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55 | I NEED YOU HERE TO STAY

{ Eu preciso de você aqui pra ficar }

O DIA AMANHECEU de uma maneira mais doce para o casal Stark naquela manhã. Stella e Tony ficaram deitados na cama, abraçando, beijando, e curtindo a presença um do outro. Era como se eles pudessem sentir algo ruim se aproximando, como se desse para sentir no ar. Quando o relógio deu oito horas, Zeppelin acordou chorando — o que fez o casal finalmente arrastar a bunda da cama e começar o dia.

Tony se levantou da cama e pegou o filho nos braços, tentando ninar ele de todas as maneiras possíveis — mas acabou por falhar miseravelmente, já que o bebê continuava chorando. Ele deitou o filho no colo de Stella, que se deitou com ele sobre seu peito. Com a mão direita ela passava em movimentos lentos na costa de Zeppelin, enquanto com a outra acariciava seus cabelos negros.

— O que foi meu amor? — perguntou ela, recebendo outro grito de choro.

Era raro os dias em que ele dava trabalho, mas quando esse dia chegava não havia nada que pudesse mudar tal coisa. Stella aninhou ele no meio de seu peito, estando deitada, conseguindo o acalmar um pouco.

— Tá com dor? Hum? Tá? — conversou com ele, tentando o acalmar por completo.

Tony já se arrumava no banheiro, tomava uma ducha fria para acordar de uma vez.

Ah-ma-ma-pa...

— Hein? Inventou uma palavra nova? — Stella entoou, acariciando as pequenas bochechas vermelhas.

Pa-pa-ah...

— Papai? — franziu o cenho — Olha, eu acho um absurdo você só ficar clamando pelo teu pai, quando fui eu que te carreguei por nove meses, mocinho.

Fingiu beliscar as bochechas dele, conseguindo finalmente o fazer parar de chorar por completo e dar uma risada. Dois segundos depois Tony saiu do banheiro, já vestido com uma calça, apenas com a parte de cima nua — enquanto buscava por uma blusa na cômoda. 

A-a-a.

— A, a, a? — ela perguntou de volta, se erguendo do colchão com ele em seus braços.

Zeppelin tinha a mania de ficar com a cabeça erguida para cima, enquanto buscava os olhos azulados da mãe, iguaizinhos aos seus. Ele gostava de conversar, tocar no cabelo dela e chamar sua atenção. Mesmo sem se dar conta disso, Stella acabava por ser uma boa mãe, apesar de nunca ter se imaginado sendo de fato uma, já que quando vivia no Orfanato morria de medo de crianças — cujas fizerem bastante bullying com você. Quando ela parava para pensar sobre isso, chegava a bendita conclusão de que tudo aquilo lhe serviu para ser a mulher que eras hoje. 

Quando Tony se aproximou já vestindo uma camiseta branca, que realçavas os fios esbranquiçados de seu topete — Zeppelin esticou os bracinhos para ser pego pelo pai.

— Como você tá, amigão? — beijou as bochechas dele, ganhando outro grande sorriso em resposta — Ew, parece que fez cocô, hein? Por isso sua mãe te jogou em meus braços.

Stella revirou os olhos com graça, ao ver a expressão de nojo na cara do marido. Outra coisa que ela jamais imaginou que veria; Tony Stark trocando uma fralda de bebê. Ele se preparava de uma maneira que era como se estivesse indo para a guerra. 

O moreno tentava equilibrar o corpinho do filho em um só braço — o que era a pior ideia possível, já que Zeppelin não parava quieto. Enquanto puxava o trocador de fralda cinza que Stella sempre levava para os lugares. Esticou o trocador de um jeito todo amarrotado, deitou Zeppelin nele e começou a desabotoar seu body azul. Era novamente uma missão impossível, afinal Zeppelin era imperativo. Mesmo assim Tony continuou o que estava fazendo, desabotoou a fralda, e começou a limpar o cocô marrom mole.

Stella começou a vestir sua roupa, escovar os dentes e coisas do tipo. Enquanto Tony terminava de ajeitar o filho de ambos. Todavia, Stella tinha muitas coisas para fazer naquele dia e uma delas era ir ao supermercado comprar os suprimentos de Zeppelin já que Pepper iria vim o buscar dali a algumas horas. Quando ela saiu do banheiro notou que Tony e o filho não estava mais ali, tirou o excesso da água dos cabelos com a toalha — e o deixou solto sobre seus ombros para secar naturalmente, pois a preguiça de usar o secador era maior.

O complexo estava cheio diferente dos últimos dois anos. Tinha vários rostos conhecidos, e alguns desconhecidos. Stella meio que deixou os passos morrer ( praticamente se petrificou no lugar ) ao encontrar a sala ampla que mantinha uma divisa com a cozinha, totalmente cheia. Tony estava sentado com Zeppelin no colo tentando dar alguma comida amassada em sua boca, era uma cena fofa, mas Tony parecia estar com dificuldades, pois as bochechas do bebê estavam totalmente meladas da comida e ele ainda chorava. Do outro lado da mesa Steve comia um cereal, enquanto bebia uma xícara de café. O Thor comia um sanduíche recheado que parecia cair sobre sua barriga. Do lado da pia Natasha bebia o café em goles rápidos, como se estivesse atrasada. 

Stella adentrou o ambiente, dando um beijo na bochecha de Steve, cumprimentando Thor e depois indo até a ruiva.

— Vai em algum lugar? — quis saber a loira.

— Japão.

— Japão? — franziu o cenho confusa.

— Vou trazer o Clint de volta. — os olhos de Natasha pareceram perder o foco por alguns segundos ao dizer o nome do amigo. 

Stella sentiu os dois lados das bochechas queimarem. Queria muito ver Clint outra vez, nem havia se dado conta que de fato fazia muito tempo em que não o via. Para falar a verdade fazia muito tempo que não via várias daquelas pessoas ali e isso pesou sobre o coração dela. Stella nunca planejou que algum dia aquele grupo fosse ser dizimado e separado, para falar a verdade ela sempre acreditou que eles iriam continuar juntos como uma família deveria ser. Ela queria muito que aquilo pudesse ser consertado, que nenhum deles precisassem estar sozinho outra vez.

— Vocês vão começar hoje? — depois de vários segundos perdidas em seu próprio pensamento, Stella perguntou ao marido, se sentando ao seu lado, tomando o filho para os próprios braços — Oh, meu bebê, o que você tem?

Os enormes olhos redondos e azulados de Zeppelin estavam molhados, as bochechas rosadas e a boca aberta em um O. Ele chorava, dava pausas de dois minutos, e depois voltava a chorar novamente.

— Vamos esperar o Barton chegar de tarde. Enquanto isso Banner e eu estaremos trabalhando no traje. 

— Traje? Um traje especifico para viagem no tempo? — Stella perguntou, secando as bochechas do filho. Mas, parecia ser um trabalho inútil, pois Zeppelin continuava a birra.

— Exatamente. — Stark concordou de boca cheia — Ele tá manhoso hoje, quer que eu vá com você?

Ahm, — elevou os lábios pensativa — não tá muito ocupado, não?

— Sempre estou. — Tony se levantou da mesa, sorrindo.

Puta homem gostoso, Stella fez uma nota mental automaticamente sem ser dar conta. A idade parecia ter caído como uma luva bem feita para Tony, o andar dele, o corte de cabelo, o olhar, tudo isso englobava para que Stella sentisse algo fervendo dentro de si. Como se não tivesse se passado mais de dois anos desde que o conhecerá, como se Tony Stark fosse queimar dentro dela para sempre.

Logo os três já estavam indo em direção ao supermercado mais próximo, Tony insistira que poderiam fazer as compras online e eles entregariam no complexo — mas Stella gostava de supermercados, e principalmente de escolher a dedo o que queria. Eles sabiam que não tinham tanto tempo assim para ficar fazendo coisas normais daquele tipo, já que tinham planos extremamente reais acontecendo nesse exato momento lá no complexo. Aquela era a última fuga de Stella, e ela sabia que dali pra frente poderia estar próxima novamente de trazer Peter e todos os outros de volta. 

Ela pegou pegou o potezinho bege da papinha de peito de frango com legumes e colocou no carrinho — soltando um longo suspiro sem perceber. Stella estava apavorada com a possibilidade de viagem no tempo, seus ombros estavam extremamente pesados como se aquilo estivesse totalmente sobre sua responsabilidade, apesar de não estar. Ela ergueu os olhos do carrinho de compras, olhando para frente vendo um Tony com uma roupa social escura, usando um canguru azul marinho onde Zeppelin parecia estar finalmente sossegado. Aquela foi sua cena favorita do dia.

— Leite de nozes é bem melhor do que o normal, não é? — Tony veio andando até ela, segurando as duas caixinhas divergentes em mãos opostas — O que foi?

— Você tá pensando em ir? — limpou a garganta — Tipo, viajar no tempo?

Tony pareceu se perder por um instante naquela pergunta, pois seus olhos achocolatados perderam o foco sobre os olhos azulados de Stella. Ele queria responder que não, que quem iria era os outros e ele ficaria ali seguro com ela e seu filho, mas isso seria uma mentira deslavada. 

— Eu não quero que se arrisque. — Stella continuou, sentindo as bochechas começarem a queimar.

— Amor, — ele fez uma longa pausa, franzindo os lábios sem perceber — estou disposto a me arriscar pra desfazer aquele erro.

O erro em si era Peter, Wanda, Bucky e todos os outros que morreram. Stella sabia, Tony sabia. Era exatamente por esse motivo que ela não queria ter esperança, pois com a esperança vinha o risco, e acompanhando o risco sempre vinha a morte.

— Não fique tão preocupada. — Tony colocou as duas caixinhas de leite no carrinho, e depois apoiou as duas mãos sobre o ombro dela — Enquanto eu estiver vivo, nada vai acontecer com vocês dois.

— Não fala assim. Eu não... só não solta a minha mão... por favor.

— Eu, Tony Stark, o herói favorito da nação, jamais permitirei isso. — tentou conter o sorriso, mas foi impossível.

Stella queria dizer que não acreditava cem por cento naquilo, pois ninguém tem a capacidade de prever o futuro e é impossível saber de fato o que irá acontecer. Mesmo assim, ela franziu o nariz desviando os olhos de seu marido e voltou a olhar para o carrinho de compras — como se quisesse se certificar de que havia escolhido tudo certo. Mas para falar a verdade ela apenas queria ignorar o olhar profundo de Tony, pois era impossível esconder as coisas dele. Stella tinha alguma coisa dentro de si — além da joia — que parecia servir como uma bússola de premonição. Mesmo antes de tudo aquilo sobre Thanos vim a tona, ela já havia sonhado com metade de seus amigos morrendo daquela forma misteriosa. Não sabia dizer da onde aquilo havia vindo, se seu dom tinha algo haver com tudo isso, Stella apenas sabia que seus "sonhos" ou sei lá o que que aquilo fosse, eram verdadeiros. Ela queria acreditar que o motivo por se sentir tão nervosa e sobrecarregada era por quê toda aquela coisa que estavam trabalhando iria dar certo... mas ela sabia que não era isso... ela sentia que alguma coisa estava prestes a dar muito errado.

O caminho de volta ao complexo foi calmo e silencioso, apesar de Tony soltar alguns comentários aleatórios e sempre embarcar em uma conversa paralela — a qual Stella prestava atenção raramente. Ela tinha outras coisas na cabeça e essas coisas não envolviam coisas legais. 

Assim que chegaram no complexo, Tony pegou todas as sacolas de compras e parou ao lado do carro esperando Stella tirar Zeppelin do bebê conforto que servia de cadeirinha. Ela não demorou nem um minuto direito. Destravou o cinto do filho, o pegou em seus braços agilmente. Enquanto ele permanecia sonolento. Stella conseguia sentir o olhar de Stark sobre cada movimento que fazia, estava tentando ao máximo agir naturalmente... tentando ao máximo não pensar em todas as probabilidades daquilo dar errado.

Tony segurava todas as sacolas nas duas mãos — devia ter doze ou mais. Em uma tentativa em mover seus pensamentos para outra coisa, Stella segurou o filho em seu braço direito e estendeu a mão esquerda para o marido, para pegar algumas das sacolas também. Só que em questão de segundos Tony mudou todas as doze sacolas para a mão esquerda e estendeu sua mão direita, pegando na mão livre de sua garota.

— Não era bem isso que...

— O que? — empurrou a porta de trás com o pé, voltando a atenção a sua mulher.

Stella tinha muitas coisas em mentes, mas Tony com toda certeza tinha mais. Apesar de saber que Banner estava trabalhando no traje e no protótipo, ele ainda se sentia meramente ansioso sobre tudo aquilo que estavam de fato fazendo. Claro que viagem no tempo é algo comentado por vários sites e pessoas absurdamente inteligentes. Mas saber que isso existe, e tentar viajar no tempo são coisas completamente divergentes e Tony sabia disso. No momento em que Stella tocou naquele assunto dentro do supermercado soube o que estava por vim, não era uma briga ou uma tempestade... Para falar a verdade existia poucas coisas que faziam Tony temer alguma coisa, e a coisa que estava em primeiro lugar era Stella. Não a temia por causa de seu dom, nem nada parecido. Tony temia a si mesmo, temia o que poderia causar a mulher que tanto amava, temia qualquer tipo de coisa que a pudesse machucar. Ele sabia que nunca fora uma pessoa decente, para falar a verdade estavam bem longe disso. Havia falhado milhares de vezes com Stella, a colocado em perigo, traído sua confiança... Foram milhares de coisas que serviram para ele temer tanto assim ela. Nos últimos dois anos não teve uma vez sequer que Tony ousou ir contra a palavra dela, sem contar as vezes que eram brincadeiras de duplo sentido, ele nunca de fato pensou em magoá-la, pois sabia que a dor que ela sentia sobre a perda de Peter era muito maior do que demonstrava. 

Antes de Stella não existia algo por qual Tony era extremamente grato. Ele amava ser o Homem de Ferro, salvar pessoas e esse tipo de coisa. Amava tudo que o dinheiro podia comprar... mas, Stella jamais fez parte de algo assim. Era difícil colocar em palavras a maneira que aquela garota vinte anos mais nova, havia mudado tudo dentro dele. Desde a primeira vez em que bateu seus olhos no corpo dela desacordado naquela base da Hidra, desde esse primeiro momento, alguma coisa dentro de seu corpo já sabia que aquela garota um dia seria a razão da sua existência. E não poderia estar tão certo.

Existia poucas coisas que deixava o complexo extremamente barulhento, e a viagem no tempo certamente era a principal. Tinha uma confusão de intelecto acontecendo em cada parte daquele ambiente, a oficina onde Bruce e Tony preparavam a base principal da viagem era onde mais havia movimentação. Algumas vezes Stella ainda perdia o olhar sobre Bruce/Hulk e deixava as milhares de perguntas rondarem sua mente. Quando o casal entrou com as compras no complexo, Clint já havia chegado. Stella correu tanto na direção do amigo que sentiu que suas pernas fossem falhar a qualquer momento, o abraçou com muita força, tentando não chorar mais uma vez.

Era difícil imaginar o que Clint estava passando, toda sua família havia virado poeira — e ele estava sozinho desde então. Isso fez com que Stella relutasse novamente aqueles pensamentos ruins que lhe acarretaram quando encontrou Thor. O que teria sido dela se não estivesse grávida de Zeppelin quando tudo aconteceu? Será que teria conseguido superar, ou teria deixado a depressão tomar conta de todo seu ser? 

Continha uma base enorme no meio da oficina — elevada a dez centímetros do chão, totalmente circular. Havia seis propulsores altos, exalando luz avermelhada. E no meio da base estava Clint, usando o traje especial de viagem no tempo, prontinho para o teste. Stella estava sentada no chão com as costas escorada na parede acinzentada, com o filho sentado a sua frente brincando com os blocos de montar que Tony havia comprado. Natasha estava ao seu lado, observando a cópia perfeita do casal, e de olho no amigo lá em cima.

— Ok Clint. — Bruce falou, ao seu lado Steve, Scott, Rocket e Rhodey prestavam atenção — Em três, dois, um.

Um buraco enorme abriu abaixo dos pés do arqueiro, e no momento seguinte um pequeno flash ocorreu diante os olhos de todos e o corpo de Clint apareceu ajoelhado com as mãos apoiando todo seu corpo. Stella e Natasha se levantaram em um sobressalto, correndo para dentro da base.

— Ei, ei, ei, ei, — a ruiva ajudou o amigo a se levantar, colocando as duas mãos ao redor de seu rosto — Tá tudo bem?

— Ahm, — pareceu meio atordoado olhando a sua volta — tá, tá. Deu certo... deu certo. — jogou uma bola de beisebol nas mãos de Stark.

Naquele instante Stella sentiu uma coisa dentro de si borbulhar, queimar suas veias... Como se quisesse lhe alertar de alguma coisa. Seus olhos pareceram perder o foco, mas caminhou sem notar até estar novamente com o filho por perto. Era aquilo, a coisa a qual tinha tanto receio era de fato funcionar de verdade

Demorou alguns minutos para que Stella parecesse voltar a si. Tony e os outros pareciam estar mais eufóricos que nunca, animados com o acerto. Natasha notou perfeitamente a maneira que a amiga pareceu se abalar com aquilo, mas fingiu não perceber. 

Quando a noite fora caindo, Stella finalmente se deu conta do por quê estava tão para baixo daquela maneira. Pepper havia chegado para salvar Zeppelin daquele tumulto de super heróis. Ela nunca havia ficado longe do filho, para falar a verdade não imaginava que Pepper fosse aceitar — afinal ela também tinha uma vida e uma filha para cuidar. Mesmo assim, ela aceitou. De fato Potts sempre teve um carinho enorme pelo pequeno Stark, desde que ele nascera. Todavia, Stella não conseguia se conter, suas lágrimas ardiam seus olhos em uma de suas tentativas em as segurar. Não sabia como o bebê reagiria nos próximos dias sem os pais.

— Eu não acho que seja uma boa ideia. — soltou para o marido, enquanto pegava as duas malas de roupa do filho — Ele não vai acostumar.

Amor, relaxa. Você vai sentir mais falta dele, do que ele de você.

Stella abriu a boca em um O, franzindo o nariz. A joia borbulhou sobre suas veias, a raiva acompanhada de irritação veio a tona e Tony pareceu se dar conta disso.

— Não, não foi isso que quis dizer... você entendeu. — ele gesticulou pacientemente — Eu só... acho que seja mais seguro para ele.

É...

Entendia o lado de Tony, mesmo assim isso não lhe impedia de ficar brava com ele. Seu coração estava acelerado, as palmas de suas mãos suavam, e suas bochechas queimavam. Os dois deram um beijo na testa do filho — Stella escreveu em um papel detalhe por detalhe coisas sobre ele — e depois observaram Pepper e seu marido levarem o pequeno Zeppelin, que já havia adormecido minutos antes. Ficou um pouco chateada ao perceber que o bebê nem chorara quando fora tirado de seus braços, apesar de estar adormecido.

Estava com raiva, magoada e sensível. Fazia muito tempo em que um misto de sentimentos tão grande havia tomado conta de seu corpo... isso sempre fora uma reação da joia em seu corpo, e saber que suas emoções estavam descontroladas só confirmavam o que ela já sabia — estava aterrorizada.

Mesmo sentindo tudo a sua volta desmoronar sobre sua cabeça em silêncio, Stella fez o máximo para seguir para dentro do complexo, sentar a bunda na cadeira e esperar a reuniãozinha começar. Ainda sentia um misto de mágoa e irritação com Tony, por ter tirado seu filho dali.

— Ok, então como funciona. Agora temos que descobrir quando, e onde. — Steve começou a explicação, ao mesmo tempo em que aparecia imagens perfeitamente detalhadas de cada uma das joias — A maioria das pessoas dessa sala já encontrou pelo menos uma das seis joias do infinito.

— Ou substituam a palavra encontrou, por quase foi morto por uma das seis joias do infinito. — Tony usava óculos, gesticulava com uma mão, enquanto segurava um copo de café em outra.

Stella bufou, sentindo o início de uma dor de cabeça. Sentiu os olhos de Natasha lhe observar por alguns segundos.

— Eu não. — contradisse Scott — Eu nem sei do que vocês estão falando, na boa.

— Independente disso, só temos partículas o suficiente para uma viagem cada. E essas joias estiveram em vários locais diferentes por toda história.

— Nossa história. Então, não temos pontos convenientes para saltarmos. — Tony avaliou, dando outro gole no copo em suas mãos.

— Significa que temos que escolher nossos alvos. — comentou Stella, fitando o chão.

— Correto. — Tony apontou para ela, sendo completamente ignorado.

— Então, vamos começar com Éter. — Steve apresentou o plano — Thor, é contigo.

O loiro recebeu a atenção de todos os presentes na sala, estava sentado no fundo com uma roupa extremamente suja, óculos escuros, segurando uma latinha de cerveja, e com a mão na própria barriga. Podia ser facilmente confundido com um mendigo.

— Ele tá dormindo? — Nath quis saber.

— Não tá não. Tenho quase certeza que ele morreu. — Rhodey insinuou.

Então o Deus do Trovão se levando, se posicionando na frente da galera — como se fosse começar uma grande palestra. Stella se acomodou mais na cadeira, olhando de relance para seu celular na esperança de Pepper ter mandado mensagem avisando que tinham chegado.

— Então, — tirou os óculos escuro — por onde começo. O Éter. — limpou a garganta — Primeiro não é uma joia, alguém tinha chamado de joia antes. — apontou para Steve — Está mais pra um tipo de lama raivosa, mais ou menos. Então, as pessoas tem que compreender e acertar o nome. Mas, tem uma história interessante sobre o Éter, meu avô muitos anos atrás teve que esconder as joias dos elfos negros. Huuu, he-he-he.

Stella olhou de relance o marido colocar um pirulito na boca, prestando totalmente atenção. Por pequenas frações de segundo, ficou chateada por ele não te dar um pirulito também. Se controla, pensou. Para de deixar a joia controlar suas emoções.

— Assustadores. Aí a Jane, na verdade, — as imagens da mulher apareceu na tela — olha a Jane aí. É a Jane era, era, era uma antiga paixão minha. Ah, ela meteu a mão dentro de uma rocha uma vez e... o Éter se enfiou dentro dela. E ela ficou muito, muito doente, então eu tive que leva-la pra Asgard que é de onde eu vim, e tentamos consertá-la. Estávamos namorando na época, sabe? E eu tive que apresentá-la a minha, minha mãe. Que foi assassinada... ahm, sabe como é, né. Eu e a Jane não estamos mais namorando, então... Essas coisas acontecem, né. Nada dura pra sempre, a única coisa é que...

— Senta lá, filho, senta. — Tony interrompeu toda a palestra de Thor, o tocando no braço.

— Ah, eu não acabei ainda. A única coisa que é permanente na vida é a impermanência. 

— Que bom. — Tony deu duas palmadas falsas — Pizza? Jantar?

— Não, eu queria um blood mary

Depois de Thor todos deram uma pausa para o jantar, estavam esgotados de tanto trabalhar. Natasha se sentou ao lado de Stella, Steve ao lado da ruiva e Tony ao lado da esposa. Haviam pedido comida chinesa, daquelas que vem em caixinha. Stella continuava para baixo, e o pior era que Stark não parecia perceber ou apenas fingia muito bem. Típico

— O Quill disse que roubou a joia do poder de Morag. — a vez de Rocket soou no ambiente. Ele ficou em pé no meio da mesa, explicando para Scott.

— Isso é uma pessoa?

— Não, Morag é um planeta. Quill era uma pessoa. — Rocket explicou.

— Tipo, um planeta? Lá no meio do espaço? — Scott perguntou de boca cheia.

Ah, olha. Parece um cachorrinho, todo feliz, — tocou nos cabelos de Lang, fazendo carinho — olha só. Quer ir pro espaço? Quer ir pro espaço cachorrinho? Eu te levo pro espaço.

Stella terminou de comer o seu macarrão em silêncio, se levantou da mesa e seguiu para o quarto. Mil e um pensamentos acarretavam em sua cabeça. Ela queria trazer Peter de volta com todas as suas forças, mas também não queria arriscar mais nenhuma daquelas pessoas. Era uma decisão, um peso extremamente pesado sobre seus ombros. Sabia o que aquela viagem no tempo significava para todos ali, tinha total certeza disso. 

— Então, uma festa do pijama ou algo do tipo? Não sei como essas coisas funcionam. — Natasha adentrou o quarto, fazendo Stella tomar um susto — Trouxe sorvete.

A ruiva se acomodou ao lado da cama na qual Stella estava sentada, e entregou o pote e uma colher nas mãos dela.

— Não devia estar lá com eles? Estudando? 

Nham, — Natasha franziu o nariz com graça — amanhã continuamos.

Natasha era sua melhor amiga, hoje em dia tinha total certeza sobre isso. Era como se a Romanoff sempre soubesse o que ela estava passando, como se lesse seus pensamentos.

— Tá preocupada, né?

— Bem óbvio. — Stella forçou um sorriso, pegando a primeira colherada do pote de sorvete de menta.

— Também estou. Mas, tento me forçar a acreditar que isso é bem melhor do que não revidar. Em partes.

— O que tá rolando? Sobre... não sei explicar. Eu vejo no olhar de todos vocês, o medo, o brilho apagado, a tristeza. Mas, — Stella franziu a boca, sentindo os olhos se encherem de lágrimas — eu sei que...

— Stella, — Nat tocou em seu ombro — uma parte de cada um de nós morreu naquele dia. Então, está tudo bem nós sentirmos assim... Mas o fato de estarmos aqui tentando consertar, diz muita coisa.

— A última vez que você me olhou assim foi na casa dos Bartons, e você estava de rolo com o... Ah, meu Deus, você e o Bruce? Ele daquele jeito? Como isso...

— Não, não, aquilo foi só flertes. — desconversou — É que me sinto extremamente culpada por me sentir um pouco feliz, depois de tudo que aconteceu. Não quero ter que sentir isso, é complicado e estressante. E coisas que envolvem o sentimento de outra pessoa, pra mim é difícil de lidar. Por quê querendo ou não essa não é a minha vida, acho que nunca foi de fato...

Stella franziu o nariz e boca ao mesmo tempo, tentando não chorar, mas foi em vão. Ela se debruçou sobre a amiga, a abraçando totalmente.

— Você tá apaixonada, você tá apaixonada. É claro que merece ser feliz Natasha, você entre todas as pessoas é a que mais merece ser feliz. — berrou entusiasmada, com os braços apertando a amiga — É o Scott? Por quê ele é bem tapado e...

— Rogers.

— {...} acho que ele tem uns neurônios a menos mas... — Stella parou de falar, olhando para a ruiva com as pupilas de seus olhos azuis totalmente dilatadas — O Steve? — perguntou incrédula — O Steve? O Capitão América? O Steve que deve tomar banho de roupa? O STEVE, NATASHA? PUTA QUE ME PARIU.

Stella começou berrar aos gritos, pulando na cama e falando palavras desconexas. Se desconectando totalmente de seus pensamentos pessimistas.

— Eu sei. — a ruiva apertou os dois dedos indicadores no ouvido para oprimir os gritinhos histéricos da amiga — Não vou tentar nada, e ele é bem sonso com esse tipo de coisa. Acho que com tudo isso de viagem no tempo, pensar na morte e esse tipo de coisa mexeu com a minha cabeça.

Stella finalmente parou sua histeria, se sentou na cama normalmente e respirou fundo, olhando para a amiga. Sentiu que estava bem perto de desmoronar e começar a chorar como uma criança, pois saber dos sentimentos de Natasha e da maneira em que ela não se achava merecedora da felicidade, acabou com Stella.

— Olha, eu levei um bom tempo pra encontrar o Tony. — começou a dizer com a voz embargada, segurando as lágrimas — E levei um tempo maior pra saber que eu o queria, e que ele me queria de volta. Levei um bom tempo para estar casada, para ser sua esposa, e para termos nosso filho. O Tony é tipo... a metade da minha alma, como dizem os poetas.

Stella deu uma pausa, enfiando outra colherada de sorvete na boca. Nem notou a maneira que os olhos de Natasha brilharam ao escutar aquilo, como se estivesse orgulhosa de todo o amadurecimento da amiga.

— O que quero dizer é que tudo tem um propósito, e que ter sido sequestrada pela Hidra acabou resultando em tudo que mais me fez feliz em meus vinte e nove anos. Eu nunca em toda minha vida imaginei que algum dia teria uma família, você, Steve, Tony, todos vocês me deram uma família, me acolheu, me ajudou, me amou. Eu vou ser eternamente grata. Eu amo você muito, e você merece ser feliz acima de tudo.

Fora a primeira vez que Natasha se deixou chorar na frente de alguém, ela abraçou Stella novamente, aconchegando a amiga perfeitamente em seus braços. Não havia se dado conta até aquele exato momento de como sentia falta de Stella e daqueles papos de garotas que as duas tinham. Elas choraram por alguns minutos, até o barulho da porta sendo aberta quebrasse totalmente o clima.

Stella moveu os olhos vermelhos em direção a porta, encontrando Tony com uma expressão de pasmem. 

— Me desculpa. — ele soltou, no instante em que Natasha deixou o quarto. Stella só fechou os olhos, como se concordasse e se deitou na cama — Não tá chateada comigo, né?!... Sinto que tá, olha o jeito que tá me olhando.

Stella fez que não com a cabeça, apesar de que estava chateada mais cedo — a conversa com Natasha havia a feito esclarecer algumas coisas em sua cabeça. Tony se deitou ao seu lado, apoiando a cabeça em uma das mãos, olhando para sua garota com seus olhos achocolatados transbordando afeto.

— Vem aqui. 

Tony pediu, a puxando rapidamente para seus braços. Os dois estavam sujos, precisando de um banho. Mesmo assim ele enrolou os braços totalmente ao redor do corpo dela, beijando o topo de sua cabeça.

— Prometo que tudo dará certo. —  assegurou, fechando os olhos por alguns segundos, apenas sentindo o calor do corpo da sua mulher.

— Não quero falar mais sobre isso hoje. — Stella murmurou, também mantendo os olhos fechados — Estou extremamente cansada, com sono... Mas, ainda tenho que tomar banho.

— Quer que eu lave seu cabelo?

Capítulo grandinho esse, mas adorei escrever a maneira como eles estão tendo que lidar com o que está para acontecer.

Desculpem pelo atraso, era para ter saído ontem mas perdi muito tempo escrevendo outro capítulo invés de revidar este. Desculpinha.

Falta apenas 5 capítulos para o fim de WAR. Não estou pronta.

Amo vocês, obrigada pelo apoio de sempre.
Saber que vocês estão aqui é o que me forças para continuar.

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