Will Eris Kill Alynia? Maybe
Corte Outonal
Alynia ainda observava a cabeça de Beron sobre seus pés enquanto uma comoção se formava ao seu redor. Ela somente era capaz de escutar o rugido em seu ouvido.
Bem, ela finalmente havia feito uma merda grande o suficiente para fazê-la perder a própria vida. Pelo menos estaria com Adrien novamente. Ela sabia que morreria ali na Corte Outonal.
-Chega!- ela escutou a voz de Eris gritar, calando os três irmãos que brigavam para ver quem iria arrancar a cabeça de Alynia fora. -Eu sou o maldito Grão Senhor dessa merda agora. Vão fazer o que eu quiser ou terei que queimar os três?- os irmãos, sabiamente, calaram a boca. -Ótimo. Alguém me faça o favor e tire as armas daquela fêmea.
Alynia não protestou quando dois machos a seguraram e a revistaram, tirando todas as armas que Alynia tinha guardada junto ao corpo. Ela olhava para Lucien enquanto escutava o barulho do metal caindo no chão. Talvez a última vez que olharia para ele antes de ser morta por Eris. O que fosse, ela aceitaria. Aceitaria a morte.
-Levem ela pra sala de reuniões. Meu irmãozinho também. Vou dar um jeito nisso.- Eris tinha um sorriso cruel e perverso nos lábios. Alynia tinha suas suspeitas que, não importava o que Eris tinha planejado pra ela, não seria agradável.
-Eris...- começou Tamlin, tentando contornar a situação. -Vai querer matar a comandante dos exércitos do Grão Senhor da Corte Noturna?
-Ela entrou no meu território. Tenho direito de fazer o que eu quiser. Não foi isso que disse pro meu pai quando matou um dos meus irmãos?- falou Eris e Tamlin calou a boca. -Pode vir também, Tamlin, e tentar se explicar. Me dar bons motivos pra eu não arrumar uma guerra contra sua Corte. Vamos resolver isso em um lugar mais privado. Cansei de ouvidos curiosos.
Eris começou a caminhar e Alynia sentiu um dos machos a puxar pelo braço. Ela não se importou. Na verdade, não se importava com mais nada. Estava pensando no como não teria mais a chance de dizer a Cassian que ele era um idiota que ela amava. Que Azriel era o melhor parceiro do mundo. Que amava Mor com todo o coração. Que Rhysand era o melhor Grão Senhor de Prythian. Que Amren era o dragãozinho cruel que ela não conseguia odiar. Não veria mais sua corte.
Não diria a Feyre que amava as conversas profundas que tinham. E não diria a Nestha que apesar da crueldade, Alynia a admirava. Não falaria pra Thery que o amava apesar de tudo. Não veria seus sobrinhos crescerem e se tornarem illyrianos incríveis. E não teria chance de saber no que aquela relação pela qual ela havia dado a vida daria.
Alynia foi jogada dentro de uma sala ampla, com uma mesa grande para acomodar quinze pessoas. Tinha imensas janelas que davam uma vista linda para os bosques vermelhos da Corte Outonal. Alynia pensou em se atirar da janela e morrer.
Lucien foi jogado ali também e cambaleou um pouco, parando ao lado dela. As portas foram fechadas com força atrás dos guardas. Ele a olhou, o medo era verdadeiro em seu olhar. Mas Alynia não tinha forças para sentir nada. Ele esticou a mão para toca-la, mas Alynia saiu de seu alcance.
-Não toca em mim.- ela disse, sentindo a garganta se fechar, os olhos encherem de lágrimas. O coração de Alynia sangrava e doía.
-Alynia...- ele começou mas ela levantou a mão para que ele calasse a boca.
-Não quero saber. - ela disse, baixinho. Alynia passou as mãos trêmulas pelo cabelo.
-Por que fez isso? Por que matou Beron? Você vai morrer agora!- ele disse tentando conter um gritinho. Alynia olhou friamente pra Lucien.
-Você é um imbecil se ainda questiona o porque fiz isso.- ela disse com crueldade e ele a olhou como se ela o tivesse dado um tapa na cara. Ela de fato queria fazer exatamente isso.
-Vamos voltar a isso, então? Nos ofender? - ele disse fechando a cara. -Você não deveria ter vindo aqui, nunca! Você não deveria ter fe...
-Você mentiu pra mim!- ela gritou, o cortando. Lucien a olhou e abriu a boca algumas vezes, mas nada saiu. Alynia o olhava com um ódio e mágoa tão verdadeiros que aquilo foi como um soco em Lucien. -Mentiu pra mim. Eu confiei em você. Disse que jamais mentiria pra mim, e me manipulou.- ela deu uma risada sarcástica. -Por que eu acreditei no contrário? Você é uma raposa ardilosa mesmo.
-Alynia!
-Cale a boca, Lucien. Nunca deveria ter me apaixonado por você, nunca deveria ter te amado. - ela disse e sua garganta de fechou. Alynia engoliu a vontade de chorar de raiva. -Eu não passei de uma diversão pra você, e aqui estou eu, prestes a morrer porque te amo, porque te amo e não queria te ver morrer. Matei o maldito Beron por você! E você teve a coragem de olhar nos meus olhos e mentir pra mim. Você ia morrer e sabia disso e preferiu me deixar esperar para descobrir depois. Sozinha. Queria que eu perdesse mais um macho que amo, que sentisse essa dor novamente, Lucien? Obrigada. - uma lágrima silenciosa escorreu pelo rosto da illyriana e ela a secou com raiva, olhando nos olhos de Lucien. Ele, sabiamente, não disse nada.
-Você se arrepende, então?- ele disse depois de um tempo, a voz baixa e vazia. Ela riu.
-Não tem o direito de me perguntar isso agora que vou morrer por você.
-Alynia, você acha mesmo que eu não te a...- Lucien foi cortado por um barulho.
A porta se abriu novamente e Eris entrou, acompanhado de dois guardas que logo dispensou. Atrás dele, Tamlin e a senhora da Outonal também entraram. Eris deu um sorrisinho pra eles, e, assim que a porta fechou, deu um suspiro pesado. Parecia uma pessoa completamente diferente.
-Pelo jeito o casal tá em crise. - disse Eris franzindo o cenho. Alynia trincou o maxilar, pensando que talvez não seria tão ruim socar a cara de Eris antes dele mata-la. -Vocês são dois imbecis, já falei isso?
-Porra, você vai mesmo ficar me ofendendo? Eu preferia morrer sem ouvir essas coisas.- disse Alynia, mas Eris a ignorou. Ele passou a mão no cabelo ruivo.
-Fazem dez minutos que virei Grão Senhor e já tenho que lidar com essas merdas. Puta que pariu, viu.
-Eris.- repreendeu a mãe e ele suspirou.
-Certo, certo. Alynia, você é muito imprudente. Já te falaram isso?
-Estou ciente. Você diz isso toda vez que me vê, seu imbecil.
-Que ótimo, e agora está me xingando sabendo que eu sou o único que pode salvar esse seu traseiro.- disse Eris e ela grunhiu. Lucien se colocou entre ela e Eris.
-Se quer matar alguém pelo que aconteceu, mate a mim. Ela fez o que fez por minha causa. - disse Lucien e Eris o olhou com divertimento. Lucien grunhiu. -Só me mate ao invés dela, Eris. Quer que eu implore de joelhos pra deixa-la viver? Eu faço.
-Lucien.- disse Alynia irritada o empurrando pro lado, mas ele a ignorou.
-Você realmente acha que eu vou mata-lá?
-Por que não mataria? Matei seu pai. - disse Alynia com um gosto amargo na boca. Eris deu uma risada. Mas não uma risada cruel, como Alynia já estava acotumada, mas uma sincera. Tinha diversão verdadeira no olhar de Eris.
-E eu te agradecerei pra sempre por isso. Salvou a vida da minha mãe matando ele, sabia? E do meu irmãozinho também.- disse Eris e olhou Lucien. Lucien grunhiu.
-Quer parar de me chamar assim, como se você se importasse?- disse ele irritado. Eris revirou os olhos.
-Você sempre foi o mais inteligente de nós, Luci, mas me impressiona que nunca tenha visto a verdade diante de seus olhos.
-Que verdade, Eris?- disse ele irritado.
-Seu irmão nunca quis seu mal.- disse a mãe de Lucien. Lucien olhou perplexo pra mãe.
-Por que eu deveria acreditar nessa merda?- disse Lucien e o rosto da mãe ficou severo.
-No momento eu não quero concordar com Lucien, mas, Eris, sua reputação é uma bela merda.- disse Alynia. -Nos vimos três vezes e nas três eu quis bater sua cara contra uma parede até seus miolos explodirem.
-Você sempre foi encantadora, Alynia. - disse Eris com sarcasmo.
-Você deixou Mor pra morrer.
-Eu não deixei Morrigan pra morrer. Se eu tivesse tocado nela, se tivesse a ajudado... Teria dado liberdade para fazerem maldades com ela. Meu pai esperaria isso de mim. Então, deixei ela lá. Não pra morrer, mas pra ter uma chance de viver.- disse Eris seriamente e Alynia tentou falar algo, mas nenhuma resposta inteligente saiu. Não diante do choque daquela revelação. -Eu desfiz o noivado para que ela pudesse ser livre e feliz. Entende isso, Alynia?
-Eu...
-E sobre você, Lucien, deveria pensar um pouco mais.- disse Eris olhando seriamente pro irmão. -Tudo que fiz foi pra tentar te proteger. Naquele dia que estava com a Grã Senhora da Corte Noturna no gelo, porque acha que o derreti devagar? Não foi pra te torturar, garanto isso. E nem sequer estive presente no dia que executaram sua amada.
-E não fez nada pra tentar impedir.- grunhiu Lucien e Eris suspirou.
-Eu fui punido, Lucien, como queria que eu fizesse algo se estava preso? E quem você acha que avisou Tamlin que sua vida estava em risco?
-Foi você?- disse Tamlin, verdadeiramente chocado. Eris revirou os olhos.
-Não me importo de ter que fazer o papel de vilão, não me importo mesmo. Atuei a vida inteira pra conseguir tentar amenizar as maldades de nosso pai. Dos nossos irmãos. Pode me odiar por toda a eternidade, se quiser. Mas fiz o que fiz pra salvar você. Não sou como Beron e jamais serei como ele. - disse Eris e Lucien somente o encarou. Eris suspirou e se virou para Alynia. -Você ou é extremamente burra por matar Beron na frente de todos, ou extremamente corajosa.
-Chega de falar, Eris, me mate logo e acabe com isso.- ela disse irritada, cansada daquele discurso todo. Eris bufou.
-Não vou te matar, criatura estúpida.- disse Eris e ela franziu o cenho pra ele.
-Como assim não vai me matar?- ela disse tentando descobrir se Eris zombava da cara dela.
-Não vou. Você fez a melhor coisa que poderia ter ocorrido nessa Corte em séculos. Por que te mataria? Sou o Grão Senhor agora e as coisas aqui vão ser bem diferentes, te garanto. - disse Eris e soltou um suspiro. -Só, por favor, vá pra casa e tente não se meter em mais problemas. E nunca mais pise na minha maldita corte.
-Enquanto aos seus outros irmãos psicopatinhas de merda?- disse Alynia cruzando os braços. -Eles sim querem me matar.
-Se tocarem em um fio de cabelo seu, vão ter que lidar comigo. Está sobre minha proteção agora, queira você ou não. Aceite, pois caso contrário eles vão mesmo tentar mata-la.- disse Eris e ela resmungou. -Certo. Resolvemos nossos problemas. Agora, por favor, dêem o fora da minha casa.
É, meu povo, Eris só não deu uma punição pior pra Aly porque já queria matar o Beron há muito tempo KKKK
Agora quem se fufu de verdade foi o Lucien rsrsrs
Espero que estejam gostando!
Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana
Data: 26/01/21
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