Alynia It's Not Ok
Corte Diurna
Eles levaram Lucien para Corte Diurna. Talvez Helion soubesse o que fazer. Até mesmo haviam mandado uma carta para Thesan, uma de extrema urgência. Lucien ainda estava morrendo.
Alynia não conseguia ficar lá, não conseguia ficar vendo aquilo acontecer. Então, ela pegou seu arco illyriano e quatro adagas e desapareceu para um lugar onde não a procurariam. Sabia que Lucien estava em boas mãos e que se ela ficasse por perto, mais atrapalharia do que ajudaria.
Então ela sobrevoou a Corte Diurna, cada pedaço que já conhecia e os que também não conhecia. E voou, e voou, e voou. Tentando esquecer os problemas, tentando esquecer seus medos, tentando esquecer o que havia feito com Clythia.
A illyriana pousou em uma clareira e colocou uma flecha no arco. Que qualquer coisa viesse até ela, Alynia mataria. Estava com sede de sangue, apesar do estômago embrulhado ao lembrar do que fizera a Clythia.
E ela passou aquela tarde ali, soltando flecha atrás de flecha, matando e matando. Nem sequer prestava atenção no que estava fazendo até ver a a ponta da flecha atravessar olho, pescoço e peito de esquilos, pássaros e coelhos.
Quando sua raiva passou, Alynia jogou o arco longe e caiu de joelhos na grama, sentindo a garganta fechar. Então, Alynia chorou.
A illyriana abraçou as pernas, escondendo o rosto, ignorando os sons ao seu redor, ignorando tudo. Se Lucien morresse, se ele morresse...
Ele não vai morrer.
Não sabe disse, Azriel.
Sei sim, pois estou aqui e você desapareceu.
Não suporto ficar ai, não suporto ver ele assim.
Ele não vai morrer. Repetiu Azriel, mas Alynia não sabia se acreditava. Se deveria acreditar. Pois se o pior acontecesse... Quão inconsolável Alynia ficaria?
Alynia não conseguia parar de pensar no pior. Afinal, parecia que a Mãe tinha o cruel prazer de fazer com que Alynia sofresse ao longo dos séculos. Primeiro, as torturas e xingamentos que ela teve que ouvir ao longo da miserável vida. Depois, Adrien morreu por causa dela, pagando pelas merdas de Alynia. Ficou separada de seus amigos e de sua verdadeira casa e sua família foi assassinada pelos monstros de Amarantha. E agora, aquilo.
Alynia suportaria qualquer coisa que acontecesse com ela, mas não conseguia aguentar nem por um segundo ver aquilo acontecer com Lucien. Era para ser ela e não ele! Alynia jamais conseguiria superar se ele morresse, ela sabia disso. Como viveria sem ele agora que havia o amado com todo o coração e a alma?
Venha para cá, Alynia pediu Azriel pelo laço.
Não consigo ela disse de volta, e sabia que Azriel era capaz de sentir o quão destruída ela estava naquele momento.
Alynai sentia como se um buraco tivesse sido aberto sobre seus pés e ela estivesse caindo, caindo e caindo. E ela odiava aquela sensação de impotência, de não poder fazer nada, mas somente esperar até o momento que atingiria o chão. E descobriria se iria sobreviver ou morrer com o impacto.
Quando a noite já começava a cair, Alynia sentiu cheiro de névoa gelada e cedro e não precisava se virar para saber quem estava ali ao lado. Ela grunhiu e se levantou antes de se virar para seu parceiro, que a olhava com raiva, um jeito frio e cruel. Alynia fez o mesmo que ele: cruzou os braços e o olhou feio.
-O que você quer, Azriel?- ela disse irriada. Azriel ignorou o tom afiado de Alynia, começando a pegar as armas que ela havia deixado espalhadas pela clareira e pela floresta em um silêncio assustador.
-Vamos.- ele disse estendendo a mão pra ela. Alynia trincou o maxilar.
-Não vou para lá, Azriel.
-Eu sei.- ele grunhiu. -Pegue minha mão.- ele estava sério demais. Ainda que a contra gosto, Alynia aceitou a mão estendida dele. Sabia que Azriel jamais faria algo para feri-lá.
Então, Azriel os atravessou dali com suas sombras. Mas diferente do que ela pensava, não foi para o Palácio de Helion. Foi para um lugar que ela não conhecia.
O céu estava escuro, e Azriel os cobria com suas sombras, impedindo que qualquer um que passasse ali os visse.
-Az, onde nós...- ela começou mas Azriel indicou com a cabeça a direção de uma pequena casa e Alynia se calou.
Ali, deitada na grama em frente a uma casinha simples e vazia, estava uma jovem humana olhando para as estrelas no céu.
A jovem tinha cabelos cor de caramelo queimado e os olhos brilhavam. Ela usava uma calça preta e uma camiseta azul clara. Parecia tão perdida em seus próprios pensamentos, mas ainda assim exalando algo puro e verdadeiro enquanto admirava a imensidão do céu noturno.
Essa é a Aisha? Perguntou Alynia pelo laço, olhando Azriel. Eles estavam a uma distância segura, protegidos pelas sombras, mas mesmo se não tivessem Alynia tinha dúvidas se aquela mulher mortal ia notar eles. Estava tão perdida em seu próprio mundo.
Sim. Azriel respondeu sem nem mesmo olhar Alynia. Ele olhava para aquela mortal com tanto carinho e... Amor.
-Aisha!- gritou uma voz vinda de dentro da casa e a mulher, que devia estar no auge do vinte anos, fechou os olhos com força. Um garoto, provavelmente com seus dezenove anos, apareceu na porta. -Vem logo comer antes que esfrie.
-Você é mesmo um pé no meu saco, Ethan. - ela disse se sentando e suspirando.
-Ficar olhando pras estrelas não vai fazer seus sonhos magicamente se realizarem, sabe?- provocou o garoto. Aisha sorriu com sarcasmo pro garoto e lhe devolveu um gesto vulgar. Alynia engasgou tentando conter a risada.
-Pode ser que não. Mas olhar as estrelas me lembra dele.- ela murmurou se levantando.
-Certo. Seu namorado feérico gostosão e misterioso. - respondeu Ethan.
-Ethan, quer parar de gritar?- ela disse exasperada. -E ele não é meu namorado. - ela resmungou e, então, completou, olhando por cima do ombro: -E eu sei que está ai, Azriel, não ache que sou uma idiota.
Ih, se fudeu. Alynia queria muito rir da cara que Azriel fez, mas conseguiu se controlar.
-Tudo bem. Vou fingir que não sei que está ai me observando nas sombras como faz todas as noites. Boa noite.- ela lançou um olhar selvagem diretamente para eles antes de dar um sorrisinho e entrar dentro da casa, fechando a porta atrás de si.
Eu gostei dela. Disse Alynia sorrindo fraco pra Azriel. Ele riu.
Ah, claro que gostou, por que não me surpreende? Pronto. Agora você conhecê a Aisha. Ajudou a te distrair?
Sim. Obrigada, Az.
Agora precisa encarar seus problemas.
Ela sabia. E enfrentaria. O que quer que fosse, Alynia enfrentaria. Então aceitou a mão estendida de Azriel e deixou que ele a levasse até o Palácio de Helion.
Faltam dois capítulos pra fic acabar. Repito: dois capítulos
Enfim, apresento a vocês Aisha Harris, minha mais nova filha da puta, quero dizer, personagem
Sou suspeita pra falar, mas eu amo a Aisha. Já se vocês vão amar ela, ai já não sei não
ENFIMMM
Vou ter reunião de novo hoje dessa DESGRAÇA, mas vou postar mais um capítulo as 19h e o último as 21h
E a apresentação sa fanfic nova de acotar as 21h30 rsrsrs
Vejo vocês mais tarde!
~Ana
Data: 02/02/21
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro