Finally Officialy Friends
Terras Humanas
Atualmente
Alynia acordou com um chacoalhar de leve, uma mão delicadamente fechada em seu ombro. E pela primeira vez ela não acordou atacando a pessoa que a segurava. Pois ela já sabia que era Lucien. Estava tão familiarizada com o cheiro dele e o som de seus passos que não se surpreendeu quando ele apareceu em seu quarto aquela manhã para acorda-lá.
-Sabe, tem uma coida chamada "bater na porta".- ela grunhiu antes mesmo de abrir os olhos. Escutou Lucien rir.
-Eu bati sete vezes e te chamei oito. Você nem acordou. Tive que entrar.- ele se justificou. Ela resmungou e bocejou, esfregando os olhos.
-Por que me acordou?- ela perguntou ainda meio sonolenta. -Que horas são?
-Sete da manhã. Achei que illyrianos acordassem quando o sol raiava.- disse ele e ela mostrou o dedo do meio para Lucien. Ele riu, mas a diversão morreu quando ele pareceu lembrar do motivo para estar ali. -Vamos na Corte Primaveril hoje.
-Merda.- xingou ela baixinho. -Vamos dormir lá?
-Não queria, mas... Seria grosseiro.- ele disse com um suspiro.
-Quantos dias vamos ficar lá?
-No mínimo uns dois.- disse ele passando as mãos nos cabelos vermelhos. Alynia gemeu. -É, eu sei. Odeio a ideia tanto quanto você, acredite.
-Luci, senta aqui.- ela disse e ele a olhou confuso antes de se sentar na cama dela. -Olha, eu odeio o Tamlin.- ela começou e Lucien não conseguiu conter a risada. Ela olhou feio pra ele.
-Desculpe, mas foi muito aleatório.
-Posso continuar, caralho?- ela disse irritada e Lucien riu ainda mais. Alynia bateu com a almofada na cara dele duas vezes.
-Desculpa! Prossiga, vossa violência.
-Ridículo. Como eu ia dizendo, eu odeio o Tamlin. Mais do que odeio os machos illyrianos, e, olha, não é pouco. Eu sei o que ele fez com você. - ela disse e o sorriso de Lucien morreu.
-Vassa é uma maldita fofoqueira.- ele disse irritado.
-Não, me escuta.- ela segurou o pulso dele com força. -Eu não vou ficar calada se ele te tratar mal, Lucien. Eu não vou permitir isso.
-Por que se incomodaria, Alynia?- ele disse, irritado.
-Por que me importo com você, maldição!- ela disse um pouco alto demais e desejou ter mantido a língua dentro da boca.
Alynia não sabia exatamente em que momento seus sentimentos conflituosos por Lucien tinham mudado, ela só sabia que tinham. De uma raiva pura aquilo havia se transformado no mais verdadeiro carinho que a illyriana podia sentir. Não se imaginava capaz de um dia gostar de Lucien Vanserra, mas ele havia conseguido faze-la questionar literalmente tudo o que ela havia acreditado um dia sobre ele.
Lucien era muito mais que um grão feérico de rostinho bonito que um dia havia feito parte da corte de Tamlin. Lucien era como um livro de mistério que Alynia queria desesperadamente ler. Lucien era como um quebra cabeça difícil de resolver. Uma charada quase impossível, mas que ainda assim era o suficiente para fazer Alynia se interessar.
Quem diabos ela queria enganar? Gostava de Lucien, que o caldeirão a fritasse, gostava mesmo dele. Ele a fazia rir, tinha conversas sérias com ela e era verdadeiro. Fazia tanto tempo que ela não conhecia pessoas verdadeiras... E ela sabia que se Lucien não tivesse com ela naquela missão, Alynia teria surtado. Queria poder olhar nos olhos dele e chama-lo de amigo, porque era aquilo o que ela sentia por ele, mas não sabia se Lucien sentia o mesmo por ela. Se queria ser seu amigo também. Se queria dar uma chance para a relação deles.
-Você é incrivelmente confusa, Alynia Sallow, mas, que o Caldeirão me ferva, eu também me importo com você. Até demais pro meu gosto.- ele disse e sorriu pra ela. Alynia suspirou aliviada. -Você é mais minha amiga do que imagina, Ly.
-Sabe, eu gosto quando você me chama assim.- ela deixou escapar e Lucien deu um sorriso pra ela, um sorriso carinhoso, tão diferente dos que ela estava habituada. -E esse papo tá ficando muito, muito estranho pro meu gosto. Vaza do meu quarto, raposa infernal!
-Seu quarto? Seu quarto segundo quem?- ele disse cruzando os braços. Alynia o acertou de novo com a almofada.
-Segunda Vassa. Ela me disse que posso morar aqui se eu quiser depois que bebemos cinco garrafas de vinho. E que o quarto agora é meu então tenho total liberdade pra te expulsar daqui!- ela disse o empurrando. Lucien nem se mexeu.
-E o que Jurian acha disso?
-Jurian cagou e disse que é sempre bom ter mulheres gostosas dentro de casa. Ele teria levado um chute no caso se nós três não estivessemos tão bêbados ontem. - ela disse e Lucien caiu na gargalhada. -Ele pediu desculpas depois que o efeito passou, aliás.
-Me surpreende eles te aceitarem depois da sua cantada imprópria no primeiro jantar que tivemos todos juntos.- disse Lucien e Alynia sorriu se lembrando do momento.
Eles estavam jantando em um silêncio levemente constrangedor quando Alynia decidiu provocar Lucien. Ela havia se virado pra ele com um sorriso lupino e dito:
-Dizem que os machos da corte outonal fodem fazendo jus ao fogo no sangue, é verdade?- ela tinha um sorriso extremamente malicioso e lembra de ouvir Jurian engasgar com sua bebida e Vassa o dar um tapa nas costas enquanto segurava sua risada. Diferente do que Alynia esperava, Lucien sorriu pra ela naquele momento.
-Porque não vem descobrir? - havia sido a resposta dele, deixando todos chocados. Bom, pelo menos depois daquilo a conversa começou a fluir entre eles.
Alynia deu de ombros para Lucien e cruzou os braços.
-E não vai perguntar o que eu acho disso?- disse ele sobre o convite de Vassa para Alynia se apossar daquele quarto.
-Caguei pro que você acha, Lucien.- ela disse, desistindo de fazer o macho sair de seus aposentos.
-Alynia e suas mudanças de humor: uma hora diz palavras belas e na outra me odeia.- ele disse e ela deu risada.
-Se eu te odiasse, teria quebrado seu nariz a essa altura da manhã, Lucien. - ela disse e ele balançou a cabeça antes de se levantar.
-Sairemos em algumas horas, tudo bem? É tempo o suficiente pra você se recompor da bebedeira? Aliás, está com uma cara péssima.
-Eu vou te socar. Retiro o que disse: não quero sua amizade, quero sua morte.- ela disse fazendo ele rir.
-Tarde demais, Alynia.- ele disse antes de sair e fechar a porta atrás de si.
Alynia deixou o corpo cair mais uma vez na cama macia, não se importando com suas asas sendo esmagadas. Elas aguentaram.
Alynia suspirou e, por algum motivo estranho, sentiu o coração se aquecer. E, por algum motivo estranho, ficou grata por Rhysand a ter enfiado numa missão com o estúpido Lucien Vanserra.
Boa tarde, meu povo! Como vão? Espero que bem!
Tenho um belo comunicado a fazer
Eu quero terminar de publicar essa fanfic até no máximo metade de fevereiro, então pra isso vou ter que publicar mais de um capítulo por dia porque senão num vai rolar. O que vocês acham? Querem mais que um cap por dia?
Mas pra isso vocês vão ter que ajudar essa bela autora aqui com votinhos e comentários, ajuda muito no desenvolvimento da fanfic ter o feedback de vocês.
Aliás, eu tô com um plot na cabeça pra um spin off dessa fanfic.
Enfim, veremos mais pra frente.
Espero que estejam gostando!
Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana
Data: 13/01/21
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