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01

ALEXANDRA'S POV

Manhattan, Nova York
Setembro de 2024

O despertador tocou às seis e meia da manhã, e a minha melancolia se iniciou juntamente ao meu fiasco de dia. Não é que eu odiasse morar no Upper East Side – o auge do luxo de Nova York –, ou ter uma Penthouse só para mim. Muito menos o fato de eu ter a minha independência financeira aos vinte e dois anos, sem depender de viver à sombra da fama de minha "querida" mamãe. Na verdade, o buraco era bem mais embaixo, e ele vinha me atormentando há alguns dias.

Conforme procurava as minhas pantufas debaixo da minha macia cama, Madison Hayes, ou Maddie, minha melhor amiga, me ligou. Facetime, e eu não podia estar pior. Mas atendi de todo jeito.

"Hey, chefinha. Como vai? Eu e a Cory estamos pensando em curtir um japa no almoço. Você topa?"

Resmunguei com a sua pergunta. Hoje era terça-feira, e todas às terças nos; eu, Maddie e Corinne, ou Cory, nos reuníamos em um restaurante ao lado do escritório para comer comida japonesa. Hoje era terça, então acabei cedendo.

Hm, claro. E como vão as coisas? Você me ligou às... seis e quarenta e cinco, já toda maquiada... — Bocejei.

"Talvez porque eu já esteja acordada desde às cinco... Aposto que acordou agora, não foi?"

Madison era aquele tipo de garota obcecada pela rotina perfeita; acordar, ir à academia, fazer ioga, alimentação saudável. Já eu... bem, eu chutava o balde muitas vezes.

— Tá bom, tá bom, você ganhou — resmunguei, rindo enquanto me levantava.

"Nos vemos no escritório."

Madison desligou, e eu arrastei os pés até o banheiro, encarando o espelho com cara de poucos amigos. Meu cabelo estava uma bagunça, e as olheiras eram um lembrete das noites mal dormidas pensando no futuro incerto da The Zine — A minha revista.

Eu precisava de café. Urgentemente.

Joguei meu trench coat favorito por cima de uma camiseta cropped e jeans de perna larga antes de sair para a calçada. Meus vizinhos, infelizmente, já estavam acordados — e curiosos.

— Bom dia, Lexie! — Dona Whitaker, uma ex-marchand de arte com uma obsessão pela vida alheia, exclamou enquanto regava suas plantas verdes até demais para a estação pré-outonal. — Me diga, querida, você ainda está comandando aquele... como é mesmo? Uma coisa online? O Teenazine?

— É The Zine — corrigi, forçando um sorriso. — E sim, está indo muito bem. Obrigada por perguntar.

Dona Whitaker me lançou um olhar cheio de segundas intenções, com as sobrancelhas micropigmentadas arqueando dramaticamente. — Bom, se você precisar de conselhos, tenho muita experiência com empreendimentos problemáticos. É só perguntar sobre o meu primeiro casamento!

Dei uma risada educada e apressei o passo. Assim que virei a esquina, soltei um longo suspiro. Por que é que parecia que todos nesse bairro achavam que tinham um ingresso VIP para cuidar da minha vida?

O Starbucks ficava a três quarteirões, e quando eu cheguei lá, o meu humor começou a melhorar. Havia algo no cheiro do café e no som dos baristas chamando os pedidos que parecia até mesmo terapêutico.

— Um Macchiato gelado, por favor — pedi quando cheguei ao balcão. — E... vocês têm o wrap de espinafre e queijo feta hoje?

— Temos sim, senhora — respondeu o caixa com um sorriso alegre.

"Senhora". A palavra sempre me incomodava. Eu só tinha 22 anos, mas aparentemente me comportava como alguém muito mais velha. Era o trench coat? O semblante permanentemente sério e levemente cansado?

Com o meu café da manhã em mãos, eu comecei a minha caminhada até a sede da The Zine. Chamar de "sede" era extremamente generoso — era um loft médio no Chelsea, com alguns tijolos expostos e a iluminação fluorescente. Ainda assim, era meu, e isso significava muito para mim.

— Bom dia, chefinha! — Madison me cumprimentou assim que entrei. Ela estava sentada em sua mesa com aquele ar de descolada, as tranças sempre bem alinhadas juntamente ao baby hair e o seu piercing nostril brilhando, tomando seu latte gelado, o seu favorito.

— Bom dia — murmurei, colocando meu café sobre minha mesa, que estava coberta de rascunhos e anotações espalhadas. Estava tão bagunçada quanto a minha vida.

— Lex, precisamos falar sobre...

— Um segundo — interrompi, fazendo login no portal do site da The Zine. Mas o meu estômago revirou antes mesmo daqueles malditos números carregarem.

Estava bem pior do que eu imaginava. As assinaturas caindo. Visitas ao site em queda. Até o engajamento nas redes sociais — um espaço onde eu achava que nós dominávamos — estava diminuindo.

— Isso não pode estar certo — sussurrei, atualizando a página.

Madison girou sua cadeira em minha direção. — Ah, tá certo.

Levantei os olhos para ela, sentindo meu coração afundar. — Como você sabe?

— Porque eu estou dizendo há semanas que precisamos de alguma coisa nova — algo grande. Nostalgia é ótima, Lex, mas as pessoas querem mais. Elas querem alguém para se apaixonar, obsessivamente seguir, stalkear no Instagram. Você sabe, um rosto.

— Já ouvi essa palestrinha antes, Mads. — suspirei, me recostando na cadeira.

— E eu estou repetindo porque nós estamos a-fun-dan-do. Você precisa pensar fora da sua caixinha Y2K, future nostalgia e glitter rosa — ela disse, batendo as unhas perfeitamente feitas na mesa. — E é por isso que eu tenho um plano.

Madison sempre tinha um plano. A maioria deles era selvagem, quase imprudente, mas eles tinham o hábito de funcionar. — Tá bom — eu disse, arqueando uma sobrancelha. — Qual é o plano?

— Fórmula 1. Los Angeles. Mês que vem.

Inclinei a cabeça, confusa. — Carros? Você acha que a The Zine precisa cobrir carros?

— Não, Alexandra! Por Deus. Eu acho que você precisa cobrir os pilotos. Pilotos jovens, ricos e bonitos. Eles estão bombando no TikTok, Lex. Se você conseguir uma entrevista com um deles — talvez até uma capa — você pode salvar isso aqui.

Olhei de volta para a tela, para os gráficos em queda que pareciam zombar de mim. — E você acha que isso vai funcionar? Com esses números?

Madison sorriu. — Confia em mim. Quando terminarmos, todo mundo vai conhecer a The Zine. E talvez — ela acrescentou com um piscar de olhos — você até se divirta um pouco.

Eu não sabia se aquilo era genialidade ou loucura. De qualquer forma, eu não tinha muita escolha.

Mais tarde, a Madison e eu saímos do escritório para almoçar depois de muito debate sobre o nosso próximo passo — ou, mais precisamente, o meu próximo passo. A Corinne nos encontrou no nosso restaurante de sushi favorito no West Village, um lugar minimalista com rolinhos exorbitantemente caros e uma iluminação irritantemente perfeita, que de alguma forma fazia parecer que tínhamos dormido dez horas em vez de quatro.

— Eu tô morrendo de fome — Corinne disse, deslizando para o assento ao lado da Madison. Ela vestia uma jaqueta de couro vintage e carregava aquela tote bag gigante que usava para tudo, desde cadernos até snacks, uma bagunça gigante que eu suspeitava ser mais da metade do armário dela.

Eu me sentei de frente para elas, encarando aquele menu como se ele tivesse a solução mágica para salvar a minha revista. — Ainda não entendo por que você acha que a Fórmula 1 é a resposta para os meus problemas — disse, direcionando minha frustração para a Madison. — O que corridas têm a ver com moda, Y2K ou qualquer coisa remotamente conectada a The Zine?

Madison suspirou dramaticamente, colocando o menu na mesa. — Lex, Fórmula 1 não é só sobre carros. É sobre estilo de vida. Esses caras vivem de roupas de grife, viajando pelo mundo e saindo com celebridades. Os fãs são obcecados por eles. Confia em mim — se você conseguir um deles, vai fazer mais por você do que cem artigos sobre as melhores tendências de 2003 fazem em um ano.

Corinne assentiu, mordiscando um rolinho primavera. — Ela não tá totalmente errada. A Fórmula Um é basicamente a nova cultura dos rock stars, só que com capacetes bonitos e brinquedinhos mil vezes mais rápidos. Sem falar que os pilotos são meio... bonitinhos.

— Meio, Corinne? Meio?! — Maddie arqueou a sobrancelha. — Eles são ridiculamente bonitos.

Revirei os olhos, mas a verdade era que elas talvez tinham razão. Eu não sabia muito sobre Fórmula 1, mas se a Madison dizia que aquele esporte estava em alta, provavelmente ele estava. O problema era que eu não fazia ideia de como abordar isso — ou eles.

— Tá bom então, beleza — admiti com relutância. — Mas como é que eu começo? Eu não entendo nada de corridas e, sinceramente, eu não sou o tipo que frequentaria autódromos cheirando a borracha queimada.

— E é por isso que eu vou com você — Madison disse, confiante. — Vou ser sua tradutora e mediadora. E a Corinne vai também, pra te dar apoio moral.

— Eu vou? — Corinne perguntou, arqueando a sobrancelha enquanto mergulhava um rolinho de pepino no molho shoyu.

— Ah, mas você vai — Madison respondeu. — Você pode impedir a Lex de surtar quando ela perceber o quanto ela não sabe de nadinha.

— Engraçadinha — murmurei.

Nesse momento, um cara alto, desgrenhado, usando moletom e boné virado para trás, com um piercing nos lábios e tatuagens no rosto, se aproximou da nossa mesa. Era o Eric, o namorado perpetuamente desempregado e ocasionalmente charmoso da Corinne.

— Oi, amor — ele disse, dando um beijo meio desleixado na bochecha dela. — Não sabia que você tava aqui.

— Nós estamos aqui toda terça-feira — A Madison respondeu secamente, sem fazer esforço para esconder o desprezo.

— Ah, é — O Eric disse, alheio ao tom dela. Ele se virou para a Corinne. — Enfim, você tem um minutinho? Eu preciso de um trocado pra pegar um Uber.

Corinne hesitou, claramente envergonhada. — Eric, a gente já conversou sobre isso...

— Eu sei, eu sei — ele disse rapidamente. — Mas é só dessa vez. Juro que tô resolvendo aquela entrevista na semana que vem.

A Mads bufou. — Semana que vem? Foi o que você disse dois meses atrás.

— Madison — Corinne repreendeu, com as bochechas corando.

Olhei para ela, depois para Eric, e de volta para Madison. Já tínhamos passado por essa cena uma dúzia de vezes antes, e por mais que eu quisesse intervir, sabia que eu não ajudaria.

Corinne suspirou, alcançando a bolsa. — Toma — disse, entregando uma nota de vinte para o Eric.

— Você é a melhor namorada do mundo — Eric disse, sorrindo como se tivesse ganhado na loteria. Ele se inclinou para beijá-la de novo antes de sair rapidamente com um — Te vejo depois!

Assim que ele estava fora de alcance, Maddie revirou os olhos. — Corinne, pelo amor de Deus. Termina com ele.

— Ele nem é tão ruim assim — Corinne respondeu defensivamente.

— Ele é, sim — eu finalmente entrei na conversa. — Você é inteligente, linda e bem-sucedida. O que você tá fazendo com um cara que não tem emprego e te trata como um caixa eletrônico?

Corinne cruzou os braços, a voz firme, mas cansada. — Ele só tá passando por uma fase difícil. As pessoas merecem uma segunda chance.

— O Eric tá na décima chance — Madison murmurou, irritada.

Corinne lançou um olhar fulminante para ela, mas não disse nada.

Suspirei, voltando minha atenção para o menu. — Tá. Tanto faz. Vamos focar no desastre maior — eu tentando convencer um piloto de corrida a salvar minha revista.

Madison sorriu de canto. — Ah, não se preocupa, Lex. Eu já tenho tudo planejado.

Eu não sabia se devia me sentir tranquilizada ou aterrorizada. Provavelmente os dois.

O efeito do sushi já estava passando enquanto nós três caminhávamos pelo West Village. O ar fresco do início do outono me fazia desejar ter trazido um cachecol. Corinne, como sempre, não resistia a parar em praticamente todas as vitrines, os olhos brilhando ao avistar uma nova bolsa ou par de botas.

— Só cinco minutos — ela disse, nos arrastando para dentro de uma boutique com jazz suave tocando ao fundo e araras cheias de peças de grife cuidadosamente selecionadas.

Madison suspirou. — Você disse isso duas lojas atrás. Já estou carregando mais sacolas do que um mordomo.

— Para de reclamar — A Corinne rebateu com um sorriso, folheando uma arara de vestidos. — Fazer compras é terapêutico.

— Sabe o que é terapêutico?" Madison disse, puxando uma jaqueta de couro de um manequim próximo. — Não namorar idiotas como o Eric.

— Ugh, não vamos começar com isso de novo — Corinne respondeu, segurando um vestido vermelho de seda contra o corpo. — Além disso, vocês deveriam me agradecer. Se eu não estivesse com o Eric, estaria roubando todos os caras elegíveis – tipo o Carlos Sainz.

Pisquei, confusa. — Quem?

— Carlos Sainz — Corinne repetiu, olhando para mim como se eu tivesse acabado de perguntar o que era a gravidade. — O piloto gostoso da Ferrari. Ele é tão gato que chega a ser injusto. É tipo... tipo um Chris Evans espanhol, só que mais jovem e com aquela coisinha misteriosa de atleta.

Madison riu alto. — Chris Evans? Por favor. O Carlos é mais tipo um... Orlando Bloom mais gato, antes do corte de cabelo em Piratas do Caribe.

— Não sei — Corinne refletiu, colocando o vestido vermelho no braço. — Acho que o Chris Evans é uma comparação melhor. Ele tem aquele charme todo certinho, mas com cara de que poderia arruinar sua vida se quisesse.

Madison revirou os olhos. — Vamos concordar em discordar. Mas, sinceramente, Lex, você precisa estudar esses pilotos. Não dá pra chegar no paddock e perguntar pra alguém qual carro eles dirigem.

Soltei um gemido, pegando um vestido preto justo com decote coração. — Por que foi mesmo eu concordei com isso?

— Porque você é esperta o suficiente para saber que nós estamos certas e você... errada — Madison disse, com um sorriso de canto. — E porque você secretamente ama um bom desafio.

Revirei os olhos, mas não discuti.

Quando saímos da boutique, de alguma forma eu me convenci a comprar dois vestidos – um preto elegante para o escritório e um verde mais ousado, "só para o caso." Não sabia se o "só para o caso" era para o evento de Fórmula 1 ou para o meu inevitável colapso ao perceber no caos em que eu me meti, mas achei que não custava nada estar preparada.

Voltamos para o escritório da The Zine enquanto o sol começava a se pôr, lançando um brilho dourado sobre a cidade. A Corinne ainda falava sobre seus favoritos da Fórmula 1, descrevendo Charles Leclerc como "o príncipe francês da Ferrari" (corrigida por Madison com um: "Ele é monegasco, Corinne") e listando razões pelas quais eu precisava conhecer todos eles.

Quando chegamos ao loft, eu carregava duas sacolas de compras, um humor ligeiramente mais leve e uma sensação esmagadora de pavor. A ideia de me jogar em um mundo que eu não conhecia – carros, corridas, playboys europeus – parecia como pular de cabeça no fundo da piscina sem saber nadar.

Mas talvez a Maddie estivesse certa. Talvez eu realmente amasse um desafio.

Ou talvez eu estivesse apenas desesperada o suficiente para tentar qualquer coisa.

🏎️🧡📸

Capítulo não revisado.

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