Dream
Aproveitando que as historias estão sendo betadas, eu boto avizinho em cima <3
Gente estou postando historias originais, em outros sites já que vendi elas q
A fic: Mudando de corpo e Um ômega diferente estão postadas lá. Ambas em original, você não vai encontrar ela mais inteira aqui caso queira ler ou continuar a ler vai precisar ir nesse site.
Pra quem esta no navegador é só aperta link externo, que ta bem embaixo próximo dos comentário que voce é direcionado direto pro meu perfil.
Pra quem não esta, infelizmente o wattpad não deixa eu colocar o link nos comentários... então o nome do site é DREAME, é meu nick daqui Larivalk mesmo.
Também estou postando no webnovel, uma historia 100% original, mas esta em ingles quem quiser ver tambem é o mesmo nick Larivalk o/
[...]
O garoto estava encolhido em sua cela pequena. Suas roupas curtas e sujas de sangue deixavam seu corpo magro e machucado desconfortáveis. Nem ao menos se lembrava desde quando usava aquela roupa ou há quantos dias aqueles machucados estavam em seu corpo sem contar a fome, ah, a fome. Não comia direito, só lhe davam migalhas e coisas um tanto nojentas que faziam seu estômago se embrulhar e muitas vezes ele acabava por vomitar o que nem ao menos tinha em seu estômago.
Tudo aquilo acontecendo para um pobre garotinho era cruel. Katsuki Bakugou era seu nome, ele nem ao menos entendia o motivo de estar sendo tão maltratado. Tudo aquilo era devido ao fato de ser meio híbrido? Suas orelhas doíam por sempre viverem machucadas e seu rabo... nem ao menos sabia como ainda não tinha sido cortado, não sabia ao certo se estava ali para morrer lentamente e da pior forma possível ou tinham planos para seu pequeno corpo judiado.
Todos os dias, temia por sua segurança e se perguntava qual seria seu novo castigo ou o novo insulto ─ sem contar a comida ─ escutava alguns lhe dizerem que adorariam tocá-lo o que o deixava completamente em pânico, pois tudo o que menos queria era ser tocado pelas mãos nojentas daqueles homens cruéis.
Seu cabelo um dia já fora em um tom marfim, entretanto devido ao local empoeirado e o sangue seco, seu cabelo tinha uma coloração um tanto bagunçada na qual nem mesmo ele sabia explicar. Seu corpo tinha uma variedade de cores devido aos machucados, mas ainda tinha um corpo bronzeado mesmo que estivesse há um tempo sem ver o sol. Seus belos olhos vermelhos davam certo destaque naquele corpo miúdo.
Tudo mudou naquele dia, quando tiros e gritos foram escutados deixando o pequeno garoto assustado e fazendo com que ele se encolhesse mais a ponto de segurar sua cauda de gato. Baixou as orelhas tentando diminuir o barulho, mas devido a sua audição privilegiada, estava difícil. Viu então os rapazes que geralmente ''cuidavam'' de si entrarem e logo cada um deles foi morrendo a tiros. Um deles foi o que mais se aproximou da gaiola, ficando deitado morto, com os olhos abertos encarando o nada ─ Katsuki tremia em ver tanto sangue, ainda mais ao ver que o sangue do homem estava tão próximo de si.
Escutou passos e logo notou um rapaz alto de terno preto ─ onde havia algumas manchas pequenas de sangue ─ ele segurava uma pistola e parecia conferir as balas despreocupadamente, até que ele o notou. Os olhos verdes encontraram os vermelhos e caminhando em passos lentos, ele se aproximou da gaiola se abaixando o suficiente para encarar o garoto encolhido.
─ Mas vejam só, um híbrido ─ abriu um sorriso de lado um tanto maldoso. ─ Um brinquedinho deles, eu suponho.
─ Não... não ─ Katsuki não conseguia dizer mais nada, não queria morrer só queria ir embora daquele lugar e procurar um novo lar.
Sim, o pequeno jovem híbrido não possuía um lar. Devido a sua ''deformação'' não era bem recebido em lares adotivos ou coisas do gênero, então precisava se virar para conseguir sobreviver ou, nos piores casos, acabar se envolvendo com pessoas mal intencionadas que acabariam usando seu pequeno corpo, coisa na qual ele se recusava a fazer, ele preferia morrer na rua. Só que acabou sendo raptado. Temeu pela sua vida e pelo seu futuro, pois não queria ser vendido e usado.
─ Não? ─ aproximou o rosto da grade, vendo o garoto encolhido do outro lado da gaiola. ─ O gatinho está com medo, pobrezinho.
Ouviu o garoto choramingar e abriu um sorriso ainda maior.
─ Sabe, que tal vir comigo? ─ sorriu novamente vendo o pânico nos olhos vermelhos. ─ Olha como sou gentil, eu estou perguntando.
─ NÃO! ─ gritou enquanto chorava com mais intensidade, seu medo tinha voltado com força.
─ Mas eu fui tão gentil matando todos eles, aqueles homens sempre o machucavam... olha como você está machucado e magro ─ disse fazendo certo drama.
Bakugou piscou os olhos notando que aquilo era verdade, seus opressores tinham sido mortos por aquele homem e nunca mais poderiam lhe machucar. Só que ir junto com aquele rapaz suspeito de cabelos esverdeados não lhe parecia algo tentador, afinal, ele não queria sair de um inferno para entrar em outro.
─ Então prefere ficar preso aqui nessa gaiola e morrer? ─ passou o dedo na gaiola. ─ Pois eu não o ajudaria a sair daqui, o que eu ganharia com isso?
─ Por... por favor ─ engatinhou um pouco mais perto. Ele queria ser livre, apenas isso.
─ Desculpe gatinho, mas não posso ajudá-lo... a menos que você vá comigo ─ abriu um sorriso animado. Nem parecia o homem de segundos atrás que possuía um sorriso malicioso e sombrio. ─ Caso não queira ─ pegou o corpo próximo à gaiola e o jogou para mais próximo das grades grossas. Vendo o pânico do garoto, ele colocou um braço dentro da gaiola. ─ Poderá se alimentar desse homem, e quando acabar de comer cada pedaço de carne desse rapaz, ficará aqui preso até sua morte... então gatinho, o que você escolhe?
[...]
Katsuki não tinha forças para andar ou qualquer coisa do gênero, tinha ficado tanto tempo naquela gaiola pequena que suas pernas nem tinham condições para manter seu corpo pequeno e fraco em pé, o que resultou em ser segurado por aquele homem estranho no colo, como se fosse uma criança. Seu corpo tremia a cada homem morto que encarava no chão, faziam com que seu estômago se revirasse.
Notou mais homens de ternos pretos como aquele rapaz e alguns carros de luxo ─ pelo menos ele achava que eram de luxo, pois eram grandes ─, um homem corpulento abriu a porta do carro para que pudessem entrar. Durante o percurso Bakugou não foi retirado do colo e devido a todo o medo e ansiedade acabava por segurar com força a roupa do rapaz mais velho. Não sabia sua idade mas ele possuía apenas 8 anos ─ mesmo parecendo ter 6 devido ao seu tamanho e fragilidade ─, enquanto o seu novo ''dono'' era maior e possuía mais corpo, sem contar que pelo o que ele pôde entender ele deveria ser o líder daqueles homens.
Quando chegaram ao local, mais uma vez a porta foi aberta. Ficou abismado com a enorme casa, parecia uma mansão gigante no estilo japonês, onde era possível ver um belo jardim. Bakugou olhava tudo com seus olhos vermelhos que pareciam ter até um pouco de seu brilho de volta. Há quanto tempo não via um lugar bonito e sentia o sol em sua pele? Queria aproveitar aquele curto período, pois sabia que perderia tudo aquilo e voltaria viver trancado, mas rezava com todas as suas forças que dessa vez fosse mais bem alimentado e tivesse uma gaiola maior.
─ Leve-o, ele está me deixando enjoado ─ fora entregue a outro homem e por reflexo segurou com mais força na roupa do rapaz que o ainda segurava ─ ele não entendia o motivo de segurá-lo se o achava nojento a ponto de ficar enjoado ─ não queria sair dos braços fortes, pois tinha medo do que poderia acontecer consigo.
Fora retirado a força do mais velho, ele tentou com muito esforço segurá-lo novamente só que apenas viu o corpo sumir e entrar na casa. Seu corpo tremeu e voltou a chorar com força, ele voltaria a sofrer tudo de novo. O homem que o segurava o levava como se fosse um saco de lixo, a ponto de simplesmente arrastá-lo até o local.
[...]
Não sabia o que estava acontecendo, tinha tomado um banho de forma carinhosa por mulheres gentis que tomavam o maior cuidado com seus machucados e faziam questão de limpá-los. Tomou remédios devido a dores e para que evitasse qualquer tipo de infecção, devido ao lugar que estava sendo mantido preso. Seus cabelos foram cortados e voltaram a ter sua pela cor natural de marfim. Recebeu roupas quentes e confortáveis ─ provavelmente compradas as pressas ─ se sentia tão bem que parecia tudo um sonho, tinha medo de piscar e ver que tudo aquilo não passava disso e acordaria de volta a sua realidade: preciso em uma gaiola sujo e fraco.
Foi carregado gentilmente até uma mesa, tinham colocado um tipo de estofado ou algo do gênero para que ele ficasse na altura ideal para se alimentar. Devido à infância precoce, seu desenvolvimento não foi um dos melhores e com isso seu corpo parecia de uma criança de 5 ou 6 anos. Em sua frente havia um grande prato de sopa que fez com que um grande sorriso se abrisse em seus lábios. Nem se recordava quando tinha sido a última vez que teve um prato farto daquele a sua frente, entretanto estava tão nervoso devido a sua felicidade que mal conseguia segurar a colher direito, então a bondosa senhora fez questão de ajudá-lo a se alimentar.
Bakugou tinha sido levado a um quarto pequeno, notou que tinha uma cama e começou a chorar. Foi colocado nela e logo puxou o travesseiro para apertá-lo e abraçá-lo. Vendo que aquilo tudo era real e não fruto da sua imaginação, sentiu algo quente ser colocado em seu corpo, quando percebeu seus olhos foram se fechando e ele deixou com que o sono o consumisse.
[...]
Izuku encarava a gaiola naquele lugar imundo, e olhava a pequena criança hibrida que estava lá largada. Notou que ela tinha sorrido para si antes de fechar os olhos e quando se aproximou notou que ela mal respirava. Tinha invadido o local para matar o líder que estava atrapalhando seus planos, mas nunca iria cogitar a existência de um híbrido no porão do homem.
Não era a pessoa mais bondosa do mundo, ─ estava bem longe disso ─ mas não gostava de ver crianças naquele estado, sendo híbridos ou não. Se aproximou e deu um tiro no cadeado, abrindo a jaula e pegando a criança no colo, notando o quão leve ela se encontrava. Quando saiu do local percebeu que não havia mais batimentos cardíacos, aquela criança tinha morrido em seus braços e ela ainda esboçava um sorriso como se a chegada dele tivesse sido algum tipo de milagre.
Katsuki morreu com um sorriso onde jamais sairia de seu belo sonho.
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