I: Pillowtalk
Ele ainda tinha um cheiro leve de fumaça em suas roupas, havia acabado de queimar mais uma bruxa, e esse era nosso descanso antes de mais uma onda de trabalho pela manhã. Ele estava tranquilo, trabalhando os toques pelo meu corpo como sempre fazia, já eu, tensa. Não porque eu não estava confortável em estar em seus braços novamente, pelo contrário, sentia falta de suas carícias, e, a cada demonstração de carinho e amor, eu sentia todas as sensações que tive quando fizemos isso pela primeira vez.
Uma de suas mãos se afasta rapidamente da minha pele quente, para trancar a porta que estava atrás de nós. Suas mãos vão ao encontro dos meus quadris, me empurrando gentilmente até a parede, ele levanta meus braços na altura da minha cabeça e envolve meus pulsos com suas grandes mãos.
Ele não queria que eu o tocasse. Não agora. E isso me deixava mais ansiosa, e ele sabia exatamente como brincar comigo. Como me fazer implorar por mais.
Na tentava de ficar na minha altura e tocar meu pescoço com seus lábios, ele se agacha um pouco, porém ele decide mudar seu roteiro. Ele desliza seus braços para minha bunda, ele me puxa para cima de seu colo, acompanhando seu ritmo, envolvo minhas pernas em seu quadril. Com suas grandes e macias mãos, que poderiam trabalhar em mim com delicadeza ou brutalidade, ele a embola no meu cabelo despenteado e o puxa suavemente para o lado, inclinando minha cabeça, para abrir um caminho entre meu pescoço e busto. Seus lábios agora tracejavam esse caminho, mal encostando minha pele, como resposta meu corpo se encheu de calafrios.
Vendo-me naquela situação, a deriva de seus beijos e toques, vulnerável ao seu amor — Como de costume — Ele sorriu. Aquele seu sorriso de orgulho por estar me deixando ainda mais derretida com seus pequenos gestos de afeto. Eu precisava de mais, queria ter ele novamente, eu nunca sabia se, ao sair para uma caçada, eu estaria em seus braços outra vez. A angústia que ficava em meu peito toda vez que ele saia com sua mochila onde havia apenas o básico e o arsenal cheio, era sufocante. Nada disso importa agora, ele está comigo. Ele sabia que eu precisava dele mais do que tudo nesse momento, mesmo eu sem dizer uma palavra, ele sabia ler muito bem meus sinais corporais.
— Senti sua falta, muito — Como se estivéssemos conectados, ele tira as palavras da minha boca em um suspiro no meu ouvido. Puxando seu cabelo, da mesma forma que ele havia feito comigo há segundos atrás, fiz com que ele olhasse para mim. Seus olhos claramente exalando luxúria.
— Não mais do que eu senti a sua. Deus, é frustrante toda vez que você sai e eu fico aqui, sozinha.
— Eu estou aqui agora, bebê. Deixe-me amar você novamente.
— Eu sou sua. Como da última vez. Como sempre fui e serei - Seu sorriso agora era de admiração, de amor, um amor tão puro que podia ver em seu olhar. Ele aproxima os lábios nos meus, sua língua desliza pelo minha boca se juntando com a minha. Uma de suas mãos afasta o tecido fino do vestido que estava usando, seu aperto fica mais forte quando chega à pele da minha cintura.
Minhas mãos ansiavam para tocar seu torço, apertar seus ombros largos e beija-los. Deslizar meus dedos em seu abdômen e deixar marcas em suas costas. Aos poucos fui abrindo os botões de sua camisa de flanela.
Uma marca ficou em seu ombro assim que dei uma mordida, o que arrancou um lindo gemido do rapaz. Como consequência, ele começou a esfregar sua intimidade na minha. O contato era lento, já estava com o núcleo dormente, só esperando por sua chegada para me desfazer nele.
Quando ele me coloca na cama, já estávamos complemente despidos, entre beijos calorosos o silencio paira quando ele os interrompe. Sua mão vai até minha bochecha, empurrando uma mexa do meu cabelo, úmida de suor, para trás da minha orelha.
Ele estava pedindo permissão para me invadir.
— Por favor — Soltei um suspiro e ele assentiu com um sorriso bobo.
Havia noites que ele me tratava como uma vadia. Um mero objeto de prazer. E eu amava. Nessas noites ele me mostrava um lado dominador seu que simplesmente me fazia delirar.
Havia noites que ele estava frustrado com algo. Noites que ele usava o sexo como forma de se distrair. Eram toques sensíveis, porém rápidos, apenas para aliar a tensão momentânea.
E havia noites como a de hoje. Ele apenas quer cuidar de mim. Fazer-me sentir sua. Mostrar-me a sua maneira tão delicada de me amar. Essas eram as minhas preferidas.
Nossa cama era nosso paraíso
Ele desliza seu membro em mim, devagar, senti cada músculo se contrair.
— Tinha me esquecido como essa sensação era incrível.
— Você é tão acolhedora, meu amor.
Seus movimentos nesta noite não eram bruscos. Eram devagar e sutis. Geralmente isso nos fazia demorar um pouco mais para chegar lá, mas, nesse tempo, nos conectávamos de uma maneira tão genuína.
Minhas pernas se encontraram com seus quadris novamente — estava chegando perto — Meus gemidos eram baixos ao pé de seu ouvido, assim como os dele. Pouco tempo depois isso mudou, um som um pouco mais alto saiu de minha boca.
Estava ofegante, minha respiração descontrolada. Depois de mim, ele demorou mais algumas poucas investidas para chegar também.
— Fiquei imaginando isso desde que você me mandou aquela foto — Ele se vira para mim e enterra seu rosto no meu pescoço — Estava tão gostosa, bebê. Assim como agora.
— Se você quiser tem mais algumas no meu celular. Mas eu sei que você prefere me ver pessoalmente.
— Te ver e te tocar — Ele diz deslizando a mão levemente pela minha bunda —Eu te amo — Ele se aproxima do meu ouvido e enfatiza com um sussurro — Muito.
— Eu também te amo, Sammy... Muito
O nascia no leste e iluminava o quarto pela fresta da cortina, o barulho dos pássaros foi chegando até o meu ouvido à medida que o dia ia clareando.
Pela primeira vez eu havia acordado antes do meu namorado. Ele é um madrugador e logo cedo já está com os olhos abertos. Dormimos abraçados, aproveitando o calor um do outro.
Assim que abri os olhos completamente, ri da situação que nos encontrávamos. Minha cabeça estava apoiada na sua, mãos entrelaçadas e meus seios nus bem na altura de sua boca.
Vendo a situação em que nos encontramos, soltei uma leve risada.
— Do que está rindo, em? — Ele perguntou apertando minha cintura, junto com uma risadinha.
— Abra os olhos e verá — Suas pálpebras foram se abrindo levemente, um sorriso se alargou em seus lábios.
— Uma ótima visão pela manhã — Deslizando as mãos pelas minhas costas e a boca em meus seios, ele começou a chupar o direito com delicadeza e apreciação — Mal brinquei com eles ontem, garanto que sentiu falta disso — Ele sussurra entre as lambidas.
— Senti — Suspirei — Grandão, precisamos arrumar o bunker para nossa saída.
— Dean e eu somos rápidos nisso, deixe-me aproveitar mais minha garota.
— Mas e eu? Disse que dá próxima vez eu iria junto. Dean disse que já estou pronta para ir com vocês — Sam parou de trabalhar em meus seios e ergueu o olhar para mim. Esperava que ele me beijasse e falasse para arrumarmos as coisas, mas não foi isso que saiu de seus lábios.
— Eu não acho — Olhei para ele com confusão — Não acho que esteja pronta e não acho que um dia vá estar — Ele diz aquilo como se não fosse nada, apenas volta sua atenção aos meus seios, onde agora tinha dor pelas suas palavras.
— Como não? Eu venho treinando com vocês há muito tempo, vocês falaram que eu tenho evoluído muito, por que nunca vou estar pronta?
— Pequena esse mundo não é para você. Você sabe, é frágil e qualquer coisa te afeta, garanto que se você vir uma cabeça de vampiro rolando no chão vai ficar com trauma para o resto da vida e eu não quero isso.
— Eu simplesmente posso tentar. Eu não sou fraca.
— Você fica em casa. Voltaremos em breve.
— Aé? E quem decidiu isso? — Já me encontrava irritada, quando se tratava de caçadas e eu envolvida nelas Sam era insuportável.
— Eu decidi! — Ele apoiou com o cotovelo na cama e olhou para mim — Não quero correr o risco.
— Você não decide o que eu faço e se eu falei que eu vou com vocês, eu vou!
— Não, não vai! Nem que eu tenha que te trancar dentro do quarto. Você fica!
Quanta tolice! Nossa cama também era nossa zona de guerra.
Puxei o lençol que estava nos cobrindo. Era tanta baboseira. Por que eu simplesmente não poderia ir com eles? Eu sei que posso me virar, mas, com suas palavras eu me sinto inútil e estúpida.
Levantei-me da cama, enrolada no lençol e tracejo o caminho até a porta.
— Vai sair assim? — Ele pergunta da cama.
— Tá a fim de decidir minha roupa também? — É a última coisa que digo antes de sair do quarto e bater a porta. A última coisa que ouvi foi um suspiro irritado do meu namorado idiota.
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