Scared
Velaris
Alynia ficava cada vez mais tensa a medida que Rhysand explicava o plano para todos. Era arriscado, ela sabia, mas necessário. Precisariam ir para Hybern.
-Clythia não ia ser burra o bastante de continuar aqui agora que sabemos que é ela.- disse Jurian e todos foram obrigados a concordar.
-Hybern é a casa dela. Onde se sente segura, com ou sem o Rei.- disse Rhysand. -Ela vai armar de lá antes de colocar algo em prática. E anda calada por muito tempo.
-Se ela realmente estiver tentando fazer o ritual que encontrei, então, sim, estamos numa merda tão grande que nem sei por onde começar.- disse Amren colocando um pergaminho velho, extremamente velho, em cima da mesa.
Alynia se esticou para olhar, e ela não conhecia aquela língua e não compreendia nada das imagens. Mas sabia que o que quer que fosse, não era nada bom.
-Como disseram, ela está semi viva.- disse Amren. A fêmea se aproximou do pergaminho, o analisando. -Ela está tentando arrumar uma forma de ficar viva para sempre. Mas pra isso ela precisa...
-Matar alguém.- disse Elain e todos se viraram para a direção de onde veio sua voz. Ela estava parada na porta, com uma cara péssima.
-Que?- foi Alynia quem exclamou. -Se fosse só isso ela já teria feito. Teria feito comigo, caso não esteja lembrando.
-Não, não é só isso. Ela precisa de alguém poderoso.- ela disse entrando de vez na sala. -Sugar sua força vital até que tudo vá para ela e a pessoa morra. Não só alguém forte fisicamente, mas alguém com magia forte.
-Ela está certa.- disse Amren. -Não é um ritual fácil, mas essa fêmea já provou ser bem astuta e ter conhecimento amplo em feitiços.
-Ou seja, ou achamos logo ela e damos um jeito de. - Alynia passou o dedo pelo pescoço, indicando o que queria dizer: assassinato. -Ou estamos muito, muito fodidos.- Rhysand respirou fundo, avaliando o que deveriam fazer. Mas foi Feyre quem tomou a decisão final.
-E é por isso que vamos para Hybern ao amanhecer.
Aquela noite foi particularmente difícil de dormir. Alynia ficou horas e horas olhando para o teto, sem conseguir exatamente pegar no sono. Não parava de pensar nas possíveis coisas que aconteceriam ao amanhecer. E ela achava uma ideia bem idiota ir pra toca do lobo cercada de pessoas que amava. Como ela iria se concentrar em fazer o que precisava ser feito rodeada de pessoas que significavam o mundo pra ela?
A illyriana estava acostumada a lidar com seus problemas sozinha. A enfrentar o pior e lidar com isso sozinha. E sempre havia se saído bem. Afinal, ela não tinha que se preocupar com as consequências de seus atos. Mas como ela faria aquilo agora sabendo que um movimento em falso podia colocar a vida de sua família em risco?
Quando ela se mexeu pela décima vez em cinco minutos, sentiu os braços de Lucien ao redor de sua cintura, a puxando. Alynia sentiu a respiração quente dele contra seu pescoço e estremeceu.
-O que foi?- ele disse num murmúrio, meio dormindo meio acordado.
-Não consigo dormir.- ela resmungou.
-Isso eu percebi.- ele respondeu e ela o deu um beliscão no braço. Alynia deu um suspiro pesado e passou a mão pelo rosto.
-Estou com medo.- ela admitiu, baixinho. Lucien se sentou e ela fez o mesmo, olhando para o olho vermelho e o de metal dele.
-Medo do que?- ele perguntou segurando a mão dela na sua. Alynia a apertou de leve, o sentimento ruim que estava a corroendo havia dias ficando ainda mais intenso naquele momento.
-Eu estou com medo de perder alguém que amo amanhã. Estou com medo de perder você. - ela falou e Lucien suspirou, a puxando para um abraço. Lucien passou com carinho a mão pelo cabelo de Alynia. -Não sei até onde Clythia pode chegar. O que ela está destinada a perder pra conseguir o que quer.
-Não se esqueça que Rhysand é o Grão Senhor mais poderoso de Prythian. - disse Lucien e ela resmungou.
-Eu sei, mas isso não alivia em nada minhas preocupações.
-Nada vai acontecer, Alynia. Não vai me perder nem amanhã e nem nunca.- ele disse a beijando suavemente. -E vamos estar juntos. Não importa o que aconteça.
-Não posso te perder. Não posso mesmo.- ela disse segurando o rosto dele em suas mãos com carinho. -É egoísta pensar assim?
-Não, Ly, não é.- ele disse a abraçando com força. -Não pense nisso.
Ela se deitou no peito de Lucien, mas ainda assim não conseguiu pegar no sono. Pois Alynia sabia que, apesar de tudo, não seria tão fácil assim enfrentar a fêmea. E ela rezava para a Mãe que não tivessem surpresas.
O que seria dela se algo ruim acontecesse? Alynia preferia morrer do que ver algum deles se machucar por causa de Clythia. Ela sabia que era egoísta pensar assim, mas preferia que algo acontecesse com ela antes de acontecer com sua família.
E tinha Lucien. Ela já havia deixado claro diversas vezes que preferia morrer do que perde-lo. Que preferia morrer antes de algo ruim acontecer com ele.
Alynia se concentrou no som do coração dele batendo. Lucien estava ali, vivo, ao seu lado. E continuaria assim por anos, séculos, ela esperava. Ela não via mais seu mundo sem aquele macho que já dormia tranquilamente novamente. Porque ela o amava tanto que chegava a doer. Ele preenchia o vazio em sua alma. Era razão para qual ela havia voltado a acreditar em destino, no amor, no paraíso. E ela faria qualquer coisa para ser protege-lo, até mesmo um sacrifício.
Não vou comentar nada sobre esse final, amo vocês, até mais tarde, beijos na bunda
~Ana
Data: 01/02/21
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