31 | SPONTANEOUS EXPLOSION
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{ Explosão espontânea }
⎊
O ESPAÇO EM QUE STELLA SE ENCONTRAVA ERA APERTADO. O corpo de Bucky pressionava o seu contra a lateral da lata velha em que estava, o soldado tinha ombros largos o que dificultava totalmente ela se sentir confortável ali. Haviam acabado de estacionar o fusca azul em um estacionamento, o que eles estavam esperando acabará de chegar estacionando um conversível — fazendo Steve sair de dentro do automóvel em que estavam.
— Já falei pra parar de me espremer, caralho. — Stella resmungou irritada, mexendo o corpo para os lados.
— Chega pra frente o banco. — Bucky pediu a Sam, que revirou os olhos em resposta irritado com os dois no banco de trás.
A mulher loira desceu do conversível, abrindo o porta malas. Falando alguma coisa para Rogers.
— Não. — Wilson respondeu, não se movimentando em momento nenhum.
— Não gosto dela. — a garota murmurou, prendendo os olhos nos dois que continuavam com o assunto do lado de fora.
— Ela é gata. — os dois homens falaram ao mesmo tempo.
— Ah, nisso vocês concordam né.
Ela murmurou novamente, empurrando com o ombro o corpo de Bucky para o lado mais uma vez. Havia se passado apenas um dia desde que aconteceu a fuga da base, estava tudo um caos. Pelo menos agora eles tinham um plano, chegar antes do que aquele Médico no lugar onde os outros soldados invernais estavam e, acabar com aquilo antes que fossem acionados e ordenados a pegar Stella. Seria fácil demais, a Hidra planejava aquilo a anos. Como ninguém nunca havia se dado conta antes?
Steve se aproximou da mulher, segurando-a pela cintura — a beijando por completo. Ela fez o mesmo, envolveu a mão direita na nuca do Capitão aprofundando o beijo. Eles se separam após alguns segundos, ambos com um sorrisinho no rosto.
Stella, Sam e Bucky mantinham os olhos fixos neles.
Ela se afastou de Steve, o deixando com um sorriso vibrante no rosto. O Capitão olhou para os três dentro do carro, recebendo uma concordância de cabeça dos meninos.
— Vocês são ridículos.
Então Rogers voltou novamente para o fusca, com os uniformes dele e de Sam. Prontos para iniciarem a próxima etapa do plano, eles só não sabiam que aquilo demoraria tanto tempo.
No dia seguinte, os quatros estavam de volta as ruas. Totalmente disfarçados, já que a imagem de todos estavam estampados nos noticiários e jornais e que provavelmente vários agentes estavam atrás deles.
Stella não parava de se auto questionar se aquilo de fato era a coisa certa a ser feita, se estavam errados em não conversarem com Tony. Um lado seu pendia para o coração, suas noites de sono estavam escassas — tornando estar acordada uma situação difícil. Tinha medo do que o Governo estava preparando para eles, mas e se eles entendessem e ajudassem a deter o Médico e todas as outras coisas que ele planejava? Será que eles não entenderiam o que aquilo de fato significava? Se o poder da joia caísse em mãos erradas, seria muito pior do que a batalha contra Ultron... lá pelo menos todos os Vingadores estavam juntos, mas e ali? E naquele instante?
Ela suspirou, virando a xícara de café em um só gole. Estavam em uma pequena padaria ali da Alemanha, os três homens sentados ao redor da mesa a sua frente. Discutindo sei lá o que, que ela não estava prestando atenção. Então o celular descartável de Steve e de Sam apitou ao mesmo tempo — como uma mensagem.
— O que houve? — quis saber Stella.
Sam leu em voz alta.
— Incêndio em fábrica petroquímica, perto do rio. A base diz que tem trezentas ou quatrocentas pessoas lá dentro.
Steve interceptou a assustada garçonete, que adicionava mais café as xícaras.
— Pode ficar com o troco. E obrigado pela ótima refeição. — a moça olhou para a nota de cem dólares em sua mão e agradeceu.
— Vamos até lá? —Bucky questionou arqueando as sobrancelhas.
— Não custa nada né, não vai atrasar o plano. — Stella respondeu irritada com a pergunta dele. Apenas comprovando que não era nenhum pouco fã do cara que tentou lhe matar.
Mesmo eles estando esperando para a próxima ação do que fazer sobre aquilo, eles precisavam que todos os heróis que chamaram estivessem presentes. Então desviar para salvar algumas pessoas, não reduziria em nada.
Logo a fumaça verde subia da fábrica petroquímica no sul da Alemanha, escura e ameaçadora na luz do crepúsculo. O Capitão e todos os demais conseguiam sentir o cheiro a quadras de distância. O prédio da fábrica ficava de frente para a água, assim era difícil compreender os detalhes do incêndio vendo da rua. Os quatro entraram para dentro da fábrica. O telhado havia desmoronado, e várias explosões aparentemente haviam furado o chão. Pequenos pontos de incêndio permaneciam, água esguichava de vários canos. Paredes parcialmente derrubadas, impedindo o acesso a certas partes do complexo; um lado inteiro do prédio havia sido exposto, sendo possível ver tudo do pier, onde um deque de carregamento estava destruído, suas colunas caindo na água. Fumaça verde se espalhava pelo ar, formando camadas tóxicas em todo lugar.
— Esse lugar fede. — Stella levou um dedo até o nariz sensível, tossindo em seguida.
— Tem alguma coisa errada. — Steve estreitou os olhos.
— Que merda, sabia que não devíamos ter vindo. — Sam xingou. — O que é isso?
Então, todos eles viram caída uma placa de parede com letras esculpidas que dizia:
UMA DIVISÃO DA
STARK INDUSTRIAS
— Filho da puta.
Tarde demais para o outro xingamento de Sam. Dardos tranquilizantes voaram do céu. Stella desviou com um salto, com medo daquilo a pegar novamente. Falcão alçou voo. Bucky verificou o braço metálico se preparando. Steve olhou para cima. Nove metros acima, ele viu a silhueta de pelo menos seis helicópteros pesados pela S.H.I.E.L.D no céu, o ruído de seus motores abafado pela tecnologia de modo furtivo da Stark. Um dos helicópteros girou, e um homem armado apareceu em sua lateral, a luz refletindo no cano da arma.
— É claro que é uma armadilha. De que outra forma iríamos reunir todos vocês em um só lugar? Antes que escapassem novamente.
Então Stella se virou, Capitão levantando o escuro. A armadura brilhante do Homem de Ferro pairava sobre uma meia parede quebrada, os raios propulsores acesos mostrando todo o seu poder. E logo atrás dele, o garoto cujo salvou a vida de Stella, saltava sobre as paredes disparando suas teias.
— Não faça isso, Bandeiroso. —Tony implicou.
Steve fez uma careta, acenando para as três pessoas que eram a sua equipe — recuar. Todos foram para trás dele, com exceção de Stella que estava petrificada no mesmo lugar sentindo o ar faltar em seu peito. O restante das forças de Tony Stark marchava atrás de seu líder, surgindo lentamente através da neblina verde. Visão, Natasha e Rhodes.
Então a voz do Secretário irrompeu.
— Stark, estamos a postos e prontos para acabar com isso...
— Faremos do meu jeito, Ross. — informou Tony. — Ou pode abortar a missão agora mesmo.
Todos os olhos estavam no Homem de Ferro e no Capitão América agora. Steve endireitou os ombros e, com passos firmes, caminhou diretamente até Tony.
— Pegando leve, Tony?
— Não viemos aqui para prendê-los. —Tony apontou para cima, para os helicópteros. — Os convenci a lhe dar uma última chance de anistia.
— Você quer dizer rendição. Não, obrigado.
— Deixa disso, Capitão. —o Homem-Aranha saltou e aterrissou ao lado de Tony. — Quando lutamos uns contra os outros, só os maus se dão bem. Isso vai contra todos os princípios em que você acreditou.
Steve arqueou as sobrancelhas, se virando para o garoto.
— Quem é você mesmo?
Stella deu um passo na direção de Sam, ficando perto o bastante dos dois de sua equipe. Tinha medo do que aqueles agentes pudessem fazer com ela novamente, o efeito que aqueles dardos tranquilizantes causou na menina a deixou incerta... com alucinações. Em seguida, Tony deu um passo a frente, tirando lentamente o capacete, revelando seu rosto.
Parecia muito cansado, concluiu Stella. Os olhos achocolatados do moreno buscaram os seus, em um misto que ela não soube distinguir. Queria largar tudo aquilo, tacar o foda-se e o abraçar apenas mais uma vez. Porém não foi isso que fez, desviou os olhos decepcionada. Talvez Steve tivesse razão, Tony jamais aceitaria ir atrás dos outros soldados invernais antes do Médico... só quem poderia fazer isso eram eles.
— Capitão, por favor. Sei que está com raiva, e sei que isso é uma tremenda mudança na forma como sempre trabalhamos. Mas não vivemos mais em 1945 — Tony apontou para trás de Steve, para Stella e os dois caras. — Essa é a única forma de reconquistar a confiança deles, de dar uma apaziguada na situação. Você me conhece metade da minha vida adulta, Capitão. Sabe que eu não faria isso se não acreditasse de todo coração. Não quero brigar com você, nenhum de nós quer. Só peço uma coisa... me deixa te contar o meu grande plano.
Steve olhou para Stella, que o encarou sem expressão nenhuma.
— Cinco minutos.— Tony levantou a mão com a luva de metal. — Só me dê isso.
Steve olhou para Tony de novo.
— Cinco minutos.
— Só preciso disso.
Então devagar, Steve estendeu a mão e apertou a de Tony. Ele sentiu o frio do metal da luva de Stark através de sua própria luva.
— Beleza! Não falei que isso ia dar certo? — então Tony puxou a mão e olhou para ela. — Que merda é essa?
Uma pequena luz azul saiu da mão de Tony, envolvendo toda a armadura metálica. Seu corpo começou a ter espasmos incontroláveis e ele gritou de dor. Steve deu um passo para trás.
— Um antigo embaralhador eletrônico da S.H.I.E.L.D. — explicou apontando para o pequeno dispositivo na luva de Tony.— Fury me deu anos atrás.
— Por... por quê? — a voz de Tony saiu arrastada.
— Para o caso de você trocar para o lado errado.
O corpo metálico de Tony caiu no chão, se contorcendo de dor — lutando para recuperar o controle da armadura. Os pés de Stella não se moviam, seus batimentos cardíacos estavam no máximo. O Homem de Ferro se esforçava para levantar, o capacete cintilando azul em cima de sua testa, seu rosto ainda estava a mostra.
— O que você pretende fazer com quem não assinar o tratado? Sequestrar como fez com a Stella ou matar?
— Você não... entende.
Então Tony tentou dar um passo para perto de Rogers, porém acabou recebendo um soco de Steve — o soco que ele sempre havia querido dar. A cabeça de Tony pendeu para trás, sangue esguichando no ar.
A fábrica parecia estar se formando em um campo de batalha. Falcão levantou voou no ar, sendo perseguido pelo Homem-Aranha. Natasha começará a travar uma luta corpo a corpo com Bucky, enquanto Visão esperava Stella agir de alguma forma para a deter, porém a menina não fez nada.
Estava tendo outro ataque de pânico.
Capitão chutou a cabeça de Tony e escutou um estalo eletrônico. As lentes da armadura do Homem de Ferro cintilaram enquanto um último curto-circuito a desarmava. E então, ele ficou imóvel. Um zunido veio de cima, mas quando Steve olhou para cima, os helicópteros estavam subindo e se afastado. E então, ele se virou e deu de caras com Natasha.
— Steve. — ela estendeu a mão —Por favor...
Algo chamou a atenção do loiro. Ele estendeu a mão e tirou o objeto transceptor da orelha da Viúva Negra, que tentou pegar o objeto de volta, mas foi muito lenta. Steve saiu correndo para o outro extremo da fábrica, ignorando os chamados de Natasha. Ele colocou o transceptor na orelha e escutou os agentes falando para o restante esperar o comando de Tony.
Bucky saiu correndo atrás de Steve, arremessando pedaços de concreto no garoto aranha que o acertava com as teias. No mesmo segundo o Capitão levantou seu escudo, porém o Homem-Aranha desapareceu.
— Pra... pra onde a coisa foi? — Bucky questionou meio ofegante.
— Aquele garoto está usando um traje projetado pelo Stark. — os olhos de Steve procuraram furiosamente pelo ar. — É a prova de balas, plana e tem função furtiva...
— E você se esqueceu do botão porrada.
Antes que Steve pudesse reagir, Aranha apareceu —de repente, silenciosamente, no ar, a poucos centímetros dele. Capitão desviou para o lado, evitando por pouco uma rajada de teia. Mas o garoto foi mais rápido, arrancando o escudo das mãos de Steve. Ele deu um chute forte bem no peito de Rogers, fazendo o cair para trás no chão acidentado. Capitão rolou de costas e olhou para o Homem-Aranha. Mas o que viu foi apenas Falcão descendo.
— Capitão! Cuidado!
E, de repente, o Homem de Ferro já estava em cima dele. O capacete abaixado, olhos vermelhos brilhando com poder, cada centímetro do Vingador imbatível. Tony agarrou Steve pelos ombros, levantando ele no ar.
— Melhorei o tempo de reboot da minha armadura, Capitão. Impressionado?
Tony o levantou sobre sua cabeça e o arremessou contra a parede. Brilhante fosfenos nadaram diante dos olhos do Capitão. Ao longe, ele escutava os sons do combate à sua volta. Levantou os braços como boxeador, protegendo o rosto ensanguentado. Mas um golpe do Homem de Ferro o atingiu no estômago, fazendo-o se dobrar de dor. Jogou-se no chão, chutando cegamente. Errou.
— Está perdendo seu tempo. —Tony continuo. — Essa armadura gravou todos os golpes que você deu na vida. Ela sabe qual será o seu próximo movimento antes mesmo que você saiba.
Ele deu um soco no rosto de Steve. Uma vez, duas. Capitão escutou um estalo repugnante. Sentiu gosto de sangue onde antes havia um dente. O mundo estava se esvaindo. Uma voz... Bucky?... disse.
— Ele está matando o Steve!
Capitão escutou um estalo estranho no ouvido, seguindo por um turbilhão de vozes. Primeiro achou que estava tendo alucinações, mas então se lembrou que estava com o ponto da S.H.I.E.L.D em seu ouvido.
— Situação saindo de controle.
Tudo o que Steve conseguia ver era o rosto cintilante de Tony, tremulando e piscando.
— Desculpe, Capitão. — disse Tony — De verdade.
Atrás de Tony o céu parecia acender. As faíscas alaranjadas tomaram conta da armadura de Stark, o impedindo de continuar os socos consecutivos em Steve. O rosto do loiro estava inchado, com manchas roxas e avermelhadas tomando conta de cada parte do músculo de seu corpo.
Stella se aproximava com cautela, com a fumaça saindo por seus dedos e tomando forma ao redor de Tony. A luta na fábrica cessou, Sam e Bucky correram até Steve para o ajudar a se levantar enquanto Tony estava preso pela joia. A garota forçou seu poder, fazendo um escudo nos dois que tentavam carregar o corpo de Steve — impedindo que qualquer dardo tranquilizante acertasse os três. Ao mesmo tempo em que prendia Tony no mesmo lugar, aqueles qual antes eram a sua equipe andavam com dificuldade para tentar sair dali. Então Stella se deu conta do que tudo aquilo significava, sua crise de pânico com a visão de seu melhor amigo ser espancado diante a seus olhos havia sido seu momento de clareza.
Ninguém ousou a tocar, nem a S.H.I.E.L.D, nem Homem-Aranha, muito menos Rhodes e Visão. Eles a deixaram fazer o que estava fazendo, talvez com medo do que ela pudesse fazer com eles caso a interrompessem. Então sua equipe se foi, ela desfez o escudo e caiu de joelhos no chão — também desprendendo a armadura de Tony.
Bravura não é sempre sobre correr em direção ao fogo. Ás vezes é sobre encarar nosso passado. E nos dias mais difíceis é encarar o futuro.
Stella deixou - se pender no chão, os joelhos bateram no cimento frio e gelado da fábrica. Toda aquela força que juntará para proteger seus amigos, haviam lhe esgotado por completo. Nunca tinha feito algo parecido, nem quando segurou a bomba do núcleo no atentado de São Francisco — havia se esforçado tanto como daquela maneira. Ela ouvirá passos se aproximando de si, porém sua visão não estava concentrada o suficiente para distinguir quem era.
Stella se sentiu rendida a tudo o que realmente era. Não poderia mais fingir que não tinha causado todas aquelas mortes, não poderia mais ignorar tudo e viver ilegalmente... ela não aguentaria outra cena como aquela ali diante a seus olhos. Os Vingadores estavam destruídos por completo. Essa foi a última coisa que ela se recordou de pensar, antes de se afogar nas próprias lágrimas e cair na escuridão.
Mesmo quando nossas esperanças fogem da realidade, e nós finalmente temos que nos render à verdade, isso só significa que perdemos a batalha de hoje. Não a guerra de amanhã.
Não sei o que dizer, estou em choque depois desse capítulo.
TO INDECISA DEMAISSSSS
Espero que tenham gostado nenês ❤
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