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Capítulo 30

3000palavras

Desde o momento que tinha entrado naquele ambiente movimentado, tinha descoberto que não poderia se sentar onde queria, perto dos irmãos, já que os lugares estavam demarcados. Por isso, estava a procurar por tal lugar, mas não encontrou o papel com seu nome em lugar nenhum.

Isso era típico.

Ninguém ligava para ele, até mesmo se esquecendo de sua presença.

Até mesmo seus irmãos estavam mais entusiasmados a fazer companhia a outros convidados do que a lhe dar um pouco de atenção.

Isaac suspirou aborrecido, olhando de esguelha para um de seus irmãos, que estava a conversar animadamente com aquela loira.

Parecia que nos últimos dias a única coisa que Naim conseguia ver era aquela mulher, e nada mais.

Homens! Não podem ver um rabo de saia que já se tornam cegos e idiotas, esquecendo da própria família.

Mas não o culpava. Tinha certeza que se estivesse em seu lugar, teria feito a mesma coisa. A tal loira era bastante atraente. Não deveria perder a oportunidade.

O irmão acabou notando os olhos fixos sobre si, arqueando a sobrancelha em questionamento, no qual ele apenas deu de ombros, sorrindo travessamente, o obrigando a revirar os olhos em tédio.

Riu abertamente, desviando o olhar, ainda a procura de seu nome. Mas, parecia que de fato tinham o esquecido. Só podia ser brincadeira!

Se não tinham lhe designado um lugar, ele o faria por conta própria.

Mais alguns passos à frente, notou que ainda havia dois lugares desocupados. Se aproximou rapidamente, disposto a tomá-lo para si.

Sorriu largamente ao constatar que um dos lugares estava sem identificação. Aquilo era perfeito! Ficaria ali e não sairia por nada.

Apressou-se, afoito para se sentar, com medo de que alguém reclamasse o lugar para si. Sabia que estava exagerando, mas não podia arriscar. Estava desesperado por um copo de bebida e por um pouco de comida.

Até parecia um mendigo, mas não podia evitar. Aquela gente era bastante rica e requintada, mas parecia que não se lembravam de comer direito.

Isso era ridículo! Ele, um homem de dezenove anos e que estava em plena fase de crescimento, precisava se alimentar como o devido, e não a ficar mendigando quirelas. Se seu irmão mais velho, Amir, estivesse ali, já teria enlouquecido. Ele sim o compreendia.

Bem diferente dos seus outros irmãos, que estavam muito mais preocupados com outros assuntos. Ravi era o mais velho, depois de Amir, mas era muito tímido e reservado, preferindo ficar a olhar para o nada do que conversar com alguém. Sempre na companhia do pai, já que trabalhavam juntos.

Ismael?

Nem adiantava falar desse. Era um esnobe e metido, que não gostava muito de trabalhar, e seu hobby favorito era ficar a importunar as damas para conseguir alguma coisa a mais.

Admitia que um dos seus passatempos favorito era ficar a observar seu irmão durante tais investidas, só para ver sua cara se quebrar, às vezes literalmente, com as negativas das damas. Só para que depois pudesse fazer chacota de sua cara. Esses eram os melhores dias.

Depois, tinha o Naim. O mais novo dos cinco irmãos. Gostava muito dele, pois era muito tranquilo e sossegado, sendo bastante comunicativo e, principalmente, compartilhava do mesmo interesse pela boa gastronomia. Sempre comparecendo aos eventos para poder comer.

Bem, pelo menos era assim antes dele conhecer a tal garota. Parecia que agora não se importava muito com qual seria o menu. E, assim, acabou ficando sozinho, já que o outro irmão, que também compartilhava dos mesmos gostos, tinha se casado e não morava mais com eles.

Devido a afobação, acabou batendo com o cotovelo no ombro de uma pessoa sentada ao lado. A olhou de imediato na intenção de pedir desculpas, reparando que se tratava de uma moça muito bonita. Sentiu vergonha na mesma hora pela falta de educação, se desculpando como podia. Ela acabou aceitando o pedido, logo desviando a atenção para o rapaz sentado ao seu lado.

Deu de ombros. Sabia que não iria começar uma conversa animada e duradoura com a moça, já que nem se conheciam e tinha sido bem desajeitado na primeira apresentação.

Mas, a olhando direito, tinha quase certeza que já tinha a visto antes, na festa dos Lancasters. E, um olhar mais atento para suas feições, acabou concluindo que ela era uma Lancaster. Mas, não tinha tanta certeza, e só havia uma maneira de o fazer.

- Com licença. Me desculpe a intromissão, mas gostaria de saber, qual é o nome da senhorita? - inqueriu solene, disposto a se apresentar de forma adequada.

- Rose Lancaster - ela disse gentilmente, apesar do olhar nervoso que voltava para o companheiro ao seu lado.

- Muito prazer, senhorita Rose. Eu me chamo Isaac Franklin.

- Muito prazer - falou cordialmente, logo voltando a falar com o outro.

Teria se apresentado ao rapaz também, mas achou melhor não o fazer. Parecia que a garota não estava muito disposta a estender o assunto até ele, o mantendo apenas entre os dois.

Não se importava. Estava satisfeito com seu lugar, que era bastante distinto e perto dos anfitriões.

Até que ser esquecido poderia ter suas vantagens.

Bebericou do champanhe, feliz por estar a ingerir algo e ansioso pelo menu principal.

Olhando a sua volta, percebeu que alguém tinha acabado de sentar na cadeira vazia ao seu lado. A olhou de imediato com a intenção de cumprimentar quem quer que fosse. Estava disposto a manter um diálogo amigável e um pouco mais durador do que foi com sua outra vizinha de mesa.

Para sua completa surpresa, ou azar. Isso dependia de quem olhava. Era a tal ruiva que tinha arruinado seu terno branco e caro no último baile.

Tal lembrança fez seu sorriso morrer na face, e as palavras se prenderem na garganta. Não estava muito disposto a se apresentar. Ainda tinha pesadelos com aquela noite. Tinha perdido seu terno mais caro e predileto. Era o seu xodó, e ela tinha o arruinado!

Ainda se lembrava com perfeição do ódio que sentiu. Quase tinha saído a sua procura pela cidade, para a obrigá-la a concertá-lo, mas Naim acabou o trazendo de volta a razão.

Não tinha como concertá-lo, e como não queria um novo, apenas aquele, a ruiva não seria de muita serventia. E, como aquelas pessoas ricas eram muito esnobes, ainda iam acabar o acusando de alguma coisa, como perturbação a paz ou palavreados nada decorosos, ainda mais se direcionados a filha do prefeito. Porque, para o seu azar, parecia que a garota era filha do prefeito, e isso complicava um pouco as coisas.

Como tinha chegado àquela cidade a pouco tempo, não estava muito animado em parar na delegacia tão rápido. Nem tinha conhecido o delegado ainda. Seria muito arriscado aparecer por lá sem antes já terem se apresentado, trocado algumas palavras, pagado algumas cervejas e outras coisas a mais. Por esse motivo, apesar do aperto no coração, tinha desistido de ir atrás daquela destruidora de ternos.

Ficou a fitá-la intensamente, reparando em como seus cabelos presos em coque eram vermelhos vívidos, em sua pele clara como de porcelana que destacava a boca naturalmente rosada, e em suas vestes caras, um vestido azul claro, cheio de babados e rendas brancas, acompanhada de luvas brancas com renda. Observou que em suas mangas ¾, que estavam próximas ao seu rosto, possuía detalhes em renda manualmente trabalhados, deixando-a ainda mais semelhante à uma delicada boneca. No decote V havia babados com um pequeno laço rosa claro no meio, tal era igual ao grande laço disposto na frente de sua cintura marcada pelo espartilho extremamente apertado, fazendo-o questionar como ela respirava normalmente com tanto aperto em torno do tronco. Ao ver que seus assessórios, gargantilha, brincos e tiara, eram todos feitos de diamantes, percebeu que ela era realmente muito rica.

Mas, é claro que era rica.

Aquela casa não era da família dela?

Todo aquele luxo deixava sua condição social bem evidente.

Continuou a encará-la. Queria saber o que faria quando o reconhecesse. Se pediria desculpas pelo ocorrido, ficaria envergonhada e perderia a voz ou apenas daria de ombros como uma metida que parecia ser.

Mas, conforme o tempo foi passado, e ela nada dizia, lhe pareceu que ela nem ao menos o reconhecia.

Aquilo só podia ser brincadeira!

Modéstia à parte, era um pouco difícil de alguém não se lembrar dele. Ainda mais dada as circunstâncias no qual se conheceram.

- A senhorita não se lembra de mim? - questionou sério, ainda a olhando com intensidade.

A ruiva apenas o olhou desentendida, o fitando com apreensão, com os olhos esverdeados apertados, tentando vê-lo.

Aquela atitude era muito estranha, parecia que ela não estava o vendo.

Mas, não demorou muito para ver suas feições se suavizarem, iluminando com o repentino reconhecimento, que mudou drasticamente para emburrado.

- A senhorita, de fato, não tinha me reconhecido? Pensei que nosso último encontro tivesse sido inesquecível - zombou matreiro, a vendo fazer um bico irritadiço.

- Na ocasião, não tinha prestado muita atenção no senhor.

- Deu para perceber, dado ao desastre que causou em minha vestimenta - alfinetou, não querendo perder a oportunidade.

Tinha prometido ao irmão que não iria procurá-la para a obrigar a arrumar seu terno, mas não tinha dito nada sobre a lembrar do ocorrido sempre que o aprouvesse.

- Naquela noite estava um pouco distraída. Estava a realizar uma missão que minhas amigas tinham me incumbido, por isso, estava apressada - falou tranquilamente, se servindo de um quitute que um dos garçons tinha deixado ao seu lado.

- Que tipo de missão? - inqueriu divertido, disposto a dar continuidade a conversa.

- Não o interessa - disse sem titubear, nem um pouco tímida. O fazendo se lembrar de imediato do quão mal-educada ela tinha sido com ele naquela ocasião.

Parecia que era sempre assim. A ruiva tinha um gênio difícil.

- É claro que não - falou dando de ombros, mudando de assunto. - Mas, me pareceu que a senhorita não tinha me enxergado direito.

- Isto também não lhe interessa - disparou desgostosa, revirando os olhos com o comentário. - A propósito, porque o senhor está aqui?

- Ora, fui convidado. Na verdade, meus pais foram convidados. Mas o convite se estendia a família inteira - tratou de falar, tentando se lembrar se seu nome estava riscado da lista de convidados. Isso explicaria um pouco o porquê da ausência de seu nome nas plaquinhas de identificação.

- Não é disso que estou me referindo. Quero saber o que o senhor está fazendo sentado ao meu lado? Eu mesma, juntamente com minha mãe, escolhi os lugares para todos os convidados se sentarem. E, tenho certeza que não coloquei o senhor sentado ao meu lado. Já que tinha escolhido a dedo as pessoas que sentariam. Conhecidos de muito tempo - ela desatou a tagarelar, gesticulando freneticamente.

Parecia que nunca cansava. E pensar nisso o cansou. Já estava a cantarolar uma música na cabeça, quando reparou que ela o encarava ainda mais desgostosa.

- Está me escutando?

- É claro que estou.

- Então me diga o que acabei de falar - retrucou, cruzando os braços a frente do corpo, o olhando com intensidade.

- Isso seria impossível. Disse tantas coisas, que passaria o resto da noite a tentar replicar com precisão tais palavras.

- Ora, como ousa? O senhor é muito engraçadinho, não é mesmo?

- Tenho os meus momentos.

- Pois, os tenha longe de mim - disse rebelde, empinando o nariz, querendo deixar claro que era ela quem mandava ali. E, não tinha dúvidas que era. Mas, isso não queria dizer que acataria suas ordens.

- Este era o único lugar que estava sobrando. E, a senhorita gostando ou não, não sairei por nada. Terá que me expulsar aos pontapés para conseguir que eu me levante - falou petulante, também levantando o nariz e cruzando os braços, na tentativa nítida de imitá-la.

Tal atitude pareceu a irritar ainda mais, olhando com intensidade para a mesa a sua frente, parecendo procurar por algo. Mas, acabou o ignorando, se virando para uma moça de cabelos negros e olhos cinzentos, que sentava do outro lado, sussurrando para ela alguma coisa que não conseguia ouvir.

Parecia que não iriam mais falar. Tanto melhor. Estava perdendo um belo jantar ao ficar conversando com a ruiva.

Após algumas garfadas, no entanto, se viu pego a falar:

- Esse lugar é bem diferente do que imaginava. Confesso que quando vi o vilarejo pela primeira vez, fiquei um pouco desanimado. Não, não desanimado, a palavra certa é desapontado. É muito pequena e com dois passos já atravessei a cidade de um lado a outro. Isso é ridículo. Mas, o que eu poderia esperar? É um vilarejo de fato, e não uma cidade. Meu pai me iludiu.

- Pois, se o lugar não o agrada, que vá embora! Esta é minha casa. Nasci, cresci e vivi minha vida inteira nesse vilarejo. Não gosto que falem mal de onde moro - ela disse o fulminando com o olhar.

- Calma. Só estou querendo dizer que fiquei impressionado com a diferença. Tomei um choque quando me vi em um lugar tão menos movimentado. Mas, é algo normal, já que estou acostumado ao grande movimento das grandes cidades, que é bem maior, com muito mais pessoas e barulhento.

- Não me parece muito interessante. Não gosto de muitas pessoas a minha volta e de barulhos em demasia.

- Tem certeza? - inqueriu divertido.

Duvidada que a moça não gostasse de uma bagunça. Ela parecia gostar bastante de festividades e de movimento.

- É claro que tenho - rosnou raivoso.

- Tudo bem - disse levantando as mãos em rendição, mas não conseguindo deixar de sorrir. - De qualquer forma. Confesso que estou gostando da vida pacata do interior. É muito reconfortante e nos permite conhecer os moradores da cidade. Nunca conheci tantas pessoas como agora. E, olha que morei na capital.

Ela bufou, não lhe dando muita atenção. Não estava gostando de seu tom de deboche, querendo dizer que todos eles eram caipiras.

Parecia que não conseguiria muito mais coisas dali. Teria que mudar de assunto se quisesse continuar o diálogo. Mas, para sua sorte, ele sempre tinha o que falar, mesmo que fosse para infernizar seu ouvinte.

- Como é viver com todo esse luxo?

- Como assim? - o inqueriu, olhando para si, intrigada.

- Não pude deixar de notar que sua família é muito rica. Olhe para a senhorita. Cheia de pompa com suas vestes tão ricas e finas - disse não conseguido deixar de alfinetar tal futilidade.

- Não entendo o que quer dizer. Minha família é cheia de posses e títulos. Sim, isso é um fato. E, agradeço pela sorte que tive de viver com tais luxos e regalias. Não me importando com o que os outros pensem - retrucou com ferocidade, não gostando da conversa.

- Tudo bem. Me desculpe. Não tive intensão de ofendê-la. Só estava a comentar sobre suas vestes. Que, a propósito, estão muito bonitas - disse na tentativa de amenizar o clima.

Ainda não entedia o porquê de tamanha teimosia em tentar manter um diálogo decente com aquela garota. Estava mais que evidente que ela não se interessa por isso. Podia ser rica e cheia de mimos, mas, pelo visto, não tinha recebido a educação adequada.

- Claro - murmurou desgostosa, não o olhando.

Resolveu dar um basta. Não iria continuar a se humilhar. Não direcionaria mais palavra alguma a ela. Aquela tinha sido sua última tentativa. Não queria mais falar.

Voltou sua atenção exclusivamente para o prato, que estava repleto de uma bela refeição. Sorriu satisfeito. Aquilo era a única coisa que importava.

Começou a comer, distraído, e feliz pela brisa suave que adentrava a enorme janela logo atrás de si. O vento fresco em sua pele proporcionava uma sensação muito agradável naquela noite quente.

Estava feliz e satisfeito.

Mas, logo acabou se sobressaltando com um belo grito ao seu lado. Seu coração se acelerou com o barulho inesperado, e o fato da ruiva o segurar no braço com nítido medo, apenas o deixava ainda mais afoito.

A olhou com intensidade, a procura de descobri o que tinha acontecido. Pensou que a mesma tinha se ferido com o talher, ou que estava a passar mal. Mas, quanto mais olhava, nada conseguia descobrir. A única coisa que reparou era seu desespero crescente, com seus olhos arregalados, lacrimejantes e os lábios a tremerem de desespero. Seu rosto estava tão vermelho quanto os cabelos. Se é que isso era possível.

Após mais uma checagem, acabou, por fim, reparando em uma pequena folha em seu braço.

Achou estranho. Aquele não deveria ser o motivo do desespero. Isso nem ao menos fazia sentido.

- É apenas uma folha - disse na tentativa de tranquilizá-la, a tirando de seu braço.

Percebeu de imediato que sua expressão se suavizou, deixando o ar sair dos pulmões, afrouxando o aperto em seu braço. Arqueou ainda mais a sobrancelha, sem entender o que tinha acontecido.

- Obrigada - falou gaguejando, olhando a sua volta com vergonha, já que o leve grito tinha chamado a atenção de algumas pessoas para si.

Logo percebeu que ela deveria ter medo de algo, pois, tinha ficado muito nervosa com o ocorrido.

- Está tudo bem. Não precisa se preocupar. Foi apenas uma folha - falou tentando acalmá-la.

- Eu sei - apenas sussurrou, abaixando a cabeça na tentativa de se esconder.

- Não precisa se preocupar com o que as outras pessoas pensam disso. Elas não sabem o que de fato aconteceu. E, nem ao menos se importam. Veja. Nem estão mais a olhá-la. Estão distraídos com seus assuntos e com a comida. Amanhã já terão esquecido.

Ela olhou a sua volta, ansiosa por chegar a mesma conclusão. Sorrindo timidamente, acenou positivo com a cabeça em concordância, sussurrando uma palavra de agradecimento. Mas, estava mais que nítido, que ela não lhe daria mais brechas para conversar, encerrando o assunto de imediato ao virar o rosto para o outro lado, quase ficando de costas.

Suspirou derrotado. Era o que ganhava por agir com gentileza. Era ignorado. Por isso que preferia ficar perto da família a tentar fazer novas amizades. Pelo menos eles eram obrigados a escutá-lo. Ou era o que dizia quando pediam para que calasse a boca.

Bufou chateado.

Pelo menos ela poderia ter tido a decência de se apresentar.

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