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capítulo 2.2: o coração tem razões que a própria razão desconhece

"Se você será meu
Não vai, não vai
Então, baby, se você disser que quer que eu fique, fique para a noite
Eu vou mudar de ideia"

— Change My Mind,
One Direction.

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CAPÍTULO DOIS
o coração tem razões que a própria razão desconhece.

O meu alívio tranformou-se instantaneamente em pânico quando vi uma mala no corredor entre a cozinha e a sala. Eu reconhecia bem o cheiro dissipando-se no ar daquela maldita fragrância francesa que ele tanto usava. Por um segundo, suspeitei que fosse Kellan, mas eu não havia respondido sua mensagem com o endereço da casa de Alissa.

Não podia ser.

Pedi a Deus que eu estivesse delirando.

— De quem é a mala?

Alissa engole em seco, compartilhando o meu possível desespero.

— Do meu filho — Anne me responde, orgulhosa. Quase engasgo, mas forço um sorriso e me retiro. O jardim é a minha escapatória. A única ao meu alcance. Estou andando de um lado para o outro, abrindo e fechando os olhos, com a respiração estacionada na garganta. O alívio não vem.

— Não me lembro de você fora do controle.

Porra.

Me virei bruscamente.

— Ahã.

— Ahã? — Ele sorri. Sinto um arrepio na espinha. — Você era mais criativa.

Mas que porra!

Isso não deveria estar acontecendo. Não comigo. Eu sempre paguei impostos corretamente.

— Foi mal pelo susto.

— Acho que agora estamos empatados — eu digo, me referindo ao fim de semana. Ele sorri, entendendo. Ele está usando uma calça branca de algum tecido mega milionário e um blusão, do tipo que a Ariana Grande usa normalmente. Porra, ele está usando óculos. O quão fodido isso é? Esse reencontro não deveria ter acontecido.

— Isso é fodido.

Ele cruza os braços, surpreso.

— Por que parece que foi ontem?

— Exatamente.

— Cadê sua namorada? — eu questiono.

— Está lá dentro.

Assinto, indiferente.

— Cadê o seu namorado?

— Não tenho — respondo, mas gostaria de poder dizer que estava lá dentro. — Vendeu sua alma pra Satã?

Ele ri.

— Vendi.

— Isso não é engraçado.

Ele ergue as mãos, rendendo-se.

— Ela é legal.

Solto um riso nasalado de puro deboche.

— Então estamos falando de duas pessoas diferentes — eu deixo claro. — Chelsea Stuwart não tem nada de legal.

— Pessoas mudam. Ela mudou.

— Ela me odeia.

— Odiava — ele corrige. — Não julgue sem ter certeza. Você mesma dizia isso.

— Eu tinha dezoito.

— E agora tem vinte e três. O que mudou?

Dou de ombros.

— Você continua bonita.

— Bonita? — E lá está outro riso nasalado. — Você já foi mais autêntico.

— Eu ainda sou.

Reviro os olhos e ele puxa um maço de cigarro do bolso traseiro da calça.

— Desde quando você fuma?

— Quando estou nervoso — ele responde.

— Eu me referi ao tempo, não ao porquê.

Só que ele é teimoso:

Desde quando estou nervoso.

Foda-se. — E lhe dou as costas. — Você mudou bastante. É tão babaca quanto.

— Eu continuo o mesmo.

Eu viro, olhando para si.

— Não, não continua — eu admito. — Esse aqui —, começo, analisando-o de cima a baixo — não é o Harry Styles que eu conheci. — Ele engole em seco, sério. — Você perdeu a sua essência, o que te preenchia e te tornava diferente. Não sei mais quem é você.

Eu estava chateada.

Por muitos motivos, na verdade.

Ele não deveria ter vindo. O primeiro motivo é que não é amigo da família Renalti. Nunca foi. Anne tentou conectar seus amigos com a vida popstar do filho, mas sempre foi difícil. O segundo — e que mais tira a minha paciência — é que não há justificativa para sua vinda. Harry não era amigo da Alissa nem do Aiden.

Isso é a cara da Chelsea.

Ou não.

Um soco na minha cara quando adentrei a sala e a encontrei conversando pacificamente e, ouso dizer, de um jeito diferente e suspeito com Anne e Alissa. Seu jeito estava realmente diferente, e não era só impressão. Ela estava bonita, e de uma maneira completamente natural. Sua pele diariamente hidratada, realçando o rubor das bochechas e as sardas no nariz e embaixo dos olhos. Os seus cabelos loiros estavam impecáveis e naturais, com os cachos mais vivos do que nunca. Chelsea estava linda. Agora mais do que nunca.

— America, junte-se a nós.

O convite da mãe do de olhos verdes me incomoda.

— Esta é Chelsea —, Anne apresenta, educadamente — mas vocês já se conhecerem anos atrás, certo?

— Quando éramos adolescentes — Chelsea responde, forçando um sorriso. — Olá, America. Como você está?

— Bem.

— Anne me contou que você está vivendo em Nova York.

Me sentei no sofá.

Não sou atriz, mas que comece a encenação.

— Tudo relacionado a minha vida profissional.

Ela assente e sorri.

Alissa está incomodada e distante.

Com o almoço pronto, nos reunimos para comer antes do velório. Sentei-me na frente do casal 20.

— Como vocês se conheceram? — Alissa quer saber, bebendo o vinho.

Chelsea olha para o namorado com adoração.

— Num desfile — Harry responde. Mantenho o olhar no prato. — Após o desfile algumas modelos foram a uma boate e eu as acompanhei. Foi lá que conheci Chelsea.

— Foi o meu segundo desfile como angel.

O assunto corre pela mesa, indo e vindo naturalmente e eu apenas fico calada. Não quero ser ignorante, mas também não quero fingir que nada aconteceu. Muita coisa aconteceu e Chelsea simplismente se deu bem. Não consigo olhá-la e não me lembrar de Bárbara. De todas a meninas, foi a única que mantive contato constante.

Ela superou, mas eu não.

Eu ainda não esqueci a crueldade de Chelsea.

— Em que bairro de Nova York você vive, America? — a loira questiona.

— Brooklyn.

— Que emociante.

Sinto os olhos dele sob mim. Quase me queimam.

— Não sabia que vocês mantinham contato desde o fim de semana — Chelsea comenta, olhando para mim.

— Não mantemos — assegurei.

— Eu tentei — H admite, erguendo o olhar — anos atrás. Você nunca me respondeu.

— Era suposto eu responder?

— Em consideração aos nossos momentos, sim.

— Éramos adolescentes — eu argumento, gostando da interação. — Quando você me mandou mensagem, éramos adultos. Seria estranho. Não sabia como falar contigo. Cara, eu fui sua fã por muitos anos.

— Foi?

— Você me entendeu.

— Certo. — Ele ri e umidece a boca. — Como você costumava me chamar mesmo?

— Alguma coisa do tipo melosa.

— Fato. Mas nada que eu fiz me entrega.

— "Minha linda", — eu desdenho, revirando os olhos. — Que clichê. Você era tão dramático e mulherengo.

Ele gargalha.

— E como você sabia? Ah, certo. Você me espionava.

— Uma vírgula! — Eu nego de imediato. — Você invadia o meu quarto de noite, parecendo um maníaco psicopata, e eu ainda acordava com você me observando. Deus é pai. Como eu conseguia dormir? Mas acredite, você sempre foi suspeito. Aquele sorriso mega confiante, andar sedutor e essas covinhas não me derretiam.

— Você nunca reclamou.

— Eu estava fora da minha zona de conforto — justifico.

Ele se rende, mas sorri.

— Certo. Você ganhou.

— Óbvio.

Abaixo a cabeça, analisando a situação.

— Tivemos nossos momentos — ele comenta, olhando para mim.

— Sim, nós tivemos.

E desviamos o olhar.

— Nem de longe eu teria criado boas memórias —, Chelsea assegura — mas fico feliz que você tenha conseguido.

Quase jogo a taça de vinho nela.

— Eu também.

Harry sorri e eu desisto de humilhá-la.

— O que você faz, America?

— Estou como estagiária na editora Van de Bosh há um ano. Em breve, vão me efetivar — eu conto, entusiasmada. — Queria que tivesse acontecido no semestre passado, mas fiquei pra segunda chamada.

— Na Van de Bosh? Uau.

Harry concorda:

— Combina contigo. Se imagina na carreira?

— Algo relacionado — eu digo.

— Como o quê? — Anne questiona, curiosa.

— Estou no último ano da faculdade de jornalismo, na Universidade de Nova York — eu conto.

Chelsea engole o vinho com dificuldade.

— Sempre sonhei que um dos meus filhos cursasse direito ou jornalismo.

Anne finge decepção.

— Desculpa, mãe. — H mostra um sorriso.

— Você é jovem. Pode mudar de carreira — Alissa palpita, em sua primeira participação à nossa conversa.

— O difícil é mudar quem tá acostumado com os holofotes da Gucci.

Harry me olha debochado.

— Ou não.

— Só na prática pra ter certeza — eu insisto.

Chelsea concorda.

Alissa, de repente, diz:

— Chega. Aiden Reed já está enjoado.

Eu entendo, os outros, não.

— Seu marido?

— Na verdade, o filho dele — ela explicou, alisando a barriga.

É assim, sem mais nem menos, que a notícia de um bebê vêm à tona, acompanhado do som da campainha.


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