Eu prometi! Juro que vou atender você.

— E quem disse que serei eu? — ele questiona.

America desanima:

— E quem será?

Kellan dá um sorriso triunfante.

— Só vai saber se entender a ligaçãoooo.

Ele fez propósito.

Só me deixou curiosa pra ter certeza de que vou atender a ligação.

É, parece que eu vou mesmo ter que atender.

— Tá na hora — é o diretor do programa do James que nos chama.

Sorrio de leve.

E é naquele instante que tudo parece se mover em câmera lenta — ou numa velocidade reduzida — perante os meus olhos. Vejo as paredes fora de foco, a decoração deformada, o palco e o homem barrigudo com um grande sorriso sem definição e o volume da plateia é quase inexistente. Ele existe, e sei disso porque as pessoas mexem os braços pra lá e pra cá e suas bocas fazem movimentos rápidos e certeiros. Só que eu pareço estar inerte ao mundo real, tanto que James conversa comigo e eu sou área nas respostas.

Acordo um pouco quando James dá a notícia da presença das eliminadas.

Kellan aperta minha mão.

Yasmin sorri, Melinda pisca pra mim e dá um sorriso de "parabéns, vadia, você vai conseguir" enquanto Lety, Emy e Louisa acenam descontroladamente. Sorrio e aceno de volta, e então vejo Bárbara. Barbie parece perdida e sem encontrar o seu lugar, e fico tentada a levantar e lhe dar um abraço.

Desvio a atenção.

Se continuaria olhando para Bárbara sentirei vontade de consolá-la, então serei a sem noção a deixar o apresentador falando sozinho para ir até ela. Desde sua eliminação — expulsão, na verdade — penso até onde ela teria chego se Chelsea não tivesse tramado contra Barbie. Será que ela estaria na final, no meu lugar ou de Kellan?

— America, venho percebendo que você está um pouco aérea — é James clamando pela minha atenção. — Você está pensativa, por acaso é sobre o resultado da competição?

Olho pra Kellan.

Ele não vai responder por mim.

— Não, não é sobre isso.

— E sobre o que é? Compartilhe com a gente.

Forço um sorriso, pensado.

Conto ou não? Eu posso mentir, obviamente. Só que uma voz pequenininha e distante dizia: "você já mentiu demais". Então, eu lhe dou ouvidos:

— Estava pensando em uma das eliminadas.

O olhar de James demonstra curiosidade.

— Em qual delas?

— Bárbara Evans — respondo e olho para Barbie. Os olhos dela marejam tentando entender. — Estava me perguntando o que teria acontecido com a participação dela, se não tivesse sido expulsa. Será que ela estaria no meu lugar ou no de Kellan? Há muitas possibilidades se não tivesse acontecido o que aconteceu. E as câmeras de segurança não viram o ato? E por que nós nunca soubemos o que aconteceu de verdade?

James me olhou disposta a responder.

— Não acha que seria complicado explicar?

Faço que não:

— Acho que seria complicado de entender. — James me lança um olhar de interrogação. — Explicar é moleza, James. Qualquer um de nós consegue explicar alguma coisa, o difícil é fazer alguém entender.

Neste momento todo mundo estava olhando para Bárbara com aquele olhar de desdenho, não porque ela sofreu uma injusta expulsão —, até porque ninguém sabia disso — mas porque era a garota que sabotou outra participante. Ninguém sabia realmente dos fatos, dos motivos, da armação, até porque os detalhes não foram revelados. Devem ter espalhado pela internet que a "vítima" preferiu sigilo sobre a situação.

O ser humano é tão cruel.

O mundo é tão injusto com as pessoas erradas.

— Chelsea Stuwart pediu discrição, apenas.

O meu cérebro ri.

O que foi que eu falei mesmo?

Kellan cruza o olhar com o meu e suplica calma.

— Enfim, o que vocês acham de música?

Um sopro necessário de calmaria chegou em mim quando o som de Story Of My Life preencheu o estúdio. Se eles invadissem o palco, seria fantástico!, pensei. E no segundo seguindo, as portas automáticas se abriram e eles saíram de lá de dentro. Um do lado do outro, usando ternos pretos e camisas brancas, cada um ao seu modo e estilo, esfregando a beleza na minha cara.

Puxei o ar.

Droga, ele não veio.

A plateia se levantou e entrou no ritmo na música.

Quando me levantei, e sorri, megacontente com a presença deles, olhei pra Kellan. Gritei com os olhos. E ele entendeu, rindo levemente. Os meninos acenaram para nós dois logo depois. Meu corpo relaxou, a tensão sumiu e a respiração apesar de estar acelerada devido à surpresa inesperada, podia ser considerada estável.

Acenei de volta.

Então acompanhei a música.

Na parte de H, recebi uma piscadinha discreta. Senti uma leve queimação.

E me perdi em devaneios.

— Wow! Vocês se superaram — James começou.

Espere aí. Já acabou?

Olhei ao redor e percebi que sim. Eu viajei mesmo.

— Obrigada, James! — Liam agradeceu.

— E então, ansiosos para descobrir o vencedor?

Louis respondeu:

— Há um mês.

Todos riram.

— E pra quem vai a torcida? — James perguntou, procurando o alvo. — Niall.

— Impossível responder! Acompanhei a participação de ambos, e vi que são ótimas pessoas e fãs dedicados, e que são grandes amigos, mas realmente não sei pra quem torcer — Niall explicou, e eu sabia que não queria se comprometer e nem influenciar o público.

— Poxa... — James lamentou, correndo os olhos. — E você, Harry?

— Eu o quê?

— Pensa o mesmo que o Niall?

— Ah, entendi. Hum, penso, infelizmente — H responde, meio perdido. — America é uma fã muito doce e meiga, e eu tive o prazer de conversar bastante com ela quando fizemos uma surpresa no aniversário da banda. Com Kellan também. É um cara legal e admiro a coragem e a firmeza de ser melhor amigo de uma garota tão bonita.

A plateia riu.

— Então acha a nossa finalista America Stone bonita? — James provoca.

Preciso de um lugar pra me esconder!

— James, todas as minhas fãs são lindas —, ele começa, confiante — mas confesso que a America é muito bonita.

Adeus.

O que restou de mim, se foi.

Sinto as minhas bochechas queimarem.

Kellan empurra meu ombro. Quando olho pra ele, tem aquele olhar de "eu disse".

Escondo meu rosto com as mãos, envergonhada.

— Olha, gente, ela tá com vergonha — Kellan provoca.

A plateia arrasta um "aaaaa".

James provoca Harry mais um pouco e a brincadeira cai no esquecimento.

Quando James anuncia que o resultado está prestes a ser anunciado, desejei desesperadamente voltar ao momento de constrangimento, que todo mundo ouviu Harry Styles dizer que acha uma fã bonita. Queria congelar o momento em que James anunciou o intervalo, e nos explicou o processo rapidamente.

E quando o programa voltou ao vivo.

E mais ainda quando o silêncio correu pelo estúdio. Um silêncio desconfortável.

Enlacei minha mão na de Kellan.

— Boa sorte — apenas mexi os lábios, sem som.

Kellan retribuiu.

James começou:

— E o grande vencedor do tão desejado fim de semana com a One Direction é...

James olhou pro telão;

A plateia e as eliminadas olharam para o telão;

Os meninos olharam para o telão;

O público de casa também estava olhando;

Kellan e eu, principalmente.

Foram os cinco segundos mais longos e dolorosos da minha vida. Parecia uma eternidade. Uma punição. Um castigo. Esperar nunca foi o meu forte, porque nunca tive paciência para isso. Cinco segundos. Quando o telão acendeu de repente, eu percebi porque não gostava de esperar quando o nome que apareceu lá não era o meu.

Não me matem! As respostas estão no próximo capítulo.

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