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32 | THE ONLY THING I CANNOT LIVE WITHOUT

{ A única coisa a qual não posso viver sem }

SE AFUNDANDO CADA CENTÍMETRO MAIS EM UM BURACO NEGRO. Alguma parte do cérebro de Stella ficava lhe forçando a se recordar de quando as mãos da Hidra foram postas em seu corpo. Antes não havia nenhum indício de recordação daquele dia em específico ela nunca se lembrava do que fazia segundos antes de sumir... mas, justamente agora as coisas pareciam estar entrando em um novo tipo de foco. Como se tivesse chegado a hora para ela finalmente compreender o que havia dentro de si. Vez ou outra ouvia vozes ao seu redor, porém era impossível abrir os olhos — quase como se não conseguisse. Havia alguma coisa ali, alguma pequena coisa que estava escondida em uma parte de suas lembranças... a qual ela não conseguia encontrar. Como se estivesse trancada em um lugar bem fundo... a sete chaves.

Seu braço direito formigava em um lugar especifico, ela tentara coçar só que seu corpo não obedecia seus comandos. Demorou vários minutos, ou pode-se dizer horas — para que Stella conseguisse ter um pouco de noção do lugar a onde estava. No instante em que abriu seus olhos, uma imensidão de luz irradiou seu campo de visão. Foi tão forte que a forçou a os fechar novamente, os abrindo minutos depois. 

Estava mais uma vez em um dos quartos esbranquiçados de uma enfermaria. A coisa que formigava em seu braço, era a agulha enfiada nele. Ela deu uma olhada geral, com o máximo de força que conseguia. Porém sua cabeça insistia em distorcer tudo ao redor, tornando algumas das coisas em um borrão.O quarto estava gelado, como se cada pequena molécula existente no ar arranhasse a pele sensível de Stella. A deixando desconfortável. Ela não havia se dado conta de tudo que havia acontecido ainda, até o momento em que a porta foi aberta e os cabelos ruivos de Natasha adentraram a enfermaria. 

— Como você tá?

A mais velha se aproximou perto o bastante da cama de Stella, colocando o copo cheio de água na cômoda ao lado da luminária. A Viúva Negra trajava uma roupa um tanto formal, como se estivesse se preparando para ir a algum lugar. Demorou alguns segundos para a mais nova a responder.

— Onde eu tô? — sua voz saiu embargada, totalmente seca.

— Estamos de volta ao complexo. Decidimos deixa-lá aqui por enquanto. 

— E os outros? — sua expressão facial não era nada boa.

— Bom, ainda fugitivos. Mas você sabe como eles são, uma hora o encontramos. — Natasha explicou, se sentando na beirada da cama. 

— Nat, — os olhos marejando ao se lembrar da luta do dia anterior — eles estavam tentando fazer a coisa certa. 

— Eu sei. Perfeitamente. — ela tocou o braço da menina, como se quisesse transparecer o quão estava sendo sincera. — Já estamos trabalhando com isso. O importante agora é você se recuperar

Stella sentiu seu peito pesar, tentando ao máximo segurar as lágrimas que queriam descer. A presença de Natasha apenas serviu para a recordar de tudo de ruim que tinha acontecido nos últimos dias... e principalmente sobre ele.

Depois que Romanoff saiu da enfermaria, após dar a medicação de Stella. Ela voltara a dormir, quase como se tivesse dopada. E novamente certas lembranças dançavam sobre eles. Algumas em específicos de quando era mais nova e, vivia no orfanato. Aquele dia da fotografia — 1994 — entrava em lapsos, amostrando detalhes por detalhes. Cada pequena brincadeira que fez naquela tarde, todas as fotos tirada, a primeira vez em que comera pizza... 

Então estava acordada novamente, com a pulsação acelerada e a pele queimando. A luz que emanava do lado de fora da janela, agora já estava escura indicando que a noite já havia chegado. Stella se forçou a sentar na cama, encostando-se no travesseiro fofinho. Soltando um suspiro pesado, sentindo cada osso de seu corpo doer. Uma sensação estranha parecia percorrer toda sua espinha, então ela movimentou seus olhos para o lado direito do quarto e o viu. Parado na porta, intacto — com receio de entrar. 

Os dois sustentaram o olhar por míseros dois minutos inteiros . Até ele dar um passo para dentro, se sentando na cadeira que ficava em frente a cama. Naquele instante para Tony era impossível saber o que se passava na cabeça de Stella, pois as pupilas dilatadas e o olhar de desdém que reinava no rosto dela — o deixava nervoso. Ele cruzou suas duas mãos uma na outra, endireitando a postura. 

Havia sido um sufoco fazer com que o Governo e a S.H.I.E.L.D a deixassem ficar ali novamente, sobre a guarda dele. Ele deveria ter feito isso antes, ter tentado mais antes de tudo de ruim acontecer. Nunca teria palavras o suficiente para descrever o quão despedaçado Tony estava se sentindo naquele momento, era impossível alguém conseguir distinguir a maneira que ele se sentia. Alguma parte dentro de si havia morrido, nunca tinha se sentido desse jeito antes. Antigamente não se importava em decepcionar as pessoas, não quando sabia que estava fazendo algo certo. Mas então por que se sentia quebrado? 

— Veio colocar uma tornozeleira em mim? — a voz dela saiu ríspida. Os olhos presos em cada movimento que ele fazia.

Tony se remexeu desconfortável, sem saber como prosseguir. 

— Me desculpa. 

Acabou por fim dizendo o básico. Sentindo toda aquela tensão do ambiente penetrar sua alma. Stella não continha nenhuma expressão facial, era a primeira vez em que Tony sentia todo o nada que ela proporcionava. Não era aquela a garota que ele conheceu, a que socou seu nariz, levantou o martelo de Thor e dançou com ele. O olhar dela era indecifrável... e por incrível que pareça aquilo lhe doeu muito mais do que um soco que Bucky lhe dera.

— Pelo o que exatamente? — Stella questionou neutra — Por mentir, me enganar, me sequestrar, me trancafiar, espancar o Steve até quase a morte. Me fazer acreditar em suas palavras de merda... pelo o que exatamente, Tony Stark?

— Não foi minha culpa...

— É, mas você fez. — ela bravejou, com o olhar de desdém sobre ele — Você fodeu tudo pra todo mundo. 

— Eles iam te machucar... matar, sei lá mais o que. Eu não pretendia causar tudo aquilo. — Tony gesticulou com as mãos, a testa franzida de raiva e impaciência. Aquele tipo de coisa não acontecia com frequência... ninguém o fazia perder a cabeça apenas com palavras.

Stella ergueu as sobrancelhas, franzindo os lábios em uma expressão sarcástica. Pela primeira vez em toda sua vida, Tony estava com medo do que alguém fosse dizer.

— Eu...

Ela não continuo a frase. Se curvou para a frente, tornando a visão de Tony um pouco difícil da posição em que estava. Então ele soube que ela estava chorando, seus ombros subiam e desciam em um misto acelerado. Tony se levantou da poltrona, ficando em pé ao lado da cama sem saber como agir. O rosto dela ainda continha machucados ganhados na luta do dia anterior, havia um pequeno corte sobre o lábio superior dela. Às lágrimas desciam uma atrás da outra. Tony tocou em seu pulso em uma tentativa falha. Então ela abriu os olhos, totalmente arregalados — foi quando ele se tocou do que de fato havia feito.

— Não me toca. — cuspiu as palavras em meio a soluços. Tony afastou sua mão com cautela, com receio do que ela pudesse fazer — Você escolheu isso... estamos todos em caminhos diferentes agora. Sai daqui.

Então ele deu um passo para trás, os dedos quentes se desgrudaram da pele fria de Stella. Ela não parou de chorar depois de dizer aquilo, como se aquele em si fosse a pior coisa entre todas as outras que ele havia feito. Aquela história de tudo ou nada fez com que Tony perdesse a única coisa que havia tido de verdade. A única pessoa que não havia virado as costas para ele, quem sempre estava lá mesmo sabendo que ele estava errado... e a única coisa que Stark havia feito desde o momento em que a conhecera, foi a decepcionar. Havia a deixado esperando um milhão de vezes, que nem ele mesmo saberia exatamente os motivos... Ultron, São Francisco, o Tratado — tudo aquilo era sua culpa. Super herói uma ova, não conseguia nem salvar uma pessoa. Se sentia uma piada, fraude. Se soubesse que esse tipo de dor era pior do que a física, teria tentando não errar tanto. Mas não é assim que as coisas funcionam, Tony sabia disso. Odiaria ter que a magoar mais uma vez, isso iria lhe destruir. 

Havia se passado algumas horas desde que saiu do quarto onde Stella estava. Não conseguiu continuar lá, com ela chorando daquela maneira. Estava agora sentado na oficina do complexo, esperando pela chamada do Secretário Ross. Pois havia sido proibido de tirar seus pés ali daquele lugar, enquanto eles não encontrassem os fugitivos. Se antes Tony achasse que não poderia piorar, agora estava totalmente ferrado. De alguma forma, quando estava na Alemanha — Clint e Wanda, haviam conseguido driblar Visão — para que eles se juntassem a Steve e os outros. Isso resultou em três andares do complexo completamente destruídos e um Visão chateado, emburrado no próprio quarto.

A única parte boa daquele dia para Stark, era que o garoto Peter estava com eles ali por enquanto — aguardando ser chamado para outra missão. Sem contar de que Natasha explicou detalhes por detalhes de qual era definitivamente o plano de Steve e os outros, impedir que o Médico acionasse os outros soldados invernais. Seria uma catástrofe se tal coisa acontecesse. Era como se a guerra sempre os seguisse não importava o caminho.

Então isso serviu para que Tony — mais uma vez — aprofundasse nos seus projetos e estudos. Ele revirou cada documento que pudesse achar sobre a Hidra, cada pequena pasta em sua interface ele restaurou. Apenas para que pudesse descobrir sobre o que tudo aquilo de fato tratava. Não iria mais ficar no escuro, não daquela jeito. Ele iria fazer dar certo, nem que isso custasse sua vida.

— Senhor, consegui acessar a pasta 94 de Howard Stark. — a voz de sexta-feira o avisou.

Ele deslizou a bunda pela cadeira de rodinhas, digitando sobre o teclado sua senha de acesso. Assim que apertou o play, de primeira achou que fosse mais algumas das gravações avulsas que seu pai fazia sobre os projetos. Porém, diferente das outras filmagens aquela em si estava completamente divergente. O óculos de Howard estava torto, os cabelos desgrenhados e a roupa amarrotada. De algum jeito Tony nunca havia visto seu pai de tal forma antes, aquilo lhe deixou intrigado. Então ele se ajeitou na cadeira, se preparando para ouvir.

Não sei quem vai estar vendo isso... — pausa para respiração, ele estava ofegante — espero que tenhamos mais tempo, mas se isso não acontecer... apenas alguém com a capacidade mental o suficiente para entrar nesse arquivo criptografado... espero que seja você, Tony. Estou torcendo para isso. 

Tony franziu a testa ao ouvir seu nome, em nenhuma vez das gravações anteriores havia sido citado.

Eu... acabei colocando você e sua mãe em risco. Sinto muito por isso, estou tentando consertar as coisas mas não acho que será o bastante... — os olhos fixos na câmera — Eu descobri uma coisa, uma coisa muito forte que nunca foi vista antes... isso acabou colocando pessoas perigosas atrás de nós. Acabei estudando sobre essa coisa em especifico... ela é tão... tão poderosa. É algo tão esplendido que nenhum ser humano jamais colocou as mãos. Eu fui atrás e acabei caindo em um looping atemporal, é surreal. — as pupilas de Howard estavam dilatadas — Tony, você... vai achar isso algum dia talvez, quando virar um adulto... e vai entender o motivo por eu ter feito isso. Você, você... você vai saber quando encontrar. Você é muito novo pra entender agora. Não sei como vai acontecer e nem como, mas quando você encontrar... quando a conhecer, faça as escolhas certas. O único jeito de salvar o mundo está em em suas mãos... faz parte de algo grande... você é o meu maior projeto.

Então a gravação terminou, com escaladas indicando que a fita havia acabado. Tony demorou alguns minutos para assimilar tudo o que havia acabado de assistir. Suas mãos suavam, seu peito estava acelerado. Uma dor aguda se alastrava pela lateral de sua cabeça, iniciando lapsos de dores minimalistas.

Pontadas. Pontadas. Pontadas.

Seu peito começara a arder. Indícios de ataque de pânico, fazia anos em que não tinha aquilo... desde a invasão de Nova Iorque. O ar faltando na sala, lhe sufocando. Sua visão começou a ficar embaçada, sua mãos pressionando a borda da mesa — tentando se segurar. Era o pior momento para aquilo... as coisas não faziam sentindo.

Então o barulho da porta de vidro sendo aberta, chamou sua atenção. 

Os pés descalços, cabelos despenteados. Olhos vermelhos, olheiras abaixo deles. Machucados pelo rosto. Tony se endireitou, retomando o ar a seus pulmões, se erguendo da cadeira com uma velocidade impecável. Como se nem estivesse quase desmaiando segundos atrás. 

A imagem de Stella lhe deixou sem palavras, flashes de lembranças começaram a atacar sua cabeça... a primeira vez em que conversaram de fato, quando ela lhe levou aquele suco verde pedindo desculpas sobre o acidente. A noite em que dançaram na mansão de Watson... o jeito que ela lhe olhava — como se sempre estivesse encantada por ele. O jeito incontrolável que se sentia perto dela, como se não fosse capaz de lhe segurar. Agora de fato sabia o que ela significava. Ele não podia perder aquilo... justamente aquilo. Então Tony limpou a garganta, sustentando o olhar sobre ela.

Stella era a garota mais bonita que já havia visto em toda sua vida, agora tinha total certeza disso. Mesmo ela estando ali, totalmente fodida. Com olheiras enormes abaixo dos olhos e uma feição chateada, para Tony, de uma forma ou de outra sua escolha seria sempre ela. Devia ter descoberto isso antes...

— Tudo mudou depois de Sokovia... — ele cruzou os braços acima do peito, quebrando o silêncio — a gente passou por muita coisa. Depois tudo passa, mas sem explicação. Deuses, alienígenas, outras dimensões. Eu sou só um homem enlatado. — gesticulou, tirando o peso de seus ombros — Eu só não fiquei louco, porque você estava lá. Mesmo depois do tratado, mesmo eu sabendo o que você queria... eu só... eu sinto muito. Mas, eu não consigo dormir, Stella. Se alguma coisa acontecer com você novamente, irei me culpar pelo resto da minha vida... a ameaça é eminente, dia após dia sempre tem alguma coisa nova, você sabe. Eu só... não consigo fazer isso. Eu tô completo, estou tão certo sobre isso... vou sempre fazer de tudo pra proteger a única coisa que agora tenho total certeza de que sou incapaz de viver sem... — pausou, retomando sua respiração normal. Apontou para ela e finalizou a frase — é você.

O silêncio pairou sobre o ar. Tony gesticulando, como se finalmente tirasse um peso de seus ombros e uma Stella sem dizer nada — com a expressão neutra. Como se estivesse em transe. Mas na verdade as palavras dele haviam lhe atingindo em cheio, como um tiro no peito. 

— Você está errada. Nós não estamos em caminhos diferentes. Você é e sempre será o meu caminho. Então, pode me rejeitar se quiser. Mas não ignore meus sentimentos por você.

Eles dizem que o tempo necessário para você se apaixonar por alguém, é de trinta segundos. O tempo necessário para que ela se apaixonasse completamente por Tony Stark foi de trinta segundos. Não havia sido ali naquele instante em que todas aquelas palavras foram jogadas para cima de você... se deu conta de que já fazia um bom tempo que tal absurdo havia acontecido. Isso lhe apavorou em um nível atômico, lhe fazendo dar um passo para trás, recuando.

Se esse homem falasse algo do tipo para mim JURO que não responderia por meus atos.

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