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41 | THE PRIVILEGE OF BEING YOURS

Finalmente chegamos a estréia da nossa terceira parte, eu tinha planejado soltar esse capítulo amanhã. Mas, o que posso fazer se estou sempre ansiosa e essa terceira parte é a minha preferida?

Bom, eu espero de verdade que vocês gostem do caminho que nossos nenês estão tomando, tem uma grande caminhada pela frente.

Fico emocionada de relembrar tudo que eles passaram e tudo que está por vim, de verdade espero que amem.

Gostaria de agradecer a perfeita da A_Jupiter que fez esse banner perfeito essa obra. Estou completamente apaixonada ❤🤧

p.s: o capítulo terá uma música, recomendo escutá-la no momento em que eu dizer para dar o play.

Aproveitem a leitura!

{ O privilégio de ser seu }

EM ALGUM LUGAR LÁ FORA as folhas da primavera já caíam sobre o chão, tornando o clima agradável e bonito. O início de Março já havia se passado, fazendo assim o mês passar correndo para Stella. Era quase como se fosse ontem o dia em que conheceu aquele grupo de heróis — e quase como se fosse ontem também o dia em que tudo foi por água abaixo. Mas não, fazia um pouco mais de quatro meses desde aquela luta sobre o Tratado aconteceu. Por um lado Stella achou que conseguiriam superar aquilo numa boa e mais para frente todos se reuniriam novamente, mas mesmo depois de todos aqueles meses nada disso ainda de fato havia acontecido. De um jeito perfeitamente patético Stella conseguiu superar toda aquela dor acumulada dentro de seu peito, todos os pesadelos, choros e noites sem dormir. Tudo aquilo havia ido embora — em partes por causa de Tony, que transformou todas as coisas de ruim em algo bom.

Quatro meses foram o bastante para que Stella aceitasse de fato o poder daquela joia e tudo que ela lhe proporcionava, sendo assim a garota conseguia lidar com seu dom mais fácil do que antes. De alguma forma estranha aquilo lhe deixava levemente tranquila, pois sentia que poderia se defender e defender todos que amava. Mesmo assim, ela não deveria estar ali no Ginásio — por isso quando o barulho da porta ecoou pelo ambiente, ela olhou assustada na direção.

— Stella, eu vou te matar sinceramente. — Natasha bufou demonstrando sua total indignação.

A mais nova sorriu, vendo a ruiva entrar no ambiente. Os carpetes macios da arena era perfeito para o combate de corpo a corpo, adorava passar seu tempo ali sozinha — enquanto pensava e sentia falta de alguns de seus amigos, principalmente Steve.

— Olha, — fez uma pausa dramática, desatando as luvas de box — pra minha defesa o Peter me arrastou. Sou totalmente inocente. 

— Mentirosa. — o menino apareceu com uma garrafinha de água em mãos — Eu te disse pra parar e descansar, já que...

— Amanhã é seu dia. — Stella e Natasha repetiram em uníssono, fazendo a loira revirar os olhos — Será que dá pra parar? Eu vou me casar, não tô doente. Só preciso de um tempo sozinha, tá uma correria lá fora. Tem arranjos pra um lado, tapete pro outro, vestidos, pessoas me procurando. Sério, é frustante.

— Frustante é o que define seu relacionamento com o Tony desde o inicio. Já era pra tá acostumada. — a ruiva brincou, recebendo uma risada fraca de Peter.

— Se querem saber, os dois, — apontou em um vai e vem — são o que tá me frustando no momento.

— Vai tomar logo um banho e se arrumar, sete horas estamos saindo. — Natasha jogou a luva de box na garota, recebendo um olhar mortal em resposta.

— Tá, tá. 

Então Stella colocou mais uma vez as luvas de boxes, querendo ficar por ali mais alguns minutos antes da vida real acontecer novamente. Poderia até parecer que ela estava fugindo ou coisa parecida, mas na verdade tanta coisa boa estava acontecendo que isso a deixava com medo de que tudo aquilo ali não se passasse de um sonho. Já que toda sua vida tinha sido exatamente daquela maneira, as coisas boas vinham mas não duravam tanto tempo assim. Ela ficou mais quinze minutos dando socos no saco de areia e depois tentando acertar o rosto do garoto Parker, mesmo assim seus pensamentos melancólicos com medo do que fosse acontecer no dia seguinte ainda era frequente. 

Quando deu sete horas da noite ela já estava de banho tomado, se olhando de frente para o espelho de seu quarto. O complexo era o mais perto de uma casa que já tivera, mesmo assim tinha uma coisa ali naquele lugar que depois que os Vingadores se dissiparam — que sempre a deixava triste e com receio. Como se um espaço em branco estivesse sempre piscando indicando que nada nunca estaria completo se todos eles não estivessem novamente juntos. Stella escolheu um vestido justo preto, o mesmo que usara naquela noite da festa na casa de Stark. Aquele era um de seus vestidos preferidos e uma de suas lembranças também. Ela sorriu com sua imagem no espelho, havia crescido tanto no último ano que nem parecia aquela garotinha que crescera no orfanato... estava a menos de vinte e quatro horas de se tornar uma mulher casada.

O rangido da porta sendo aberta dispersou seus próprios pensamentos, vendo atrás de si pelo reflexo do espelho o homem cujo seu coração pertencia. Tony adentrou o quarto, fechando a porta atrás de si — olhando para Stella com olhinhos cheios de alguma coisa. Ele estava bonito, afinal quando não estava? O cabelo um pouco grande fazendo com que algumas pontas se enrolassem, a barba totalmente feita. Uma blusa preta com detalhes cinzas no ombro, calça escura e tênis que Stella não fazia questão de saber a marca. Ele deu passos longos até a abraçar por trás, vendo o reflexo dos dois no espelho. 

Stella se virou — ficando de costas para o espelho — e frente a Tony, deu um selinho nos lábios úmidos dele. Sentindo as mãos firmes lhe segurar pela cintura.

— Só tô vendo se tá com um pé atrás. — ele sussurrou, a beijando novamente. Abraçando o corpo dela da mesma maneira que sempre fizera nos últimos meses.

Stella ergueu os olhos com um sorriso sapeca neles. Amava o fato de Tony sempre se importar demais, agora conseguia lidar com isso de um jeito melhor. Mesmo assim, Stella sabia melhor do que ninguém que Stark tinha algumas inseguranças e o casamento era algumas delas. Não que ele não quisesse se casar com ela, afinal ele mesmo havia pedido. Mas de algum jeito, Tony tinha medo de que não fosse aquilo que ela queria. Mas, ela franziu o nariz mantendo a feição alegre no rosto.

— Eu tô com eles bem pra frente. — entrelaçou os dedos de ambos, sentindo a pele quente dele sobre a sua.

— Você com esse vestido... — beijou o pescoço descoberto dela — faz parecer que fui sequestrado por uma modelo.

— Você e suas cantadas de bar. — Stella riu, se arrepiando ao toque áspero de suas mãos.

— Bom, — Tony a beijou, aprofundando o beijo, sentindo a língua dela dentro de sua boca — se eu não sair daqui... — a beijou novamente — estou literalmente bem perto de te prender contra a parede. 

— Stark, Stark. — ela arfou, afastando o corpo dele com sua maior força possível. Afinal era impossível resistir a aquele homem — Agorinha a Nat vai... — batidas na porta, quase como um esmurro — tá vendo? — riu consigo mesma.

Tony roubou outro selinho, verificando se sua pequena ereção já tinha passado. Se afastando dela, indo sair do quarto. Mas antes de abrir a porta ele se virou com um sorriso amarelo nos lábios, querendo correr até ela mais uma vez e a beijar.

— Te vejo no altar. 

— Eu vou ser a de branco. — Stella retrucou com as bochechas totalmente vermelhas e uma covinha em cada canto delas.

— Foi bem convincente! — seu sorriso selado deu um vislumbre a suas rugas e marcas de expressões.

Então Tony saiu pela porta, fazendo careta para Natasha que os olhava com certo ódio. 

— Parece um cachorro no cio, não consegue aguentar nenhum dia. — ela provocou ele, recebendo outra cara de desdém em resposta. 

Logo a Viúva Negra já arrastava Stella pelo complexo inteiro, até saírem dele e entrarem no táxi. Se dependesse da futura noiva, ela jamais se submeteria a aquele tipo de situação. Não que odiasse sair e tudo mais — afinal era a sua despedida de solteira. Mas o fato era que ela não conseguia ficar tranquila, seus pensamentos vinham com tanta frequência lhe fazendo calcular todos os meios que poderiam dar errado, era frustante. Uma hora depois o táxi estacionou na porta de um lugar nada conhecido para Stella, e as duas saltaram do automóvel.  

— Não acho que seja uma boa...

Stella deixou a frase morrer quando seus olhos bateram em um rosto conhecido, seu coração acelerou e seus olhos se encheram de lágrimas. Não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, afinal já havia se passado tanto tempo.

— Achou que eu fosse perder? Jamais. — os braços leves de Wanda foram passados ao redor de Stella, em um abraço apertado matando a saudade de meses sem se ver — Achei que já tava na hora de aparecer e colocar ordem nessa bagaça.

— Eu amo vocês. — a noiva abraçou as duas amigas, se animando para a despedida que começaria. 

De fato Stella nunca achou que fosse casar algum dia em sua vida, o jeito em que viveu naquele Orfanato e a maneira que eles implantavam em seu cérebro que não era uma pessoa de valor — fez com que todos os próximos anos dela fossem cheios de inseguranças e dúvidas. O pior disso tudo era quando quase todo o mundo começara a saber da sua existencial um pouco mais — já que o desastre de São Francisco tinha feito muitas pessoas descobrirem quem era Stella Kieran. Mas, agora seu nome estava associado com o de Tony de mil maneiras diferentes. Ela passou noites a fora na internet buscando seu próprio nome vendo as críticas ridículas que todos impunham sobre eles. Coisas do tipo " Tony vai se casar com a garota que matou mais de trezentas pessoas ". Era em partes realmente frustante.

Assim que as três adentraram a boate, logo já estavam tomando posse da pista de dança. Fazia realmente anos que pisara em um lugar como aquele, mas para Natasha parecia ser a coisa mais casual de todo o mundo. As três beberam, comeram, dançaram e fizeram qualquer tipo de desafio de bêbada possível. Stella estava realmente feliz naquela noite após alguns shots de tequila. Esquecera toda a frustração que pairava sobre seu corpo, apenas pensava nas milhões de maneiras em não se deixar vomitar. Podia sentir a boate a sua volta começando a girar, até sentir algo frio tocar em seu ombro. 

Mesmo antes de se virar para ver o que era ou quem era, seu próprio corpo reagiu negativamente a aquele toque gelado. Stella se virou na direção para ver o que era. A iluminação dali não era lá essas coisas, mas fora o suficiente para ela o reconhecer. Suas mãos automaticamente começaram a suar, suas pernas poderiam falhar se perdesse um pouquinho mais de seu auto controle. Aquele perfume enjoativo trouxe todo tipo de lembrança apavorante que a menina um dia achou que tivesse esquecido. Foi preciso que ela se segurasse na borda no balcão, para não ir direto ao chão.

— Stella Kieran. 

As mãos dele automaticamente foram de encontro as dela, as puxando e depositando um beijo molhado sobre a mesma. Stella olhou desesperadamente pro bracelete metalizado em seu pulso, se recordando de que era forte o bastante para se defender caso algo acontecesse. Então ela puxou sua coragem lá do fundo do abismo, respirou fundo e disse.

— Robert. — forçando um sorriso simpático que aprendeu nos últimos tempos.

— Não achei que frequentasse esse tipo de lugar. — os olhos dele percorreram o corpo de Stella de cima a baixo.

A música parecia ruir sobre os ouvidos dela, como se naquele instante ela voltasse no tempo e fosse novamente a época em que era obrigada a tolerar toda aquela merda quando trabalhava com ele. Stella sorriu mais uma vez, virando novamente outro shoot de tequila.

— Não frequento, mas sabe como é despedida de solteira. 

Pode jurar que sentiu algo extremamente estranho naquelas orbitas escuras do homem, mas isso só lhe fez se sentir um pouco melhor sobre si mesma. Afinal, se tinha conseguido superar todo o lixo que aquele homem foi capaz de lhe fazer passar, então era capaz de superar qualquer outro de seus problemas psicológicos. 

— Vai se casar? — a pergunta dele saiu áspera, mesmo assim ele se aproximou um pouco mais dela. Fingindo não escutar direito.

— Sim. 

Suas mãos apertaram uma as outras em um misto confuso cheio de receio. Ela não queria ficar perto daquele homem nem mais um segundo sequer. Foi como se as duas mulheres que estavam lhe acompanhando lesse sua mente, pois no segundo seguinte Natasha e Wanda apareceram arfando por ar e com os cabelos colados no corpo de tanto suor. Elas dançaram para um caralho. 

Stella achou que depois que saísse da boate e voltasse para o complexo esqueceria o efeito ruim que a presença de Robert Watson lhe deixou. Ela pode sentir em seus olhos — e também como se emanasse algo de seu corpo — coisas ruins, sentimentos ruins e lembranças ruins. Tentou se divertir o restante da noite, mas alguma coisa lhe impedia. O medo de fracassar e não ser tudo aquilo que Tony imaginava que ela fosse... quem queria enganar? Estava completamente amedrontada de estragar as coisas, não queria ter que perder Tony... não depois de tudo que passaram. Então quando chegaram no complexo lá pelas duas da manhã, já que no dia seguinte seria obrigada a acordar mais cedo, ela deitou na cama e não conseguiu dormir... não sozinha. Sabia que era apenas algo de seu psicológico, mesmo assim ficou abalada. Se remexendo na cama, virando para um lado e para o outro — ficando suada e inquieta.

Quando a manhã chegou Stella já estava acordada antes das sete. Natasha abriu a porta alarmada avisando a ela que o jato já havia chegado para elas irem até o devido lugar. Mas Stella continuava inquieta, se remexeu na cama mais uma vez finalmente levantando e indo até o banheiro escovar os dentes. Assim que saiu mandou uma mensagem para Tony.

Ela sorriu guardando o celular no bolso da calça e sendo arrastada para fora do complexo junto a Natasha. Não tinha participado tanto de todos os detalhes do casamento como gostaria, cada segundo que podia fugir e se esconder em alguma parte do complexo — assim Stella fazia. A única coisa que tinha decidido por completo era seu vestido e agora que estava próxima o bastante o desespero começara a tomar conta de seu corpo, já que Tony tinha a mania de extrapolar em tudo. O medo de ter um unicórnio soltando arco iris na entrada era grande. Não duvidava nenhum pouco da capacidade dele em coisas desse tipo.

Quando o jato pousou a única coisa que ela conseguia enxergar era verde, árvores e mais árvores rodeando todos os lados. Ela arqueou as sobrancelhas se perguntando se estavam em algum tipo de fazenda, mas Natasha não lhe dava tempo a questionamento, pois já saiu a puxando pelo pulso até que adentrassem a casa de madeira. Ela não conseguiu ver exatamente a bagunça ao seu redor, mas podia ouvir passos apressados correndo para um lado e para o outro. 

— Qual parte do sono de beleza você não entendeu? — Wanda a questionou no exato momento em que sentou a bunda para fazer a maquiagem, as olheiras abaixo de seus olhos eram totalmente visíveis. 

— Talvez a parte de terem me levado para uma boate e enchido meu cu de pinga e estarem batendo desesperadas na minha porta as sete da manhã. 

Não queria ter soado grossa, sabia que o motivo por aquela cara de morta era todos aqueles pequenos surtos na madrugada e a crise existencial lhe apavorando por completo. 

Logo a maquiagem já estava sendo feita em seu rosto. As áreas ao redor dos olhos foram esfumados em um tom escuro, realçando seus olhos azulados. Uma boa camada de rímel foi passada em cada fio possível, já que ela rejeitou os cílios postiços pois aquilo incomodava. Depois foi o penteado, ela jurou que poderia ser algo parecido a algum coque meio despojado. A cabeleireira fez um bom trabalho, finalizando algumas partes com laque para não se desfazer ao decorrer da cerimonia. Por último foi o vestido, naquele momento seu coração começara a desesperar de verdade. A ficha de que aquilo era real e de que daqui para frente algumas coisas mudariam totalmente, fez com que Stella ameaçasse chorar. Em nenhum instante de toda sua vida imaginou que aquilo fosse acontecer algum dia.

— Uau. — a voz de Clint atraiu a atenção das meninas — Você tá...

— Perfeita. — Natasha completou a frase por ele.

Wanda se afastou do vestido junto a Natasha, ambas ficando ao lado de Clint olhando para a imagem daquela noiva.

— Por favor, não me olhem assim. — pediu manhosa, segurando as lágrimas com sua maior força.

Eles sorriram, levemente emocionados. Aquele tipo de coisa não acontecia com frequência naquele vida em que eles viviam... Ela se olhou no espelho, observando o vestido branco e os detalhes em todo seu corpo. Foi naquele momento em que a hora chegou.

— Eu não tô pronta. — alarmou, apertando suas duas mãos uma na outra — E se for um erro?

— Já é um erro você ter se apaixonado pelo Tony, relaxa. — Wanda brincou, percebendo que havia assustado a garota mais — Eu tô brincando. 

— Não quero ir. Não vou ir. — seus pés pararam na entrada da porta, vendo em partes os detalhes do que acontecia lá fora — Não vou entrar sozinha, eu não tenho nem um pai. Meu Deus, por que não pensei nisso antes? Não tenho... não vou.

Seus olhos percorreram o casamento do lado de fora e entendeu perfeitamente o que Stark havia feito ali. Era ao ar livre, entre meio as árvores com detalhes esbranquiçados. Stella nem se deu conta de que as pessoas que estavam ali com você já haviam lhe abandonado e ido correndo para seus próprios lugares, apenas quando buscou uma forma de escapar que viu que ainda tinha alguém ali. Lhe olhando com olhinhos flamejantes de emoção. 

— Não vai entrar sozinha. — a mão quente da ruiva pegou a sua, colocando sobre seu braço do jeito certo. 

Ela olhou com os olhos arregalados para a amiga nunca imaginou que seria ela. Então os convidados se levantaram quando percebeu que Stella já estava ali na porta. Estava na hora, dali em diante não haveria volta.

— Só não me deixa cair... — sussurrou assim que deu o primeiro passo.

— Nunca.

{solta a música}

Então elas deram os primeiros passos e a melodia de Safe and soud da Taylor Swift  — começara a tocar. Se não fosse pelo braço de Natasha segurando o seu, ela provavelmente cairia no chão, pois sentiu suas pernas totalmente bambas. Aqueles foram os segundos mais longo de toda a sua vida, aquele caminho de grama misturada com pétalas brancas pareciam maiores que os corredores do complexo. A calda do vestido se arrastava atrás de si, enquanto seus batimentos cardíacos aumentavam e suas mãos suavam segurando aquele buque de lírios. Então eles passaram pela pequena curva, conseguindo enxergar o final do caminho de pétalas. Um arco de flores branca estava atrás do palco, onde tudo estava.

No momento em que Stella encontrou os olhos de Tony ela soube que não preferia estar em nenhum outro lugar além do que ali... que pela primeira vez era a coisa mais certa em toda sua vida e que sempre estaria disposta a correr para ele quando necessário, igual um clichê barato. Ele vestia um terno preto, embaixo uma blusa social branca e uma gravata preta — suas mãos estavam para trás da costa, e seu sorriso era uma mistura de felicidade com querer sair correndo e chorar. Ele não precisaria dizer que aquele era um dos dias mais felizes de toda a sua vida, que não tinha dinheiro nenhum no mundo que compraria aquele sentimento que ele estava sentindo. Que nos segundos em que via Stella caminhar em sua direção, seu coração pulou feito um doido — e ele soube que jamais existiria tal sentimento como aquele em todo o universo. Ele queria a abraçar e dizer que nunca tentaria quebrar aquilo que construíram, que iria a amar para sempre e que jamais lhe magoaria. Mas, também sabia que não era um conto de fadas e que nada era perfeito... mas naquele momento ele jurou que Stella era a coisa mais perfeita que já havia visto em toda sua vida.

Ela chegou ao altar, sendo entregue pelas mãos de Romanoff — que também tinha um sorriso no rosto e olhos brilhantes de emoção. Então, quando Stella estendeu a mão e seus olhos se encontraram com os de Tony, todas suas dúvidas se dissiparam e converteram-se numa deliciosa certeza. Eles pertenciam um ao outro e, não importava o que a vida os trouxesse, nada poderia mudar esse fato. A felicidade de um estava nas mãos do outro, e nenhum dos dois sentia medo.

Tony segurou as duas mãos pequenas dela dentro das suas, enquanto olhava seu par de olhos favoritos e sorria feito uma criança. O padre começou a dizer o tremendo texto que toda cerimônia continha, enquanto os dois continuavam se olhando gravando cada pequeno detalhe daquele instante. Se antes Stella já achava Tony perfeitamente atraente, ela não saberia dizer em palavras o quão apaixonada estava por aquele homem a sua frente e o quão ele estava cem por cento mais bonito do que antes.

— Você é... bem, — Tony estremeceu, com seus olhinhos curvados transbordando afeto — você não é exatamente o amor da minha vida, porque eu espero te amar por muito mais tempo do que isso. Você foi... — sorriu sem graça — como um sopro de ar fresco. Como se eu estivesse me afogando e você me salvasse. Você é o amor da minha existência, você e somente você. Sabe que não vai ser fácil, nada fácil... — sorriu puxando os cantos da boca para baixo, tentando não se deixar emocionar — mas irei tentar lhe recompensar por todas minhas tentativas e erros pelo resto de minha vida. E além dela. Se tem uma coisa que aprendi depois de todos esses anos, é que nem todo o brilho dos holofotes, nem todas as estrelas do céu serão o bastante se eu... não tiver você comigo. Eu te amo, Stella. Já amo a muito tempo e eu não pretendo parar de amar você. Eu não quero viver sem você, e eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para provar isso, dia após dia. Por você, por nós.

Ela mal deu tempo dele terminar e deu um passo a frente, envolvendo seus braços ao redor do pescoço de Tony e o beijando sem mesmo ser o momento certo. Stella gostaria de pausar aquele instante para sempre, estando nos braços da pessoa que mais amava em toda face da terra — sentindo aquele perfume importado, que nunca iria se esquecer da primeira vez em que o sentiu. Os olhos transbordavam lágrimas, pois não era mais capaz de segurar tamanha emoção. Nos últimos meses havia tentado ao máximo não pensar em como o relacionamento de ambos mudariam, parecia um meio de fugir daquele próximo grande passo. Deve ser por isso que evitou se envolver nos preparativos do casório, pois tinha medo de que tudo mudasse para sempre. Mas estando ali, junta a Tony novamente — ela se deu conta de que o amor que sentia por aquele homem só aumentaria ao longo dos anos.

— Eu te amo, eu te amo, eu te amo. — ela se separou por causa de ar e estralou outro selinho nos lábios úmidos dele.

— Tá bom, pode beijar a noiva! — o padre riu, sendo acompanhado pelos convidados. 

Então eles se beijaram novamente, com mais calma dessa vez — com todo o amor, carinho e afeto transbordado por aquele selo de compromisso. Stella não imaginava que Tony escreveria votos, afinal nem ela mesmo havia escrito um. Aquilo lhe acertou de um jeito, que todo seu coração se transbordou sobre o dele. Ela o amava e admitir isso não lhe causava mais tanto medo como antigamente, ela não tinha mais receios, dúvidas e pesadelos com o que poderia acontecer. Ela o amava, mas por incrível que pareça Tony a amava o triplo. Ele nunca seria capaz de justificar e explicar todos os milhares de motivos que lhe fizeram ser perdidamente apaixonado por ela. Toda aquela tensão, o clima que seu corpo emanava — o coração disparado e suas mãos querendo a tocar o tempo todo — só servia para explicar o quão ele estava apaixonado por ela desde o início.

Logo a festa após a cerimonia se iniciou, as mesas estavam espalhadas pelo salão improvisado. Havia dezenas de velas sobre elas, deixando todo o ambiente totalmente iluminado. As árvores a volta tornava aquele em si o melhor lugar o qual Stella já havia estado antes, não conseguia acreditar que estava completamente casada. Vários rostos conhecidos estavam por ali, mas não tinha mais do que cem pessoas — até nisso Tony havia acertado. Estava calmo e pacífico, uma música suave tocava ao fundo. Os brindes de alguns dos convidados já haviam sido falados, todos eles desejando felicidades ao casal, menos Pepper que desejou para Stella muita sorte e disse que ela iria direto para o céu. A garota achou graça, gostava da mais velha. No meio do salão tinha um bolo de cinco andares, totalmente decorado em pasta americana e flores de glacê. Se pegou pensando em qual momento o cortaria pois dali onde estava ele parecia delicioso.

— Olha, eu acho que vocês dois me devem uma boa grana. — a voz de Natasha a dispersou de seus pensamentos, fazendo com que Stella tomasse novamente um gole de seu champanhe e olhasse para a amiga e Clint — Minha aposta. — explicou como se fosse obvio.

— Eu não apostei nada, vocês dois sim. — ela sorriu, notando o quão amava aquelas pessoas.

— Eu tenho três filhos pra criar, você já tirou quase tudo de mim. — Clint ameaçou Natasha, que deu um gargalhada triunfante. 

Stella preparou uma piada perfeitamente inapropriada para jogar naquele instante, mas foi atrapalhada pelo fotógrafo que pediu para tirar uma foto dos três. Não sabia quantas fotografias havia tirado apenas nas últimas horas, seus olhos até começaram a doer com tantos flashes. Mesmo assim, aquilo não foi suficiente para lhe aborrecer. Logo uma música suave começou a tocar e antes que ela pudesse se dar conta, sua taça de champanhe já havia sido tirada de sua mão e estava novamente no meio da pista de dança — com as mãos de seu marido em sua cintura.

— Sabia que ia armar alguma coisa parecida. — ela especulou, sendo observada pela imensidão achocolatada dos olhos dele.

— Queria te lembrar da vez em que dançamos... — Tony deu um sorriso de lado, segurando a mão direita dela, enquanto sua outra pousava sobre a cintura fina da garota — Você disse que não aceitaria algo comigo, já que dizia saber o que eu queria das mulheres. 

— E eu sabia, você só queria me comer.

Ele a rodopiou pelo salão, mantendo passos simples mas originais. Notando-se que alguns casais também dançavam na pista, enquanto outras pessoas apenas observavam os recém casados.

— Não era lá mentira..., — deu um sorriso malicioso — eu quero te comer pelo resto da minha vida. 

— Você não presta. — ela franziu o nariz segurando o sorriso amarelo nos lábios. Olhando ao redor para ver se ninguém havia ouvido aquele comentário dele.

— Correção, docinho. — ele debochou — Nós não prestamos. — sussurrou a última frase em seu ouvido, recebendo uma reação instantaneamente do corpo dela. — Tenho uma coisa pra você.

— Tony... 

— Xiu. — colocou o indicador nos lábios dela, a impedindo de continuar. 

Logo Tony entrelaçou os dedos nos dela, saindo um pouco ali do salão e indo para a lateral da casa — se afastando das outras pessoas. Ele sabia que aquele dia não seria totalmente completo e perfeito se uma pessoa em específico não estivesse lá, e mesmo que isso lhe doesse até a alma, ele percebeu que faria qualquer coisa para aquela ser a melhor noite da vida de Stella. Não queria que uma parte tão importante como aquela ficasse de fora, afinal de um jeito estranho após esses quatros meses Tony conseguiu entender um pouco melhor as coisas e até chegou a se questionar o que faria se as posições tivessem sido invertidas. Ele não saberia responder, então por isso deixou sua indiferença de lado e fez aquela devida ligação.

Os pés de Stella travaram no lugar quando seus olhos encontraram aquele par azulados lhe olhando com um sorriso discreto. Ela olhou para Tony ao seu lado, recebendo um sorriso alinhado em resposta, como se falasse que estava tudo bem. Então ela soltou sua mão da dele e saiu correndo em direção aquele a qual ela pensava todas as noites se estava vivo ou não. Saber que Tony havia sacrificado algo tão importante como seu orgulho, tinha sido o melhor presente de casamento de todos.

Os braços fortes e pesados foram passados ao redor de sua cintura, lhe rodopiando no ar. A blusa social preta, jeans escuros e um tênis formal. Cheiro de perfume barato, cabelos levemente altos. Barba por fazer — algo completamente inovador, já que o loiro jamais deixava ela crescer. Stella se afastou com lágrimas nos olhos e deu um soco no peito dele, demonstrando sua indignação.

— Idiota... por que não me avisou. — choramingou, limpando os cantos dos olhos para não borrar a maquiagem.

— Ai eu não conseguiria surpreender a minha segunda garota favorita. — Steve sorriu de lado, observando todo o vestido branco e as rendas que contornavam os pulsos e costas de Stella — Eu te devo uma última dança.

Fazia tanto tempo que o homem almejava por ter a presença dela mais uma vez, apenas para ter aquele sentimento transbordante de gratidão novamente. Ele estava tão orgulhoso de todas as barreiras que ela havia superado e do quão forte estava nessa etapa do campeonato. Ela o abraçou mais uma vez, sentindo o coração dele palpitar abaixo do tecido da camisa. Só Deus sabia o quão Stella sentia falta da companhia de Steve e o quão ela desejou que ele estivesse vivo em algum lugar do mundo, e que estivesse bem. Ao fundo Never Enough começou a tocar — como na vez em estavam na festa da casa do Tony. Steve começou a trilhar os passos de dança, fazendo a garota rir a cada movimento.

— Andou treinando? 

— Claro. O que achou que eu estive fazendo todo esse tempo? — se gabou.

Quando o refrão chegou ela não conseguiu segurar as lágrimas por muito mais tempo. Nunca achou que Steve fosse tão importante para ela até aquele momento... — fora ele que esteve ao seu lado em suas noites de pesadelos, quem sempre estava ali para contar. A primeira pessoa acima de tudo que nunca deixou de desacreditar de você.

Stella chorou, não por estar triste e nem arrependida pelo rumo em que as coisas tomaram. Ela chorou pois estava feliz, porra, ela estava muito feliz. Ela amava tanto aquelas pessoas, Tony, Steve, Natasha, Wanda, Clint, Peter e todos os outros. Ela amava tudo que aquelas pessoas sacrificaram para ela, todos os esforços, lutas e escolhas. Tudo e todos sempre estiveram ao seu lado, te apoiando de jeitos e formas diferentes. Ás coisas nunca voltariam a ser como foram um dia, isso todos eles sabiam. Mas saber que eles ainda estavam dispostos a fazer aquela ali ser a melhor noite da vida dela, a fez se dar conta do que uma família de verdade significava. 

Esse é o capítulo que eu mais chorei, não me perguntem o por quê. EU TO MT FELIZ, TA BOM?

Quem pegou todas as referências desse capítulo? Pois foram VÁRIAS.

Do fundo do meu coração espero que tenham gostado da nossa introdução na terceira parte, esse foi um dos meus favoritos. Stella e Tony estão gravados em meu coração, não vou superá-los tão cedo.

Beijão meus nenês, até o próximo capítulo. Não esqueçam de dar a opinião de vocês, os amo ❤

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