Day Court And Also An Awkward Day
Corte Diurna
Atualmente
Na manhã seguinte, Alynia notou que Lucien estava tenso. Ela havia acordado com um sorriso malicioso, preparada para iniciar suas provocações, mas a tensão do macho a fez ficar calada e engolir a piadinha. Ele não parecia nem um pouco feliz naquela manhã, e Alynia daria espaço para ele. O que quer que estivesse incomodando Lucien, ele diria se quisesse e ela não comentaria nada.
Depois que comeram e arrumaram as poucas coisas que tinham levado para lá, Lucien os atravessou até o limite da Corte Noturna para entrarem na Corte Diurna.
Alynia estendeu a mão para ele e, pela primeira vez, Lucien não hesitou antes de segurar a mão da illyriana e deixar que ela os levasse para o céu.
Lucien estava tão perdido em seus próprios pensamentos que não ficou tenso com a viagem, Alynia notou. Por mais que tivesse dito a si mesma para não perguntar nada, estava se coçando de curiosidade para saber o que havia mudado o humor do macho tão drasticamente.
-Já esteve na Corte Diurna antes? - perguntou Alynia e a simples menção fez Lucien ficar tenso. Ela decidiu, então, que manteria a língua dentro da boca. Já tinha até desistido de ouvir algo dele quando Lucien respondeu:
-Por um curto tempo, mas não conheci nada que não fosse a sala de reuniões. Você já?
Alynia se segurou para não rir ou corar. Suas lembranças da Corte Diurna não eram exatamente puras.
-Já.- ela disse, simplesmente, mas Lucien ainda a olhava como se esperasse uma continuação. -Foi uma boa... Experiência.
-Por que está com essa cara de quem fez merda?- ele disse e Alynia deu risada.
-Talvez porque eu tenha feito muita merda quando vim pra cá.- ela admitiu e Lucien arqueou a sobrancelha. -Nem pergunte, a não ser que queira descer até lá embaixo em uma queda livre. - avisou ela.
-Ah, é?
-Você dúvida?- ela disse e encarou o macho. Lucien a olhou como quem, de fato, duvidava. Alynia quis joga-lo só para ouvir o macho gritar, mas sabia que ele provavelmente simplesmente atravessaria, o que faria a graça se dissipar muito rápido.
Depois de mais alguns minutos de silêncio entre eles, somente escutando o som das batidas de asas de Alynia, eles chegaram a casa de Helion, Grão Senhor da Corte Diurna.
Chamar aquele lugar de "casa" era um eufemismo. Estava mais para um palácio, belíssimo, construído de pedras brancas e com toques em dourado. Alynia já estivera lá antes, mas nunca se acostumaria com a beleza e imensidão daquele lugar.
Lucien não disse nada conforme ambos entravam no lugar, sendo escoltados por alguns serviçais de Helion até o salão principal.
O corredor extenso era dourado, com imensas janelas dos lados que davam vista a tudo lá fora e a cidade abaixo. Era simplesmente lindo.
Helion esperava por eles na sua sala que tinha uma vista perfeita para o céu azul. Alynia poderia passar horas e horas somente observando aquela janela.
Quando os dois entraram, Helion deu um sorriso preguiçoso para Alynia e ela cruzou os braços.
-Bem vinda de volta, Alynia.- disse o Grão Senhor e a illyriana assentiu, com um sorriso nos lábios. -E bem vindo a minha casa, Lucien Vanserra.
Lucien ficou tenso ao lado de Alynia, ainda mais calado do que antes, e aquilo fez Alynia ficar tensa também. O que quer que estivesse acontecendo com Lucien...
-Tem minha permissão para passarem quantos dias desejarem. As reuniões são de manhã e de noite temos festas.-disse Helion e Alynia deu risada.
-Como sempre, Helion, você não perde a oportunidade.
-A vida deve ser aproveitada e apreciada, não acha?- disse ele com uma piscadinha e ela sorriu. -Já conhece o lugar, Alynia. Sintam-se em casa.
Alynia assentiu antes de se virar e puxar Lucien para fora. Já conhecia aquele lugar e sabia que Helion não dava a mínima para o que ela faria. Essa era uma das muitas vantagens de conhecê-lo há alguns séculos.
Os serviçais de Helion guiaram Lucien e Alynia pelos corredores e portas até pararem em uma que Alynia já conhecia.
Ao abrir, entraram em uma imensa sala com um sofá em u e uma lareira, além de uma janela gigante que ia do teto até o chão. A escada ao lado da janela levava para o andar de cima, onde tinham dois imensos quartos.
Quando os serviçais fecharam a porta atrás de si e sairam, Alynia se dirigiu até o bar e encheu dois copos de uma bebida cor âmbar. Ela estendeu o copo para Lucien, sem dizer nada, e o macho aceitou, virando tudo de uma vez.
-Imaginei que seu dia estivesse ruim, mas não achei que estava péssimo.- comentou a illyriana franzindo o cenho pra Lucien e bebendo de seu copo enquanto observava o macho encher mais o dele.
Lucien não disse nada, simplesmente se jogou no sofá e encarou o teto. Alynia ficou tensa, mas decidiu que deixaria o macho em paz. Ela já estava acostumada com silêncio, havia passado séculos com Azriel, mas por algum motivo aquele entre ela e Lucien a incomodava.
Mas porque de fato a incomodava? Não eram amigos, aliás, tentaram se matar quando se conheceram. Haviam passado somente uma semana juntos nas estepes illyrianas. Por que ela deveria se importar? E por que estar com Lucien havia se tornado tão simples ao ponto de seu silêncio a incomodar?
Talvez ela devesse admitir que havia se acostumado com Lucien e havia aprendido a gostar da raposa e sua companhia. E principalmente das provocações.
-Lucien.- ela disse e o macho a olhou, sem nenhuma expressão. Alynia suspirou. -Está tudo bem?
Lucien mexeu o líquido no copo e franziu o cenho antes de encarar Alynia. O olho de metal a perfurava, o que fez ela conter a vontade de estremecer.
-Por que não estaria?- disse ele voltando a olhar pra frente, bem longe do olhar da illyriana. Alynia revirou os olhos.
-Tá bom, raposinha. Se você diz. Eu vou dormir.- ela colocou o copo usado na mesa e se dirigiu em direção a escada. -Aliás, a reunião com Helion amanhã é toda sua.
Lucien ficou ereto no sofá e Alynia franziu o cenho. Fosse qual fosse o problema que Lucien estava enfrentando, definitivamente tinha haver com aquela corte, e talvez até com o Grão Senhor.
-Eu vou treinar.- esclareceu a illyriana. Lucien assentiu, ainda sem olhar pra Alynia, e ela teve vontade de atirar o belo vaso dourado ao seu lado na cabeça do macho. Alynia grunhiu e caminhou a passos duros até ele. Foda se a privacidade e o espaço pessoal, pensou ela antes de segurar Lucien pelos ombros e o fazer encara-la -Na boa, qual o problema?
Lucien a olhou com cautela e depois desceu os olhos para a mão dela fechada em seu ombro. Alynia sentiu o rosto esquentar, e se afastou do macho em um pulo. Nunca tinha o tocado antes, não com esse tipo de intimidade. Alynia deu três passos para longe de Lucien e se virou de costas pra ele, caminhando até a escada.
-Onde você vai? - disse ele e Alynia escutou quando Lucien se levantou.
-Dormir.- disse ela já na metade da escada.
-Você nem ouviu minha resposta.- definitivamente Lucien estava sorrindo. Alynia sentiu vontade de xinga-lo e socar a cabeça de Lucien na parede. Claro que ele tinha reparado na mesma coisa que ela.
-Você me diz amanhã.- ela disse já na porta do quarto e a bateu com força atrás de si.
Alynia se jogou na cama e deixou que a cabeça afundasse no travesseiro. E, por mais estranho que o dia tivesse sido, Alynia dormiu tranquilamente. Como não fazia há muitos, muitos anos.
Boa tarde meu povo
Como vocês estão? Espero que bem!
Esse foi nosso cap do dia rsrsrs
Espero que estejam gostando da fanfic
Vejo vocês no próximo capítulo!
~Ana
Data: 04/01/21
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