Capitulo 19: Mal pressentimento
As férias finalmente tinha chegado, eu estava livre apenas da Universidade, do trabalho não. Minha rotina era apenas dormir até tarde, depois assistir algo e ir trabalhar.
Peter não veio atrás mais de mim, como eu havia pedido. Contei tudo para minha amiga e para minha irmã, Soph falou que quando o visse iria dar um soco nele, o que eu duvido muito, ainda mais com aquele sentido aranha que ele tem, pode muito bem desviar facilmente.
Assim que me levantei da cama, senti um aperto no coração como se algo fosse acontecer, pego o meu celular e mando mensagem logo para os meus amigos.
Como nenhum deles haviam me respondido, resolvi ir tomar um banho. Visto uma roupa simples e saio do quarto dando de cara com Lexy.
— Ainda bem que você está aqui. — Comento aliviada.
— Aconteceu algo?
— Estou apenas com um mal pressentimento.
— Relaxa, nada deve ter acontecido. — Ela tenta me confortar.
Pego meu celular e me jogo no sofá, meus amigos me responderam. Então mandei uma mensagem aos meus padrinhos que logo me responderam.
Resolvi mandar para a minha avó, mas a mensagem nem foi entregue. Sinto o meu coração se apertar mais ainda, decido ligar para ela.
Respiro fundo, chama uma, duas, três, quatro vezes até que cai. Será que algo aconteceu com ela? Tento ligar de novo mas sem sucesso, então deixo um recado no caixa postal.
— Vó, estou ligando apenas para ver se você está bem ok? Quando escutar o meu recado, por favor me retorna.
Desligo o meu telefone e Lexy aparece com duas xícaras de café, me entregando uma.
— Obrigada. — Dou um sorriso fraco.
Tomo o café rapidamente para ver se o nó que estava minha garganta se desfaz. Me levanto e deixo a xícara na pia da cozinha, ouço meu celular notificar e corro até ele.
Era apenas uma notificação do Facebook, nenhum retorno da minha avó. Então, decido ligar para alguém de Nova York que possa me dar alguma informação sobre minha avó, a pessoa ideal para isso era May.
Encontro o telefone dela, ligo e começa a chamar, rapidamente ela atende.
— Alô?
— Oi May, sou eu Anny.
— Oi Anny, como você está?
— Estou bem, você poderia me fazer um favor?
— Claro, se estiver ao meu alcance.
— Você pode ir até o apartamento da minha avó, para ver se ela está bem?
— Claro, ela não te atendeu?
— Não, ela pode estar ocupada né? Talvez algo não tenha acontecido.
— Ela pode estar apenas ocupada sim. Vou agora mesmo lá, vou te ligar assim que eu tiver alguma notícia dela.
— Obrigada, May.
— Não tem de quê.
Desligo a ligação e olho para Lexy que olhava apreensiva para mim.
— Que tal fazermos o almoço e depois assistir um filme antes de ir trabalhar?
Apenas assinto, seria uma boa para ao menos me distrair um pouco. Lexy como sempre soube me arrancar boas risadas durante o nosso almoço.
Depois assistimos alguns filmes de comédia até o horário de nos arrumar para ir ao pub, não recebi nenhuma ligação da May.
Tento não pensar nisso, me arrumo como sempre para o pub, com uma saia jeans e a blusa do trabalho, devido não me arrumar muito apenas deixo o cabelo em um coque e passo gloss em meus lábios.
Eu e Lexy saímos do prédio conversamos, entramos no carro dela dessa vez e fomos para o pub, fico sempre checando se chegou alguma mensagem da May mas nada.
Assim que chegamos ainda tinha pouco movimento, mas aos poucos foi aumentando e ainda mais por ser uma sexta-feira, onde o movimento era maior ainda.
Já estava quase na metade do meu turno quando meu celular toca, vejo que era May.
— Posso ir atender no escritório?
— Claro, vou com você.
Lexy diz, me acompanha até o escritório, entramos e atendo o telefone.
— Oi May, você já encontrou com a minha avó? — Perguntei ansiosa.
— Anny, eu tenho que te contar algo muito grave que aconteceu. — Ela falou cautelosa.
— Algo grave? O que aconteceu? — Perguntei aturdida e sinto olhar da Lexy sobre mim, provavelmente preocupada.
— A sua avó...ela teve — Ela hesita e meu coração acelera.
— O que aconteceu, May?
— Ela teve um infarto.
— O que? Mas ela está bem né?
— Anny...ela, ela...
— Ela o que, May? Ela está aí do seu lado, passe para ela. Quero conversar com ela.
— Ela foi encontrada morta, Anny. Eu sinto muito.
O ar escapou dos meus pulmões, meu celular cai no chão e sinto o meu coração acelerar com a notícia. Sinho minhas pernas ficarem bambas e irem ao chão
Lexy se desespera ao ver meu estado, se aproxima e me ajuda a levantar do chão, ela me coloca na cadeira com dificuldade.
— O que aconteceu?
Tento falar mais um nó se formava em minha garganta e lágrimas rolavam pelo meu rosto. Isso não poderia estar acontecendo, não mesmo.
Fecho os meus olhos e respiro fundo, isso que é preciso respirar e inspirar. Isso tudo só poderia ser um pesadelo, não podia estar mesmo acontecendo. Não posso perder a minha avó, ela é praticamente tudo para mim.
Finalmente a minha respiração normaliza, abro os meus olhos e dou de cara com uma Alexia muito preocupada, ela se aproxima de mim e me abraça.
— Eu sinto muito.
Ela diz e me desmancho em lágrimas. Como iria ser agora sem ela? Eu nunca sequer esperava passar por isso em algum dia.
Não sei quanto tempo passei mas quando Lexy se afastou de mim, minha irmã se aproxima e me abraça. Eu tinha me esquecido completamente que ela viria passar esse final de semana comigo.
Fecho os meus olhos, começo a me lembrar do dia no hospital, a nossa conversa.
" — Não peça desculpas, fico feliz em saber que você tem pessoas que se importam e cuidam de você. Se eu for embora um dia, vou feliz em saber que você vai estar muito bem cuidada. — Ela fala amorosamente.
— Não fala isso, você não pode me deixar vó. Eu te amo.
— Também te amo, querida."
Agora o me restaria seria apenas lembranças de Amélia Martini, a melhor de todas as avós do mundo, não, do Universo.
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