Capítulo 18: Visitas nada esperadas
Hoje o dia no pub estava super movimentado, se eu conseguisse parar para respirar por uns dois minutos, era muita coisa.
Eu estava estranhando o comportamento do Eddie, ele me olhava de uma forma esquisita. Na verdade, ele sempre olhava para mim, para todos os meus movimentos. Bastante sinistro, eu sei.
Eu estava com um aperto no coração, era como se a qualquer momento algo fosse me acontecer.
Logo o meu turno acaba, fiquei para fechar com a senhora Cooper que mora no andar de cima, Lexy como veio no seu próprio carro já foi embora.
Me despeço dela e saio, abaixo minha cabeça enquanto caminho e sinto um arrepio na espinha mas deve ser apenas o frio, hoje o clima estava um pouco assim.
Passo pela alameda e sinto como se estivesse sendo observada ou seguida, balanço a cabeça tentando não pensar nisso. Devo estar ficando paranóica demais.
Avisto o meu carro estacionado, pego minha bolsa e procuro pela chave do carro, sinto alguém me pegar pelo pescoço e me empurrar contra a parede.
Arregalo aos meus olhos ao ver um homem grande, devia ter uns dois metros de altura, bem branco, parecia ser Albino e seus cabelos da mesma cor, ele aperta meu pescoço mais ainda e eu não conseguia mais respirar.
Até que uma voz feminina faz com que ele pare.
— Solte ela, Asbjorn.
Ele faz o que ela manda e caio no chão com minhas pernas fracas, meu pescoço estava extremamente dolorido, ainda sentia as mãos deles como se ainda me apertasse.
— Mil desculpas, ele às vezes é meio bruto mesmo.
Olho para a mulher que estava na minha frente, ela era loira e bem bonita, cheia de joias e roupas bem diferentes, até parecia com as de Asgard.
— Sou Freya, a deusa da beleza e do amor. — Ela se apresenta e apenas olho sem entender, não a conheço e porque estaria aqui.
Estendeu a mão para mim e me ajudou a levantar do chão.
— Vim apenas buscar algo que me pertence.
— O que seria? — Pergunto confusa.
— O Brisingamen.
— O que é isso?
— A joia que Loki te deu.
Tirei o meu pingente e olhei para ele.
— O que você quer com ele?
— Loki roubou ele alguns anos, então depois consegui encontrar mas tive que fazer um trato com ele, seis meses ficaria comigo e outros seis com ele. Mas já tem dez anos que ele não me entrega.
— E como você encontrou ele?
— Quando você usa, ele emite tipo uma sensação, se a pessoa é boa ela emite sensações boas, se a pessoa é ruim você já sabe o que ela emite. Por não ter sido usado por anos, não o encontrava. Mas já que você usou, só assim encontrei.
Assinto e entrego a ela.
—- Faça bom proveito dele e peço desculpas pelo meu tio, eu não fazia a mínima ideia dessa história.
— Tudo bem.
Pego minha bolsa que tinha caído no chão e a chave do carro.
— Me desculpe pelo transtorno e tome cuidado, tem alguém muito especial aguardando por você, ele te am e quer apenas uma segunda chance.
Olho confusa para ela, entro no carro e levo um susto ao ver o estado do meu pescoço, estava muito vermelho e com as marcas do dedos do soldado da deusa, respiro fundo e ligo o carro, começo a dirigir até em casa.
Como o trânsito estava bem fluído, cheguei bem rápido. Estacionei o carro na garagem, entrei no elevador e fui para o quarto andar onde moro, caminho até o meu apartamento e abro a porta.
Abaixei minha cabeça para que Lexy não note o vermelhidão no meu pescoço, apresso meus passos para o corredor mas ela me impede.
— Anny, você tem visitar. — Ela diz.
Paro, me viro e encontro Peter que estava sorrindo, mas ao notar meu pescoço vermelho seu sorriso se desfaz.
— O que aconteceu? — Lexy pergunta.
— Nada não.
— Nada? O seu pescoço está vermelho, foi algum assaltante? — Questionou incrédula.
— Quase isso mas apenas queria o que pertencia a ele. — Falo e eles olham confusos para mim.
— Vou deixar vocês conversarem em particular.
Olho novamente para Peter, ele me parecia diferente. Percebi um brilho diferente em seu olhar, antes eles pareciam vazios e sombrio, voltara a usar as suas típicas roupas, suéter e uma camisa da NASA.
— Desculpa ter vindo por esse horário, só que eu precisava vir falar com você urgentemente.
— O que você quer? — Perguntei indiferente e me sento no sofá.
— Quero o seu perdão e uma segunda chance.
Acabo soltando uma risada irônica, perdão nessa altura do campeonato? Não tem como esquecer tudo o que ele me fez. Tiro o meu coturno dos pés.
— E por que eu te perdoaria e daria uma segunda chance?
— Porque eu te amo, aquele que te magoou e traiu você não era eu.
— Era quem então? Um clone? — Perguntei sarcástica.
— Era um Simbionte.
— Você quer mesmo que eu acredite nisso?
— Sim, você sabe como é as nossas vidas, coisas inacreditáveis acontece.
— Eu sei, mas a questão é por que você não me disse?
— Porque... — Ele dá uma pausa e parece pensar nisso. — Eu não tinha pensado isso.
— Se você tivesse ao menos me falado isso, nada disso teria acontecido, se tivesse eu pelo menos saberia que aquele não era o meu Peter.
— Mas Anny, agora que você sabe... — Ele tenta falar mas o interrompo.
— Agora que eu sei não vai mudar nada. Quando se ama alguém verdadeiramente, você não mente, engana ou simplesmente esconde coisas que são importante. Isso faz com que a pessoa deixe de te amar imediatamente.
— Você que-er dizer que não me ama mais?
— É isso. Eu não te amo mais, tudo o que você me fez esta gravado na minha mente e coração. — Minto, com o meu coração apertado.
É claro que eu o amava, e muito. Ele era o meu primeiro e grande amor da minha vida, mas se ele ao menos tivesse me falado antes, quem sabe eu poderia o perdoar.
— Então, por favor. Vai embora e não venha nunca mais falar comigo.
Ele assente, vejo lágrimas rolarem pelo seu rosto e rapidamente saí do apartamento. Finalmente posso desabar, começo a chorar chego até a soluçar, isso era tão dolorido.
Era isso, tudo entre mim e o Peter tinha acabado definitivamente, não tinha mais volta. Pensei que o nosso amor era maior que qualquer coisa, mas ele é maior quando ambos estão dispostos a lutar por ele.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro