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24 | JEALOUS? I DON'T KNOW WHAT IT IS

{ Ciúmes? Não sei o que é isso }

O QUARTO ESTAVA QUENTE E A PRESSÃO SUBINDO. O ar faltando em seus pulmões parecia não conseguir dar o acesso desejado para que Stella conseguisse respirar. Ela se debatia na cama sem ao mesmo perceber, suas próprias unhas faziam arranhões em seu braço.

Era o mesmo pesadelo de dias atrás, aquele do qual ela não conseguia escapar jamais. Tudo parecia estar em cinzas, o mundo todo se deteriorando. Alguma coisa machucava seu peito de uma forma que era impossível não sentir, foi quando seus olhos encontraram os de Steve. O corpo do loiro estava caído diante aos seus olhos, com pequenas faíscas da vida se esvaindo — sua boca tentava produzir alguma coisa que ela jurou ser um pedido de socorro.

Às pessoas ao seu redor pareciam gritar por algo, que a garota era incapaz de ouvir. As coisas pareciam sumir, pedaço por pedaço. O barulho do caos não era forte o suficiente para que Stella conseguisse ouvir...

O calor queimando sua pele, transformando tudo em dor. Stella se debatia na cama constantemente, conseguindo abrir os olhos — a escuridão acertou sua visão e o sangue do corte em seu braço escorria. A porta do quarto foi aberta em questão de mínimos segundos, luzes acesas e vários rostos conhecidos.

Ela não soube como criou forças o suficiente para se levantar da cama e correr na direção do rosto do homem que morria em seus sonhos.

— Tá tudo bem. — escutou a voz de Natasha, expulsando as outras pessoas dali.

Stella estava com o rosto enfiado no peito de Steve, com as lágrimas descendo e a respiração alterada. Seus braços rodeavam o corpo do mais velho, como se aquela fosse a única coisa importante no momento. O próprio peito ardia, subindo e descendo — dolorosamente.

Demorou alguns longos segundos para que os dois Vingadores conseguissem acalmar a mais nova. Com a visão embaçada, Rogers a levou de volta a cama, enquanto Natasha voltava com um copo de água.

Nos últimos dias tinha sido de maneira piores, já havia visto Clint, Natasha, Wanda e Tony... morrendo de várias maneiras diferentes, no qual ela nunca conseguia ajudar.

— Está melhor? — Rogers passava a mão esquerda sobre as costas da mais nova, em movimentos lentos e calmos.

— Desculpa.

Ela sabia que não adiantaria, pois nos dias seguintes poderia sempre ficar pior. Os gritos estavam mais frequentes... Ela não aguentava ver todos eles morrendo várias e várias vezes seguidas — como se fosse uma premonição.

— Foi o mesmo sonho? — Steve questionou, atento a ela.

— Pesadelo. — Natasha corrigiu, adentrando o quarto com o copo em mãos e uma pequena maleta de primeiros socorros.

A ruiva se sentou do outro lado de Stella, tirando o pequeno vidro de dentro da maleta. Passando o remédio a cima do corte levemente fundo.

— Eu estou bem. — Stella entoou, ao perceber toda a atenção que recebia naquele instante.

— Sabemos. — os mais velho dizeram em uníssono, arrancando um sorriso amarelo da garota.

Eles sabiam que era mentira, Steve e Natasha eram os mais próximos de melhores amigos que Stella já havia tido em toda sua vida. Não gostava da maneira que os olhos deles pareciam transbordar pena — ou qualquer outra coisa que causasse preocupação. Stella não gostava de incomodar e, os dois Vingadores sabiam disso. Então mesmo sabendo que ela mentia, os dois sorriam e fingiam acreditar nas palavras dela — apenas para tentar apaziguar a situação.

A verdade é que você pode ganhar uma família mesmo se você já é um adulto. Quando as pessoas passam por dificuldades juntas, elas se tornam uma família. Mesmo que elas não tenham o mesmo sangue podem ser família e mesmo que elas tenham o mesmo sangue também podem ser estranhos.

As questões se invertem, mas acabam sempre no mesmo lugar.

Depois de algumas horas Stella conseguiu pegar no sono na companhia dos dois amigos. Nem percebeu quando eles saíram do quarto, a deixando sozinha novamente. Apenas quando os fechos de luz do sol bateram em seu rosto que a garota se deu conta de que o dia já havia amanhecido e, que não havia tido nenhum outro pesadelo comparado a morte de Steve. Ela se debruçou sobre a cabeceira da cama, puxando o celular para checar o horário. Dez para as sete. Estava mais do que adiantada para o treino daquela manhã, então sabia que tinha um tempinho para retomar a leitura do livro até o celular despertar. 

Quando colocou os pés na cozinha — após perder vinte e cinco minutos lendo jogos vorazes. A única pessoa sentada ali no balcão, bebendo uma xícara de café era Clint. A tranquilidade emanando pelo ambiente, o homem com os olhos no jornal. Quase parecia que nada de péssimo havia acontecido no dia anterior.

— Bom dia. — saldou ao mais velho, recebendo a mesma coisa em resposta. — O que deu sobre o cara lá?

— Ainda não sei. — Barton respondeu, mas parecia sim saber de algo. — Tá gostando do livro?

— Sim, tô começando a achar que me deu ele só para me interessar por arco e flecha e você finalmente me ensinar.

Poderia ser verdade, ou não.

— Fui descoberto. — Clint sorriu, terminando seu café.

Não demorou muito para que os dois terminassem de comer e descesse para a arena de treinamento. Assim que chegaram perceberam que eram os últimos, nenhuma novidade pois os dois sempre eram os mais preguiçosos.

Ela iniciou o treinamento do dia no básico — sendo saco de pancada de Natasha, como sempre. Depois foi a vez de Wanda a ajudar a auxiliar seus poderes, esse era o mais difícil. Stella não sabia como a mais nova conseguia aquilo com tanta facilidade, mesmo assim se esforçava para seguir os passos da garota e, isso significava quase perder o fôlego.

Tudo funcionava na base da mente, primeiro você se concentrava no que de fato pretendia fazer. Depois esticava suas duas mãos, parecendo uma pessoa maluca e, se forçava ao máximo para ter êxito em seu desejo. Nunca funcionava tão bem quanto os de Wanda, mas naquele dia em específico Stella conseguiu erguer Natasha do chão e a depositar em cima do ringue. Olhando de longe não parecia tão difícil assim, mas quando se estava fazendo os batimentos cardíacos de Stella ficavam tão disparados que a garota achava que passaria mal. O que de fato nunca aconteceu.

Assim que finalizou as sessões com Wanda, era a vez de Steve que acabava de entrar no ginásio com uma garrafinha de água nas mãos.

— Chegou o atrasado. — ela brincou, andando em direção ao loiro pronta para iniciar o treinamento.

Comparado ao início, as habilidades de Stella em se esquivar e nas forças dos golpes estavam completamente melhores. Como ela ainda não se sentia confiante o suficiente para usar o poder que Deus ou sei lá quem decidiu dar ela — a batalha de corpo a corpo era a melhor opção. Gostava bastante de usar as luvas e dar socos enquanto Rogers tentava a derrubar ou às vezes os devolvia com gosto.

— Pode me dizer o que descobriram sobre o homem de ontem? — ela o questionou, enquanto Steve era quem estava dando os socos dessa vez. Ele parou o que estava fazendo e a olhou.

— Não descobrimos nada, ainda.

Que engraçado, pois posso jurar que sim. — cerrou os olhos na direção dele, se esquivando do soco certeiro que ele tentou lhe nocautear.

— Não sei da onde tirou isso. — ele continuava com os socos.

— Que coisa feia Steve, o patriota mentindo dessa maneira. — ela parou de segurar a coisa em suas mãos, olhando para ele irritada.

Apesar de saber que provavelmente todos ali estavam tentando esconder alguma coisa, era ridículo o jeito em que eram péssimos em mentir. Stella abaixou as mãos, decidida a acabar com o treino. Mas parou no chão alguns segundos depois, batendo a cabeça no carpete macio da arena.

— Já falamos sobre isso, nunca tire os olhos do seu oponente.

Ridículo. O xingou mentalmente, olhando o teto alto e claro do ambiente. Steve se sentou ao seu lado — meio deitado, meio sentado.

— Acho que não precisa se preocupar com isso, está tudo certo. — entoou, tentando apaziguar a situação.

— Se estivessem atrás de você aposto que não pensaria assim.

Murmurou irritada, tentando se conter mas era perfeitamente visível em seus olhos. Decepcionada por ainda não confiarem cem por cento nela, mas como fariam isso se nem ela confiava em si mesma? Se sentou no chão, levantando as costas do carpete. Rogers fez o mesmo, passando a garrafinha de água para suas mãos. Alguns minutos depois a porta do ginásio se abriu e o rosto conhecido de Tony passou por ele, demorou apenas alguns segundos para o coração de Stella começar a palpitar novamente. O moreno vestia uma roupa comum, como se não tivesse tido tempo para tomar banho e nem coisas parecidas.

Bastou um segundo para os olhares deles se trocaram que a mulher se ergueu do chão, jogando a garrafinha pra Steve e andando na direção de Stark.

— Oi. — foi a única coisa que ela pensou.

Tony franziu o cenho, fazendo as marcas em seu rosto aparecerem novamente.

— Você viu o jeito que Rogers tava olhando pra você?

Isso mesmo. Nenhum bom dia. Nenhum aceno. Nenhum comprimento.

— O que? — sua voz saiu arrastada, da mesma maneira de quando acordava de manhã. Como se não tivesse entendido direito.

— Patético, chega a ser ridículo. — desprezou, virando as costas se preparando para sair.

— Ei, ei, ei. — Stella o tocou no braço, nos segundos em que ambos saíram da arena. — Isso é você com ciúmes?

— Ciúmes? Isso não existe no meu vocabulário, docinho.

— Ah. — o sorriso perverso tomou conta de seus lábios, achando graça a situação. — Se você fosse humano, poderia jurar que é sim. Enfim, qual a situação com o cara da hidra?

— Isso não é problema seu. — a voz dele soava seria, como se aquilo realmente não tivesse haver com ela. Como se ela fosse burra o bastante para acreditar naquilo.

— Bom, acho que está enganado. Já que todos sabemos de quem eles estão atrás. Mas tá certo. Não é problema meu. — Stella foi ríspida, esperando ele discordar.

— Deixa os adultos trabalhar. — e virou as costas, saindo andando pelo corredor.

Com a cara fechada, Stella saiu pisando firme para qualquer outro lugar da base. Não gostava de estar por fora da situação, pois sempre parecia que tinha alguma coisa muito errada acontecendo. Se aqueles cujo são nomeados de H.I.D.R.A tocarem nela novamente, talvez o plano deles funcione dessa vez e talvez seja isso que anda preocupando a cabeça de todos ali.

Frustrada, irritada e impaciente. Era essa a maneira em que Stella se sentia ali naquele lugar, fazendo companhia estava Wanda e Visão — novamente vendo filmes sobre aliens. Seus dedos seguravam o cabo da colher com certa força, descontando todos seus problemas ali enquanto mexia a calda do bolo.

— Acho que esqueci de comprar granulado. — ela anunciou, recebendo a atenção dos dois amigos. — Fica de olho no bolo aqui pra mim, já já volto.

Stella desligou a chama do fogão, tampando a panela com o chocolate. Saindo de trás da bancada, pretendo ir em direção ao quarto e pegar sua bolsa.

— Podemos pedir para alguém comprar. — Visão a interrompeu, Stella ergueu as sobrancelhas. — Não precisamos sair, nem de granulado. Podemos comer apenas com a calda, se preferirem.

As duas mulheres trocaram olhares confusos entre si, antes de chegarem na mesma conclusão.

— Visão, por quê não podemos sair? — Wanda foi a primeira a perguntar.

— Por acaso estamos presas? — Stella foi a próxima. — Pelo que eu saiba esse é um país livre.

— Sim Stella, é um país livre. Porém, o Senhor Stark chegou na conclusão que dentro do complexo é mais seguro para vocês duas. E eu concordo com ele.

— Ele o que?

— Filho da puta desgraçado, mimado. Acha que somos o que? — ela puxou o celular do bolso, discando o número de Tony. Se preparando para a enxurrada de xingamentos inapropriados.

Ele não atendeu, óbvio. Sabia que Wanda e Stella estariam putas a um nível cômico, era frustrante para as duas mulheres entenderem o lado do homem. Afinal, quem não se sentiria ameaçado com poderes como aqueles? Mesmo assim doía, pois elas não tiveram escolhas.

— Senhoria Kieran, isso não é bom pro...

— O que? — a voz de Stella soou estridente em um grito, suas mãos pressionadas ao redor do aparelho celular. As faíscas alaranjadas se formando como uma nuvem ao redor de seu corpo.

Era sobre aquilo. Não tinha capacidade para lidar com todas aquelas coisas, Stella era perigosa e agora sabia disso. Demorou alguns minutos para que Wanda e Visão conseguissem a acalmar, pois apenas tinha os três ali naquela parte do complexo. Os restantes dos Vingadores, Steve, Natasha, Sam, Tony e sei lá mais quem. Estavam todos ocupados, as coisas pareciam sérias.

A tarde passou se arrastando, os três comeram o bolo enquanto assistiam os filmes estranhos. Era péssimo saber que a qualquer momento uma bomba poderia ser jogada sobre o colo deles e o incêndio começar. As duas garotas já estavam totalmente dispostas a passar aquele dia inteiro trancada e provavelmente o restante da semana também, Stella até que podia pensar em aceitar essa possibilidade se não fosse claro, por Wanda e seus diálogos ridiculamente explícitos.

— Wanda Maximoff, você é oficialmente nomeada a mais insuportável dos Vingadores. Passando de lavada o babaca do Stark, que prendeu a gente aqui. — a loira assegurou, recebendo uma gargalhada da mais nova.

— É por causa do sexo então? É selvagem? Tem que existir alguma razão pra gostar dele.

E lá se foram mais algumas horas de comentários inapropriados e banais na frente do Visão, que provavelmente falaria pra qualquer um que perguntasse. Ambos já estavam fartos daquilo, então como se aquele dia inteiro não pudesse ficar pior: o restante dos Vingadores chegaram com semblantes estranhos.

De começo eles foram entrando na sala um após o outro, sentando no sofá, bebendo uma água. Como se nada demais tivesse acontecido, todos eles estavam ali menos Tony. Não demorou muito para os heróis irem se dissipando pelos cantos do complexo, o que trouxe coragem para que Stella finalmente levantasse a bunda do sofá e fosse tirar conclusões com o mais velho.

Se antes a torre já era uma base grande com vários andares e diversas disponibilidades, o complexo era quase como um shopping. Tirando o fato de que se precisasse você jamais teria que sair dali para outras coisas, já que tinha tudo dentro daquele lugar. Até uma piscina, que acredite causou muita treta entre os colegas. Todavia, Stella andou pelos corredores enormes e esbranquiçados até parar na porta da sala em que provavelmente Tony estaria. A noite em que transaram parecia estar distante novamente, como se estivesse sido a vários meses atrás e não a dois dias.

No instante em que chegou na sala, a parede de vidro estava coberta pela cortina — como se tivesse alguém importante lá dentro. Stella não queria ouvir conversas alheias, nem nada parecido. Porém seus pés não conseguiram se mover ao ouvir aquela frase.

— Não vai me dizer que tem um garotinho de doze anos que eu nunca vi, esperando no carro.

— Ele tem treze. — ouve-se a voz suave de uma mulher, acompanhado de uma longa pausa. — Eu preciso da sua ajuda.

Tá, obviamente ouvir conversa atrás da porta é horrível. Mas o que ela poderia fazer? Era o cara por quem tinha uma tremenda queda, os dedos de suas mãos estavam esbranquiçados do tanto em que ela os apertava. Ouve - se um minuto de silêncio lá dentro, Stella se preparou para sair porém a abertura da porta foi mais rápida.

Uma mulher de cabelos escuros, olhos claros, pele como porcelana. Olhou a menina de cima a baixo, com as sobrancelhas arqueadas.

— Sinceramente, não sei como se dá o luxo...

Tony deixou a frase morrer ao esbarrar os olhos com os de Stella, como se tivesse sido pego no flagra fazendo alguma coisa que não deveria. Aquele olhar de criança custosa — que escondia as coisas da mãe...

— Oi. — a mulher forçou um sorriso a mais nova, tentando ser simpática.

— Eu, hã... — Stella gaguejou, presa nas próprias palavras.

Então antes que Tony ou a mulher pudessem dizer mais alguma coisa, ela se virou de costas e saiu andando como se apenas tivesse esbarrando naquela porta e que nada mais tinha acontecido. Controlar o poder da joia em seu corpo parecia ser a coisa mais fácil do mundo naquele momento, comparado a bagunça de pensamentos em sua cabeça. Será que aquele homem ridiculamente atraente, tinha ordenado que ela e Wanda ficassem presas para ele poder sair curtindo por aí? Ou talvez aquilo fizesse parte do plano? Ela não conseguia, na verdade não queria pensar em nada.

Mal sabia ela da tempestade que se iniciava, arrastando todos para o fundo da escuridão. Sem ter uma alternativa sagaz em superar totalmente.

O modo como as pessoas tentam não mudar não é natural. Como quando queremos que as coisas mudem ao invés de aceitá-las. Como nos prendemos às velhas memórias, em vez de criarmos novas. E sem nos darmos conta, a roleta russa da vida está dando voltas novamente... com destino a guerra. 

Acho que não tenho muito o que comentar sobre esse capítulo, escrever a rotina deles é como um chocolate quente. Gostosinho e tranquilo, mas né só estou preparando pra bomba nos próximos. Espero que gostem ❤

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