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38 | CIVIL WAR - PART THREE

{ Guerra Civil — parte três }

FEITO DE OTÁRIO, VÁRIAS E VÁRIAS VEZES SEGUIDAS. Tony não conseguia acreditar que havia sido tão burro daquela maneira. Sua cabeça girava em um turbilhão de pensamentos abundantes, milhares de sentimentos acertavam seu corpo lhe fazendo fervilhar de raiva. Poderia ter tentando entender e escutar Steve... pelo menos agora, sabia que o Capitão estava certo em algumas partes. O frio da Rússia acertava toda sua armadura — que por sorte lhe protegia de todo o gelo. Stark olhou novamente o mapa em sua tela, onde o sinal piscava indicando que Stella estava ali. Se alguma coisa ruim estiver acontecido, ele não lhe perdoaria nem em um milhão de anos. Assim que adentrou a base subterrânea, ouviu-se barulhos do outro lado. Forçou as portas metálicas a se abrirem, com toda sua concentração e força possível.

A primeira coisa que viu fora Steve abaixado com o escudo lhe protegendo — apenas com a cabeça para cima e, atrás dele o soldado invernal apontava uma arma ao Homem de Ferro. Tony deu alguns passos para dentro, deixando seu rosto reluzente amostra, sem o capacete.

— Tá tão na defensiva. 

Ele olhou para os lados, observando o ambiente com um pouco mais de atenção.

— Foi um longo dia. — Rogers respondeu, caminhando também.

— Descansar soldado, eu não tô aqui atrás de você. — Tony disse com desdém a Bucky.

— Então por quê está aqui?

— Bom, pode ser que sua história não era tão louca. Talvez. — fingiu desinteresse.

Steve arqueou as sobrancelhas por trás da máscara, olhando para Stark com um pouco de dúvida sobre aquilo. 

— Como assim talvez? — o loiro por fim indagou.

— Bom, — o moreno deu de ombros, se encostando no batente da pilastra — o Secretário Ross é agente duplo, Stella está em algum lugar da base e o Médico usou uma máscara para ficar parecido com Barnes.

— É, parece um problemão. 

Tony suspirou, fingindo um sorriso.

— É bom ver você, Tony. 

Por essa o Homem de Ferro definitivamente não esperava, aquilo lhe pegou em cheio. Como o momento em que Stella disse lhe amar... ele não estava preparado para nenhuma daquelas duas ações. Afinal, a quase três horas atrás estava tão imerso em seu ódio por Steve que nem percebera a maneira que os últimos dias havia lhe afetado. Toda sua honra tinha ido por água abaixo, no momento exato em que os Vingadores foram divididos. Ele não estava certo apenas em culpar Rogers por todos os problemas, já que na verdade ele mesmo também era bastante culpado sobre tudo aquilo. Deveria ter tentado entender todos os lados certos... sua cara poderia ser bastante ridicula nesse exato momento, pois era horrível admitir que estava errado. Não fazia nada bem para seu enorme ego. Mesmo assim ele endireitou a postura, fingindo que aquilo não lhe afetou.

— Você também. — ponderou sincero — Ou, dá pra parar com isso aí ô desmemoriado? Tá rolando uma trégua aqui, abaixa isso.

Steve concordou com a cabeça, fazendo assim Bucky abaixar a reta guarda. Logo os três começaram a andar pelo Bunker, o lugar era enorme — vários e vários corredores acinzentados. O pontinho amarelo na tela de Tony continuava piscando, indicando que Stella estava próxima. Ele saiu na frente, com os dois atrás de si — em uma posição de defensiva, pronto para acertar qualquer ameaça eminente que aparecer. 

— Tenho assinaturas de calor. — Tony avisou.

— Quantas?

— Ahm, duas. 

Eles deram mais alguns passos até chegarem em um espaço grande, aberto e escuro. Tony se preparou para usar suas luzes ultra violetas, mas no próximo instante pequenos reatores amarelados de dentro do tanque onde os soldados invernais dormiam, se acendeu — tornando a visão deles um pouco mais fácil de ser diferenciada. Tony usou sua visão raio X rapidamente para tentar encontrar a garota, o campo de calor parecia estar um pouco mais a frente...

— Se serve de conforto eles morreram enquanto dormiam.

A voz conhecida do Secretário ecoou por ali, fazendo com que Tony se sentisse muito mais sobrecarregado.

— Queria saber como consegue dormir levando essa vida de agente duplo. — Stark gracejou cheio de ironia.

Conforme os passos iam adentrando o Bunker, mais fumaças dançavam pelos tanques com os soldados mortos estavam. A cor amarelada era de ser enjoar facilmente. 

— Stark, Stark. Sempre cegos pelo próprio nariz... sabia que seu pai era exatamente assim? Ignorava todos aqueles que iam contra a sua palavra e no final acabava fazendo o que queria, sem pensar no próximo. Um dos motivos por ele não estar aqui hoje conosco... 

A voz dele ficou mais clara, conforme iam se aproximando. A luz central se acendeu e o rosto do Secretário apareceu por trás da câmera reforçada. Em um instinto Capitão arremessou o escudo, que voltou rapidamente para suas mãos — sem causar nenhum misero arranhão. E Tony apontou o reator, também se deixando preparado.

— Por favor Capitão, os soviéticos construíram essa câmera para aguentar a explosão de lançamentos de foguetes UR100.

— Eu consigo atravessar. — Tony retrucou, observando os cálculos novamente em sua tela. 

— Hã, com certeza consegue, Stark. Em um devido tempo. Mas nunca vão saber por quê vieram.

O calor do segundo corpo que provavelmente era Stella, parecia estar ao lado da câmera onde o Secretário estava. Tony, Steve e Bucky continuavam andando em passos lentos, contornando o palco central. Grades cercavam o palco, onde continha alguns dos equipamentos antigos. 

— Matou pessoas em Viena só para nós trazer aqui? — Rogers questionou de prontidão.

— Cadê a Stella? — Tony bravejou impaciente, quase hiperventilando totalmente. 

— Eu não pensei em mais nada, pelos últimos vinte anos. — Ross entoou, assim que Capitão e ficou frente a câmera, o encarando — Eu estudei você, eu segui você. E agora que você está aqui, eu acabo de perceber que tem um pouco de verde no azul dos seus olhos. 

Tony revirou os olhos por dentro da armadura, dando passos apressados para o outro lado da câmera de onde o calor emanava. O ponto amarelo piscava freneticamente, indicando que estava próximo. Ele se aproximou do lado esquerdo do Bunker, tentando enxergar o que tudo aquilo de fato era. Tons esverdeados puxados para o azul contornavam as paredes, peças e os tanques. Foi então que Tony a viu. Ao lado esquerdo da câmera uma sala menor — com parede de vidros e blindagem esverdeada — os olhos azulados de Stella encaravam a armadura. 

Ele se aproximou rapidamente do tanque.

— Se afasta! — gritou a ela. Mas no instante em que o reator atingiu a parede de vidro, aquilo voltou em sua direção quase lhe derrubando por completo.

A boca da garota se mexia, porém Tony não conseguia a ouvir. A prova de som. Os olhos de Stella estavam vermelhos, as sobrancelhas e o nariz franzido. Ele achou que ela poderia estar chorando ou algo parecido, mas não era nada daquilo. Ela estava xingando.

— Eu vou matar alguém! — ela deu um soco no tanque, com os olhos transbordando fúria — Não aguento mais isso, não aguento mais isso. Por que Deus? Por que porra.

Ela berrava eufórica todos os xingamentos existentes na face da terra, dando socos consecutivos contra o vidro — deixando um Tony um tanto quanto alarmado ao se deparar com aquela cena.

Porra, amor, você me deixou apavorado.

Ela não o ouvia, mas era bem óbvio que ele tentava a acalmar de algum jeito.

— Eu vou matar um! — Stella gritou puta da vida.

As costas da mão já estavam machucadas de tanto socar o vidro inquebrável. Tony acionou a conexão com o bracelete dela, conseguindo uma linha direta.

— Para de dar socos, vai quebrar a mão. — ele pediu, tentando manter a calma — Vou te tirar daí. Fica calma. 

— Esse filho da putaaaaaaaa! — deu mais um soco contra o vidro, sentindo o líquido vermelho escorrer por entre seus dedos — E-eu não aguento mais. Não aguento mais.

O corpo da garota pareceu perder as forças, Stella escorregou e bateu com a bunda no chão. Logo o choro veio a tona, ela estava farta daquela vida. Seu peito ardia conforme os soluços saiam. Até então a garota não tinha se dado conta de que Tony estava agachado ao seu lado de fora, o rosto a mostra e algumas palavras saiam de sua boca. O homem tocava o vidro como se quisesse a tocar, porém não conseguia. Mesmo a conexão entre eles dando total liberdade para que Stella o ouvisse com perfeição, ela não conseguia, pois mais uma vez estava entrando em pânico. Só que dessa vez não estava com medo, e sim com ódio. Ela se sentia o centro da catástrofe, tudo estava ligado a si de alguma maneira. Suas mãos apertavam suas duas orelhas, enquanto seu corpo se curvava para frente e para trás. Stella sussurrava coisas que Tony não soube distinguir.

— Amor, você tá tendo outro ataque de pânico. Olha aqui pra mim. Eu tô aqui. 

Suas mãos metalizadas tocavam o vidro do tanque, enquanto ele mesmo tentava não começar a hiperventilar. Sabia que os ataques de pânico de Stella eram terríveis, ela precisava se acalmar e voltar a si. 

— Preciso que você olha pra mim, hein? — pediu novamente, com seu tom de voz embargado. Odiava a ver naquele estado. 

A garota não saiu da sua posição, os joelhos encostado nos peitos e a respiração entre cortada.

— Eu e seu pai eramos colegas de laboratório, Tony. — a voz de Ross, fez com que Stark se levantasse irado — Sempre arranjávamos um jeito de, você sabe, fazer as coisas funcionar do jeito dele. Mas teve um certo dia... que ele encontrou uma coisa surreal. Algo que não nenhum ser humano tinha sido capaz de estudar antes. Bom, — pausa para respirar — Howard era um tremendo canalha, mesmo depois de termos concordado que a joia ficaria sobre nossos domínios ele agiu por contra própria. 

Tony mantinha um olhar frívolo, ouvindo cada palavra ser dita por aquele traidor.

— Ele a levou para casa, dá pra imaginar? Um poder extraterrestre, ele enfiou no bolso como se não fosse nada. E adivinha? Claro que era alguma coisa, e claro que a Hidra ficou sabendo o quanto antes. Howard sumiu por dias, fazendo com que a Hidra fosse atrás de cada um com quem a joia havia feito contato. — Ross sibilou as últimas palavras com raiva — Todos que eu conhecia morreram. Todos do laboratório, minha família. Seu pai matou todos, com sua ignorância. Todos que eu conhecia... e agora, vocês também vão perder. Um império derrubado por seus inimigos pode se reerguer. Mas o que desmorona de dentro pra fora... esse não. Cai de vez.

Os batimentos cardíacos de Tony estavam extrapolados. Ele não tinha culpa nenhuma em tudo que seu pai havia feito... mas é claro que herdaria aquilo. Ross apertou o play em uma pequena tela do computador, iniciando uma filmagem. Se Tony não estivesse de armadura, poderia ter se deixado falhar — pois por incrível que pareça suas pernas ficaram bambas assim que reconheceu aquela estradinha rural. Ele olhou para Steve como se tentasse entender alguma coisa, mas Rogers também parecia petrificado no mesmo lugar.

— O que é isso? — sua voz saiu alterada. Sem mover os olhos da pequena tela do computador.

Dezesseis de dezembro de 1994, um mês após a festa no orfanato. Ele sabia o que ia acontecer naquela filmagem, mesmo assim não moveu seus olhos e assistiu pela trigésima vez o carro acertar a árvore. Porra, Tony sabia tudo que acontecia naquelas gravações de cor. Já que quando seus pais se foram, ele ficava dando play e replay vinte e quatro horas por dia tentando compreender alguma coisa. Toda a frente do carro fora amassada, o impacto havia sido forte. Só que diferente da gravação que sempre vira, tinha algo novo — uma moto estacionou ao lado do carro. Tony sentiu os olhos de Rogers buscarem os seus, em um misto que ele não soube distinguir. Seus batimentos cardíacos podiam ser ouvidos da China, seu corpo inteiro subia a adrenalina. Seu pai desceu do carro se arrastando pelo chão, pedindo ajuda ao motoqueiro. Só que o soldado segurou a cabeça de Howard pelos cabelos esbranquiçados. Howard. Ouviu a voz de sua mãe, Maria, chamando pelo seu pai.

Tony levantou os olhos para Bucky, sentindo todo seu corpo pender para o inacreditável. 

Howard. 

Sua mãe clamou por seu pai mais uma vez. 

Um soco, dois, três, quatro, cinco. E o corpo do Stark mais velho estava caído morto no chão. Tony fechou os olhos, respirando fundo. O soldado invernal arrastou o corpo de Howard o colocando novamente no banco do motorista. As pupilas de Tony estavam dilatadas, seus olhos arregalados. Bucky dera a volta no carro, estrangulando sua mãe. O soldado terminou o trabalho, caminhando em direção a câmera de vídeo — dando um tiro a destruindo.

Assim que a gravação terminou, levou alguns segundos para Tony voltar a si. Deu um passo na direção de Bucky.

— Não, Tony. — Steve o segurou — Tony.

O coração acelerado, o rosto em choque. Tony se virou para Steve, olhando para baixo — tentando não entrar em pânico. Os olhos achocolatados do moreno transbordavam algo que Rogers nunca havia visto antes, ele estava completamente destruído pela verdade. Tony tomou a respirar fundo duas vezes seguidas, antes de voltar a sã consciência. 

— Você sabia? — questionou.

— Não sabia que tinha sido ele.

— Não vem de enrolação pra mim, Rogers. Você sabia? — os dentes cerrados, as pupilas dilatadas, as veias estouradas. Tony estava no abismo.

Steve abriu e fechou a boca para responder três vezes seguidas. 

— Sim. 

Tony deu um passo para trás, com a boca entre aberta. Abaixou a cabeça, respirando fundo novamente. No segundo seguinte seu soco acertou em cheio o rosto de Rogers. O capacete da armadura fora fechado, desviando do tiro de Bucky. O corpo do Capitão rodopiou no ar, caindo no chão gelado do Bunker. O Homem de Ferro começara a bater no soldado invernal, se deixando sucumbir por toda sua raiva. Ele voou com o corpo de Bucky até o outro lado do ambiente, derrubando o soldado no chão com uma força brutal. Seu reator da mão estava no rosto do soldado, pronto para o matar — mas o escudo de Steve acertou a armadura. Fazendo-o errar.

Rogers correu em direção a Stark, usando o escudo como seu meio de defesa. Empurrando para longe a armadura reluzente do homem. Tony deslizou pelo chão, acertando Steve com uma força descomunal. Prendendo as duas pernas do homem, em um novo protótipo que havia feito. Logo sua briga com Bucky voltara a ativa, só que o soldado era um bom lutador. Usou sua força no braço de metal, para quebrar o reator da mão direita de Tony. 

Homem de Ferro acionou as micro bombas de seu ombro, para acertar o rosto de James. Mas, com destreza Bucky as empurrou — fazendo com que elas acertassem um dos tanques.

— Não era ele, Tony. A Hidra controlava a mente dele. — Steve explicou ofegante, desviando dos pedaços de metais que caiam no chão por conta da explosão.

— Prove. — bravejou irritado. 

A abertura do teto do Bunker começou a ser aberta, fazendo com que o soldado invernal se preparasse para fugir. No instante em que Tony levantou voou para ir atrás dele, as mãos de Steve foram postas ao redor de sua bota de metal — o loiro acertou o escudo até quebrar o meio de locomoção de Stark. Mesmo assim, Tony não se deu por vencido. Conseguiu se soltar das mãos de Steve, se preparando para acertar o reator bem na cara de Bucky. Só não esperava que o Capitão fosse pular na frente, os protegendo com o escudo — fazendo o reator voltar para a armadura, derrubando Tony no chão. 

Ele tentou erguer voou novamente e até conseguiu. Mas, Rogers pulou na armadura fazendo com que ambos caíssem lá embaixo mais uma vez. Tony se levantou com destreza, mirando em Bucky que subia os Bunker para sair — conseguindo destruir a passagem solar, fazendo o soldado cair lá em baixo mais uma vez. Ele sobrevoou até James, segurando o corpo dele em um mata leão o puxando para baixo. Steve pulou mais uma vez na armadura, fazendo com que os três despencassem de uma vez e caíssem bem na frente do tanque onde Stella estava.

— Ei. — a menina deu um tapa no vidro tentando chamar a atenção dos amigos — Gente...

Seu ataque de pânico havia se dissipado, por incrível que pareça ela tinha conseguido se controlar sozinha. Mas a imagem que se surgiu na frente de seus olhos, fez com que Stella começasse a surtar. 

— Isso não vai mudar o que aconteceu. — o loiro apontou para Tony.

— Eu não ligo. Ele matou minha mãe.

Então Tony voou para cima de Steve, o socando no rosto. Fazendo Stella fechar os olhos diante aquela cena. A conexão entre o bracelete e a armadura ainda estava ativa, ela conseguia ouvir o barulho do corpo das duas pessoas que amava se chocando uma contra a outra. Eles estavam em uma luta de socos, depois Rogers tentou dar um mata leão em Tony — que conseguiu sair com facilidade. Logo ele inverteu as posições, prendendo o corpo do loiro abaixo de si, enquanto os socos acertavam Steve. 

As coisas aconteciam tão rápido que era impossível a garota acompanhar cada detalhe. Mas, no instante em que Bucky pulou nas costas de Tony enfiando o escudo na armadura, Stella deu um grito de pavor. Stark deslizou pelo chão, pegando Bucky com um soco de direita. Mas, eles eram dois contra um — Steve e James começaram a bater em Tony, que se defendia com perfeição.

— Tony! — Stella gritou, dando mais socos no vidro com esperança de que o homem ouvisse seus chamados.

Eles o derrubaram de joelhos, mesmo assim Tony conseguiu acertar Steve bem no meio do peito. Se virando totalmente para acabar com o soldado invernal de uma vez, os socos eram pesados e precisos. Nem Bucky, nem Tony eram fracos. O Homem de Ferro apontou o reator para o acertar mais uma vez, só que o braço metalizado do soldado lhe segurou novamente. Conseguindo empurrar a armadura contra a parede. Steve tentava se reerguer do chão. Bucky tentava arrancar o reator do peito de Stark. Tony tentava matar o soldado. 

Nos próximos anos que se passariam, Stella jamais esqueceria aquela cena. A armadura sendo destruída nas mãos de Bucky daquela maneira, o grito de guerra que escapava pela garganta do soldado. Ela presa sem poder ajudar... mas, então Tony acionou o reator acertando em cheio o braço de metal de Bucky, o derrubando longe. Stella soltou um suspiro de alivio, que mais cedo ou tarde iria pesar em sua memoria. O braço do soldado fora arrancado, Tony acertou outra rajada do reator nas costas do homem. Só que Steve correu em sua direção se protegendo com o escudo, do reator de Tony. A luz que estralou quando os dois se juntaram, fez com que Stella fechasse os olhos com tamanha claridade. 

Os socos de Steve eram pesados e fortes, ele usava o escudo para martelar a armadura de Tony. Ele estava encurralado na parede. Em sua tela as gravações dos posicionamentos dos socos do Capitão já havia carregado por completo, fazendo assim Stark conseguir segurar o próximo golpe. Graças a Sexta-feira. Tony acertou novamente o corpo de Rogers, o fazendo voar para longe batendo com as costas na parede. Sobrevoando para cima mais uma vez, o acertando com golpes e logo mais o fazendo ficar de joelhos. O loiro se sentou, com a boca sangrando e mais alguns machucados em sua face.

— Ele é meu amigo. — falou suspirando, recuperando o ar.

— E eu era.

Então ele o socou, tão forte quanto todas as outras vezes anteriores. Três vezes seguidas, o corpo de Steve rodopiou no ar mais uma vez. O Capitão se ergueu, meio tonto. Mas pronto para continuar. O único reator que funcionava da sua mão direita, foi apontado para Steve — mas as mãos de Bucky prenderam seu pé, fazendo o Homem de Ferro se desconcentrar, dando os segundos exatos para que Steve avançasse novamente. Ele pegou a armadura de Tony, o jogando no chão subindo em cima dele — o prendendo.

Esse foi o instante em que Stella caiu na real, se recortando de que ela era mais forte do que todos os três ali. 

— Estou em perigo. — ela gritou sacudindo o bracelete a frente do seu rosto — Extrema importância. 

Esperava que aquilo funcionasse, repetiu as duas últimas palavras novamente. 

— Porra, desgraça. — berrou irritada, sentindo as lágrimas prontas para descer — I.M.P.O.R.T.Â.N.C.I.A. 

Então aconteceu, ao mesmo tempo em que Steve socava Tony. Seu corpo inteiro sentiu aquela coisa sendo acoplada a si mesma. No instante em que Rogers pegou o escudo e começou a bater no rosto de Tony — tentando quebrar a armadura e conseguiu, deixando o rosto do moreno a amostra. Stella parou tudo o que estava fazendo. Nem se chegasse a tempo e parasse aquela briga, conseguiria salvar os Vingadores. A prova de que o grupo havia sido destruído estava bem diante a seus olhos, então Steve levantou o escudo para cima — o mais alto que conseguia. Stella sentiu o ar ao redor de seu peito falhar e as pernas ficarem mole. Tony levantou os dois braços para proteger o rosto, mas o escudo foi enfiado no meio de seu peito — quebrando o reator e a armadura.

Ela não sabe dizer como conseguiu abrir aquele tanque e sair pra fora, as coisas a sua volta pareciam estar em câmera lenta. Seus pés não lhe obedeciam, ela caiu no chão três vezes — tentando os alcançar. Estava tonta e sem ar, sua visão estava embaçada e não sabia o motivo — até sentir as lágrimas descendo. Ela parou assim que chegou perto o bastante. Steve levantava o corpo de Bucky, o apoiando.

— O escudo não pertence a você. Você não merece. Meu pai fez esse escudo. — Tony embargou, vociferando. 

O Capitão parou ereto, escutando as palavras de Stark e, jogou o escudo no chão. Seus olhos azuis se esbarram com os de Stella, que olhava para aquilo em choque. A segundos atrás achou que ele fosse matar o Tony. Ele queria dizer alguma coisa, Steve não queria ir embora sem conversar com ela, mas que escolha ele tinha? Conseguia sentir a decepção estampada no rosto da amiga. Então Stella correu, dessa vez sentindo suas pernas firmes o bastante para alcançar alguma coisa. Tony se apoiava nos dois braços, tentando se manter sentado. Ele encostou as costas na parede, ao mesmo tempo em que Stella agachou a sua frente. Toda a lateral esquerda do rosto dele sangrava, o sangue escorria pelas sobrancelhas e desciam pelo traje. Os olhos achocolatados encontraram os seus e pela primeira vez ela sentiu a dor de alguém que amava.

— Não deixa eles escaparem. — ele vociferou, com as mandíbulas trincadas e os olhos arregalados.

Ele sabia que Stella podia segurar Bucky e Steve, então deixou seu desejo de raiva se sucumbir naquele instante. Os olhos azulados da garota buscaram os seus, sem saber o que fazer. Ela não seguraria os amigos, no fundo Tony sabia disso. Então quando ela envolveu os braços ao redor da armadura, sentindo a respiração dele ofegante em seus cabelos — soube naquele momento que os Vingadores estavam quebrados e que nunca seria consertado. Ela ignorou o pedido de Tony, fingindo que não havia escutado, mas seus olhos lhe entregavam.

A felicidade era como um raio, dura como uma respiração e depois cai... quando se alcança o céu a queda é descomunal.

Não existia uma melhor frase para descrever como Stella se sentia naquele instante. Achou que Tony fosse chorar, ou pelo menos dizer mais alguma coisa depois daquelas duas palavras. Mas, ele não disse nada. Apenas ficou ali sentado, sentindo o calor da garota lhe aquecendo. 

Quando a gente joga a toalha? Admite que é uma causa perdida, às vezes, é só isso? Chega um momento em que tudo é demais. Quando ficamos muito cansados para lutar. Então, desistimos. É aí que o trabalho realmente começa. Para encontrar esperança onde parece não haver absolutamente nada. Como eles iriam fazer isso, Stella não sabia. Mas que estava disposta a achar algum significado na vida, isso ela estava. 

Gente, não consigo nem dizer o quanto eu chorei escrevendo esse capítulo. Porra, me destruiu por completo.

Eu amo muito essa cena, pois é tão importante, mas mesmo assim. chorosa.

Espero que tenham gostado, hein?
Amo vocês ❤❤❤

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