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AVISO: o capítulo de hoje contém referências sobre novelas coreanas e bandas de kpop. Para o leitor que não está por dentro desses assuntos, coloquei alguns números ao longo do texto (naquele esquema usado para notas de rodapé, por exemplo, [1], [2], etc), e aí você pode conferir as explicações lá no final do capítulo. Mas não precisa se preocupar muito, porque isso não interfere quase nada na compreensão dessa história.

AVISO 2: esse capítulo depende de internet para visualizar as mídias inclusas.


G L O S S Á R I O

Aigoo: expressão usada para demonstrar surpresa. 

Aish: expressão usada para demonstrar descontentamento.

Daebak: enfatizar algo que se sucedeu bem. "Muito bom!", "Incrível".

Eomma: mãe.

Kimbap: a versão do sushi japonês na Coreia. É feito de arroz, normalmente recheado com espinafre, rabanete em conserva, bolo de peixe e omelete cortado.

Omo: expressão usada para demonstrar surpresa.

Oppa: forma mais íntima de uma garota se referir a um rapaz mais velho. Pode ser usado entre amigos, irmãos e namorados.

Unnie: forma de uma garota referir-se a uma outra que seja mais velha. O significado literal é "irmã mais velha".


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POR ALGUM MOTIVO misterioso, Ji Won permaneceu imóvel no sofá, assistindo passivamente ao episódio inaugural da nova temporada do We Got Married. Após explicarem como as inscrições poderiam ser feitas pelo site do programa, os apresentadores começaram a entrevistar cada uma das celebridades que participariam naquele ano. Disseram também que anúncio oficial das fãs escolhidas seria feito dentro de um mês.

— Não acredito que o Song Min Ho realmente confirmou presença. É muita coragem da parte dele! — Lisa exclamou, apontando para o aparelho televisivo. — Você viu as últimas notícias, unnie?— Cutucou Ji Won. — Parece que a Eun Byul terminou com o Mino depois de pegá-lo no flagra beijando a amante! Eu sempre soube que o mundo dos famosos era polêmico, mas, daebak, fiquei chocada. Tem até uma foto do beijo circulando na internet! Quer ver?

—Não! — Ji Won empalideceu. — Não precisa. — Tentou disfarçar o nervosismo.

Se ela tinha visto a foto? Céus, ela estava lá! Se fechasse os olhos, ainda conseguia sentir o calor dos lábios dele pressionados contra os seus. Mino, aquele... aquele... pervertido! De onde tirou que poderia beijá-la sem permissão? Ele teve sorte que ela escolheu puni-lo com um golpe no olho em vez de deixá-lo estéril para o resto de sua existência insignificante.

E ainda bem que censuraram o rosto dela na bendita foto, caso contrário invadiria o apartamento de Min Ho no meio da noite e o mataria com requintes de crueldade durante o sono. Não, ninguém jamais poderia descobrir que Ji Won era a tal "amante". Ela ficaria falsamente marcada como destruidora de relacionamentos e sua vida viraria um inferno.

— Você viu o quanto ele é bonito e educado, unnie?— Comentou Lisa, aproveitando o momento de distração para deitar, casualmente, a cabeça no ombro de Seok Jin. — Nem dá pra acreditar que é primo do garoto insuportável que estuda comigo.

— Primo? — Ji Won franziu a testa, lembrando-se do adolescente que lhe entregou de volta seu celular esquecido no apartamento de Mino... Mino... Ela sentia fisgadas na cabeça só de pensar nele. — Não, não quero mais falar desse pervertido. — Resmungou, afundando o rosto numa almofada.

— Quem é pervertido? — Seok Jin inquiriu.

 — Como você sabe que ele é pervertido? — Perguntou Lisa, achando que Ji Won estava se referindo ao seu colega de turma.— Você conhece o Yoon Gi?! — Ela arregalou os olhos.

— Não! Quero dizer, sim. Não, espera. — Ji Won embaralhou-se com as palavras. — E-eu chamei o Mino de pervertido, não o primo dele.

— Então você conhece o ator Song Min Ho?! — Lisa exclamou, ainda mais perplexa com aquela confissão.

— Conhece? — Seok Jin fitou a irmã com espanto. — Mas, Wonie, você me contou que foi o primo dele quem devolveu seu celular na sexta-feira. Quando você arrumou tempo para encontrar o Mino?

Aish, não é preciso conhecê-lo pessoalmente para saber que ele é um pervertido de maior categoria. Olha só pra ele. — Gesticulou para a tevê, que mostrava a imagem de Mino rindo de alguma gracinha que o apresentador tinha feito.— Traiu a namorada e está aí, expondo todos os dentes brancos como se nada tivesse acontecido. E o pior de tudo é que milhares de fãs vão se inscrever para tê-lo como marido falso nesse reality show.

— Aposto que essa edição vai ser um completo banho de sangue e ciúme. — Cogitou Lisa, seus olhos castanhos brilhando de excitação. — Escreve o que eu tô te falando, eles vão bater recorde de audiência.

Ji Won apenas revirou os olhos, refletindo que tinha coisas mais importantes para fazer do que assistir aquele programa, coisas como salvar a alfaiataria. Seu velho pai, Bong Shik, podia até não falar nada, mas ela sabia o quanto ele andava preocupado, afinal, a renda que ganhava lá era a principal fonte de sustento da família Cha. Sabia também que alguns empresários haviam entrado em contato, interessados em comprar a loja, mas ela recusava-se a permitir que seu pai aceitasse.

A alfaiataria fora fundada por seu bisavô há setenta e cinco anos, passando de geração em geração. Como abrir mão de uma tradição familiar tão forte? Mas, ao mesmo tempo, o que fazer para salvá-la? Tinha que existir um jeito, ela precisa encontrar uma maneira de...

— Tô indo na cozinha. Alguém quer leite de banana? — Jin bocejou, levantando-se do sofá e espichando os braços acima da cabeça para se espreguiçar. Precisava aproveitar seus últimos minutos de sossego antes que o pai retornasse para casa e o flagrasse à toa, sem estudar para o concurso público que se aproximava.

— É isso! — Ji Won estalou os dedos, sua mente piscando com uma ideia genial.

— Eu sei, essa nova marca de leite de banana que a eomma comprou no mercado é bem melhor do que aquela outra. — Ele constatou, pensativo.

— Céus, Jin. — Ela crispou os olhos para o irmão. — Nem tudo se resume a esse treco.

— Não chame minha bebida favorita de treco. — Jin ralhou, fechando a cara. — E eu sou seu oppa, mostre mais respeito.

— Qual parte eu perdi? — Lisa piscou, sem entender nada daquela súbita discussão.

— A parte em que eu decidi que vou me inscrever para participar do We Got Married e salvar a nossa loja! — Ji Won exclamou, orgulhosa de seu plano perfeito.

Se fosse escolhida para o reality, poderia convencer seu marido-postiço-famoso a vestir as peças confeccionadas por seu pai. Seria uma forma muito eficiente de divulgar o nome alfaiataria, já que as pessoas tendiam mesmo a ficar de olho nas marcas de roupas que as celebridades usavam, especialmente as revistas de moda.

— Quem vai participar do quê? — Sua mãe, Hae Sook, surgiu na sala carregando um prato repleto de Kimbap recém enrolado. — Aqui, trouxe um lanchinho pra vocês enganarem o estômago até o jantar ficar pronto. — Colocou-o sobre a mesinha de centro.

— Ficou maluca, Wonie? — Seok Jin começou a rir, franzindo o nariz de um jeito que Lisa julgava fofo ao extremo. — Você acabaria matando seu marido de mentira em plena rede nacional. — Enxugou algumas lágrimas no canto do olho, gargalhando abertamente de sua própria piada.

Lisa mordeu o lábio, hipnotizada. Além de lindo, Jin tinha bom humor e uma risada gostosa. Dava para ser mais perfeito?

— Por que você não some daqui? — Ji Won arremessou uma almofada no irmão. — Eu tô tentando explicar uma coisa séria e você não para de fazer gracinha. Vai pro quarto estudar que sua prova é em três semanas!

— Pare de implicar com seu oppa. — A mãe enxugou as mãos no avental. — Como quer que ele estude de barriga vazia? Você não se importa com o bem estar do seu irmão?

Eomma! — Ji Won choramingou. — Por que você sempre defende esse imprestável?!

— Não diga isso, Wonie. — Hae Sook franziu as sobrancelhas. — A saúde do meu Jin era tão frágil quando bebê que ele vivia sendo internado no hospital. Se um milagre não tivesse acontecido, você não teria seu oppa hoje aqui, em nossa preciosa família. — Fungou, recontando, pela milésima vez, a história que os filhos já estava cansados de tanto ouvir.

— Mas qual dos famosos você tem em mente, unnie? — Lisa perguntou, retomando o assunto.

— Hum, vamos dar uma olhada. — Ji Won retirou-se da sala por um momento e retornou correndo com seu notebook em mãos. Digitou o site do programa para que pudessem avaliar cuidadosamente as opções. 

Curiosos, Seok Jin e Hae Sook também acabaram juntando-se às duas e, após algum tempo contemplando o computador, cada um havia formulado uma opinião diferente.

— Esse menino Kang Daniel é aquele que participou do Produce 101 e estreiou no grupo Wanna One[1], não é? — A mãe se manifestou. — Aigoo, que gracinha, pena que é muito novinho pra você. Escolha outro noivo, Wonie.

— Como você sabe dessas coisas, eomma? — Ji Won arqueou as sobrancelhas.

— Sou uma mulher moderna, querida, estou por dentro dos últimos acontecimentos. Ou você acha que eu vivo só para cozinhar para vocês?

 — Omo, omo! — Lisa deu um pulinho no sofá. — Você e o Tae Hyung oppa fariam um par perfeito!  Vocês são da mesma idade, unnie, e ele é cantor [2]. Imagina uma serenata no seu ouvido com aquela voz maravilhosa? 

— Não, o Hyung Sik é melhor.—  Seok Jin palpitou. —  Ele acabou de terminar aquela novela em que a mocinha possuía uma força sobre-humana [3]. A Wonie gosta mesmo de usar os punhos, será quase como se estivessem filmando uma nova temporada. — Provocou, sorrindo de orelha a orelha.

— Não tenha ideias absurdas, oppa. — Ji Won acariciou a cabeça do irmão com pouca gentileza. — Vai fazer mal para os seus neurônios. 

— E que tal o Ji Chang Wook?— Lisa sugeriu. —Ele fez tantas novelas de ação que pode te proteger de qualquer perigo [4]. Já pensou que emocionante, unnie? — Lisa bateu palminhas no ar, empolgada com o rumo da conversa.

— Nada disso. — A mãe vetou. — Esse Chang alguma coisa é bonito demais, e todos sabem que homens assim dão trabalho. Consigo até ver a Wonie vindo até mim, chorando descontroladamente porque outra mulher tentou seduzir seu marido. Não, não dou meu consentimento.

Eomma, a senhora sabe que será um casamento de mentira, não sabe? — Questionou Ji Won, perdendo a paciência com todo aquele falatório sem sentido ao seu redor.

— Concordo com você, eomma. — Disse Jin, tentando disfarçar o riso debochado. — A última experiência da Wonie com um cara bonito e rico não terminou bem. 

Ji Won virou a cabeça tão rápido que, se esta não estivesse grudada em seu pescoço, teria saído girando. Encarou, então, o rosto sorridente do irmão e lançou-lhe um olhar enfurecido. A verdade é que seus pais não sabiam o motivo pelo qual ela rompeu o namoro com Hae Jun. Ficariam de coração partido se descobrissem a suposta traição. Ela desejava poupa-los do sofrimento.

— Yah, você quer morrer, oppa? — Ji Won estalou as articulações dos dedos e do pescoço. Depois começou a balançar os ombros, como se estivesse se aquecendo para uma briga. Como uma garota tão pequena conseguia ser tão ameaçadora, ninguém entendia.

Unnie, você ainda não falou quem você prefere. — Lisa interferiu, tentando desviar a atenção e, assim, salvar Seok Jin do iminente ataque.

Funcionou.

— Eu? Hum... — Ji Won mordeu o interior da bochecha, refletindo. — Gosto do Lee Joon Gi! Como ele é mais velho, deve ser também mais maduro que os outros, né? Ah, e lembra da novela de época que ele acabou de fazer? Todos dizem que eu sou a cara da protagonista com quem ele contracenou [5]. Olhando por esse lado, acho que teríamos uma boa química como casal diante das câmeras.

Jin deixou escapar uma risada abafada e ganhou uma cotovelada da irmã.

— Também gostei. — Hae Sook balançou a cabeça em sinal de aprovação. — Daria um bom genrinho.

— E o Min Ho? — Jin tornou a falar, não temendo a ameaça da irmã para que ele não se intrometesse. — De acordo com a foto que está na internet, parece que ele agora gosta mulheres de cabelo curto.

— E ele é super famoso! — Lisa complementou, concordando.

— Oh, eu vi a reportagem sobre o escândalo. — Disse a mãe, contente por conseguir acompanhar o ritmo da conversa dos jovens. — Falando nisso, a mocinha da foto se parece muito com a nossa Wonie, não parece?

— Quem? A amante? — Jin pôs a mão no queixo, pensativo. 

— De onde a senhora tirou isso, eomma? — Ji Won ficou vermelha e engasgou com a própria saliva, tossindo descontroladamente. — N-nem dá pra ver o rosto dela,  foi censurado!

— Você disse antes que não viu a foto, unnie. — Pontuou Lisa, percebendo a contradição.

— Chega disso, gente! — Ji Won jogou o computador no colo do irmão e começou a andar em círculos pela sala, aterrorizada com a possibilidade de sua família descobrir tudo. — Vamos ser objetivos. —  Parou e pôs as mãos na cintura, franzindo o cenho. — Joon Gi é a opção mais sensata. Ele é famoso o suficiente para os meus propósitos e tenho certeza que aceitaria usar as roupas da alfaiataria se eu pedisse, concordam? É, é isso. Fim de discussão.

— Boo. — Jin vaiou.

— Eu aprovo o casamento.— Hae Sook meneou a cabeça com veemência. 

— Eu também. — Disse Lisa. — Então tá, como a unnie conseguiu escolher seu noivo postiço, eu vou indo. — Anunciou ela, furtando alguns kimbaps do prato e enfiando-os de uma vez só na boca. — Pchauzinfo. — Balbuciou, caminhando em direção à porta.

— Vou com você! —  Ji Won gritou, chamando-a. — Combinei de me encontrar com a So Dam. Sua irmã deve chegar do trabalho por agora, né? — Consultou as horas no celular.

Lisa gesticulou que sim.

— E a inscrição para o programa?— Seok Jin quis saber.

— Ah, eu faco quando voltar. O prazo é até o final de semana mesmo.— Ji Won deu de ombros.

— Posso cuidar disso pra você, Wonie.— A mãe se ofereceu, animada.

— Tem certeza que dá conta, eomma?

Aigoo, querida. Não te disse que agora sou uma mulher moderna? Seu irmão me ensinou tudinho sobre essas tecnologias numa tarde dessas. Consigo até comprar roupa naqueles sites bonitos. Onde já se viu? — Hae Sook gargalhou, colocando a mão sobre o peito. — Você aperta um botãozinho e, três dias depois, chega um pacote pelo correio.

Ji Won ponderou a oferta. Sendo honesta, ela não estava com muita paciência mesmo para preencher inúmeros dados cadastrais no site do reality show. Seria uma dor de cabeça a menos se sua mãe fizesse esse favor. Fora que as chances dela ser efetivamente escolhida para participar do programa eram mínimas, pois concorreria com milhares de outras fãs. Não passava de um tiro no escuro, uma tentativa maluca de salvar a alfaiataria. E se desse certo, ótimo. 

— Tudo bem. — Ela concordou. — Coloco minha vida em suas mãos, eomma. — Brincou.

E se, naquele instante, Ji Won pudesse prever a infinidade de eventos que sucederiam em razão daquele favor aparentemente inofensivo, ela certamente não teria rido de modo tão despreocupado. Não mesmo.


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Gostou do capítulo? Clique na estrelinha e vote <3  

E a pergunta do dia é: se você estivesse no lugar da Ji Won e fosse participar do We Got Married, qual dos candidatos apresentados você escolheria?


N O T A S

[1] Kang Daniel é um cantor sul coreano que participou de um reality show chamado Produce 101. Nesse programa de sobrevivência, concorreu com 101 outros aspirantes a "idols". No final, apenas 11 foram escolhidos para participar de uma boyband chamada Wanna One. 

[2] Kim Tae Hyung é um dos vocalistas integrantes do BTS, grupo mundialmente famoso de kpop.

[3] O ator Hyung Sik recentemente participou de uma novela chamada "Strong Woman Do Bong Soon", em que a mocinha nasceu com uma força sobre-humana. É uma comédia-romântica maravilhosa que super indico. Quem ainda não assistiu, pode conferir de graça (e com legendas) no site Viki.com. 

[4] Ji Chang Wook é um ator sul coreano que protagonizou diversos filmes e novelas repletos de cenas de ação (com romance também, claro). Se você tem curiosidade, indico Healer. <3

[5] Lee Joon Gi protagonizou (fazendo par româtico com a IU, atriz que escolhi para ser a nossa Ji Won) uma novela de época chamada Moon Lovers, vulgo melhor dorama de todos os tempos. Mas se você for daqueles que têm um coração fraco, aconselho assistir com uns lencinhos e chocolatinhos do lado. 


Convido vocês a conhecerem, também, minha próxima história:

SEU CORAÇÃO TAMBÉM POR MIM

Arthur nunca deu o devido valor à própria vida, até o momento em que precisou de um transplante de coração. E, agora, ele se sente estranho. Passou a gostar de coisas pelas quais nunca antes demonstrara qualquer interesse, ganhou novos hábitos e começou a ter sentimentos desconhecidos.

Confuso, ele não consegue concluir outra coisa: algo definitivamente deu errado durante a cirurgia.

Beatriz não pode concordar mais. Após acompanhar Arthur à distância por algumas semanas, a jovem colegial está convencida de que rastros de seu amigo de infância, o doador, estão perdidos em algum lugar dentro daquele desperdício de espaço que recebeu seu precioso coração.

Sem saber lidar com a dor do luto, ela passa a projetar toda loucura de seu amor não-correspondido para cima de Arthur, o garoto problema. E, dessa estranha combinação, certamente não pode resultar nada normal.

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