𝟎𝟎𝟒★ You don't even know me
❝Você nem mesmo me conhece
Você nem mesmo me conhece, sim
Eu estou pendurado na árvore❞
─ Japanese Denim, Daniel Caesar
ᴋɪᴍ ꜱᴇᴜɴɢᴍɪɴ
Minho sorriu para mim, e não tive tempo de falar nada, pois ele fechou a porta. Dentro do arsenal, tinha um ômega loiro, quando o vi, me lembrei imediatamente do que aquele alfa loiro havia dito.
"Você vai ajudar Felix a limpar as armas."
Provavelmente aquele homem era Felix, já que o loiro também havia mencionado "bebês" e ele estava claramente grávido.
— Seung-ho? — O ômega, alguns centímetros mais baixo que eu chamou, e eu sorri na direção dele. — Bang Chan pediu para que eu te mostrasse o arsenal. — Eu assenti com a cabeça e o loiro me guiou.
Inevitavelmente, enquanto andávamos, eu dedilhava as armas na parede com cuidado. Nunca havia encostado uma, e admito que estava curioso.
— Você só precisa me ajudar a limpar, o de sempre.
Bom, minha cara entregava que eu não sabia qual era a definição do "de sempre". Mas o tal de Felix pouco importou-se com isso e se afastou de mim, me deixando sem supervisão no arsenal.
Aproveitei o momento para observar todos os tipos de armas que haviam ali, não entendia nada sobre armas, mas algumas eram como as que eu já havia visto no cinema.
Cuidadosamente, enfiei minha mão nos bolsos. Tirando dali uma escuta. Seung-ho era inteligente, por algum motivo guardava uma escuta dentro de sua bolsa. Eu não sei o que ele queria gravar, mas me parecia importante. E quando eu tivesse tempo, poderia descobrir o que havia no pendrive que ele havia deixado dentro de sua bolsa antes de ir parar no hospital.
Se ele estava com isso, tudo me induzia aos pensamentos de que ele havia descoberto algo, e alguém não gostou. Provavelmente a razão pela qual ele foi espancado.
Escondi a escuta atrás de uma estante do arsenal, honestamente, não entendo porque fiz aquilo. Mas sentia que o arsenal era um local importante, exceto pelo escritório do homem loiro, que me parecia ainda mais interessante. Mas implantar uma escuta lá, sem que ele percebesse, me parecia um trabalho quase impossível.
Quando me virei, Felix estava atrás de mim. O que me fez ficar nervoso, e praticamente implorando mentalmente para que ele não tenha visto nada.
— Toma. — Jogou algumas coisas de limpeza em cima de mim, como panos e coisas do tipo.
Curvei minha cabeça ligeiramente, assentindo. O loiro logo distanciou-se e me deixou sozinho no arsenal.
[...]
Precisei me virar sozinho, mas no fim, acabei fazendo o que precisava. E pela forma que Felix não disse nada, pensei ter feito certo. Então, quando começou a anoitecer, nós subimos e eu fui pegar minha jaqueta.
— Ué, vai dormir em casa hoje? — O moreno de antes questionou com um pano sujo em seus ombros, se aproximando de mim. Ele estava sujo de óleo e usava uma regata "branca", mas que agora estava completamente suja.
— Ah...? — Suspirei surpreso, mas logo limpei a garganta. — Uhm, sim. Preciso resolver algumas coisas.
— Pensei que você estava evitando a Dahyun. — Sorriu ladino. — Boa sorte, mas se ela aparecer na porta da sua casa, não diga que eu não avisei. — Pousou sua mão suja em meu ombro, sujando minha camisa.
Balancei a cabeça múltiplas vezes e cuidadosamente tirei sua mão de meu ombro, pude ver o moreno sorrir quando fiz isso.
— Quer carona? — Perguntou.
— Não, eu vou a pé.
O mais alto franziu o cenho, porém me deixou quieto.
Saí da garagem e a porta atrás de mim se fechou. Não pude evitar de soltar todo ar que pareci prender o dia inteiro. Sair de lá foi como se um peso houvesse saído das minhas costas.
Quando cheguei na casa de Seung-ho eu estava praticamente morto, não fiz muito durante o dia, mas foi como se eu tivesse corrido uma maratona.
— Então, é assim que você vive? — Questionei a mim mesmo, como se meu irmão estivesse ali, enquanto examinava um ursinho que ele tinha sobre a cama.
As letras "D" e "S" gravadas à mão no ursinho.
— Da-hyun...? — Soletrei o nome ao me recordar do que aquele homem havia dito. — Qual sua relação com ela?
Batidas fortes na porta me fizeram jogar a pelúcia sobre a cama e eu calcei a pantufa de Seung-ho ao me levantar da cama. Girei a maçaneta com cuidado, me surpreendendo ao ver uma garota relativamente baixa.
— Olá? — Olhei a garota que estava parada na porta de cima a baixo.
— Oppa, por que você estava ignorando as minhas chamadas? — Se jogou nos meus braços. — Eu senti sua falta!
De forma estranha, eu retribuí o abraço que ela me deu, enquanto minha mente vagava para todos os nomes e rostos que Taehyun havia me orientado a decorar. E de forma estranha, parecia que nenhuma das pessoas que Seung-ho convivia estava presente naquela lista. Era como se ele vivesse uma vida dupla.
— Sou eu, Dahyun. Sua namorada. Por que você está agindo de forma estranha? — A morena questionou e entrou na casa sem ao menos ser convidada.
Eu fechei a porta atrás de mim, e em passos leves, andei até ela.
— Eu apenas estou com a cabeça cheia. — sorri fraco e dahyun apenas se manteve calada.
Dahyun abriu meu guarda roupa, pegando um perfume que estava lá dentro.
— Ah, você ainda tem isso? — Sorriu e colocou o perfume em seu devido lugar. — Ah, era exatamente isso que eu estava procurando.
A menor pegou uma garrafa de bebida, da qual eu nem fazia ideia de que estava ali. Também não tive tanto tempo para verificar as coisas de Seung-ho. Apenas havia pego algumas roupas dele e o resto tinha deixado para olhar depois.
— Vamos beber?! — Se aproximou de mim com a garrafa em mãos, para entrar no jogo, coloquei minha mão em sua cintura.
— Claro.
★
Olá! Fiz esse capítulo mais curtinho, não só para "comemorar" minha volta do hiatus, mas também porque estou devendo muitos capítulos. Anyway, eu sei que a fic está sendo bem chatinha agora no começo, mas é tudo questão de desenvolvimento para vocês conhecerem os personagens e se acostumarem com eles.
★| Betagem do capítulo por: __Lanna_
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