Corte Primaveril

Alynia e Lucien não estavam muito felizes de ter que ir novamente até a corte primaveril, mas foram mesmo assim. Afinal, a obrigação vinha antes que qualquer outra coisa, e a situação em que estavam tirava o sono de Alynia. Quem era a fêmea misteriosa que sequestrou as crianças e o porque precisava de seu sangue era algo que intrigava a illyriana.

Os dois trocaram um olhar antes de caminharem até a "mansão mal-assombrada" (como Alynia havia apelidado) na esperança de resolverem logo o que tinham para resolver e darem o fora de lá o mais rápido possível.

Dessa vez, Tamlin já estava aguardando por eles. A expressão dele não era muito melhor do que da última vez que se viram, ainda estava com cara de cachorro sem dono, mas parecia ter uma determinação sinistra de resolver a sua miserável e imortal vida.

-Então, você nos chamou. Vai dizer logo de que merda isso se trata pra podermos dar logo o fora daqui?- disse Alynia parando cara a cara com Tamlin e cruzando os braços. Ele grunhiu e se segurou para não voar no pescoço dela, o que fez Alynia dar um sorriso frio.

-Eu chamei Lucien, não você.- respondeu Tamlin.

-Se chama um, o outro vem. É um tipo um presentinho dois em um, gostou?- zombou a illyriana.

-Consigo entender agora o porque se dá bem com essa fêmea irritante, Lucien. - resmungou Tamlin. -Ela parece você.

-Isso era pra ser uma ofensa?- disse Lucien com tédio na voz. Alynia deu uma risadinha, o que irritou ainda mais Tamlin.

-Não, não era.- respondeu Tamlin com um suspiro, mas logo fechou a cara de novo. -Acho que está passando tempo demais na Corte Noturna.- tinha uma certa acidez na voz de Tamlin. -Está começando a ficar frio que nem eles.

-Não, ele só está aprendendo que não deve tratar bem pessoas que desvalorizam ele.- retrucou Alynia. -Você está no topo da lista, Grão Senhor babaca!

Ela sentiu uma onda de poder passar por ela, mas não forte. Ela devia dar os créditos a Tamlin por tentar se controlar, mas ainda assim o descontrole dele era grande quando o assunto era raiva.

-Você fala demais. Nunca te ensinaram que deve se tratar bem um Grão Senhor de Prythian?- resmungou Tamlin.

-Primeiro: estou cagando pro seu título. Segundo: eu nunca vou abaixar a cabeça pra nenhum macho, seja quem for, pode ser o maldito dono do sol. Terceiro: se eu não me curvo nem pro meu Grão Senhor, quem dirá pra você que eu odeio?- ela disse franzindo o cenho e Tamlin a olhou sem reação, o que Alynia achou ótimo.

-Certo, vocês provavelmente vão ficar o dia todo se xingando e tentando se matar, mas vamos resolver o assunto importante antes? - disse Lucien puxando Alynia para ficar ao seu lado e parar de provocar Tamlin. Ela bufou, mas não disse nada.

-Está bem. Vamos conversar lá em cima. - disse Tamlin começando a andar.

-Eu não quero participar disso. Boa sorte.- disse Alynia se virando para sair da mansão.

-E onde você vai?- disse Lucien confuso.

-Explorar a Corte.- ela disse como se fosse óbvio.

-E se você se perder?

-Você me acha.- ela disse dando de ombros e saindo de vez, segundos depois indo para o céu.

Alynia havia parado no alto de um monte onde, em uma clareira cercada por árvores imensas, havia um lago prateado reluzente. Não era água que tinha ali, Alynia sabia, mas algo muito mais precioso.

A illyriana somente observou o lago que parecia o brilho das estrelas, que ao mesmo tempo que era prateado também era azul, vermelho, rosa, amarelo que brilhavam e tinha leveza...

Alynia não soube dizer exatamente quanto tempo ficou ali, sentada perto da margem, somente observando a água e se decidindo se era seguro ou não nadar ali. Somente admirando aquela beleza sobrenatural.

-Ah. Então é aqui que você se escondeu, afinal.- disse uma voz atrás dela e Alynia se virou para encarar o olho vermelho e o de metal de Lucien.

-Você me achou no fim das contas, raposinha.- ela disse abrindo um sorriso preguiçoso. Lucien sorriu para ela também.

-Eu sempre vou te achar. - ele disse caminhando até ela e Alynia tentou não pensar muito no que as palavras dele significavam.

Lucien começou a tirar sua túnica e Alynia franziu o cenho pra ele, ainda sem se mexer.

-Por que diabos você está tirando a roupa?- ela disse confusa. -Não que eu esteja reclamando.- ela acrescentou com um sorriso malicioso e Lucien deu uma risada sarcástica.

-Vai ficar simplesmente observando e não vai entrar?- ele disse arqueando uma sobrancelha e entrando no lago. -Não vai se arrepender.

-Acho que vou simplesmente observar essa bela imagem.- ela disse.

-Está falando de mim ou do lago?- ele disse com um sorrisinho e ela riu.

Alynia decidiu que queria de fato saber a sensação de nadar naquele lago prateado. Então, ela tirou as roupas e entrou. Se Lucien estava vivo, então não tinha motivos pra ela se preocupar.

E, pelo Caldeirão, parecia que ela estava nadando no céu. Era tão leve e tão reconfortante. Alynia se sentiu em paz naquele lugar.

-Eu avisei.- zombou Lucien e ela fez um gesto vulgar pra ele. Ok, nem tanta paz assim.

Alynia se aproximou de Lucien e o encarou. Ela sentiu as mãos dele descendo até sua cintura e a aproximando ainda mais dele. Alynia passou os braços ao redor do pescoço de Lucien.

-Falou com seu ex Grão Senhor?- zombou ela e Lucien arqueou a sobrancelha. -O que ele disse?

-Coisas que não acho importante dizer agora.- ele disse com o rosto bem próximo do dela. Alynia sorriu.

-É? Então o que é mais importante?- provocou ela e Lucien deu um sorrisinho antes de juntar seus lábios com os da fêmea.

A língua dele acariciou a dela e Alynia sentiu seu estômago se revirar de uma forma estranha, mas ao mesmo tempo boa. Fazia séculos que ela não sentia isso e, honestamente, achou que jamais sentiria novamente.

Ela colocou a mão entre os cabelos molhados de Lucien enquanto a mão dele subia pelas suas costas. Ele a puxou para que a illyriana enroscasse as pernas ao redor de sua cintura.

-Tem certas coisas que não terminamos de fazer naquele outro dia.- disse Lucien enquanto beijava o pescoço de Alynia. Ela sentiu o sorriso dele contra sua pele. -Você disse que eu não ia escapar.

-E não vai.- ela disse sorrindo pra ele.

Nada mais importava naquele momento para a illyriana. Não existia mais Tamlin, Corte Primaveril, Elain, Azriel ou a fêmea misteriosa e cruel. Tudo o que existia, naquele momento, era Lucien. E tudo o que Alynia sentia por ele.

Boa noite, meu povo

Primeiramente, esse foi nosso capítulo do dia

Segundo, vim avisar que estou escrevendo uma nova fanfic de acotar que vai ser um spin off dessa rsrsrs

Enfim, também já estou quase terminando de escrever essa fanfic, faltam uns 4 capítulos e eu acabo de escrever ela :c
Não sei se estou preparada KKK

Lógico, ainda falta muita coisa pra eu postar antes de acabar Warriors, mas enfim

Por hoje é isso!
A não ser que queiram outro capítulo. Querem?

Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana

Data: 21/01/20