Capítulo 05: Gosma preta
Northampton, Inglaterra
O dia amanheceu bastante chuvoso, o que deixou muitos britânicos surpresos, pois muitos não esperavam por isso.
Na noite anterior sequer havia sido anunciado na previsão do tempo.
O agricultor estava tentando tampar os buracos do local onde ficavam os seus cavalos, enrolava a meses para fazer isso. Até que teve que fazer hoje, justamente por causa da chuva.
Ele franze o cenho ao ver algo cair do céu, em uma velocidade absurda até que se colide no chão causando uma explosão.
Rapidamente as autoridades da cidade são acionadas para ver o que tinha acontecido, para ver se nessa coisa que caiu do céu tinha algum sobrevivente.
Por incrível que pareça, tinha um homem que veio do espaço sideral, o que parecia um milagre. Era totalmente impossível alguém sobreviver a uma queda tão violenta.
O homem trabalha em um grande laboratório, que estava nos últimos meses trabalhando no espaço, com uma substância bastante enigmática.
Os paramédicos logo o socorrem e o colocam em uma ambulância, conduzindo para o hospital mais próximo.
O local onde havia acontecido a queda, era afastado da cidade. Então iriam levar o sobrevivente para Northampton, até que ele abre os olhos de repente, assustando o paramédico.
— Acalme‐se, estamos o levando para o hospital. Logo você ficará bem. — O pobre paramédico fala para o sobrevivente que sorri maleficamente.
Rapidamente se torna uma criatura assustadora, como se estivesse coberto por uma gosma preta. O paramédico tenta gritar, mas é golpeado pela a gosma preta por uma espada, que tinha transformado no seu braço.
Ele se vira e arranca a porta brutalmente, pula para fora do veículo e corre pela a mata adentro, até que encontra uma mulher que estava correndo por uma trilha, ao notar a criatura grita e acaba sendo contaminada pelo simbionte que toma posse de seu organismo. Saindo logo em seguida para Oxford.
Assim que coloquei os meus pés no jornal da cidade, percebi que estava uma loucura. Várias pessoas falando alto e andando de um lado para o outro.
Logo avisto o meu supervisor, Eddie Brock. Um cara totalmente chato, fica sempre jogando o seu trabalho para cima de mim e também fica jogando piadinhas sobre Anny. Ele sempre vai no pub em que ela trabalha, diz o quão bonita ela é e que em qualquer dia me largaria, para ficar justamente com ele.
Claro que eu ignoro tudo o que ele me fala, muito menos falo para a Anny, sei que os dois não são tão próximos assim.
Me sento na minha mesa e logo ele se aproxima de mim.
— Novato, aqui está uma pasta com fotos da nave espacial que caiu na cidade vizinha, quero que edite tudo e poste no site com a notícia no site, quero que esteja no site meia noite.
— Meia noite? Não pode ser antes do horário?
— Não, enquanto você estiver aqui trabalhando, eu vou estar admirando a beleza da sua namorada.
Respiro fundo para não falar nenhuma besteira.
— Então, bom trabalho, Parker. — Ele fala e logo saí.
Olho para o relógio e vejo que já estava anoitecendo, peguei o pendrive e vejo que na pasta tinha mais de duzentas fotos, não sei porquê esse exagero todo.
Se eu tivesse ido, teria tirado poucas fotos e com uma ótima qualidade. Começo a ver foto por foto, pego as melhores e edito.
Depois peguei a matéria com uma repórter que me passa tudo direitinho, me ajuda a fazer como. O meu supervisor não me ensina nada, apenas joga tudo para cima de mim.
Vejo que ainda faltavam duas horas para meia noite, para publicar a reportagem. Pelo o que vi tem algumas informações que outros jornais não têm, por isso publicar tão tarde.
Pego o meu celular para mandar uma mensagem a Anny.
Me: Vou chegar mais tarde do que você.
Minha loirinha ❤️: Sério? Mas por que??
Me: O mala do meu supervisor jogou uma reportagem que eu posso publicar apenas meia noite.
Minha loirinha ❤️: Que ridículo. Então vou te esperar em casa, bjs te amo. ❤️
Me: Eu também te amo ❤️
Bloqueio o meu celular e fico me girando naquelas cadeira giratória. Coloco no notebook Back in Black, AC/ DC. Aumento o som e começo a cantar, estava apenas eu e o vigilante.
Depois de escutar várias músicas, vejo que já era meia noite. Publiquei a reportagem, desliguei o notebook, peguei minha mochila e saio do jornal.
Queria apenas ir para casa, tomar um banho, comer algo e dormir. Amanhã já terá aulas, só quero me formar em física. Para depois fazer astronomia e ser um astrofísico.
Comecei a caminhar pelas ruas vazias de Oxford, não tinha praticamente ninguém, também já era mais de meia noite. O Eddie é muito folgado .
Passo por perto de um beco e escuto um barulho de um gato agonizando, paro e decidi me aproximar.
Não vejo nada, o beco estava totalmente escuro. Sinto que o meu sentido aranha fica aguçado, como se algo ruim fosse acontecer.
— Olá, alguém está aí? — Pergunto, mas não recebo nenhuma resposta.
Decido dar a volta e ir para casa, Anny já teria chegado e provavelmente preocupada comigo, às vezes ela sabia ser pior que minha tia.
Assim que me viro, sinto algo atrás de mim. Engulo em seco e me viro dando de cara, com uma criatura estranha, que estava envolvida com uma gosma preta.
Ele tinha um sorriso maléfico no rosto, antes que eu tentasse fazer algo, ele pega no meu braço e transfere aquela gosma para mim.
E tudo se escureceu.
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