Goodbye, My Love
Hybern
Mas os dias de vocês estão contados. As palavras de Elain nunca fizeram tanto sentido quanto faziam naquele momento para illyriana.
Tudo passou como um borrão para Alynia naquele momento. O coração de Lucien parando de bater. Não, não outra vez. Não aquilo outra vez. A cor sumindo de seu rosto, a sua vida se esvaindo e a alma indo embora.
A lâmina de Alynia escorregou de sua mão, caindo no chão com um baque agudo. Ela escutou Clythia gargalhar e ser calada por Jurian.
Ela nem percebeu que estava correndo até ter atravessado a sala e caído de joelhos ao lado de Lucien. Ele não respirava, o coração não batia, não batia!
-Lucien, Lucien!- ela estava em prantos, o balançando, batendo em seu peito, qualquer coisa para traze-lo de volta. -O que você fez, o que você fez?- Alynia gritou, olhando com raiva, dor e desespero para Clythia. A fêmea sorriu pra ela.
-De certa forma, é uma maldição.- disse a fêmea. -Percebi que ele era realmente poderoso. Tinha tanto potecial para ter se tornado mais.- Clythia estalou a língua. -Suguei a força vital dele pra mim com um ritual. Agora, eu ficarei viva. Ele, já nem tanto.
-Vamos te estraçalhar agora, então não teria tanta certeza.- rosnou Cassian.
-Faça alguma coisa! Feyre!- Alynia olhou para sua Grã Senhora, implorando. Feyre a olhou com pena, lágrimas escorrendo pelo seu rosto. -Tente algo!- Alynia gritou, mas Feyre não se movia.
-Alynia, eu não acho que...
-Tente! Por favor. - ela suplicou.
Alynia sentiu braços a envolverem, tentando levanta-la, e se debateu, tentando sair daquelas garras.
-Me solte, Azriel!- ela gritou, sentindo a dor da perda a acertando em cheio no peito.
Alynia caiu de joelhos novamente, ainda sendo apertada e abraçada por Azriel, e gritou. As lágrimas escorriam e escorriam pelo rosto da illyriana enquanto ela chorava, um choro que ecoava por todo o salão.
-Eu disse que te quebraria.- ronronou Clythia. -Acho que consegui, finalmente, te fazer suplicar.
Feyre se aproximou, se ajoelhando diante de Lucien e estendendo a mão sobre ele. Alynia não sabia o que ela ia fazer, e não importava. Rhysand se aproximou da parceira, fazendo o mesmo.
Cassian foi até Alynia e ele e Azriel a afastaram dali. Alynia não conseguia parar de chorar, um som tão terrível e tão triste que parecia afetar todos os seus amigos ali.
Ela havia perdido alguém que amava novamente. Seus medos haviam se tornado realidade.
Como ela viveria depois daquilo? Com a culpa que pesava seu coração, com a dor que era tão forte que fazia Alynia sentir como se não conseguisse respirar?
Sua raposinha estava morta. Por causa dela. Porque Clythia queria provar algo a Alynia.
Lucien estivera errado, afinal. Era Alynia quem destruia tudo o que tocava, e agora havia causado mais uma morte por sua arrogância e prepotência.
Alynia respirou fundo, tentando se acalmar, por mais que aquilo fosse impossível naquele momento. O que restara de seu coração pertencia a Lucien, e agora estava tão estraçalhado que Alynia não fazia ideia do como acordaria na manhã seguinte. Ela desejava morrer ali também.
-Quebre a maldição e me leve no lugar.- disse Alynia olhando Clythia. Os olhos de Clythia se incendiaram e todos seus amigos pareceram perplexos. -Quer matar alguém? Mate a mim. Sou poderosa o suficiente.
-Alynia!- disse Azriel a segurando com força.
-Você o ama tanto a esse ponto, Alynia? Amor é uma fraqueza.- disse Clythia estalando a língua.
Se Alynia o amava? Alynia destruiria Prythian, Hybern, o mundo todo por Lucien. E se ele não estivesse vivo com ela... Alynia não queria mais saber como era viver sem ele. Não tinha mais sentido, então, sim. Ela o amava tanto assim.
-Amor nunca vai ser uma fraqueza. Somente tolos acreditam nisso. É por isso que você nunca, em mil anos, vai conseguir vencer. E morrer por alguém que ama é o ato mais digno que um ser pode cometer. Então, vai fundo, me mate. - disse Alynia, um rugido em sua mente, o coração batendo tão acelerado dentro do peito que ela achou que fosse sair pra fora. -Vai!- gritou Alynia. -Quer matar alguém?! Mate a mim!
-Está disposta a largar sua família, seus amigos, seu parceiro, por um macho sem ninguém? - disse Clythia rindo. -Você tem pessoas que te amam. E ele, quem ele tem?
-Ele tem a mim.- disse Alynia a olhando com um olhar que prometia morte. -E eu daria a maldita lua pra ele se quisesse.
Alynia escutou um batimento cardíaco ecoar pelo salão. Fraco, quase se extinguindo, mas ali. Lucien respirou; e aquilo foi o suficiente.
Mas algo vai acontecer. Algo muito, muito ruim. E só você vai poder impedir de ficar pior.
A illyriana se desprendeu de Azriel e Cassian e atravessou a sala numa velocidade impossível. Ela empurrou Jurian pro lado e agarrou Clythia pelo pescoço, a atirando contra a parede com força.
A fêmea gemeu e gritou de dor e choque. Ela olhou com horror puro para Alynia quando sentiu o cheiro do ódio da guerreira. Quando sentiu o poder que emanava da illyriana. Tão intenso, tão forte. Algo que Alynia nunca tinha mostrado nos seus trezentos e trinta e sete anos de vida. Ela nem sabia se dois sifões seriam o suficiente pra controlar aquela força avassaladora.
Ela olhou Azriel e Cassian e aquele único olhar foi o suficente para que eles entendessem. Os dois puxaram Jurian e foram até Feyre, Rhysand e Lucien, criando uma barreira azul e vermelha ao redor deles. Não contra Clythia e sua magia; contra a força destruidora de Alynia.
A illyriana deu um sorriso beirando a insanidade para Clythia. E a fêmea soube, naquele momento, que não tinha como escapar e que nenhum feitiço iria funcionar.
-Vamos nos divertir.
Alynia envolveu seu punho com a força de seus sifões e socou Clythia no estômago. A fêmea vomitou sangue e cambelou antes de cair no chão. A illyriana a puxou pelo cabelo vermelho e a arrastou pelo piso como se fosse um pano. Clythia gritou, aquele som rasgando o ouvido de Alynia.
-Você é uma vagabunda desgraçada. - disse Alynia pisando com força na mão da fêmea e escutando osso partir. Clythia gritou e tentou usar magia contra Alynia, mas Alynia era força pura. A magia somente bateu contra aquela muralha invisível e ricocheteou.
A illyriana enfiou sua faca na bochecha de Clythia, escutando o som do grito e apreciando o sangue que escorria pela lâmina. Ela ainda se lembrava bem de tudo o que Clythia havia feito com ela, ah, como Alynia se lembrava.
A força de Alynia explodiu, atingindo tudo ao redor e quase destruindo a barreira de Cassian e Azriel. Clythia deu o maior e mais assustador grito de dor que Alynia já tinha escutado nos seus três seculos de vida. Seu corpo ficou coberto de cortes e ferimentos e ela estava caída no chão, gritando e gemendo como se seu corpo estivesse sendo corroído de dentro pra fora.
A guerreira fez as costas de Clythia baterem no piso e se sentou em cima dela, a prendendo no chão. Clythia tentou ataca-la, mas não tinha chances contra Alynia e ainda estava agonizando de dor.
Alynia pegou a faca de freixo de Clythia e enfiou na palma da mão direita dela. E depois fez o mesmo com a esquerda, o som dos gritos como música para seus ouvidos.
A força bruta e cruel de Alynia paralisou a fêmea. Ela não tinha como se mexer, revidar. Como Alynia também não teve como faze-lo naqueles vinte e nove dias em Sob a Montanha.
-Me mate logo! - disse Clythia, dor em sua voz. Ela estava implorando. Alynia gargalhou.
-Vou me demorar com você.
A illyriana enfiou a faca na clavícula de Clythia, fazendo um corte preciso e demorado. Conforme a rasgava lentamente, Clythia chorava, gritava e implorava. Alynia arrancou a faca e colocou a mão dentro de Clythia, procurando pelo seu osso e o arrancando com a própria mão como se não fosse nada demais. O barulho dele se partindo era como uma doce canção.
-O que acha de perder esse olho?- disse Alynia com um sorriso cruel, o osso de Clythia ainda em sua mão.
Clythia gritou antes mesmo de Alynia começar. A illyriana enfiou a ponta da faca na pálpebra de Clythia e puxou o olho dela pra fora. Aquilo nem mesmo causou uma reação em Alynia, somente a fazia ficar com mais e mais raiva. Uma raiva gélida e cruel. Ela se demorou bastante com aquele momento.
-Pelo que sua irmã fez com Lucien.
Alynia ergueu o olho de Clythia na mão para mostra-lo a fêmea e deu um sorriso tão frio, tão perverso que sequer parecia a mesma pessoa de sempre.
-Vou arrancar seu maldito coração.
A illyriana cravou a lâmina no peito de Clythia e a desceu devagar, escutando osso partindo, pele rasgando. Clythia ainda gritava quando Alynia enfiou a mão dentro de seu peito, afastando os ossos e envolvendo o coração pulsante da fêmea com a mão. Alynia deu um sorriso vitorioso para Clythia.
-Te vejo na puta que pariu, sua vaca.- disse Alynia antes de apertar o coração de Cythia e o arrancar pra fora, escutando e sentindo artérias se partirem.
Sangue quente estava impregnado nas mãos de Alynia. Clythia estava com os olhos arregalados de horror. Sua última expressão antes de voltar pro inferno de onde viera.
Alynia se levantou e o coração de Clythia escapou de sua mão, caindo com um ploft. E então ela sentiu todo o baque do que havia acabado de fazer. Com uma crueldade que ela nunca tivera antes. Com ninguém.
A illyriana virou pro lado e vomitou.
As pernas de Alynia tremeram e ela cambaleou para longe do corpo de Clythia antes de desabar. Os olhos queimavam, a garganta queimava; Cassian a colocou de pé, passando o braço pela sua cintura e a mantendo firme. Ela sabia que ele jamais diria algo sobre o que Alynia tinha feito a Clythia.
-Precisamos dar o fora daqui. - disse Rhysand. -Lucien não tem muito tempo. Se quer salva-lo, precisamos ir, agora.
Nada mais precisava ser dito além disso.
Bom diaaaa
O sol já nasceu lá na fazendinhaaaaa
Enfim, depois de quase ser assassinada ontem, eu voltei
Esse capítulo foi extremamente DIFÍCIL de escrever, então quero biscoito sim
Alynia finalmente matou a Clythia, gostaram?
Sobre o Lucien, não digo nada, só observo
Vejo vocês mais tarde!
É hoje que concluímos a fanfic :')
~Ana
Data: 02/02/21
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