Alynia, The One Who Gutted Five
Estepes Illyrianas
Atualmente
Alynia girou a faca enquanto a enfiava cada vez mais fundo na asa do macho. Sem dó, sem piedade, somente uma calma fria e letal, esperando pela resposta enquanto ele gritava e implorava. Ela parou o movimento e esperou.
-Eu não sei! Não sei quem está tentando começar uma guerra contra o Grão Senhor! Juro!- disse o macho.
-Seus outros amigos.- disse ela, apontando com a outra lâmina Illyriana em sua mão na direção da pilha de corpos ao lado. -Disseram a mesma coisa. Olha como isso terminou para eles.
-Sua vadia.- rosnou o macho. Alynia suspirou. Lá vamos nós. -Acha que só porque foi a primeira fêmea a participar do Rito de Sangue e vencer pode nos tratar que nem lixo? Conhecemos sua história nos acampamento, Alynia. Todos fantasiam com o dia em que vai ser pega de surpresa e ter as asas cortadas e rasgadas. - cuspiu ele. -Sua fêmea prepotente e arrogante.
-Blá blá blá. Mais algum fato super importante sobre minha história que eu já não saiba?- disse ela e puxou a faca com força da asa do illyriano. Ele gritou de dor e arfou. Alynia não o deu tempo para respirar ou tentar revidar antes de pisar com sua bota na asa ferida dele e escutar o barulho de osso partir. Mais gritos ecoaram pela caverna. -Quem. Está. Começando. Uma. Rebelião?
-Eu não sei!- gritou o Illyriano. Alynia suspirou.
-Quantos ossos do seu corpo eu posso quebrar antes de você morrer?
Alynia pousou na frente da casa de seu irmão com um estrondo e recolheu as asas. Thery abriu a porta da frente e ela escutou as risadas de seus sobrinhos ecoando até a porta. Ele cruzou os braços e a encarou.
-Está cheia de sangue.- comentou ele. Alynia revirou os olhos.
-Não venha bancar uma de macho illyriano escroto pra cima de mim hoje. Estou sem paciência. - ela disse passando por ele e entrando na casa.
Era um lugar simples; havia a escada que levava para os três quartos do andar de cima, a sala de estar com uma pequena lareira e a cozinha e uma mesa de jantar.
Alynia arrancou a jaqueta de couro Illyriano, ficando somente com a blusa regata branca que usava por baixo, deixando amostra parte de suas tatuagens no peito que adquiriu depois de completar o Rito de Sangue.
-Tem um corte na sua asa. Está bem?- perguntou Thery e ela fez um gesto para que ele não se importasse tanto com isso.
-Cadê as crianças?- perguntou ela. O irmão suspirou.
-Brincando no Jardim. Bonnie aprendeu a voar e não quer mais parar.- disse ele e deu um sorriso. -Roland e Haise estão com ela. Não tiram os olhos da irmã.
-Olha, parece que já temos o instinto de proteção de macho brotando.- comentou Alynia com um sorriso sarcástico. Thery suspirou, sem comprar as provocações da irmã gêmea. -Onde está Lily?
-Descansando. Não sei que comentário pensa em fazer, mas não faça.- avisou ele ao ver o brilho lupino no olhar de Alynia. Ela levantou as mãos em sinal de rendição.
-Não deveria estar no Refúgio do Vento em reunião com Devlon? - disse ela e Thery suspirou.
-Deveria, mas seu Grão Senhor decidiu que o assunto dele era mais importante.
-Provavelmente era. E, sabe, Rhys também é seu Grão Senhor. - disse Alynia erguendo a sobrancelha. Thery revirou os olhos.
-Você e essa amizade com a corte do Grão Senhor. Já te disse que não é uma boa ideia, mas você me ignora sobre isso tem mais de trezentos anos. - reclamou Thery. Alynia começou a limpar o sangue do rosto com a toalha que o irmão a ofereceu.
-E continuarei a ignorar. Se não fosse por eles, provavelmente estaria fodida, com as asas cortadas e sendo tratada que nem merda por ser fêmea.- reclamou Alynia. Thery revirou os olhos e bufou.
-Claro, como ia me esquecer, seu salvador e mestre, Cassian, que te tirou da lama.- disse ele em tom sarcástico.
-Exatamente, Thery! Olha, afinal, você sabe o nome de Cassian e que ele existe.- provocou a irmã e o illyriano ficou vermelho de raiva.
-Como não me esquecer daquele ser adorável.- disse Thery com sarcasmo. Alynia deu uma gargalhada.
-Se Cassian escuta isso, vai ficar ainda mais convencido. - disse ela e o irmão revirou os olhos.
-Ele é um bastardo, Alynia.
-De novo você com esse papo? E dai que ele é? Também é o Illyriano mais poderoso dos últimos séculos, então dá um tempo, Thery, pela Mãe!
-Você não toma jeito mesmo.
-Você quase morreu na guerra. Deveria ficar grato por Cassian e Azriel terem salvo seu trasseiro.- disse Alynia irritada jogando a toalha de volta para o irmão.
-Você nem estava lá, não sabe como foi! Só sabe o que aquele maldito do Cassian te contou.- reclamou Thery. Alynia fervilhou.
-Não estava lá porque estava com a porcaria da asa machucada. E porque, Thery? Porque alguém tinha que caçar os Illyrianos que se ajoelharam pra desgraçada da Amarantha já que você decidiu não fazer nada! Eu deveria ter ido pra essa guerra e não pude.
-Graças ao Caldeirão por seus meses demorados de recuperação! Ou acha que seus únicos inimigos teriam sido os soldados de Hybern? Todos estavam doidos pra te ver morrer naqueles campos de batalha, Alynia. - disse Thery e ela suspirou. Sabia que o irmão tinha razão.
-Eu sei. - disse ela irritada e foi em direção ao banheiro para se limpar melhor.
-Não vai fugir dessa conversa!- gritou Thery, mas ela bateu a porta com força na cara dele. Ainda escutou Thery xingar de forma bem criativa antes de se afastar.
Ela apoiou as mãos as mãos na pedra e se olhou no espelho. O rosto estava péssimo, com sangue borrado e olheiras de quem não dormia há dias. Ela de fato não teve tempo para isso, não depois do pedido de Rhysand.
Com cuidado, Alynia passou a toalha molhada no ferimento de sua asa e mordeu o lábio para evitar um gemido de dor. Tudo o que não precisava naquele momento era Thery enchendo o saco dela por causa do machucado.
Ela já tinha tido piores; suas asas que um dia foram lisas e perfeitas agora eram cobertas de cicatrizes das brigas e missões que Alynia se metera. Não que ela se arrependesse; jamais se arrependeria. Não quando virar uma guerreira a dera tanta credibilidade, não quando a ensinou a ser forte e a lutar por seus direitos. Não quanto ela podia enfim ser livre pois era forte o suficiente para se defender e colocar os machos em seus devidos lugares.
Não foi fácil vencer o Rito de Sangue; ela quase morreu, quase desistiu. E tudo ficava mil vezes pior quando os machos se empenharam tanto em tentar mata-lá. Aquela fêmea que os desafiara. Mas ali estava ela agora: uma verdadeira guerreira Illyriana. Ela tinha muito a agradecer a Cassian pelos anos de treinamento e por nunca desistir dela, mesmo quando a própria Alynia não acreditava que um dia conseguiria ser forte o suficiente. Mas ela também tinha vencido por si mesma e se tornado quem era pela sua própria força de vontade.
Ela se olhou uma última vez no espelho; via tudo ali. Sua raiva fria que crescia a cada dia pelo que sofreu, a garota que um dia ela foi e quem havia se tornado. Alynia, a que estripou cinco de uma vez. Alynia, a fêmea de asas violetas. Alynia, a guerreira Illyriana.
E ela não cederia; não por Thery, não pela sua família, não pelos Illyrianos, não por si mesma. Alynia não cederia, nunca. Não por ninguém. E não teria medo. Não mais.
Boa tardinha pessoal
Como vão? Espero que bem!
Logo logo as coisas vão sendo reveladas e vão fazer mais sentido rsrsrs
Espero que gostem!
Vejo vocês no próximo capítulo
~Ana
Data: 06/12/20
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