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capítulo 16: uma decisão necessária [+16]

A vodka desceu queimando a garganta. Há meses não bebo um copo sequer de bebida alcoólica pelo simples fato de estar em turnê mundial. Os assessores da banda — e um cara quase na meia idade chamado Paul Higgings — fazem questão de nos deixar longe dos bares e das boates noturnas nas épocas de shows, com intuito de evitar pequenos incidentes — e nos manter sóbrios, para alegar o quão responsáveis e jovens de boa influência somos.

Não que não sejamos — somos, demais até, só que acredito que parte dessa boa influência se dá pela insistência dos assessores de passarmos uma imagem de, como eles mesmos dizem, "limpos e recatados". Não que, se esse aconselhamento — ordem, na verdade — não existisse ou não fosse exigido com tanto rigor, seríamos má influência, passando a imagem de que o que importa é beber, fumar e fazer sexo — não que transar seja uma prática ruim, porque não é —, mas acredito que a liberdade seria maior e a pressão não existiria.

Às vezes, tudo que está em minha mente é que preciso relaxar um pouco. E, às vezes, tudo o que eu quero — e preciso — é relaxar. Começando por me desligar da mídia, das redes sociais, usá-la com a menor frequência possível apenas para usufruir do tempo perdido lá, relaxando. Me cobro muito por não ser tão presente, sinto pelas minhas fãs, mas elas têm tudo de mim, desde a minha atenção e agradecimentos eternos à carinho, será que é demais reservar um tempo — uma pequena parte, apenas — para mim? É o mínimo que posso ter se comparado ao meu cansaço estando apenas na metade da turnê, já que o fim é só em outubro.

E estamos em julho.

O gole é ainda mais sedento pela vodka.

Não sou alcoólatra, mas gosto dessa em específico. A minha vontade estava voraz, principalmente depois de meses sem beber, mas agora, com a minha vontade saciada, ficarei semanas sem sentir vontade de outra dose.

O corpo seminu na cama me chama atenção.

— Hum... — ela resmunga e se mexe na cama.

Sentado no sofá, viro o rosto.

— Bom dia.

— Ainda não, Ken — esclareço e solto uma leve risada. — São três da manhã.

Kendall senta-se na cama.

— Ai, meu Deus!

— Você só tava cansada — explico e pouso o copo na bandeja de prata. — E ainda está. Seus olhos continuam pequenos. Continue dormindo.

Ela resmunga, espreguiçando levemente.

— Vem pra cama comigo.

O segundo sentido em seu pedido me atingiu.

Kendall estava linda, mesmo sem maquiagem e com o cabelo despenteado. A minha blusa batia no meio das suas coxas, contornando sua cintura e se assentando nos quadris. A sua bunda, levemente arrebitada, foi contornada pela blusa, e os seus seios, ainda que pequenos, estavam bem visíveis. Mesmo sendo uma das Kardashians, Kendall não tem o mesmo padrão de corpo que as irmãs. Enquanto as outras são baixas, com seios e bunda grandes e o quadril bem modelado, Kendall é mais esguia e curvilínea. Com medidas pequenas, sem nenhum conteúdo em grande quantidade, ela conseguia ser mais sensual e bonita aos meus olhos que as outras.

— Não quer dormir?

Ela negou e prendeu os cabelos num coque.

O pescoço longo e delicado de Kendall ficou às vistas, literalmente diante dos meus olhos. O meu estranho e incomum fetiche — recentemente pré-descoberto, sendo sincero — estalou o meu corpo, fazendo o sangue descer lá pra baixo.

Droga, eu não planejei terminar a noite assim.

Os lábios convidativos de Kendall estavam entreabertos, e num movimento calculado, ela comprimiu as pernas, apertandos uma contra a outra bem na minha frente. E lá se foi o meu autocontrole. O ar que restava na minha boxer desapareceu, e ainda que eu não sinta aquela atração por ela, nem mesmo se eu quisesse, sendo provocado e estimulado propositalmente, eu conseguiria rejeitá-la ou, que seja, permanecer intacto.

O sangue lá embaixo latejou.

Amaldiçoei meus instintos masculinos imediatamente — ou parte dele.

Adiantei meu corpo e engatinhei da ponta da cama até Kendall. Quando a alcancei, beijei sua boca sem medir a intensidade. Saciei minha vontade superficialmente enquanto tirava a minha blusa e a calcinha. Quando me livrei da boxer e me protegi, assim mesmo, sem me preocupar com as preliminares, dei início ao ato. Não tínhamos aquela química, mas bastava.

Quando os indícios do clímax se aproximaram, soltei o meu primeiro suspiro de pura excitação.

Kendall gemia entre uma investida e outra.

E nada mais.

Por mais dinheiro que tivéssemos, não há riqueza que compre química sexual; sentimentos amorosos, menos ainda. Contudo, nunca compartilhei minha insatisfação sexual para Kendall — apesar de suspeitar que ela pense o mesmo. E isso, de maneira nenhuma significa que ela não é interessante, ou que eu, ridiculamente comentando por alto, seja ruim de cama (isso é impossível!), o problema, é que a nossa química não supri as nossas vontades.

Em segundos contados, minha respiração estabilizou-se tão rápido que parecia que eu nem tinha transado.

O sexo só aconteceu a primeira vez porque tínhamos — temos, na verdade — um acordo com nossos assessores. O acordo expirou há dois meses, mas decidimos prolongá-lo por livre e espontânea vontade. Quando nos encontramos as primeiras vezes, eu confesso, eu tinha muita vontade de transar com Kendall. Hoje vejo que foi por curiosidade, apenas. O tesão me cegou, por isso continuamos transando até eu perceber claramente que a chama sexual não existia entre nós. Só "acordo" porque sou homem e porque Kendall é bonita, gostosa e temos um acordo.

No banheiro, tomo banho.

Quando retorno ao quarto, ela está dormindo novamente.

Me sinto péssimo por usá-la descaradamente. Eu sei, sou um babaca, mas, às vezes, tenho esperança. Uma leve esperança de que podemos dar certo, ainda que por vezes eu pareça não tão confiante quanto a isso. Já está sendo difícil disfarçar minha insatisfação, mas eu não irei dizer isso quando anunciar que quero romper.

E será logo, não posso enganá-la mais.

Ouço o bipe do meu Iphone e eu rapidamente confiro as mensagens no ecrã. Uma delas é de Liam, perguntando se a viagem até Los Angeles foi boa e se estou bem. Liam é um dos meus companheiros de banda e é o membro mais sensato e responsável — se bem que agora está um pouco corrompido. Se tenho um problema, é a ele que recorro.

Respondo que estou bem.

Céus, onde ele está mesmo? São quatro da manhã.

— E aí, cara.

— Conta — ele atende já dando ordem.

Dou risada.

Pelo visto algumas coisas nunca mudam.

Levanto da cama e saio do quarto. No corredor, solto um longo e pesado suspiro.

— Sabe quando você tem consideração por alguém e até imagina que esse alguém seria perfeita do seu lado no futuro? — Encosto o corpo na parede, e tombo a cabeça. — Kendall seria uma ótima companheira — admito, fechando os olhos, mas fico quieto por um tempo por saber o que vem a seguir — mas não sinto aquela chama ardente por ela. Sinto a necessidade de dar atenção e ser gentil, mas não de amá-la. O problema é que eu acho que pode dar certo, de alguma forma.

— Você tá confuso.

Respondo que sim.

— Como posso ter certeza de que posso amá-la?

— Tem uma maneira — Liam responde.

— Qual?

— Você só precisa responder uma pergunta: — meu amigo explica, pacientemente — daria a sua vida por ela?

De início, a pergunta soa sem sentido pra mim.

— Como assim? —, peço explicações.

— Simples, irmão: você poderia amá-la ao ponto de dar a sua vida por Kendall?

Um click me trouxe o sentido da pergunta.

De imediato, eu soube a resposta. A decepção me atingiu com tudo, mostrando que mesmo com a tentativa eu e Kendall não daríamos certo. O problema sou eu, porque sei que não consigo — e nem conseguirei — amá-la ao ponto de dar a minha vida por ela, para salvá-la.

— Não, Liam —, começo, e abaixo a cabeça — não consigo amá-la a esse ponto.

— Sinto muito, Harry.

Cerca de dez minutos depois, desligo a ligação.

Não dá mais.

O cheiro de bacon está no ar quando desperto.

Provavelmente já amanheceu e Kendall está na cozinha, preparando o café da manhã. O cheiro é incrivelmente bom e me admiro ao ponto de saber que ela cozinha tão bem. Geralmente o máximo que consigo de manhã é um café no Starbucks, mas nada feito em casa.

Eu sou tão babaca.

Antes de ir para a cozinha, resolvo tomar um banho. É rápido e agradável, e me oferece um tempo para pensar. Enxugo-me e visto a boxer, o moletom e uma blusa preta. Nos pés, as minhas típicas meias, porque sim, eu gosto de andar de meias e me sinto exposto quando não as uso. Um chinelo também seria agradável, mas o conforto que um par de meias — mesmo no calor — me proporciona é inimaginável.

Quando entro na cozinha, Kendall está vestindo uma calça de ginástica e um cropped e está atendendo ao chamado da frigideira.

— Bom dia.

Kendall se vira e sorri.

Sou atingido com um tapa na cara por sua gentileza.

Eu sou mesmo um babaca.

— Bom dia, Harry — ela devolve. — Seu café forte tá pronto — e aponta com a cabeça para a cafeteira na bancada — e seus ovos mexidos com bacon estão aqui. Espero que goste — e põe na minha frente o prato com aspecto e cheiro delicioso.

Mais uma demonstração de afeto esfregando o quanto sou um idiota.

Forço um sorriso.

— Obrigada, Ken. Não precisava fazer café pra mim.

Ela se inclina e pega uma embalagem.

— Não foi nada — admite.

— Tá comendo meu Pringles de Cheedar?

Levei um pouco dos ovos e do bacon à boca.

— Estou! Essas batatas são incríveis — comentou, levando uma até a boca.

Dou risada.

O bacon com os ovos estão saborosos.

O café está ao ponto.

Uma refeição simples e está além da perfeição.

— Ficou bom?

Com a boca cheia, respondo que sim com a cabeça.

Estou evitando o inevitável.

Dou um gole no café e resolvo começar.

— Kendall...

— Eu sei — ela me interrompe. Tomo um susto, e fico sem reação. — Eu ouvi a sua conversa no telefone. Desculpa a invasão, mas foi inevitável. E quer saber? Tá tudo bem.

— Não, Ken, não tá tudo bem.

— Eu te entendo mesmo — ela admite, e seus olhos enchem-se de lágrimas.

— Não deveria. — Me levanto e a puxo para os meus braços, envolvendo-a. — Não chore, por favor. Não chore. — Ela soluça e o meu coração aperta. — Me desculpa por isso, não queria te chatear. Não queria mesmo. Você é incrível, uma pessoa maravilhosa, mesmo fazendo parte de uma família tão bem resolvida como a sua. Eu sou um idiota por te dispensar depois desse café da manhã perfeito e da sua compreensão.

O choro parece diminuir.

— Tá tudo bem — ela diz baixinho.

Mais um soco na cara por isso.

— Não te mereço mesmo. Você é demais pra mim.

— Isso é verdade — ela brinca comigo e ri.

A minha risada sai fraca.

— Me desculpa?

Kendall faz que sim com a cabeça e eu a puxo para outro abraço. Aperto-a contra mim e beijo seu pescoço, e quase me arrependo quando sinto-a estremecer. Ela gosta do meu toque, mais do que eu gosto do dela. Kendall Jenner é mais do que as capas de revistas da Vogue dizem, é mais do que os desfiles mostram, é mais do que as roupas caras que ela usa, e é mais do que só mais uma das Kardashians.

Kendall Jenner é demais.

E é tanto, que quando ela sai do meu apartamento, me sinto um babaca.

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