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G L O S S Á R I O


Eommeoni: mãe.

Daebak: enfatizar algo que se sucedeu bem. "Muito bom!", "Incrível".

Oppa: forma mais íntima de uma garota se referir a um rapaz mais velho. Pode ser usado entre amigos, irmãos e namorados.

Tteokbokki: feito da massa de bolo de arroz e molho de gochujang (pasta picante de pimenta vermelha). É uma comida bem popular na Coréia, sendo bem comum ser comprada de vendedores de rua.

Unnie: forma de uma garota referir-se a uma outra que seja mais velha. O significado literal é "irmã mais velha".

Yobo: querido(a), esposo(a).


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APÓS SER ATENDIDO NO hospital local, o veredito final foi que, para a felicidade da nação coreana, a integridade física de Song Min Ho não sofrera grandes danos. Com exceção de uma luxação no tornozelo e um corte na testa, tudo estava em ordem. Ele sobreviveria. Ou pelo menos foi o que os médicos atestaram.

Por isso, tudo que ele tinha que fazer era retornar ao resort, deitar-se em sua cama na luxuosa suíte presidencial e descansar para as próximas gravações. Coisa que não aconteceu, porque Mino não conseguiu pregar os olhos. Como resultado, no dia seguinte ele era a epítome da fadiga.

Saiu do banho, enrolou uma toalha na cintura e secou o vapor do espelho, suspirando ao contemplar o próprio reflexo. O problema não era aparecer diante das câmeras naquele estado, afinal, vivia num mundo onde existia maquiagem. O pior seria ter que encarar Ji Won depois de tudo que acontecera durante a descida da trilha.

Mino deslizou a ponta dos dedos pelos lábios, perguntando-se como todas aquelas palavras sentimentais tinham escapulido de sua boca. Praticamente se confessara para ela. Certo, talvez aquela história sobre mães e pessoas importantes tivesse amolecido seu coração. Talvez a queda tivesse afetado seu bom senso. Era uma justificativa plausível, não era?

Mino correu as mãos pelo cabelo molhado e suspirou de novo. Não adiantava enganar a si mesmo. Assustava admitir, mas, a cada dia, ele ficava mais e mais curioso sobre Ji Won. E, a julgar pelo modo como ela enroscou os braços ao redor de seu pescoço e o correspondeu, ela quis aquele beijo tanto quanto ele.

A atitude madura seria chama-la para uma conversa particular, confessar a estranha atração que ela despertava nele e descobrir se ela sentia o mesmo. Quem sabe até arriscasse perguntar se ela queria repetir a dose. Poderiam entender, sem pressa, que tipo de sentimento era aquele.

Mino correu para a cama, enrolou-se nos lençóis e afundou o rosto do travesseiro. Verdade seja dita, o clima ficaria extremamente desconfortável se Ji Won o rejeitasse. Afinal, até pouco tempo atrás, ela só o enxergava como um mero manequim pervertido, uma ferramenta para promover a alfaiataria. O beijo poderia ter sido apenas fruto do calor do momento.

Existia também a chance da relação dos dois acabar em catástrofe, e isso só dificultaria as coisas, até porque, em razão do reality show e do casamento, eles permaneceriam presos um ao outro pelos próximos meses, no mínimo.

Mino rolou de um lado para o outro do colchão e caiu no chão. Soltou um grunhido de dor e deu um soquinho no ar, descontando sua frustração. Ele nunca sequer cogitara namorar uma pessoa de fora do meio artístico, porque conhecia bem as complicações que poderiam surgir e...

Três toques na porta interromperam seu pequeno acesso de ansiedade. Recompondo-se, Mino levantou-se do chão, respirou fundo e vestiu uma camiseta e bermuda. 

— Dong Man ligou e pediu pra vir te chamar, já que meu quarto fica em frente ao seu. — Foi o que Ji Won disse assim que Mino abriu a porta. Ela piscou seus longos cílios e o encarou com aqueles olhos grandes, fazendo-o engolir em seco. — São quase dez horas. Você tá atrasado. — Acrescentou.

Mino escorou o braço no batente da porta e forçou uma expressão neutra, tentando transparecer casualidade. Acabara perdendo a noção do tempo enquanto relembrava do fatídico beijo com Ji Won. E, por falar nela, suas bochechas estavam estranhamente coradas naquela manhã.

— Sua cara tá rosa. Tá passando mal?

— O quê? — Ji won cobriu a lateral do rosto com as mãos.

Um sorriso malicioso brotou nos lábios de Mino.

— Yah, para de mudar de assunto e se arruma logo, porque o staff tá esperando. — Ordenou em tom autoritário. — Vou na frente. — Sumiu pelo corredor com uma velocidade impressionante. Quem diria que aquelas pernas pequenas podiam se mover com tanta agilidade.

Quando ela finalmente saiu de vista, Mino soltou o ar que estava prendendo e massageou a ponte do nariz, sentindo-se confuso. Ji Won não disse uma palavra sequer sobre a noite anterior e, se não fosse pelo o rosto vermelho dela, ele começaria a acreditar que tinha inventado tudo.

Mino franziu a testa, tendo um súbito momento de iluminação. Será que Ji Won tinha se arrependido?

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Naquele dia de céu límpido, sob o sol brilhante e quente, Jin colocava em prática suas técnicas de guerra, escondendo-se atrás dos arbustos da propriedade vizinha. Ele afastou algumas folhas e manteve os olhos fixos em sua própria residência, esperando seus pais saírem. Se ele bem recordava, Hae Sook e Bong Shik costumavam ir ao mercado nos sábados à tarde, e essa era sua chance de resgatar o restante de seus pertences.

Enquanto isso, a apenas poucos metros dali, Lisa discutia com o namorado da mãe. Ela gritou e ele também. Então, fez-se silêncio. Jin, que escutara a confusão, virou-se para conferir e flagrou Lisa escapando de casa pela janela do quarto. Os dois se encararam por um breve instante antes dele desviar o olhar. Era desconfortável encarar quando alguém estava chorando.

A adolescente sentou-se ao seu lado na grama segundos depois.

— Cadê sua irmã? — Jin perguntou como quem não quer nada.

— Viagem de negócios. Teve que acompanhar o chefe. — Lisa dobrou as pernas e apoiou o rosto nos joelhos, aliviada por Jin não questionar a respeito de sua mãe. Não queria ter que dizer, em voz alta, que ela estava apagada na cama após beber horrores na noite anterior. A vizinhança inteira já estava sabendo.

— Acho que minha eomeoni fez tteokbokki. Por que você não passa lá em casa e come um pouco? Ela sempre perde a noção de quantidade e faz comida suficiente pra alimentar umas trinta bocas. 

— Não precisa mentir, oppa.— Lisa enxugou as lágrimas. — So Dam unnie me contou que você tá fugindo dos seus pais desde ontem à tarde, então é impossível que você saiba o que sua mãe cozinhou ou não hoje.

— Você me pegou. — Jin riu, sem graça.

Antes do lançamento oficial da nova coleção de roupas do Grupo Lee, ele teve o cuidado de fazer as malas e hospedar-se num hotel. Não suportaria lidar com a decepção no olhar dos pais por terem sido enganados todo esse tempo. Esperaria até a poeira baixar antes de tentar uma reconciliação. Sentia calafrios só de imaginar a reação da irmã quando voltasse de Jeju. Isso se ela já não tivesse descoberto tudo.

— Você se arrepende, oppa? 

— Do que?

— De mentir pra sua família. Valeu a pena? Você tá feliz?

Jin coçou o pescoço. Não era o tipo de pergunta que ele costumava se fazer. E isso era tão importante assim? Pelo menos, agora, ele tinha condições de se sustentar e podia parar de ser um estorvo na vida de seus pais. Considerando a recepção positiva da indústria da moda, sua carreira de modelo também estava prestes a decolar.

— Eu tenho dinheiro. — Foi o que ele respondeu.

— Não é a mesma coisa.

— Pra mim é. — Disse ele, abandonando seu posto de vigia e sentando-se na grama. Espichou as pernas e bocejou. Não dormira direito na última noite, muitas preocupações em sua mente.

Lisa colocou uma mecha do cabelo laranja atrás da orelha, refletindo.

— Oppa. — Cutucou Jin. — Você acha que eu também conseguiria ganhar algum dinheiro rápido com esse negócio de modelo?

— E quem iria contratar alguém tão feia? — Jin deu um peteleco na testa dela. — Vá estudar, Lisaya, e pare de perder tempo pensando bobagens. Ao contrário de mim, se você exercitar esse cérebro preguiçoso, talvez ainda haja alguma esperança.

— Yah, dói! — Lisa esfregou a testa e crispou os olhos. — Por que mesmo eu me declarei pra você? — Levantou-se do chão e limpou a sujeira da calça jeans.

Jin riu alto, sua gargalhada reverberando no peito de Lisa. Ele ficava adorável sorrindo e era impossível não ser contagiado, disso ela lembrava.

— Não precisa dizer. Eu sei a resposta. — Lisa baixou os olhos, sentindo-se triste. — Boa sorte com a ahjumma, oppa. E quando ficar famoso, vê se não esquece da gente. — Acenou e começou a se afastar, andando em direção à calçada.

— Não tá com fome? — Jin gritou. — Seu oppa vai te levar pra comer algo bem caro e gostoso.

— Yah, preocupe-se com você mesmo. — Ela rebateu, contendo um sorriso.

— Por acaso você tá me dispensando? — Jin brincou. — Quem é ele, hã? Quem?

Lisa pegou o celular no bolso da calça e deu de ombros.

— Alguém.

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Em razão do acidente de Mino e de sua torção no tornozelo, a recomendação médica foi que ele se abstivesse de qualquer exercício físico, o que incluía trilhas e derivados. Assim, a programação da lua de mel ficou prejudicada e precisou ser adaptada à nova condição de seu protagonista. Não que ele estivesse reclamando.

— Ela não vai desistir? — Dong Man conferiu o relógio de pulso.

— Ela é persistente. — Mino ajeitou os óculos de sol, assistindo de camarote enquanto Ji Won recolocava a máscara para acompanhar as Haenyeo, tradicionais mergulhadoras da ilha de Jeju, na pesca de peixes e frutos do mar usando as próprias mãos.

— Estamos torrando debaixo do sol há quase uma hora. — Dong Man franziu os lábios em sinal de desgosto. — Se ela quer tanto um peixe, basta comprar no mercado municipal.

— Mas isso tiraria a graça. — Mino bebeu um gole de seu chá gelado e estalou a língua com satisfação. — O roteiro diz que ela precisa atuar como uma Hanyeo e depois preparar uma refeição fresca para mim. Você não pode interferir. Seria trapaça.

— Posso sim. Compro um peixe e entrego pra ela fingir que o tirou da água, compro o mercado inteiro se ela quiser. O que vai ser? Abalone? Mariscos? — Dong Man resmungou, abanando o rosto. Quando Ji Won emergiu de mãos vazias e avisou que tentaria novamente, foi a gota d'água. —Será que dá pra alguém parar essa garota? — Gritou, partindo em direção à assistente de direção com o intuito de atormentá-la até a morte. Era só isso que aqueles dois faziam desde o início da viagem. Discutir e discordar.

Mino, por outro lado, riu baixinho e apoiou as pernas em cima de uma cadeira de plástico, achando a situação muito interessante. O dia inteiro Ji Won vinha evitando ficar perto dele, mas, agora, ali estava ela, pescando comida pra ele como se sua vida dependesse disso. Talvez ela não tivesse se arrependido do beijo, talvez fosse apenas vergonha.

Passados mais alguns minutos, Ji Won enfim ressurgiu com um peixe e uma expressão vitoriosa no rosto. Nem se preocupou em secar a água do mar, simplesmente caminhou até Mino, carregando o pobre abalone feito um troféu. Mino mordiscou o lábio, gostando da visão de sua esposa em roupas tão justas, e foi surpreendido com um objeto pegajoso jogado em seu colo.

— Tá aqui seu prêmio, yobo. — Disse, parecendo irritada, e foi embora pisando duro.

Mino gritou, horrorizado, e pulou para fora da cadeira, o abalone, ainda vivo, debatendo-se no chão. Mais que depressa, Dong Man correu em seu resgate e devolveu o bichinho para o mar, de onde não deveria ter saído.

— Por que você fez isso? — Mino abriu a boca em choque. — Era o meu jantar! Você estragou meu jantar!

— Fiquei com pena do peixe, preso no meio da picuinha de vocês. — Fez cara de nojo para as mãos sujas. — Vamos logo, que não sou pago pra passar fome.

— Yah, você tá ficando muito rebelde ultimamente, Dong Manny — Mino apressou-se em segui-lo, manquejando, e apoiou o braço sobre os ombros de seu assessor para conseguir se equilibrar. — Você não era assim quando começou a trabalhar pra mim.

Dong Man revirou os olhos e resmungou:

— Convivência.

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Lisa subiu o elevador até o décimo quinto andar e tocou a campainha. Prendeu o cabelo num coque, mudou o peso do corpo de uma perna para a outra e aguardou. Yoon Gi não demorou a aparecer e abriu passagem para que ela entrasse. Na mesma hora, Suzy veio a todo vapor e a recepcionou com uma calorosa lambida no pé.

— A Suzy gostou de você. — Ele escorou-se contra a parede.

— Acho que sim. — Lisa acariciou as orelhas da cachorrinha pug.

— Ela fica animada quando conhece gente nova — Yoon Gi desapareceu para dentro da cozinha, deixando Lisa esperando na sala. — Quer beber alguma coisa?— Gritou.

— Refrigerante. — Ela observou a decoração do apartamento com curiosidade. Nunca tinha pisado na casa de uma celebridade antes. Era tudo tão bonito e impessoal, como se ninguém, de fato, vivesse ali. — Tem certeza que seu primo não se importa da gente ficar aqui?

— Claro que não. — Yoon Gi voltou carregando pacotes de salgadinho e latas de refrigerante. Aquele tipo de refeição barata já estava virando tradição entre os dois. — É só ele não descobrir.— Pôs a comida sobre a mesinha de centro e jogou-se no sofá, batendo a mão no espaço ao lado. — Senta aqui comigo.

— Yah. — Ela cruzou os braços. — Quando te procurei pra me distrair,  não quis dizer esse tipo de... coisa.

— Eu sei! — O sorriso dele se expandiu e seus olhos curvaram-se em formato de meia lua. Ainda era difícil acreditar que Lisa ligara, sugerindo que fizessem algo divertido. A iniciativa tinha partido dela, e isso era um avanço gigante. 

— Achei que a gente fosse sair. 

— É que tem um filme que quero assistir e pensei que você fosse gostar.

— Certo. — Ela cedeu, ainda desconfiada. — Uma gracinha e eu te mato. — Apoiou uma almofada no colo e colocou outra entre os dois, construindo uma espécie de barreira.

Yoon Gi distraiu-se momentaneamente com aqueles cabelos alaranjados tão perto dele e o cheiro de shampoo que eles exalavam. Então, deu play no filme e apagou as luzes, seu coração acelerado com expectativa. Estava a sós a garota que gostava. A sós e apaixonado. Com sorte, em breve ela estaria também.

Acabou que, no final das contas, o filme era melhor do que ele imaginava, tanto que se pegou rindo cada vez mais alto das cenas. Criou coragem, ainda, para esticar o braço por trás de Lisa no sofá. Quando os créditos finalmente rolaram, ele espreguiçou-se e acendeu as luzes.

— Gostou? — Perguntou, virando-se para ela, e seu sorriso murchou.— Lisa...

— Não foi nada. — Ela saiu do sofá e ficou de costas, secando o rosto. — Hoje só não é um bom dia. Desculpa.  — Limpou a garganta. — Tá tarde e não quero perder o último ônibus, então...

— Ei, olha pra mim. 

— Para, Suga.

— Yah, olha pra mim, por favor. 

— Suga, não. Só me deixa em pa-

Ele a silenciou com um abraço. Envolveu os braços ao seu redor e apoiou o queixo em seu ombro, afagando o topo de sua cabeça enquanto esperava pelo momento em que ela o empurraria e fugiria, porém isso não aconteceu. Lisa afundou o rosto na curva de seu pescoço e chorou. 

— Venho pensando em mudar um pouco, tentar algo diferente. — Yoon Gi murmurou ao notar que o ritmo da respiração dela tinha, enfim, normalizado — Mas queria a opinião de alguém que já tá acostumado a pintar o cabelo.

— Pintar o cabelo?

— É.

Você quer pintar o cabelo? — Ela se afastou para encará-lo, permitindo-o ver seu nariz vermelho e olhos inchados. — Yah.

— É sério.

— Que cor? — Lisa fungou.

— Você escolhe.

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Ji Won secou os cabelos e colocou um vestido leve de verão. Tinha sido um dia desgastante ao extremo, especialmente a parte do mergulho. Mino ficara lá, sentado naquela cadeira feito um rei, observando-a como se a desafiasse a falhar. Era uma questão de honra conseguir pegar algum peixe e esfrega-lo na cara daquele pervertido.

Como ele pôde não dizer uma palavra sequer depois de praticamente agarrá-la na trilha do Parque Nacional Hallasan? Ele esperava o quê? Que ela fosse se encarregar de trazer o assunto a tona? Se a iniciativa dependesse dela, acabaria entrando em combustão. Sequer conseguira dormir direito na noite anterior tamanha a adrenalina percorrendo suas veias.

Também não sabia mais o que pensar. As palavras dele, o jeito como ele tomou sua boca, foi tudo tão...tão... Ji Won fincou as unhas na palma das mãos. Provavelmente era apenas uma técnica que ele usava para conquistar garotas bobas e se aproveitar delas. Bem típico dessas celebridades que se acham o centro do mundo.

Decidiu que precisava de ar fresco e saiu do quarto como um furacão. Acabou parando na área das piscinas. Por ser tarde da noite, o lugar estava deserto. Então, ela sentou-se na beirada e mergulhou as pernas na água, gostando da sensação de tranquilidade.

— Não ficou tempo suficiente na água hoje? Tô começando a achar que você é um peixe, Wonie. — Mino surgiu do nada e agachou-se ao lado dela. No final das contas, não aguentou manter distância. Foi mais forte que ele. — Talvez uma sereia.

Ji Won respirou fundo e concluiu que a melhor técnica para espantá-lo seria ignorá-lo. Como era possível que o repertório de cantadas dele ficasse cada vez mais brega? Ele não aprendera nada com os dramas de romance em que atuava?

— Devo dizer que fiquei muito tocado com sua força de vontade em pescar aquele abalone. Infelizmente, o Dong Man deu crise e jogou o peixe de volta ao mar. Uma pena, Wonie. Uma pena. — Mino bateu os pés na piscina e espirrou água nela de propósito, querendo tirá-la do sério. — Que foi? — Inclinou a cabeça de lado. — O peixe comeu sua língua?

— Daebak. Você só piora.

Mino riu sozinho, erguendo os olhos para contemplar a lua,  e Ji Won aproveitou para admirar o perfil dele, seus batimentos cardíacos acelerando com a possibilidade dele tentar beijá-la novamente.

— Como soube que eu estava aqui?

— Te vi da varanda da minha suíte.  Achei que você fosse querer companhia.

— Achou errado. Pode ficar, porque eu vou voltar pro meu quarto.

— Não, Wonie.  — Mino pôs a mão sobre a dela e fez um carinho discreto. — Fica.

— Por quê? — Ji Won sentiu o rosto esquentar. — Você tem alguma coisa pra me dizer, por acaso?

— Tenho. — Mino aproximou-se dela e sussurrou. — Você está quente, Wonie. Parece estar com calor. — Num movimento rápido, pulou na piscina e a arrastou consigo.

Quando Ji Won emergiu, estava tossindo, engasgada com a água e furiosa. Nadou até seu marido postiço e o empurrou com força, querendo arrancar aquele sorrisinho falso de seu rosto.

— Quer morrer?!

Mino a segurou pelos pulsos, impedindo os golpes.

— Espera, fica quieta um minuto pra eu checar.

— Checar o quê?!

Mino a trouxe pra perto.

— Onde está sua cauda.  

— Yah! — Ji Won soltou um gritinho esganiçado. Não sabia mais nem o que estava dizendo, as palavras entaladas em sua garganta simplesmente foram saindo. — Quer parar de tirar com a minha cara? Você não pode me beijar quando bem entender e depois fingir que nada aconteceu. Não é justo bagunçar com a minha cabeça, nem um pouco. Pareço fácil assim pra você, oppa?!

— Você gostou? — Mino quis saber. Diante da expressão confusa de Ji Won, ele esclareceu. — Do beijo. Você gostou?

— Inacreditável. Eu tentando falar sério e você brincando. 

— Responde. —  Ele insistiu. —  Gostou? 

—Nem lembro. — Ela virou o rosto.

— Ah.— Mino deslizou a mão pelo braço dela. — A gente pode dar um jeito nisso... se você quiser. — Sugeriu, gotas de água pingando de seus cílios e caindo em seus lábios de um jeito muito sedutor.

— Você me disse que não fazia caridade duas vezes. Essa seria a terceira.

— Não é caridade. — Afastou uma mecha de cabelo molhado do rosto dela. — A verdade é que pensei em você o dia inteiro... — Hesitou. —  E eu sei que o normal seria nós nos detestarmos. Quero dizer, a gente não se suporta na maioria do tempo. — Riu.  — Mas eu não consigo evitar. — Baixou a voz. —Acho que estou começando a gostar de você, e vou enlouquecer se não descobrir se você me quer tanto quanto eu te quero.

O fôlego de Ji Won ficou preso na garganta enquanto ela piscava compulsivamente, seu corpo formigando em cada lugar que Mino a tocava. Então, ela fez o impensável. Ficou na ponta dos pés, segurou o rosto dele e o beijou. Terminou tão logo começou. Breves segundos de mais pura loucura.

Foi a vez que Mino ficar atordoado, as pupilas dilatadas, atentas e sedentas por mais. Ele enroscou os dedos entre os cabelos de Ji Won e escutou a respiração dela falhar. A brisa gelada da noite, o som incessante dos grilos, alguém escutando uma música de péssimo gosto não muito longe dali. Pequenos detalhes imperfeitos capazes de compor um momento mágico.

— Feche os olhos, Wonie.  —  Mino pôs uma mão nas costas dela, continuando de onde haviam parado. — Porque, agora... — Tocou os lábios dela uma vez. — vou te fazer... — Duas, três vezes. — voar.


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De que cor Yoon Gi deveria pintar o cabelo?

De zero a dez, o quanto vocês shippam Lisa e Yoon Gi?

De zero a dez, que nota vocês dão para as cantadas no nosso querido Mino oppa? haha

Se você gostou, não esquece de clicar na estrela e deixar seu voto! Até a próxima <33


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NOTA: Por centenas de anos, as mulheres da ilha sul coreana Jeju fazem a colheita de frutos do mar no fundo do oceano. Ao contrário de pescadores que saem em barcos ou usam uma vara/linha, essas mulheres mergulham no mar sem ferramentas especiais para coletar mariscos, abalones ou algas marinhas. Conhecidas como haenyeo (해녀), ou mulheres do mar, elas descem em mergulhos de até dez metros de profundidade e que podem durar cerca de dois minutos sem nenhum equipamento de respiração. Elas utilizam apenas máscaras de mergulho e pesos de chumbo amarrados na cintura, para ajudá-las a afundar mais rápido.

No passado, as meninas da ilha começavam a recolher mariscos desde os 10 anos de idade. A jornada das mulheres mergulhadoras era de seis a sete horas por dia, além da ajuda nas tarefas agrícolas. Hoje, as haenyeo desempenham o papel de guardiões do mar e ambiente ecológico do oceano. Suas cooperativas operam restaurantes de frutos do mar e lojas, por isto alguns restaurantes são nomeados Haenyeo Hoetji (restaurante especializado em peixe cru) e Haenyeoui Jip (Casa da Haenyeo).

Fonte: site BrazilKorea.com.br

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