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Capítulo 46

2347palavras

O dia que tanto almejara finalmente chegou.

Estava voltando para casa!

Não podia ter uma notícia melhor!

Por isso se apressava a arrumar tudo o que podia o mais rápido possível.

Fechou a última bagagem, suspirando de satisfação.

Olhando para o quarto a sua volta, se lembrou dos dias que ficara por ali.

Admitia que nem tudo tinha sido uma perda de tempo total. Algumas coisas podiam ser aproveitadas.

Mas Audrey se sentia tão animada e feliz que até mesmo se permitiu cantarolar, enquanto terminava de arrumar as malas, para que fossem levadas pelos empregados.

Tinha que admitir que estar indo para casa era muito melhor, pois se sentia mais segura e longe de problemas.

Desde o dia anterior, quando tivera um beijo roubado daquele rapaz, não conseguia parar de pensar que estava sendo observada, julgada por terceiros e, até mesmo, perseguida através dos corredores.

Era uma sensação tão ruim, que a deixava muito angustiada.

Com toda a certeza não se esqueceria daquele momento por um bom tempo, e o pior de tudo era que não seria por um bom motivo, mas o total oposto.

Se sentia vazia, roubada, com sua intimidade invadida. E isso a frustrava.

A última coisa que queria era que tal fato fosse espalhado e virasse alvo de fofocas.

Não sabia como reagiria se isso acontecesse.

Por isso, por vezes cogitou a possibilidade de ir atrás do rapaz, para o pedir que nada dissesse, mas no último instante se via impelida a se afastar, temerosa que algo a mais pudesse acontecer.

Suspirou deprimida, olhando o vestido simples de viagem de algodão marrom através do reflexo do espelho.

O modelo era mais solto, permitindo uma boa movimentação corporal e conforto para as longas horas na carruagem. A saia longa era bem rodada, dispensando o uso de crinolina, assim como o tronco envolto pelos tecidos grossos, que excluíam a necessidade de espartilho no modelo.

Seu cabelo estava preso em um coque baixo e desleixado, com várias mexas a emoldurarem a face. Não estava com ânimos para se arrumar para uma longa viagem, que sabia que seria muito mais tediosa do que antes.

Viu pelo canto do espelho que um camareiro adentrava o cômodo, para que pudesse levar o último malão, pertencente à Vivien.

Acenou em cumprimento, deixando claro que o mesmo poderia realizar seus afazeres, não demorando muito para que retirassem o objeto do local.

Deu uma última olhada no aposento, prendendo desajeitadamente o sobretudo marrom sobre o ombro, reparando nas manchas de água no carpete cinza mais ao canto, a fazendo se recordar de imediato do momento que ajudara a irmã a se trocar de roupa, já que a mesma estava encharcada da água da chuva.

Acabou a inquerindo, estando bastante intrigada para saber o que ela tinha feito para estar em tal situação.

A loira tentou desconversar, mas não demorou muito para lhe contar que a mesma acabou ficando presa em um cômodo, e o único jeito que viu para poder se ver livre foi saindo pela janela, e como a chuva estava muito forte, acabou se molhando.

No momento concordou com tal desculpa, apesar de desconfiar dos olhares penetrantes que suas irmãs lançavam uma a outra, como se estivessem em um embate silencioso e mortal.

As questionou sobre tal atitude, mas ambas trataram de lhe dar desculpas nada convincentes, o que só serviu para a deixar ainda mais desconfiada.

A única coisa que a fez deixar de lado tal assunto, foi a presença da senhora Roberts, querendo saber se estava tudo bem com elas. Assim, um assunto levou a outro e tal desconfiança acabou sendo deixada de lado, e somente naquele momento acabara de se lembrar.

Bem, caso a viagem se tornasse extremamente fatigante, talvez inquerisse novamente sobre o ocorrido, para poder se divertir por algum tempo com as desculpas das mais novas.

Sorriu novamente, saindo, pelo o que esperava ser a última vez, daquele aposento, rumando para a escadaria central, que a levaria para o saguão de entrada e à saída.

Não demorou muito para chegar ao local, reparando no ritmo agitado de todos os funcionários a trabalhar para que tudo ficasse nos conformes.

Desceu as escadarias de acesso a entrada, vendo os últimos convidados a adentrar em suas respectivas carruagens.

Não pôde deixar de reparar que mais ao longe, Chase adentrava em seu veículo, acompanhado de alguns rapazes, entre eles Ismael.

Seu estômago se revirou de imediato, desviando o olhar, virou o rosto com medo de que a vissem.

Se apressou para a carruagem mais a frente, onde notava Celine através da pequena janela da condução.

Suas irmãs, como sempre estavam impecáveis com seus belos vestidos de viagem.

A caçula utilizava um conjunto branco com vermelho, que incluía o vestido, um casaco vermelho, luvas brancas e um chapéu. Em seu busto, o tecido drapeado encorpava suas singelas curvas, se soltando apenas depois da cintura. Na saia, o tecido vermelho se dividia em dois, com babados em todas as suas costuras, se sobressaindo ao tecido branco, que formava uma saia discreta e cheia de camadas de babados. Seu chapéu, assim como o vestido, possuía tecido vermelho drapeado e detalhes em branco, valorizando seu rosto alvo.

Já Vivien vestia um modelo mais simples, um vestido branco que envolvia seu corpo com leveza, destacando as curvas sem exageros. Sobre o tecido de algodão branco, uma capa azul royal se estendia, destacando-se na ausência de cores do vestido. Em frente ao tronco, a capa possuía cordas que trançavam o corpo da loira, dispensando o uso de espartilho. Suas mangas longas eram acampanadas, deixando os movimentos da senhorita bem elegantes e suaves.

Ambas sorriram quando a viram, abrindo espaço no assento para que pudesse se acomodar, conversando animadamente, não lhe dirigindo mais que um olhar.

Se apressou a subir no veículo, com ajuda do cocheiro, que lhe estendia a mão para a auxiliar no processo.

Mas no momento que levantava as saias para conseguir apoiar um dos pés na escada, lembrou-se de imediato em algo que faltava.

Seu livro!

Havia o esquecido encima da cômoda no quarto!

Não podia simplesmente ir embora e o deixar. Era a sua edição favorita!

Sabia que podia pedir a um dos empregados para o pegar ou até mesmo para que a baronesa o guardasse até que pudesse o recuperar. Mas, não estava disposta a ficar separada do mesmo por tanto tempo.

-Meninas, esqueci algo no quarto. Irei buscá-lo - disse simplesmente, voltando para trás, nem mesmo lhes dando chances de pronunciar palavra alguma.

-Logo volto - disse para Jane, a empregada da família, que apenas anuiu em concordância, apesar de parecer muito centrada em auxiliar dois rapazes a prenderem um malão logo atrás da carruagem.

Tinha quase certeza de que não tinha sido ouvida, mas não se importou.

Dando de ombros, subiu apressadamente as enormes escadarias, ansiosa para chegar aos dormitórios, e resgatar sua eterna preciosidade.

Não demorou muito para chegar ao quarto, vendo o belo livro com suas folhas já bem surradas devido ao uso constante, encima da cômoda. O pegou se sentindo imediatamente aliviada, suspirando de contentamento.

O folheou brevemente quase em um pedido silencioso de desculpas por ter o esquecido, logo o apoiando sobre o peito, para ter a certeza de que não o deixaria para trás.

Assim, voltou apressadamente, passando através dos enormes corredores vazios e escuros, ciente de que estaria atrasando a partida de todos.

Deu uma leve corrida, o máximo que suas vestimentas a permitiam, descendo as escadarias quase aos pulos, segurando no corrimão para não sofrer algum tipo de acidente.

Ao se aproximar do portal de entrada, visualizou a inconfundível cabeleira vermelha da matriarca daquela casa, que observava atentamente o desenrolar dos acontecimentos. A cumprimentou com um largo sorriso, pronta para seguir seu caminho.

No entanto, ao olhar para a estrada mais a frente, se assustou, parando de andar de imediato, não acreditando no que via, ou melhor, no que não via.

-Onde estão? - inqueriu perdida, não vendo mais nenhuma carruagem, sentindo seu coração se acelerar.

Tal questionamento pareceu trazer a mais velha de volta a realidade, a olhando desentendida, assim como ela.

-Ora, mas a senhorita não deveria estar em uma daquelas carruagens? - a inqueriu desconfiada.

A baronesa colocou as mãos na cintura, a olhando em indagação.

Como sempre, estava exuberante em suas vestimentas azuis de cetim, que realçavam ainda mais sua beleza. Seu vestido possuía mangas ¾ e gola alta, com detalhes de renda costurados no busto, cintura e barra da saia, da mesma cor do cetim escolhido, azul marinho. Seu tronco estava envolvido por um corpete, deixando a cintura bem evidenciada e a saia longa bem rodada, dando-lhe um aspecto simples, mas elegante.

-Sim, deveria. Mas, o que aconteceu? Onde eles estão? - se sentia tão perdida quanto a outra.

--Bem, acabaram de partir - disse dando de ombros.

-Partiram sem me esperar? Como isso pode ter acontecido!? - inqueriu indignada, se lembrando de ter dito que iria atrás do livro para as irmãs e a empregada. Mas, parecia que nenhuma delas lhe deram muita atenção e nem ao menos sentiram a sua falta, pois partiram, a deixando para trás.

-Acontecendo. Posso saber onde a senhorita se encontrava, para não estar aqui no horário certo? - a questionou ainda estando bastante desconfiada.

-Bem, eu cheguei aqui no horário certo, mas acabei me lembrando de que esqueci meu livro, e voltei para pegá-lo - disse chorosa, lhe mostrando a prova contundente de suas palavras.

-Deveria ter pedido a um dos empregados para que o pegasse. Eu mesma poderia o levar comigo quando partisse - apontou o óbvio, suspirando em desânimo, massageando as têmporas, como se tivesse algo particularmente complicado a resolver.

-E agora, como faço? - inqueriu temerosa pela resposta.

-A senhorita pode ir comigo e meu marido. Mas, só partiremos daqui uma semana.

-Uma semana!? Não posso ficar aqui por tanto tempo. Tenho minhas aulas! - falou exasperada, tremendo de medo por ter que ficar ali por tanto tempo.

Simplesmente não podia se dar a tal luxo. Todas aquelas crianças dependiam de si para aprenderem cada vez mais.

-Não tem como pedir que retornem? - perguntou esperançosa.

-Isso seria complicado. Neste momento todos os cavalos que podem ser cavalgados estão sendo usados. Não tem como enviar um mensageiro para pedir que voltem.

-Mas, elas podem se dar conta de minha ausência e pedir para que retornem.

-Isso pode de fato acontecer. Mas, eu não ficaria a esperar pela vontade de terceiros.

Mesmo que se sentindo revoltada com tais palavras, já que a mesma se referiu a suas irmãs, teve que dar o braço a torcer. Celine e Vivien as vezes eram bem desligadas, e com toda a certeza só dariam falta de si quando já tivessem transposto vários quilômetros.

-O que devo fazer agora? - questionou triste, com suas esperanças jogadas na lama.

-Bem, há mais uma carruagem que está de partida neste exato momento. Se a senhorita não se incomodar de ir na companhia de outra pessoa - a ruiva disse simplesmente, sorrindo de canto.

Achou tal atitude estranha, pois parecia que a mesma estava a se lembrar de algo deveras interessante e engraçado.

-Não me importo! Irei sem nenhum problema! - se prontificou a falar, vendo no mesmo instante uma condução passar logo a sua frente, parando de forma tranquila e despretensiosa, não tardando para que duas malas, que até aquele momento não reparara em suas presenças, fossem levadas ao lugar, para serem amarradas ao veículo.

-Tudo bem. Me acompanhe - a mais velha falou tranquilamente, saindo para fora, rumando em direção ao transporte.

A seguiu de perto, ansiosa para ir embora o quanto antes, não se importando com mais nada que não fosse estar em casa dali pouco tempo.

Viu quando a ruiva bateu na pequena janela de madeira, com a mesma sendo aberta de imediato.

Ficou há alguns passos de distância, na tentativa de manter o decoro e um bom comportamento. Seja lá quem fosse que estivesse naquele veículo, era bom que ela demostrasse um pouco de cortesia, para que não corresse o risco de ser rejeitada.

Mas, tal atitude fez com que a morena não escutasse nada do que falaram e muito menos ver de quem se tratava.

É claro que ficou curiosa para saber, mas fingiu indiferença, olhando a sua volta com um leve sorriso estampado na face, agarrando com força o livro entre os dedos.

Não tardou para que a mais velha se voltasse para si, com um largo e belo sorriso, a acalmando de imediato. Tal alegria deveria significar uma resposta positiva.

-Vamos querida, sua condução a espera - disse por fim, tirando um peso de suas costas.

-Muito obrigada - falou quase se atirando nos braços da mais velha.

-Não agradeça a mim, mas sim a ele - disse dando de ombros.

Ele? Ela teria que viajar com um homem? Isso não seria inadequado e perigoso?

Quase inqueriu sobre, mas conhecia muito bem a baronesa, e sabia que a mesma nunca a deixaria em mãos duvidosas, se a mesma não tivesse a total certeza de que tudo ficaria bem. Confiava na mesma, e se assim fosse, então aceitaria a companhia.

-Certo, farei isso. Muito obrigada.

-Não precisa agradecer. Bem, espero que tenha uma ótima viagem.

-Obrigada. - murmurou feliz, a cumprimentando com um leve sorriso, se direcionando a carruagem.

Não demorou para que o cocheiro se aproximasse, abrindo a porta de madeira, para que a mesma adentrasse no veículo. No mesmo instante abriu um largo sorriso para cumprimentar seu companheiro de viagem.

No instante seguinte sentiu seu rosto congelar e o sorriso morrer gradativamente, sobrando apenas descontentamento.

-O que... - murmurou para si, desacreditada, quase dando um passo para trás.

Mas, o homem que segurava em sua mão para apoia-la, a projetou para a frente, a obrigando a subir no veículo, a sentando no assento acolchoado mais ao lado, fazendo com que a mesma ficasse sentada quase de frente para ele.

-O que você está fazendo aqui? - inqueriu desgostosa, quase se jogando do assento.

Mas, parecendo adivinhar tais pensamentos, o cocheiro acabou por fechar a porta, a prendendo lá dentro com a última pessoa que desejava.

Aquilo tudo era uma péssima piada. Um enorme infortúnio!

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