Fucking Tamlin
Corte Primaveril
Atualmente
Diferente de como tinha se apresentado as outras cortes, dessa vez, Alynia estava mais armada do que o habitual. Armada até os dentes era a expressão correta para descrever a illyriana.
Estava com seu couro illyriano e dessa vez usava seus sifões cor ametista. Presa as costas estavam suas espadas gêmeas illyrianas, bem, bem afiadas. E presas no cinto tinham três facas de caça em cada lado do corpo. E mais facas escondidas na sua bota.
Lucien a olhou de forma estranha quando a viu e perguntou se ela estava indo pra guerra. Quando ela disse que sim, o macho não disse mais nada. Ele estava simples demais pro gosto dela: somente com o arco preso as costas e a espada na cintura. Alynia teve vontade de atirar facas para ele, mas ficou quieta enquanto Lucien segurava a mão dela e os atravessava até o limite da propriedade. Eles caminharam até a mansão de Tamlin.
Parecia com as mansões descritas nos livros de terror. Abandonada, mal cuidada, imensa e com a aparência solitária e vazia. Se Alynia não odiasse o dono dela, teria sentido pena. Mas ela tinha sentimentos horríveis pelo Grão Senhor da Primaveril que a impediam de ser piedosa com ele.
Lucien olhava para aquela mansão como se visse um fantasma. Verdadeiramente assombrado. E de fato era tudo aquilo pra ele: uma memória de seu passado e de momentos ali que ela sabia que não haviam sido os melhores de sua existência.
-Vamos logo com isso.- disse Lucien começando a caminhar. Alynia o seguiu em silêncio e com passos silenciosos. Vantagens de todos os treinos que teve com Azriel ao longo dos séculos.
A parte de dentro da mansão estava quase igual ao lado de fora: vazia, abandonada e mal cuidada. Parecia que ninguém habitava aquele lugar havia séculos.
-Pela Mãe.- disse Lucien, baixinho. -Onde diabos ele está?
-Tem um batimento cardíaco vindo lá de cima.- disse Alynia e Lucien suspirou enquanto subia as escadas. Alynia o seguiu.
Passaram por um quarto que havia sido completamente destruído, coberto por gavinhas, raízes, plantas. Alynia estremeceu ao perceber que aquele era o antigo quarto de sua Grã Senhora.
-Péssimo, eu sei.- disse Lucien sem olhar Alynia. Se para Alynia estar ali trazia um sentimento de merda, ela imaginava que deveria ser mil vezes pior para Lucien.
Ele parou em frente a grandes portas e era de lá que os batimentos vinham. Lucien abriu sem fazer cerimônia. Aquela altura, quem quer que estivesse ali, já sabia sobre os dois parados na porta. E quando ele abriu, Alynia pode ver um imenso animal de chifres. Sem pensar direito, ela se colocou na frente de Lucien e desceu a mão até o cabo de uma das facas. Lucien segurou a mão dela com cuidado.
-Não. Esse é o Tam...- Alynia o fuzilou com o olhar e Lucien fez uma careta. Tam? Sério? -Lin. - completou ele e Alynia se segurou para não rir e perder sua máscara de frieza. Ela se recompôs e passou para o lado de Lucien. O animal os observava sem demonstrar nenhum tipo de emoção e sem sequer se levantar do chão. -Vai ficar nessa forma pra nos receber? Que grosseiro.
-Vocês não valem o meu tempo.- foi o que a besta respondeu. Alynia deu um passo pra frente, com vontade de matar aquele animal. Sentiu a mão de Lucien em seu ombro, mas ele não a puxou e não disse nada. Se ela socasse Tamlin, ele não impediria. E uma parte dela ficou grata por isso.
-É por isso que perdeu a confiança de seu próprio povo.- disse Alynia. -Se não sabe nem como tratar os convidados a sua Corte, tenho sérias dúvidas de que sabe atender a necessidade deles.
A besta grunhiu baixinho e se levantou. Lucien ficou nervoso, mas Alynia nem se mexeu quando o animal se aproximou dela e a encarou. E, com um clarão de luz, no lugar da besta surgiu um homem. Tamlin seria extremamente bonito se não fosse tão podre por dentro.
-Quem é você? Animal de estimação de Rhysand?- rosnou ele cara a cara com Alynia. Ela abriu a boca para retrucar, mas quem respondeu foi Lucien.
-Se ofender Alynia, Tamlin, teremos sérios problemas. - a voz dele era tão dura que fez até Tamlin o encarar.
-Ela me ofendeu em minha própria casa.
-Ela disse a verdade.- foi a resposta afiada de Lucien.
-Isso é culpa da sua Grã Senhora. Ela...
-Não estamos aqui pra discutir isso.- cortou Alynia. Tamlin a fuzilou com o olhar. Era o tipo de macho que não suportava ser silenciado, ainda mais por uma fêmea. E, afinal, ele era um Grão Senhor de Prythian.
-Alynia tem razão, temos assuntos bem mais sérios. Se nós aceitou aqui, então pelo menos nos trate como qualquer outro emissário, não precisamos ficar lavando roupa suja agora.- respondeu Lucien. Tamlin pareceu surpreso. -Não tenho tempo pra isso.
-Está bem. Vou mostrar onde podem passar a noite. Você pode ficar no seu antigo quarto, Lucien, e você...
-Nós vamos ficar no mesmo quarto. - interrompeu Alynia. Lucien arqueou a sobrancelha pra ela mas não disse nada. Tamlin franziu o cenho.
-Ele tem uma parceira, sabia?- disse o Grão Senhor cruzando os braços e encarando Alynia. Ela riu com sarcasmo e abriu um sorriso endiabrado para Tamlin. Lucien, sabiamente, ficou quieto.
-Está vendo ela aqui?- perguntou Alynia. -E um laço de parceria é um monte de merda se um dos lados não quiser. Você não sabe nada da vida do Lucien, não queira agir como se soubesse ou se desse a mínima. Então porque você não cala a maldita boca e mostra logo o maldito quarto?
-Garota...- ele começou com um rugido, mas Lucien se colocou entre Tamlin e Alynia. Não precisava dizer nada para Tamlin saber que se machucasse Alynia, Lucien machucaria ele. E vice versa. Com um rosnado, Tamlin se afastou e começou a caminhar em direção a outra parte da mansão.
-Isso correu melhor do que o esperado.- zombou Alynia e seguiu o Grão Senhor da Primaveril corredor adentro.
Boa noite, meu povo
Último capítulo do dia, como prometido
Ainda vai ter muitos momentos da Alynia com o Tamlin, e eu posso odiar ele, mas eu adoro escrever ela falando com ele (porque lógico que ela tá sempre nas patadas)
Espero que estejam gostando!
Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana
Data: 13/01/21
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