100. Curiosidades sobre o "Guia de Sobrevivência"
#praTodosVerem | Descrição da imagem: vê-se uma ilustração onde o autor, sentado em um sofá de dois lugares, um dos braços por trás do encosto, olha para a câmera como se convidasse o leitor a se sentar ao lado. Atrás dele e do móvel, vê-se uma faixa azul e laranja com o nome "Henggo" ao centro em letras brancas.
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* Nunca escrevi nada que tenha chegado à marca de cem capítulos. É algo significativo. Sim, O Bailarino de Arcéh tem 135 capítulos, mas nada mais são do que 28 capítulos divididos para melhorar a experiência de leitura. Portanto, sim, o guia é o maior livro que já escrevi;
* Comecei o Guia de sobrevivência porque sentia falta de um guia de escrita que trouxesse a realidade do Wattpad. Há muitos guias de escrita criativa pela internet; milhares de páginas em sitesb, artigos, vídeos no YouTube, perfis de Facebook e Instagram. Ainda assim, poucos ou nenhum mergulham nos problemas e nas demandas do Wattpad. Tentei contribuir para isso;
* Pensei em acabar com estas publicações no capítulo 75 ("Um desabafo literário"), mas desisti no dia seguinte. Na época, quando estes artigos ainda estavam no Instagram e na fanpage do Facebook, eu estava irritado por não ter retorno na forma de debates sobre os temas. O erro foi meu: eu estava nos lugares errados! Textos como estes, sobre o Wattpad, precisam estar onde? Sim, no Wattpad! Retirei tudo dos meus perfis por lá e foi a melhor coisa que fiz. Tanto é que, semanas depois, excluí todas as minhas redes sociais;
* Escrevo três publicações todo sábado pela manhã e uso a semana para "pescar" assuntos interessantes que eu possa abordar por aqui e também para tirar fotos. E sim, excluindo fotos de políticos e duas ou três fotografias genéricas da internet, o restante das imagens, sejam fotos, sejam ilustrações, são minhas;
* Os capítulo que mais me orgulharam até aqui foram o 79 ("Você tem vergonha se ser do Wattpad?"), o 30 ("Fuja da padronização LGBTQI+"), o 19 ("Pare de romantizar o estupro") e o de número 13 ("Existem pessoas que não são loiras e de olhos azuis, sabia?");
* O artigo que mais me rendeu xingamentos foi o 19 ("Pare de romantizar o estupro"), com alguns caras indo nas mensagens privadas para dizer que "não existe cultura do estupro no Brasil" e que eu era idiota por "abordar essas coisas no Instagram". As dezenas de mensagens de "finalmente alguém falou sobre isso" foram e são a melhor resposta que eu poderia dar;
* À parte os xingamentos, as maiores pedradas vieram com o artigo número 81 ("Rebuscamento não é sinônimo de boa escrita"), com um cara que "se empolgou", vestiu a carapuça que não era para ele e atirou para todos os lados. Alegou que eu só fazia os artigos porque queria aparecer, que eu ficava me colocando como exemplo (acho que ele queria que eu o colocasse como exemplo kkk) e disse que este guia não chegará a lugar algum porque aqui só tem pessoas "idiotas e semianalfabetas" (sic). E um detalhe: tudo isso em um comentário público. Eu procurei para tirar print e colocar aqui e foi quando descobri que ele, covarde, excluiu a mensagem. Fica o registro mesmo assim de como algumas pessoas veem os colegas de plataforma;
* A série "Exercícios de escrita criativa" (capítulos 47, 51, 53, 55, 61 e 65) somou 32 exercícios que me ajudaram a desenvolver minha escrita e fugir do bloqueio criativo. Foi muito bom compartilhar e espero que tenha ajudado;
* A minha maior dor de cabeça são as fotografias. Algumas são mais antigas, outras deste ano, a questão é pensar em uma imagem que consiga sintetizar o título do artigo;
* Já fizeram piadas com o fato de eu mostrar muito o corpo. Mas sabe por que eu faço isso: porque há muita hipocrisia em relação à nudez. No carnaval, estão todos aplaudindo a exposição dos corpos. Nos dias seguintes, voltam-se aos pudores. Hipocrisia. E fica uma sugestão para a vida: olhe-se no espelho! Sim, conheça o teu corpo. Apodere-se do teu corpo. Orgulhe-se do teu corpo. Ame o teu corpo. Se tu mesma, se tu mesmo não gostar do teu corpo, você embarcará nos estereótipos estéticos que a mídia defende. Cuidado;
* O livro quase foi banido da plataforma devido a fotografia do artigo número 27 ("Cuidado com nudes de leitores") em que estou de costas, nu. Dois espíritos de porco mal amados denunciaram o livro como "pornográfico" e "antiético". Ainda bem que enviei uma mensagem para o suporte do Wattpad, expliquei que a fotografia não era gratuita e tem um contexto junto ao tema, e eles liberam a imagem e retiraram o aviso de banimento;
* As quatro partes de "comentários de duplo sentido" foram só para encher linguiça mesmo, confesso! Kkkk Eu realmente tenho frases guardadas e de fato achei que seriam a última piada literária do universo, mas (minha avaliação) ficaram artigos meio bobos. Continuei depois do primeiro porque sou teimoso;
* Eu já pensava em escrever um livro como este desde 2015, mas, ainda bem, tive a noção de que não possuía uma bagagem tão grande como escritor da plataforma que me possibilitasse apontar equívocos e propor melhorias;
* É uma terapia. Não tenha dúvida disso. Sim, é voltado para o Wattpad, porém, você já deve ter notado que o Guia de sobrevivência fala muito sobre a vida e o cotidiano. O motivo disso é que reconheço como o Wattpad é uma plataforma voltada para um sonho (a escrita, publicar os próprios textos) e fico muito preocupado ao ver como muitas pessoas embarcam nesta rede social com as expectativas em alta e grandes chances de decepção. Meu grande objetivo com estes textos é chacoalhar as mentes, provocar mesmo, para fazer alguns pensarem além do mero sonho e pisarem na realidade;
* Muitas pessoas dizem que os textos impactam como se eu estivesse lá conversando ao lado. Fico feliz por isso. Sou o tio / primo que senta no chão e conversa sobre qualquer coisa, cara a cara, polêmica ou não, de sexo à filosofia, sem medo, enfatizando as coisas como faço nos textos. Saber que alguns artigos transmitem esse bate papo é recompensador;
* Já me questionaram se eu me orgulho do número de votos e de visualizações do livro. Não. Não tanto quanto me orgulho da quantidade de pessoas que conversam comigo e confiam em mim ao ponto de desabafarem coisas íntimas. Ter esse tipo de aval, esse nível de confiança, é algo que nenhum número supera;
* Sim, tem muito de questões políticas ao longo dos artigos por um motivo muito simples: a vida é política; nós somos atores políticos. Não estamos na política, mas fazemos parte desse contexto. Precisamos falar sobre isso e criar consciência de que a mudança efetiva passa por essa área da vida. Por isso, falo tanto sobre esse tema;
* Eu acredito que as pessoas podem melhorar. Diante disso, eu continuo. E não é uma utopia, é uma certeza: não influencio muitas pessoas, mas certamente umas cinco ou seis sairão com boas reflexões ao lerem estes artigos. Esse é o prêmio.
Enfim, obrigado pelo apoio a cada artigo. Obrigado pela paciência, pelos diálogos, pelas sugestões. Obrigado por acreditar. Não neste livro, mas acreditar que você pode melhorar. É de posse desse sentimento, mesmo que inconscientemente, que você está nesta jornada do Guia de sobrevivência. Se você buscou por estas dicas é porque algo em tua mente te impulsiona à mudança. E fazer parte disso é gratificante.
Não tenha medo de mudar. Não tenha medo de ser melhor. Não tenha medo de ser quem você é. Parece papo de autoajuda, né? E é mesmo! Ajude-se a enfrentar o mundo e tenhas certeza de que, apesar de a sociedade dizer que o contrário, há muitas pessoas que vão te estender a mão.
Confie.
E algo fundamental ao término disso tudo: dia após dia, reescreva-se, reconstrua-se, ouse fazer o que você tem medo.
Fique bem.
Um abraço.
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