Capítulo 1
Olá pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim.
Venho aqui trazer para vocês mais uma obra do gênero romance de época. Espero que gostem, pois foi escrito com muito carinho e dedicação.
Nessa obra tive a ajuda da queridíssima Kétellyn Dantas - @Kety_edm .
Ps: esta obra também está sendo publicada no spirit fanfic como uma fanfic de Naruto.
Espero que gostem!
Tenham uma ótima leitura!
♡♡
3100palavras
O vento soprava levemente através da janela baixa de madeira, refrescando todo o pequeno cômodo, fazendo alguns fios de seu cabelo, em um tom castanho que escapavam do coque alto bagunçado, balançar.
Estava sentada em sua mesa, observando seus quinze alunos sentados nos respectivos lugares, a tentar resolver o exercício de matemática que tinha acabado de passar na lousa.
Os olhava com genuíno interesse por enquanto que o cheiro de terra molhada e umidade impregnava suas narinas, devido à chuva que tinha acabado de cair naquela tarde de verão.
Audrey pensava que tinha muita sorte. Tinha apenas vinte e um anos e há apenas cinco meses terminado seus estudos de pedagogia, já sendo admitida para trabalhar, dando aulas para aquele pequeno grupo de crianças necessitadas.
Quando tinha voltado, pensou com tristeza que talvez não conseguisse trabalhar, mas a professora anterior já era idosa e por motivos de saúde, acabou abandonando o cargo.
Quando ficou sabendo, foi conversar com o pároco local, conseguindo ser admitida como a nova professora. Se sentia muito feliz desde então, podendo ensinar crianças menos abastadas a ter um pouco de educação.
Aquela era a única escola do condado, apesar de não passar de uma sala de madeira que ficava ao lado da igreja de Santo Antônio, que oferecia aulas para as classes sociais mais baixas, já que os mais ricos tinham seus preceptores e estudavam em casa.
Mesmo assim, sempre pensou que todos deveriam ter direitos iguais de aprendizado, por isso se esforçava ao máximo para ensinar tudo o que podia para aquelas crianças.
Olhou para o relógio de parede, vendo que faltava apenas dois minutos para o término da aula.
Se levantou, ajeitando o vestido de tecido grosseiro com sua saia em um tom marrom escuro pregueado e um corpete com listras em tom vinho e preto que alternavam, tendo apenas um cordão entrelaçado a frente do seu tronco e de alças pretas com largura de três dedos e um laço delicado de cada lado sobre os ombros. Vestia uma camisa branca engomada por baixo, com mangas descendo até a metade do braço, com o decote pequeno, no formato retangular. Seu sapato ficava visível, sendo do mesmo tom marrom da saia, fechado e de cadarço.
Rumou até o meio da sala e em um tom calmo e límpido, disse:
- Meus queridos alunos, a aula de hoje acabou. Para aqueles que ainda não terminaram os exercícios, gostaria que terminassem em casa e me trouxessem prontos amanhã, para que possamos corrigir. Do mais, tenham uma ótima noite a até amanhã. Estão dispensados.
A agitação de imediato começou, o que era bastante normal se tratando de crianças que tinham de oito a doze anos. A diferença de idade era bastante normal, e ela sempre tinha que adaptar seus materiais de estudos para conseguir ensinar a todos.
O barulho era alto, com todos guardando seus materiais e saindo apressadamente pela porta da sala. Se despedia de todos, acenados com um largo sorriso nos lábios, hora abraçando algum, hora conversando um pouco mais com outro.
Não demorou muito para a sala esvaziar, ficando apenas uma aluna.
Eliza era uma garotinha de dez anos que tinha acabado de se mudar para Oxfordshire. Era a primeira vez que tinha contato com os estudos, aprendendo agora a ler e escrever. Mesmo assim, era bastante inteligente e sorridente, com seu vestido marrom surrado e seus cachos longos de tom preto e olhos verdes.
A viu se aproximando mansamente, com um papel na mão, parecendo estar envergonhada com alguma coisa. Ficou curiosa.
A olhando com incentivo, falou por fim:
- Gostaria de me falar alguma coisa, Eliza?
- Não, apenas queria te entregar isso - ela disse baixinho, com bastante timidez, entregando a folha. A olhava com apreensão, com seus olhos brilhando em expectativa.
Apenas sorriu como resposta, olhando o que era. Viu que se tratava de um desenho bastante simples, sem cor, mas com traços bem feitos das duas sentadas embaixo de uma árvore a ler um livro. Seus olhos se encheram de lágrimas de imediato. Tinha que admitir que Eliza tinha um dom natural para desenhar.
- Achei lindo!
- Mesmo? - ela perguntou sorrindo animadamente.
- Claro, você desenha muito bem. Tem que continuar a desenvolver esse dom.
- Obrigada, professora.
- Só estou falando a verdade. Onde pretende colocar esse? - perguntou curiosa, pois sabia que a aluna costumava guardar suas ilustrações em um caderno.
- É um presente.
- Não acredito, muito obrigada! Vou guardá-lo com o maior carinho, talvez até o emoldure e coloque na parede de meu quarto.
- Não precisa exagerar, só aceitar já é o suficiente.
- Eliza, você ainda é muito modesta com essa sua habilidade, mas quero que saiba que nunca deve escondê-la. Deve mostrar ao mundo todo o quão especial e talentosa você é.
- Ok.
- Realmente me entendeu? - inqueriu, a olhando com intensidade e amor.
- Sim senhora.
- Ótimo. Agora, acho melhor você ir, se não sua mãe vai começar a se preocupar com sua demora.
- Claro. Até amanhã, professora.
- Até amanhã, e tenha cuidado - sorriu retribuindo o aceno de despedida.
Ficou a observando se afastar, até virar uma rua mais à frente e sumir de vista.
Suspirou, voltando a olhar a imagem em sua mão, se emocionando novamente com o que aquela gravura representava. Seu objetivo de vida era conseguir mudar a vida de seus alunos, e se conseguisse atingir nem que fosse um deles, já se sentiria realizada.
Entrou novamente na sala, arrumando os materiais em uma pequena pasta, que não era pesada, já que os livros ficavam todos dentro de um armário mais ao lado.
Fechou, sem nenhuma pressa, as janelas. Apagou o quadro e depois de mais ou menos uns quinze minutos ela mesma saia da sala, fechando as portas.
Mas, como a desastrada que era, acabou deixando o molho de chaves cair no chão de terra, logo onde tinha uma poça. Resmungou em pensamentos, se abaixando para pegá-las.
Acabou se assustando ao ver um casco de cavalo surgir logo à frente de sua visão, a fazendo se levantar de imediato, com o medo de ser pisoteada pelo animal, censurando em pensamentos o condutor pela imprudência.
Olhou para cima, vendo montado o homem que mais detestava naquele lugar.
Sentiu a raiva borbulhar dentro de si quando o viu lhe lançando um sorriso cínico que estava estampado naquele rosto másculo, juntamente com seu costumeiro olhar gélido e insensível.
Seus olhos acinzentados, características de sua família, faziam harmonia com o nariz arrebitado e a pele clarinha. Seus cabelos lisos no tom castanho lhe davam um charme de um exímio cavaleiro, contrastando com seu corpo alto e musculoso. Ele vestia uma roupa de tecido fino na cor cinza, demonstrando sua riqueza.
Um belo homem se não fosse tão egocêntrico e possuísse tanta arrogância. Quase o xingou no mesmo instante, mas apenas se limitou a sorrir minimamente de desgosto.
- Algum problema, senhorita? - ele perguntou sem nenhuma nota de preocupação. Soube no mesmo instante que estava apenas falando para a desagradar.
- Nenhum, senhor Wallace. Estava apenas pegando as chaves que caíram no chão - disse o mostrando o molho todo sujo de lama, juntamente com as mãos, por onde escorria uma gota de barro por seu pulso.
Tal visão o fez retorcer o nariz de desagrado, a fazendo ficar cada vez mais nervosa.
- O senhor não tem mais o que fazer? - perguntou por fim, não conseguindo se segurar.
- É claro que tenho muitas coisas para fazer. Trabalho de verdade e não apenas por diversão - disse provocativo, olhando para a construção a sua frente com desagrado.
O ódio borbulhava dentro de si, precisando respirar para conseguir se acalmar e não começar a distribuir palavreados nada agradáveis.
O conhecia muito bem para saber que Colin estava falando aquilo apenas para provocá-la e irritá-la. Ele sempre fazia isso, e infelizmente, quase sempre conseguia o que queria.
Mas, naquele momento estava determinada a não dar o que ele queria, limitando-se apenas a sorrir gentilmente e falar:
- Entendo. Participar de eventos duvidosos durante as noites deve ser um trabalho bastante exaustivo - não conseguiu deixar de alfinetar, ao saber que o moreno detestava quando alguém insinuava alguma coisa contra a sua índole.
Viu de imediato seu semblante se fechar, a olhando com mais frieza ainda. Adiantou-se a continuar a falar:
- Me desculpe, mas estou com pressa e preciso voltar para casa imediatamente. Se o senhor me der licença... - terminou de falar se virando e fechando a porta, sem o olhar novamente.
Não obteve nenhuma resposta, apenas escutando o trotar do cavalo. Olhou de lado, o vendo se afastar em seu garanhão malhado. Soltou o ar, voltando a se acalmar.
Começou a andar pela rua, ainda remoendo o encontro indesejado.
Colin era um homem que a irritava já há algum tempo, devido a suas atitudes, insinuações e, principalmente por seu desprezo, se achando superior somente porque pertencia a uma família bastante rica da região e dono de uma das maiores indústrias locais.
O que a deixava ainda mais irritada era o fato de que sabia que ele nem sempre fora assim.
Quando crianças, por morarem próximos um do outro, costumavam brincar juntos e se divertiam muito, sendo bastante amigos. Apesar dele ser quatro anos mais velho, não parecia se importar em conviver com ela, que era menos favorecida nas questões financeiras.
Mas, depois que ele se mudou para Londres para estudar, acabaram diminuindo gradativamente a comunicação, com as cartas ficando cada vez mais escassas até que, por fim se findaram, e no lugar da amizade surgiu o ódio.
Amizade! Pensou com escárnio. Essa era uma palavra que o Wallace não conhecia, assim como respeito e caráter.
Na verdade, tinha sorte de terem se afastado ou agora ela poderia estar mal falada naquele lugar, devido a conduta duvidosa daquele homem e, com certeza não queria estar envolvida com nada que dissesse respeito a ele.
Tratou de se livrar de tais pensamentos. Tinha se decidido há muito tempo que não iria se indispôr com lembranças do passado, voltando a admirar a paisagem a sua volta.
Subia uma alameda, onde tinha uma viela com jardins de beleza exuberante, em que as casas eram de pedra velha em um tom amarelado, com trepadeiras subindo por suas paredes, que ficavam coladas uma ao lado da outra, com o teto em formato triangular e chaminés com fumaça a sair densa de sua entrada, completando um lindo cenário de Oxfordshire. Apesar de ser verão, o céu estava repleto de nuvens cinzentas, indicando que voltaria a chover logo.
Aproximou da rua principal, onde ficava o comércio. O lugar estava mais movimentado, com pedestres, carruagens e cavaleiros andando em todas as direções, sem se importarem com o clima mais fresco e a chuva que ameaçava cair.
Viu mais à frente uma dupla de garotas que chamou de imediato sua atenção. Sorriu largamente, se aproximando. Elas estavam saindo de uma loja de chapéus, conversando animadamente e ao notarem sua presença pararam de andar, também sorrindo. Eram suas irmãs mais novas.
Audrey era a filha mais velha de seu pai com o primeiro casamento com Lilian.
Vivien era a filha do meio, com apenas dezenove anos era bastante extrovertida e dona de um charme de dar inveja a qualquer um. Ela era loira de olhos azuis, assim como o pai e naquele momento, estava vestindo um vestido de tecido encorpado, da cor azul Royal, com estampa de rosas no tom rosa e palha com ramos e folhas verdes, as mangas terminavam em rendas no tom palha assim como o colarinho, que tinha uma pequena fita de renda no mesmo tom. O decote era oval ombro a ombro, a saia era volumosa e redonda, fazendo com que sua cintura parecesse ser mais fina. Seu cabelo estava preso em um coque trançado, com mechas longas caindo dos dois lados do rosto.
Celine era a caçula, tendo apenas dezoito anos, bem delicada e gentil com todos e amante da moda, sempre vestindo os vestuários mais requintados, mesmo sendo para sair apenas para um passeio. Sua aparência era igual o da irmã, com cabelos loiros enrolados e olhos verde esmeralda. Não tinha quem não notasse sua presença. Ela vestia naquele momento um vestido da cor azul claro com a saia larga e redonda, um pouco pregueada e com uma estampa de um tom cinza. O busto era drapeado com renda de bico, o decote era redondo e menos pronunciado. Nos pulsos tinha laços de fitas de cetim azul celeste usados como braceletes, assim como mais dois no cabelo, que estava preso em um coque alto.
Ambas eram totalmente diferentes de si, que tinha seus cabelos castanhos e olhos no tom mel, iguais aos da mãe. Suas irmãs eram frutos do segundo casamento de seu pai com a senhora Jennifer.
Infelizmente, sua mãe, Lilian, veio a falecer quando ela tinha apenas um ano de idade, devido a tuberculose. E, como seu pai ainda era muito novo e dono de algumas posses, não demorou muito para se casar novamente.
Apesar de Jennifer ser sua madrasta, a via como uma segunda mãe, pois foi criada pela mesma desde muito pequena, sendo muito gentil, a tratando como filha legítima.
A amava por isso, mas nunca deixou de pensar em sua mãe, que conhecia apenas por retrato.
Não pôde deixar de sentir um pouco de tristeza por pensar na mãe, mas logo tratou de mudar de pensamentos, abrindo um largo sorrindo e falando:
- Meninas, fazendo compras?
- Claro que sim, o que mais poderia ser? - Celine disse alegremente, a olhando como se quisesse deixar claro que aquilo era mais do que óbvio.
Riu com isso, dando uma piscadela para Vivien, que começou a rir também.
Ambas adoravam encher o saco de Celine com relação a isso, pois, ela era uma viciada que adorava comprar roupas.
É claro que Vivien não ficava muito atrás, sempre gostando de ir às compras, mas era um pouco mais moderada que a irmã mais nova e adorava fazer piadas com o assunto.
- Não sei porque ainda pergunta, Audie. Você sabe muito bem que nossa irmãzinha é louca por roupas - Vivien disse em tom brincalhão, fazendo com que risse ainda mais.
A mais nova bufou com o comentário, fechando a expressão de imediato, mas não demorou muito para a encenação se findar e voltar a sorrir.
- Vocês são muito chatas. E, não sei o que você está falando Vivien, já que comprou dois chapéus a mais do que eu.
- É claro, já que os meus estão velhos e desgastados. Além do mais, tenho a metade da quantidade que você tem. E, ouvi dizer que a duquesa pretende fazer bailes em seu ducado, o que significa que iremos viajar para os campos, por isso comprei chapéus novos. Não me julgue por isso.
- Bem, isso é verdade, seus chapéus estavam em um estado caótico. Mas, falando em roupas, o seu guarda-roupa, Audie, está precisando ser todo reformado - Celine disse a olhando atentamente.
- Nem comece. Não pretendo comprar mais roupas, as que tenho já são ótimas.
- Sim, para a temporada do ano retrasado, mas a tendência mudou completamente. Você precisa renovar, ficar na moda.
- Não preciso mesmo, meus vestidos, chapéus, lenços, sobretudo e tudo mais estão novos e em bom estado, por isso não pretendo trocar por agora - disse seriamente, não querendo dar o braço a torcer.
Não gostava muito dos gastos exagerados das irmãs, principalmente por não terem uma renda tão grande para poder esbanjar dessa maneira. Mas, nunca reclamava. Se essa era a diversão delas, não iria impedi-las, mas ela mesma não iria gastar com o que não fosse necessário.
- Discordo prontamente - a mais nova continuava a se pronunciar, não querendo se deixar convencer.
- Bem, mas não temos muito o que fazer, já que não irei comprar nada.
- Vivi, me ajude aqui. Eu sei que ela não me escuta porque sou a mais nova, mas penso que talvez ela te escute.
- Me deixe de fora. Você sabe muito bem que Audrey não tem gosto para moda e fica bem com qualquer coisa mesmo - ela falou apontando para suas roupas que eram bem mais simples que as dela.
- Assim me magoa, sua malvada. Estou vestida assim porque estava na escola e prefiro roupas mais simples e confortáveis. Estragaria um vestido como o que está usando rapidinho, com tintas e pó.
- Deus me livre, isso nem se quer pode chegar perto desse tecido porque estraga e não tem mais concerto - Celine disparou prontamente, parecendo horrorizada com tal perspectiva.
- Exatamente. Por isso visto isto. E, até que é bonitinho. Não sei do que estão reclamando - falou começando a se sentir indignada, porque aquela era uma das suas roupas preferidas.
- Sério mesmo que não sabe?
- Você duas, por favor, parem. Está começando a chuviscar. Melhor irmos para casa - Vivien interveio, ficando visível que estava começando a ficar entediada com a conversa.
-Tudo bem - ambas falaram em uníssono, se entreolhando, logo depois rindo abertamente, esquecendo de imediato do assunto.
O coche da família estava parado do outro lado da rua. Foram naquela direção, o adentrando e se protegendo de imediato dos pingos da chuva. O cocheiro as levou para casa, que ficava a apenas dois quarteirões de distância, em um bairro residencial de classe média.
Eles tinham uma boa condição financeira, mas não esbanjavam riqueza. Seu pai, Henry, era dono do jornal local e de algumas terras da vizinhança, que eram pequenas e não davam tanto lucro, mas era o suficiente para mantê-los em uma boa situação.
Apesar disso, sua renda não era o suficiente para integrá-los na alta sociedade. Isso aconteceu a pouco tempo, devido a seu novo cargo, como vice-prefeito, que os incluíram nesse círculo, desde então sendo convidados para todos os sortimentos de eventos.
Sua mãe tinha uma grande parcela de culpa nesse quesito, já que ela era ávida por eventos sociais, os levando a todos os lugares que eram convidados. E, como o verão tinha chegado, isso significava que sua tortura também iria começar, já que esse era o início da alta temporada de festas.
Não demoraria muito para os convites começarem a chegar e seus dias de paz se findarem.
Suspirou em desânimo, não demorando muito para ver a fachada do casarão de dois andares. Ela era simples se comparada a diversas outras casas da redondeza, mas era muito boa, sendo de tijolos na cor branca, com uma pequena escada que dava acesso a uma arcada redonda, que levava a porta e ao hall de entrada.
Ficou feliz de imediato, pois, finalmente iria poder tomar um banho e descansar um pouco do longo dia de trabalho.
♡♡
Espero que tenham gostado.
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Até a próxima!
Personagens:
※Audrey Green ※
※Colin Wallace※
※Vivien Green ※
※Celine Green ※
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