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28 | IT'S HIM, THE WINTER SOLDIER

{ É ele, o soldado invernal }


NÃO ERA TÃO FÁCIL COMO STELLA ACHOU que seria. Mesmo sabendo que os dois heróis estavam certos em lados diferentes, ela não conseguia raciocinar direito o que tudo aquilo significava. Sentia que a qualquer instante tudo poderia piorar, virar totalmente de cabeça para baixo. Este deve ter sido um dos motivos por ter sido impulsiva e dito todas aquelas coisas para Tony, no fundo queria apenas mais alguns momentos tranquilos como aquele... já que a tempestade estava cercando todos presentes.

— Não vai pra Viena? — ela o questionou, assim que adentrou a sala de estar do complexo.

Tony vestia uma blusa branca, calça jeans escura. Seus tênis importados, e o cheiro de perfume caro se misturava com o cheiro da comida. Ele estava em frente ao fogão, concentrado no que estava fazendo. Os fios de cabelo úmidos, indicando que havia acabado de sair do banho. A menina chegou um pouco mais perto, a tempos de o ver a observar por cima dos ombros.

— Hoje não. Deixei que Natasha fosse. — respondeu. Remexendo sua omelete na frigideira.

— Acho que Steve foi também.

Ele murmurou alguma coisa que ela não foi capaz de compreender, apenas os dois estavam ali naquela parte do complexo. Wanda e Visão estavam espalhados por algum lugar, no qual nenhum dos dois saberiam dizer.

— Então... — ela se aproximou mais um pouco, se sentando no balcão da cozinha.

Ele desligou o fogo, depositando a comida em dois pratos diferentes. Colocou um de cada lado, olhando para Stella — que o encarava com um sorriso engraçado.

— Não me olha assim, é o máximo que consigo fazer.

A gargalhada dela preencheu o ambiente, fazendo com que Tony também soltasse um de seus risos.

— Ovo é o básico, Tony. Se não soubesse fazer pelo menos isso.

— Engraçadinha.

Tony deslizou as duas mãos sobre as coxas cobertas pelo jeans de Stella. A puxando para mais perto de si, ficando novamente entre meio a suas pernas.

— Está melhor? — ela o questionou, passando os braços ao redor do pescoço do mais velho. Brincando com os fios de cabelo da nuca dele.

— Tô ótimo. — Stark deu um sorriso malicioso, beijando-a em um rápido selinho.

— Isso no seu bolso é um revólver ou apenas está feliz por me ver? — dessa vez quem deu um sorriso malicioso foi Stella, puxando o pela nuca para que ele a beijasse novamente.

Dito e feito, Tony pressionava as duas palmas da mão — descendo e subindo pelas coxas dela. Dando apertos contínuos, sentindo a extremidade de Stella se arrepiar por baixo de seu toque. Beijando a com ferocidade, explorando cada canto da boca da mais nova.

Não demorou muito para que ambos tivessem que se afastar para recuperar o fôlego, os dois com um sorriso sacana no rosto. Lábios avermelhados, em tons levemente escuro em roxos. O barulho estridente da porta se abrindo fez Stella saltar do balcão, se afastando por completo de Tony. Que tentava disfarçar sua excitação presa em sua calça.

— Café da manhã? — Wanda perguntou no instante em que adentrou o lugar.

— É, é. Tony fez omelete.  — a mais velha desconversou, se sentando na cadeira pronta para começar o dia.

O horário para a anunciação do tratado estava cada vez mais próxima, Stella se sentia inquieta e ansiosa. Nem Steve, nem Sam haviam respondido as suas mensagens. De um jeito estranho a garota sentia que os dois estavam prestes a fazer algo extremamente ruim.

Ás horas foram se arrastando, Wanda e Stella fizeram o treinamento obrigatório. Sendo auxiliadas por Visão, que as instruía a continuar de maneiras distintas. Quando o horário do tratado estava apenas com alguns minutos de distância, Stella acabava de sair da arena de treinamento e se dirigia em direção a oficina. Seus pensamentos vezes ou outras se perdiam em meio a aqueles corredores brancos e largos — dando voltas e mais voltas até parar no motivo exato de seus pesadelos.

Assim que parou na porta, entrou sem excitação. Encontrando um Tony completamente vestido. Blusa social branca, um colete azul e uma gravata vermelha. O cabelo perfeitamente penteado, com a coluna ereta digitando alguma coisa no celular.

— Quem era aquela mulher daquele dia?

Stella foi ríspida e rápida, prendendo sua atenção no homem a sua frente. Ele demorou alguns segundos para notar a presença dela, desviando os olhos do aparelho em mãos.

— Oi? — perguntou, não havia entendido ou se fazia de sonso.

— Sei que ouviu muito bem.

— Uma conhecida, precisava de ajuda. Na verdade ela descobriu algumas coisas sobre a hidra e eu estava interessado em saber, já que eles estão atrás de você e tudo mais. Ela é jornalista, hã, estou indo a fundo pra descobrir...

— Tá nervoso? — ela semicerrou os olhos, rindo em seguida da cara dele. — O que tem aí?

— Isso, — apontou para o objeto em mãos, fazendo ela se aproximar dele — você não vai acreditar. Lembra de São Francisco? Ah, desculpe. Eu estava verificando as câmeras de segurança e acabei por encontrar isso. — entregou o celular nas mãos dela, Stella deu o play no vídeo  — É incrível, não é? Ele tem a capacidade de se agarrar as paredes, uma força avassaladora. Nesse outro aqui, — passou o vídeo — ele segurou um trem. Um trem. Sem contar nas outras capacidades que ele possui, é realmente surpreendente.

Homem aranha. — ela leu o título do vídeo, recobrando as memórias do desastre de Golden Gate. — Eu, hã, o conheço. Na verdade ele me ajudou lá na ponte.

— Certo. — Tony assentiu, pegando o celular de volta. — O que você acha?

— Sobre?

— Isso. Estava pensando em o recrutar para a iniciativa Vingadores.

Se fez um minuto de silêncio. Stella com as sobrancelhas arqueadas e Tony esperando a resposta.

— Peter Parker. É um adolescente, mora no Queens. Estou pensando em dar um pulo lá, conversar e tudo mais.

— Você o quer recrutar?

— Não exatamente... é um novo projeto. — Tony respondeu incerto. — Estou pensando em, você sabe. Dar um novo traje pro garoto, pelo o que eu vi ele parece ser um dos aprimorados mais poderosos no momento. Isso dá pra notar, ou seja, isso o torna um perigo em potencial que precisa ser observado.

— Então, o que está dizendo é que é melhor o manter por perto?

— Exatamente. Se ele usar o meu traje, serei capaz de o monitorar.

— Por mim, tudo bem.

— Você concordou? — Tony franziu a testa, impressionado. A mulher balançou a cabeça em um positivo, fazendo os olhos do homem brilhar. — Isso é novidade.

No mesmo instante o celular de Tony apitou, indicando uma nova mensagem. Era uma notificação do canal da NBBC, avisando que a audiência do tratado acabava de se iniciar. Ele ligou a TV ali da oficina, puxando Stella pelo braço para que ambos se sentasse no sofá azulado que continha ali. Segundos depois a imagem dos vários representantes dos cento e dezessete países, apareceram na tela. Vários reportes estavam do lado de fora, formando uma aglomeração enorme de pessoas.

Quando o vibranium foi roubado de Wakanda, foi usado para fazer uma arma terrível... nós em Wakanda, nos obrigamos a questionar nosso legado. Aqueles homens e mulheres mortos em São Francisco eram partes de uma missão de boa fé de um país que saiu das sombras. Entretanto, nós não deixaremos que infortúnios nos detenham. Vamos lutar para melhorar o mundo ao qual queremos nos unir. Estou grato aos Vingadores, por apoiarem essa iniciativa. Wakanda tem muito orgulho em estender a mão a paz. 

O rei T'Challa finalizava seu discurso, sendo transmitido para o todos os cento e dezessete países — ao vivo. O senhor moreno apoiou as duas mãos abaixo seu microfone, se inclinando para que todos o ouvissem melhor. No mesmo segundo em que uma explosão quebrou todas as janelas blindadas, estourando os pedaços de vidros dentro do comitê. A conexão da câmera pareceu cair, tirando todos do ar. 

Stella ergueu as mãos até a boca em um completo choque, enquanto Tony estava paralisado olhando para a tela preta da televisão.

— Tony. — ela o chamou, completamente paralisada. As lagrimas prestes a descer, a respiração acelerada e o aperto no peito. 

Stark se levantou do sofá em um sobressalto, no mesmo instante em que o aparelho celular começará a tocar. Ele se afastou um pouco para atender, enquanto a conexão na televisão parecia voltar.

— ... uma bomba num carro de reportagem destruiu parte do prédio da ONU em Viena. Há mais de setenta pessoas feridas e, pelo menos doze estão mortas. Incluindo rei T'Challa de Wakanda. A policia divulgou um vídeo do suspeito identificado como James Buchanan Barnes, o soldado invernal. O infame agente da Hidra está ligado a vários atos de terroristas e assassinatos políticos. Qualquer um com informações...

Uma sensação ruim percorreu toda a coluna de Stella, arrepiando cada pequena molécula existente em seu corpo. O ar naquele lugar ficou rarefeito, tornando difícil que ela respirasse com modéstia. Sabia o que aquilo significava, estava entrando em outra crise de pânico. Era ele. Tinha total certeza, não havia outra explicação. O jeito que a imagem daquele homem lhe causou tamanho desespero, ela soube na mesma hora de que a dias atrás o cara que a estava seguindo era o soldado invernal, e não aquele homem que pegaram no lugar. Hidra estava por dentro e por fora, totalmente interligada com a sua vida de uma forma ou de outra. Só percebeu que o desespero já havia tomado conta de todo seu corpo quando sentiu as mãos de Tony lhe entregando um copo de água e um comprimido amarelado. Ela o bebeu sem pensar duas vezes, tentava puxar o ar pela boca e tentava prestar atenção no que o homem a sua frente dizia. Porém, mais uma vez, era como se estivesse ficado surda e a única coisa que ouvia era as batidas de seu coração.

— Preciso ir. — foi a primeira frase que conseguiu ouvir dele após sua pequena crise. 

Ela levantou os olhos incrédulas, olhando para ele antes de prosseguir.

— O que vai fazer? 

— Tenho que passar na Empresa, depois me encontrar com o Secretário de Estado. A lei entrará em vigor. Você já assinou? Sabe se a Wanda também? Preciso que sejam o mais rápidas possíveis, está bem? — ele a tocou no ombro, com a testa franzida de preocupação.

— Era ele... quem estava me seguindo.

— James Barnes? — Tony perguntou, recebendo uma concordância em resposta. — Aqui você tá segura, e se qualquer pequena coisinha acontecer eu sei que você é mais forte que ele

— Desde quando? — Stella se levantou, tomando o restante do copo de água, mantendo seus olhos em Stark.

— Não sei. Acho que desde sempre. — ele parecia frenético, enfiou o celular no bolso da calça dando uma olhada ao redor para se certificar que não estava esquecendo nada. Então se aproximou dela, dando um selinho nos lábios de Stella. — Dorme um pouco, não irei demorar.

Mentira, todas as vezes que Tony falava que voltaria ou que resolveria as coisas — ele sempre enrolava. Não podia o culpar, sabia exatamente o que tudo aquilo significava. Se antes estava ruim, agora tudo tinha piorado em dobro. Mas como a boa pessoa que Stella era, ela apenas sorriu e concordou com a cabeça. Sendo deixada no minuto seguinte, sozinha naquela oficina. E agora não tinha Natasha, Steve e nem Clint para a fazer companhia. Apesar de Wanda e Visão estarem ali, parecia incerto.

Ela estava certa completamente. Tony não voltou naquele noite e muito menos no dia seguinte. As informações nos noticiários eram frenéticas, a cada instante algo pior estava acontecendo. Eles ainda não tinham capturado o soldado invernal e Stella não tinha assinado o tratado de Sokovia.

— Não parece certo. — Wanda opinou, finalizando o almoço daquele dia. Nenhuma das duas haviam assinado, estavam com receio desde que Steve sumiu.

— Sabe, acho que seria melhor todos ficarmos de um lado em especifico. Sem essa divisão toda, melhor ficarmos juntos.

O barulho da televisão foi aumentada por Visão, que adentrou a sala sobrevoando. No mesmo segundo, a voz que alastrou o ambiente fez Stella parar de fazer tudo o que estava fazendo para prestar atenção. Era ele, Tony Stark no comitê. Os olhos meramente fundos, gravata azulada, terno escuro e um sorriso impecável no rosto. Ela correu até a frente da televisão, se sentando no sofá com os outros dois heróis ao seu lado. Tony limpou a garganta e se aproximou do microfone.

Já estivemos aqui antes?

Uma onda de risos encheu a coletiva, transmitindo para todos. Stella mantinha as sobrancelhas franzidas sem saber o motivo exato por ele estar fazendo aquilo.

Geralmente, quando estou de pé na frente de um grupo de pessoas, começo com estas palavra: Meu nome é Tony. E eu sou um alcoólatra.

A multidão de pessoas riu novamente.

Isso aqui é diferente, claro. Mas estranhamente similar. — ele fez uma pausa de efeito, tomando um gole de sua água com gás — Uma das primeiras coisas que se aprende durante a recuperação é que você tem de jogar limpo com as pessoas, em todos os níveis. Comecei esse processo dois anos atrás. A minha identidade como Homem de Ferro é reconhecimento público, assim como meus impostos, minha história familiar e o histórico detalhado de meus dolorosos fracassos pessoais. A minha vida não é apenas um livro aberto; é praticadamente um texto eletrônico em código aberto com licença da Creative Commons. — mais risos — Mas existe uma coisa que as pessoas que não têm o meu... problema... costumam não entender. Um alcoólatra não busca ajuda quando as coisas estão indo bem para ele. Alguns de nós precisam chegar ao fundo do poço. Outros chegam a um ponto em que o estilo de vida, os efeitos cumulativos sobre si mesmos e sobre outras pessoas ficam pesados demais para suportar. Ainda assim, alguns experimentam um momento de clareza. Um breve e vívido lampejo de seu futuro, do destino terrível que os espera se não houver mudanças.

Tony fez uma pausa e depois continuou o discurso.

Senhoras e senhores, São Francisco foi o meu momento de clareza. Tem muita coisa na minha vida das quais me envergonho, mas tenho muito orgulho da minha carreira como super herói. Salvei milhares de vidas, coloquei centenas de criminosos perigosos atrás das grades e impedi dezenas de catástrofes mundias antes que elas sequer pudessem acontecer. Fundei os Vingadores, a primeira equipe de super heróis do mundo, cuja longa historia de bons trabalhos fala por si. Este aqui é o próximo passo. — fez uma pausa para respirar — Super humanos, meta humanos, heróis, aprimorados, vilões. Como quer que vocês os chamem, eles se proliferaram enormemente na última década. Alguns nascem com habilidades físicas e mentais superiores; outros recebem seus poderes por meio de acidentes. Outros, como eu, desenvolveram meios tecnológicos de melhorar seus dons naturais. Outros, sem nenhum poder de verdade fazem justiça com as próprias mãos. Então, estou aqui hoje, um homem, para prometer a vocês: eu farei o que puder para tornar o mundo um pouco menos assustador.

Stella não sabia o que aquilo significava, mas não era coisa boa. Steve e Sam estavam incomunicáveis, Natasha e Clint totalmente ocupados. Não era nada bom, Tony não sabia o que estava fazendo.

De hoje em diante, qualquer homem, mulher ou alienígena que for para as ruas ou para os céus tentar usar seus dons naturais ou artificiais em um cenário público, deve assinar o tratado de Sokovia. Isso serve para os Vingadores e os demais. 

E então ele se afastou do microfone, acenando para as pessoas e saindo dali. Deixando com que Wanda, Stella e Visão ficassem encarando o auditório murmurando. A conexão do comitê foi finalizada e uma repórter apareceu comentando a entrevista. Então era aquele o sentimento que Steve sentiu naquele dia quando o dossiê foi passado de mãos em mãos, como se eles perdessem toda a essência que os transformava neles mesmos. A maneira que Tony transformou aquele discurso em algo normal, fez com que Stella se sentisse levemente ameaçada — como se a qualquer momento ele pudesse fazer algo a respeito.

No decorrer do dia ela ligou para Steve sete vezes, sendo ignorada em todas elas. Uma parte sua estava começando a achar que o amigo não queria falar com ela, ou que talvez estivesse magoado por algum motivo em especifico. Até que ela se deu conta de que o soldado invernal era o melhor amigo dele de décadas atrás, então ele provavelmente estaria atrás do mesmo. Ela apoiou o celular no ouvido, após discar o número de Tony. Ele atendeu no quarto toque.

— Esperava que tivesse morto, você sumiu. Como consegue ser cruel dessa maneira? Seu dedo ia cair? Por acaso vai prender eu e a Wanda por termos negado assinar essa merda desse tratado? Eu acho bom você colocar a porra da sua cabeça no lugar, o governo não é seu amigo. Nós que somos. 

Ela disparou as palavras uma atrás da outra sem dar tempo do moreno dizer algo em troca, Stella puxou o ar em seus pulmões. Esperando a resposta dele.

— Eu estava ocupado...

— Tô vendo. Pelo visto já escolheu seu lado, não é? Como sou burra, desde o começo esse era seu plano inicial.

— Stella, não tem um lado. Esse é o jeito certo de resolver as coisas, todos sabem. Você sabe disso. — Tony intrigou, soltando um suspiro pesado do outro lado da linha.

— Todos? Isso é um pensamento original seu ou uma cópia barata da ONU?

Não esperou que ele respondesse, tava pouco se fodendo. Discou o número de Natasha sentindo o desespero tomar conta de todo seu corpo, não poderia ficar ali por mais nenhum minuto sequer... não era um prisioneira. A Viúva Negra não atendeu, isso só deixava o pânico correr pelas veias de Stella cada vez mais. Desviou de Wanda e Visão que estavam na sala de estar ainda assistindo o noticiário, e correu em direção a seu quarto. Enfiando um par de roupas amarrotados um em cima do outro — dentro de sua mochila escura. Se olhou no espelho, suspirando com a visão de seu próprio reflexo. Não pretendia fugir, queria apenas tomar um ar daquele lugar. Era tudo tão grande e sufocante, paredes extremamente brancas que lhe davam enjoos. Se sentiu arrependida enquanto calçava seu tênis, amarrando os cardaços com dois nós. Devia ter ido com os meninos, quando eles a deixaram ali depois do funeral. Não pensou que de uma hora para outra iria descobrir de que lado Tony estava realmente, se eles as pessoas que ele jurava serem seus amigos se recusassem a apoiar sua ideia — Stark não pensaria duas vezes antes de prosseguir.

Aquela base do Vingadores era altamente programada para não ceder em nenhuma invasão facilmente, entrar era a coisa mais difícil do mundo. Sair era a parte fácil. Stella segurou a alça da mochila com força, andando cautelosamente, passando pelos cientistas e pessoas que trabalhavam ali. Disfarçando como se não fosse nada demais. A porta principal estava quase perto, ela apressou os passos enquanto digitava uma mensagem apressadamente para Clint: Não sei onde você se meteu e nem o resto do grupo. Estou saindo do complexo por conta própria.

Quem seria o mais provável de responder era o arqueiro, ligação não atendia, mas em compensação as mensagens voltavam em questão de minutos. 

Quando Stella conseguiu sair pela porta — no momento exato em que um dos cientistas entrava — ela apressou os passos rapidamente, adentrando no táxi que acabara de deixar o homem. Com o coração a mil, o corpo esquentando e os dedos esbranquiçados do tanto apertarem um ao outro. Se só por um dia ela pudesse sair e aproveitar sua vida, como se não existisse nenhum poder dentro de si, nenhuma Hidra, nenhum grupo de Super Heróis. Se ela tivesse apenas uma oportunidade de respirar de verdade, sem toda aquela pressão da mídia e sei lá mais quem em cima dela. Ela apenas precisava espairecer, então mandou o táxi em direção ao único lugar que veio em sua mente.

Roubada. Era assim que ela se sentia no momento exato em que chegou no Central Park. O valor alto que o parquímetro havia dado tinha sido um absurdo completo, quase todo seu dinheiro tinha ido embora. Pelo menos havia sobrado um pouco para comprar um café e um sanduíche de queijo. A maré verde encheu seu campo de visão com beleza, árvores e mais árvores davam voltas e mais voltas por todo o comprimento daquele lugar. Stella se sentiu calma pela primeira vez em tempos, sem medo do que quer que fosse que estava para acontecer. Seus pensamentos haviam se aquietado, sua mente estava tranquila. 

— Steve, eu, hã, saí do complexo. Será que... — suspirou — podemos conversar?

Finalizou a mensagem de voz, guardando o celular no bolso. Voltando a comer seu sanduíche. Alguns minutos depois o aparelho vibrou, porém o nome que apareceu ali a fez soltar um suspiro pesado antes de atender.

— Vamos nós encontrar. — a voz de Tony soou em seu ouvido esquerdo, a fazendo franzir a testa. — Tô te esperando na 27 da Lincoln Center.

E desligou. Ele não esperou que ela o respondesse. 

Stella ficou encarando a tela do celular por alguns minutos, antes de enfiar o restante do sanduíche na boca e começasse a sair do Central Park. A vinte e sete ficava do lado esquerdo do parque, na rua de baixo. Ela andou em passos lentos e calmos, sem olhar para trás e para os lados em desespero total como da última vez em que estava sozinha. Ela não tinha mais nada a perder, se sentia assim. Atender ao chamado de Tony apenas comprovava tudo aquilo que antes já suspeitava; estava apaixonada por ele. Mesmo ele sendo a pessoa menos culta que já conhecerá em toda sua vida, a pessoa mais estupidamente idiota de todas — ela não conseguiria negar a um chamado do mesmo.

Assim que chegou, buscou em volta o par de olhos conhecidos porém não o encontrou. Ficou parada na porta de um ginásio, esperando alguma coisa. Foi quando ele apareceu, Tony saiu do lado oposto a que ela estava. Andando com as duas mãos enfiadas no bolso da calça, trajando um de seus ternos extremantes caros. Stella cruzou os braços sobre o peito, olhando o chegar.

— O que foi? — ela o questionou com certa cautela. Ele parecia querer dizer algo... mas era como se estivesse entalado. 

Então Tony se aproximou dela, a abraçando. Stella tentou relutar por alguns segundos, porém desistiu quando o corpo dele já estava próximo o bastante. Ele abaixou os olhos para a olhar e a beijou. Ela ficou sem reação, sem entender o motivo exato daquilo. Então Tony a abraçou mais uma vez, sem dizer uma palavra sequer. 

— Você...

— A lei foi aprovada pelo Senado. — foi a única coisa que ele disse. Stella tento o afastar de si, porém os braço de Tony eram fortes demais comparado aos seus.

Ela se forçou a erguer a cabeça para que conseguisse o enxergar, porém não foi apenas Tony que ela viu. Com formação na rua deserta — vários agentes da S.H.I.E.L.D se aglomeravam ao redor deles. Stella buscou compreensão em Tony, porém o homem não a olhava. Vários homens e mulheres fortemente armados, usando coletes à prova de balas e capacetes com viseiras grossas. Eles o cercaram.

— T-Tony...

O movimento de dedo do homem atrás deles foi quase imperceptível, mas Stella os notou. Os braços de Tony ao redor de seu corpo a estava sufocando, o calor começará a esquentar suas veias. Ela estava com medo. Na mesma hora uma dúzia de Agentes preparou os rifles, lasers e dardos tranquilizantes. Um a um, eles engatilharam suas armas: clic-clac, clic-clac, clic-clac.

Então Tony se afastou, tão rápido do mesmo jeito em que tinha se aproximado. Em questão de segundos as pernas de Stella falharam, ao sentir as picadas em seu corpo. Não se deu conta de que o homem cujo estava apaixonada e cujo achava que ele sentisse o mesmo, acabará de lhe enganar. Seus olhos procuraram os de Tony em um misto desesperador, porém ele não estava mais lá. Seu corpo acertou o chão, seus olhos pesaram e sua respiração enfraqueceu. A escuridão foi a próxima coisa a qual viu.

Sabem o que significa SEM PALAVRAS? É exatamente isso que tenho a dizer desse capítulo, eu tô chorando que nem um bebê. Me sentindo traída demais, enfim. Espero que tenham gostado ❤

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