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23 | THE PAST COMES SOON, NOTHING IS CLEAN

{ O passado está vindo, nada está limpo}

SEUS DEDOS DA MÃO DIREITA APERTARAM LEVEMENTE sua têmpora, em uma tentativa fútil de aliviar a pequena dor de cabeça que se iniciava. Os rostos da platéia tornava sua visão levemente embaçada, não sabia o motivo exato por sempre ter dores desse tipo quando estava em cima do palco — explicando mais um de seus projetos.

O auditório estava cheio, completamente lotado. Tony enfiou as duas mãos no bolso do terno, dando um pigarrejo antes de prosseguir a apresentação.

— Eu queria que tivesse acontecido. Binarização ampliada da fase Obsoleta ou Bafo, preciso melhor essa sigla. — ele atravessou o holograma de seu eu mais jovem, andando até o meio do palco. — Um método extremamente caro de... Sequestrar o hipocampo para limpar... Traumas da memória. Isso não muda o fato de eles nunca terem chegado ao aeroporto, ou todas as coisas que fiz para tentar evitar a minha dor. — tirou o óculos de sol, segurando em sua mão esquerda entre meio seus dedos. — E mais seiscentos e onze milhões de dólares para a minha pequena terapia experimental.

Os hologramas foram se desfazendo conforme Tony terminava de falar, era a homenagem do MIT - que claramente ele fazia todos os anos.

— Ninguém em sã consciência teria financiado. — ele prosseguiu a palestra, com toda a atenção do público. — Me ajudem, qual é a declaração do objetivo do MIT? É? Gerar, disseminar e preservar o conhecimento. — entoou a frase sendo acompanhado por algumas das pessoas. — E trabalhar com outros pra conseguir vencer os grandes desafios do mundo. É pois é, vocês são os outros. — dissertou, caminhando pelo palco. — E quase ninguém sabe mas os desafios a sua frente são os maiores que a humanidade já conheceu. E a maioria, — gesticulou com a mão. — aí tá sem grana.

A risada das pessoas alastrou pelo auditório, fazendo o moreno franzir os lábios em um gesto amistoso.

— Fala sério, tá todo mundo duro. A partir de agora cada um de vocês receberá uma quantia igual da bolsa inaugural da Fundação Setembro. — pausa dramática. — Ou seja, os seus projetos foram aprovados e financiados. — as palmas dos alunos preencheram o lugar. — Sem restrições, sem taxas... Apenas remodelem o futuro! A partir de agora.

O telão descia o restante da frase que ele deveria ter dito, porém o nome de Pepper piscava como um alerta: Agora apresento a vocês a presidente da Empresa. Porém, ela havia cancelado, não estava ali. Tinha o deixado na mão.

— Façam acontecer.

Tony improvisou o final, recebendo mais várias palmas e se virou para sair do palco, andando até os bastidores com uma expressão vazia no rosto.

— Isso, isso me deixou até sem ar. — um dos funcionários aplaudiu ele, o rodeando. — Tony, tão generoso, tanto dinheiro. — porém era como se ele não ouvisse. — Uau, só por curiosidade alguma parte dessa verba será para os funcionários? Eu sei, ah que horror. Mas, me escuta, eu tenho uma ideia incrível pra um cachorro quente com cozimento automático com um detonador químico integrado.

— O banheiro é por aqui? — Tony interrompeu o homem, apontando para o final do corredor. Ele começou a andar na direção, mas uma de suas agentes entrou na frente.

— Senhor Stark, sinto muito pelo teleprompter. Eu não sabia que a senhorita Potts cancelou, não tive tempo de retirar.

— Tá legal. — tentou não parecer grosso. — Eu já volto.

Ele não queria parecer egocêntrico nem nada do tipo, ele realmente havia se esforçado. Porém, sua cabeça girava como um doido e a dor alastrava por todo o restante de seu corpo. Tony andou em direção ao banheiro, mas assim que parou na porta, se virou na direção em que a mulher morena lhe esperava. Ele enfiou novamente as duas mãos no bolso de sua calça, sem jeito e sem atrever a olha - lá por completo.

— Muito bonito o que fez por aqueles jovens. — ela quebrou o silêncio.

— Ah, eles merecem. — Stark ganiu, olhando forçadamente a parede a sua frente. — E ajuda a aliviar a minha consciência.

— Dizem que existe uma relação entre generosidade e culpa. Mas se tem dinheiro deve fazer acontecer. — ela moveu seus olhos para ele, e Tony fez o mesmo mas com uma feição confusa e levemente atordoado. — Não é?

Ele se afastou um pouco da parede, ficando totalmente de frente a ela - com um pouco mais de coragem. A olhando por rabo de olho, totalmente cheio de receios. Tony apertou o botão do elevador.

— Você vai subir?

— Eu estou onde quero estar. — a fala dela e seu olhar parecia o queimar até a alma.

A mulher enfiou a mão dentro a bolsa, assustando Tony totalmente.

— Ok, ok, ok. Opa. — ele segurou firme o pulso dela, impedindo totalmente a ação que ela provavelmente iria fazer. A mulher o olhou sem expressão nenhuma, talvez atordoada por aquele ato. — Mê desculpe, são vícios do emprego.

— Trabalho no departamento do Estado.

— Sei. — balbuciou um pouco envergonhado.

— Recursos humanos. Eu sei que é chato, mas fez com que meu filho fosse criado. O que ele se tornou trouxe orgulho pra mim. — os olhos de Tony seguiram a ação que veio a seguir, ela empurrou uma fotografia em seu peito. — O nome dele era Charlie Spencer, você matou ele... Em Sokovia. Não que isso possa interessar você, você acha que luta por nós? Você só luta por você mesmo. Quem vai vingar o meu filho, Stark? Ele está morto e a culpa é sua.

Ela desatou as palavras uma atrás da outra sem dar tempo nem permissão para que ele falasse alguma coisa, nem se tivesse tempo Tony provavelmente não falaria. Algo que não acontecia a muito veio a tona. Ele estava em choque, levemente paralisado. A mulher morena se virou de costas, saindo o deixando totalmente ali.

O homem de ferro esperou dois minutos até o transe daquele diálogo passar, seus dedos formigavam e seu coração parecia bater de uma maneira mais rápida. Se antigamente algo desse tipo acontecesse ele apenas ignoraria, porém ele não era o mesmo homem de antes. Stark era uma pessoa completamente diferente, sabia o que aquilo significava para aquela mãe e, também sabia exatamente a razão por ser tão caridoso com esses alunos. Ele sempre iria se sentir culpado pelas coisas que aconteceram, isso englobava tudo. O desastre de Nova Iorque, a luta contra Ultron e o restante das pequenas coisas que ele e seus colegas sempre estavam envolvidos.

Sempre havia a desculpa de que eram heróis e aquilo tudo era para salvar o mundo da extinção. Mas não, nem sempre era sobre aquilo. Pois todas as vezes em que eles tentavam salvar as pessoas, outras dezenas morriam — e todos apenas ignoravam, como se fosse o preço a se pagar pelo amanhã. Mas não podia ser mais assim, Tony sabia. Não seria capaz de suportar mais mortes do que já havia suportado, ele não era tão forte como achava que sim.

Então as coisas não poderiam mais ser daquela maneira bagunçada, ele sabia disso e muitas pessoas também. A única esperança que restava para receberem novamente a aceitação de todos os cidadãos, era o festival que seria no próximo dia. Ele suspirou mais uma vez antes de dar meia volta e voltar pelo caminho que veio.

Apostou que deveria ter perdido umas três horas ali no MIT, então a tarde já estava prestes a terminar. O dia havia sido cheio, a noite passada parecia ter sido a décadas — de tão perturbada que sua cabeça estava.

Assim que passou pela saída do campos, Happy invadiu sua visão. Sua cabeça latejava constantemente, a dor parecia não ir embora nunca. Estava começando a lhe incomodar, então colocou o óculos de sol nos olhos novamente — a fim de descansar as vistas enquanto trajava o caminho de volta até o aeroporto.

— Não parava de tocar. — Happy esticou o aparelho celular de Stark em sua direção, assim que ele entrou no carro.

Estava tão apressado que nem tinha se dado conta de que esquecerá o objeto. Ele posicionou as costas no banco, sentindo parte de seus músculos se relaxar. Pegou o celular em mãos e desbloqueou a tela.

De primeira o nome de Rogers piscou indicando

2 mensagens não lidas
3 ligações.

Tony franziu o cenho, Steve nunca era de entrar em contato se não fosse totalmente emergência. Porém o moreno ignorou quando viu o nome de Stella, indicando uma mensagem.

"Você legal? Estou no
complexo, assim que puder
estamos esperando."

Um pequeno sorriso se abriu em seus lábios ao ver a maneira fofa em que ela entrou em contato, já que tinha o deixado preocupado com o incidente de mais cedo. Só de se recordar da noite passada, uma parte sua se sentiu mais calma — como se nenhuma mulher tivesse lhe acusado de assassinato.

Assim que deslizou o dedo e abriu finalmente a mensagem de Rogers, aquele pequeno segundos de paz foram por água abaixo. Seu semblante se fechou, sobrancelhas se franziram e sua boca ficou seca.

"Eles voltaram."

Claro que sempre podia piorar, isso era bastante óbvio. Por isso Tony os odiava, aquilo parecia que nunca teria paz. O moreno fechou os olhos por alguns segundos, respirando fundo antes de dizer a Happy para ir direto ao complexo. Ele podia jurar que sentia toda aquela onda de coisas ruins caminhar em sua direção e, de uma forma ou de outra não haveria escapatória.


— Sexta - feira
19:32, Centro novo dos Vingadores,
Norte de Nova Iorque.    

Os dedos de Stella batucava a bancada da mesa, enquanto seus olhos corriam pelo livro que estava lendo. Não que estivesse totalmente tranquila, porquê a maneira que Steve estava levemente alterado a deixava um pouco preocupada já que nunca havia visto o amigo daquela forma. Ali na sala Wanda e Visão, pareciam assistir algum tipo de filme sobre invasão alienígena. Enquanto Steve e Sam provavelmente estavam conversando em algum canto da casa, longe o suficiente dos três — como se eles não pudessem ouvir a verdade.

A garota loira piscou os olhos repetidas vezes, tentando atrair novamente a própria atenção para o livro. Se obrigou a reler o último parágrafo novamente, pois o barulho do filme lhe desconcentrou.

" E por quê não?"

" Porque... porque... porque ela veio pra cá comigo."

Os olhos de Stella se arregalaram, totalmente desacreditada naquilo.

— Oh, merda.

Soltou os palavrões, relendo o parágrafo em que Peeta assumia na entrevista que estava apaixonado por Katniss. Ao mesmo instante sua visão foi preenchida pelos olhos azulados de Steve, ela levantou a cabeça o encontrando a repreendendo — como sempre fazia.

— Em minha defesa, saiu totalmente sem querer. Ele assumiu gostar dela. — levantou o livro, gesticulando sua incredulidade.

— É assim que vai reagir quando alguém real assumir gostar de você? — a voz de Wanda atraiu a atenção dos dois, em um questionamento. Tirando os olhos da tela da TV, os focando nos dois amigos.

— Ha ha. — Stella revirou os olhos, antes de continuar. — Nunca falei nada dessa maratona horrível de filmes que vocês dois insistem em fazer.

— Por quê é horrível? — Visão questionou a Wanda, que lançou um olhar sem expressões para a mais velha. 

— Porque são péssimos. 

— Não é, relaxa. Ela não sabe do que tá falando. — a Maximoff discordou de Stella, que morria de rir observando os dois.

Não que a diferença de idade entre elas fosse tão grotescas, afinal Wanda tinha vinte e um e Stella vinte e seis. Entre todas as pessoas ali, as idades de ambas eram mais próximas. O que facilitava na relação tranquila que tinham, afinal pensavam um pouco igual — porém em relação a divertimento, a mais nova amava filmes, enquanto a mais velha preferia se afundar nas leituras. Não tinha sido algo fácil, pois de vez em quando Stella ainda revivia a morte de Pietro. Isso dificultava um pouco a aproximação total das duas, além de que os poderes que cada uma tinham era um pouco parecidos. Então o treinamento juntas era totalmente incluso e não podia faltar, mas Wanda sabia controlar seus poderes enquanto Stella mal tinha começado a se descobrir. 

Rogers agora estava sentado sobre a cadeira em frente a de Kieran, a garota fechou o livro —ainda um pouco não acreditada no ocorrido do mesmo. 

— Como você está? 

— Tô bem. Você já me perguntou isso doze vezes, desde que chegamos aqui. — respondeu, observando o loiro com aquele olhar preocupado.

Depois que Steve deteu o cara que estava perseguindo Stella, descobriu pela tatuagem que era um dos capangas da H.I.D.R.A. Mas, assim que reviraram o corpo dele em busca de alguma pista, parecia que o homem já havia se livrado daquilo que o podia entregar. Então em partes havia sido um pouco inútil toda aquela correria, porém isso não impediu o Capitão de amarrar as mãos do homem e o levar até o complexo — onde seria torturado até dizer alguma coisa ou entregar alguém. 

Agora estavam ali sentados esperando que algo de verdade acontecesse. Havia se passado apenas um mês desde que Sokovia aconteceu, Stella achou que demoraria um pouco mais de tempo para algo assim aparecer novamente. Mas pelo visto os vilões não gostam de esperar e, isso é algo que a garota já deveria começar a se acostumar. Porém não era bem assim, mesmo estando ali rodeada de segurança, uma parte dela insistia em voltar até aquele exato instante em que seu corpo se contorcia no céu aberto e a queda livre acertava seu rosto. 

Apenas as lembranças daquele dia já faziam seu corpo se arrepiar, iniciando uma leve tremedeira visível apenas para quem estivesse totalmente próximo como Steve. Os momentos de ansiedade e, os ataques de pânico estavam cada vez mais frequente. A única pessoa que sabia sobre isso era Natasha — que no momento estava dentro de um avião voando de volta para o complexo, após buscar Clint da fazenda. A Viúva Negra sabia perfeitamente como a ajudar, controlando os batimentos cardíacos e fazendo com que a pressão dela não aumentasse. Mas ela não estava ali agora, as coisas a sua volta pareciam entrar em um looping temporal. Girando, girando, girando... até cair. E foi exatamente isso que ela pensou ter acontecido, até se dar conta de que outra voz completamente distorcida das de seus amigos presentes — chamou sua atenção.

A pelinha ao redor de sua unha havia sido arrancada nesse vai e vem de pensamentos, um pequeno rastro vermelho se encontrava bem ali no canto. Stella levou alguns segundos até se dar conta de que estava no complexo e não em queda livre. 

— Que merda aconteceu?

A voz parecia estar tão distante, como se estivesse preso no fundo de um túnel.

— Por quê demorou? — ela reconheceu a de Steve, então ergueu os olhos voltando a realidade. — Te mandei várias mensagens.

— Estava no MIT. 

Era ele. Stella se obrigou a puxar os olhos até o homem, esse simples movimento pareceu lhe custar todas suas forças. Lá estava, parado no meio da entrada da sala segurando o óculos de sol na mão. Vestindo um terno preto, com uma gravata azul escuro. Com uma expressão puxada para a ódio, ou talvez fosse a impaciência... Ela não saberia dizer, na verdade seu coração parecia parar de bater naquele exato instante em que os olhos dele se esbarraram com os seus. 

As lembranças da noite anterior começaram a entrar em sua cabeça, uma após a outra. 

A dança com Steve. O som alto da música. Tony lhe chamando até a oficina.

E...

O beijo malicioso que ele lhe derá. O aperto das mãos ao redor de seu corpo. A transa... que ela implorou para que continuasse.

O barulho do gemido dele arfando contra sua orelha. A falta de respiração... 

— Você está bem? Tá pálida. Aqui. Bebe água. 

Steve movimentou o copo em sua direção, esticando totalmente para que ficasse frente o bastante de Stella.
Até então ela não havia se dado conta que de fato havia passado a noite com Stark, até o ver novamente. Nesse exato momento os dois que estavam vendo o filme prestavam atenção nela, os olhos dela se desviaram do de Tony — que parecia um pouco preocupado também — e se esbarraram com o de Wanda, quase como se estivesse procurando qualquer coisa para olhar sem ser ele. 

No mesmo instante se arrependeu desse ato, pois os olhos de Wanda se arregalaram, as sobrancelhas se arquearam e a expressão de choque em seu rosto era visível.

— Que nojo, que nojo, que nojo. — ela abanou as mãos na frente do rosto que ficará vermelho. 

No mesmo segundo Stella estava se encontrava nervosa, quase como se não pudesse acreditar naquilo, ao se dar conta de que a amiga verá tudo o que ocorreu ontem a noite. Detalhe por detalhe.

— O que foi? — Sam apareceu na porta, adentrando também a sala. Olhando confuso para as duas garotas que continham as bochechas queimadas.

— Vocês estão legal? — Steve as questionou, porém nenhuma das duas tinham coragem o suficiente para responder. 

O clima na sala pareceu cair, colocando todos dentro de uma bolha.

— Eu nunca vou ser capaz de esquecer isso. — Wanda choramingou, se levantando e buscando um pouco de água para tomar. — Tá impregnado no meu cérebro.

— O que aconte....

— Nada! — Stella finalmente conseguiu encontrar forças para dizer alguma coisa, evitando totalmente o olhar da amiga de tamanha vergonha.

— Bom, — Tony ponderou com um sorriso discreto nos lábios ao se dar conta do que de fato aquilo significava, olhando de relance para a garota que horas atrás estava em sua cama. — vamos lá. 

Não precisou de mais nenhuma palavra, Steve se levantou e seguiu o moreno para fora do recinto daquela sala. Então foi como se Stella pudesse finalmente respirar, já que até então não havia se dado conta completamente do que de fato tinha ocorrido entre os dois. As coisas haviam acontecido tão depressa, o lance da faculdade, a perseguição com Rogers, descobrir que aqueles bostas da H.I.D.R.A ainda estavam atrás de si. Tudo tinha se alastrado rápido demais, então o momento da queda da realidade havia ocorrido bem ali quando o viu novamente.

Tudo bem. Repetiu as duas palavras a si mesma, antes de decidir se levantar da cadeira. Visão e Wanda mantinham os olhos sobre qualquer movimento que ela fazia. 

— O que foi? — perguntou impaciente, movendo os olhos para Wanda que continha uma expressão engraçada.

— Você está apaixonada, Senhorita Kieran? — dessa vez Visão questionou, olhando para as duas garotas com certa curiosidade. — Seus batimentos cardíacos se elevaram em doze porcento quando o Senhor Stark entrou na sala. Seus vasos sanguíneos ficaram com mais fluxo de sangue. Seu rosto ficou rosado e suas pupilas se dilataram, o nível de Oxitocina estava...

— Chega, chega. Não tô. — o interrompeu, boquiaberta com tamanha informação que ele colherá naqueles milésimos de minutos. — Se falar isso perto de alguém... assunto morreu aqui. 

— Como isso aconteceu? Vocês tem tipo duas décadas  de diferença. — a mais nova franziu o cenho em uma expressão de nojo, ao se lembrar de tudo que viu. 

Em questão de poucas horas a lua já estava totalmente no céu, iluminando as árvores que ficavam ali ao redor do novo centro dos Vingadores. A reunião dos dois homens haviam demorado bastante, talvez ambos estivessem discutindo ou bolando algum plano. Stella não sabia, pois estava trancada em seu quarto — esperando Natasha e Clint chegar — o que parecia uma eternidade, aquele lugar sem eles era completamente tedioso. Agradeceu mentalmente Barton ter te dado aquele livro, livrava sua cabeça de várias horas de questionamento e crise existencial. Odiava se sentir ansiosa e principalmente entrar em pânico. Ela checou mais uma vez o horário no celular, tentando ver se Nath já havia visto sua mensagem. Nada até agora. 

Voltou sua atenção novamente ao livro, mas sua cabeça girava em vários pensamentos aleatórios. Foi quando uma batida na porta atraiu totalmente sua atenção, sendo aberta segundos depois e o famoso par de olhos achocolatados passar. Demorou dois minutos para que Stella saísse do transe e se desse conta de que era ele mesmo, até quando Tony se sentou na beirada da cama a garota parecia avoada. 

— Hey, você está bem aí dentro? — questionou, mantendo certa distância daquilo que mais queria. Esperando para ver qual seria a reação dela e, exatamente como previu ela parecia abalada. — Parece tudo tão quieto.

— Oh, — o som saiu quase inaudível, fazendo Tony dar um sorriso discreto. — estou bem.

Tony juntou as próprias mãos, como se pensasse no que dizer. Afinal não tinha planejado o que seria dali pra frente depois da noite passada, era novo e ele não sabia como agir.

— Irei resolver isso de uma vez.

— Acha que seu pai sabia sobre isso? — Stella perguntou, atenta a cada movimento que o mais velho fazia.

— Sei que algo não se encaixa. — ele desconversou e ela pareceu notar. Porém não era o momento certo para conversarem sobre aquilo, já que era evidente a maneira que ela estava abalada. — Vou te deixar descansar, o dia foi estressante. 

Se levantou da beirada da cama, parando ali em pé ao seu lado, olhando a imensidão azul de seus olhos. Os dois sustentaram o olhar por mais um pouco de tempo, antes de Tony se virar e começar a andar em direção a saída do quarto.

— Ei.

Então ele se virou no mesmo instante em que ela o chamou. Stella se deu conta de que Visão estava certo, desde o começo a única pessoa e a única coisa que causava toda aquela catástrofe dentro de si... Sempre havia sido Tony Stark e pelo jeito sempre seria apenas ele.

— O que?  — questionou, com metade do corpo virado em sua direção. Esperando a resposta.

— Boa noite?!

Soou completamente estúpido. Ridiculamente como uma garotinha apaixonada. Vergonha. Vergonha. Vergonha. Ela quis esconder o rosto com a coberta, pois sabia que suas bochechas poderiam estar vermelhas. Não queria ver qual seria a reação dele, não queria ver a expressão naqueles olhos castanhos... Queria apenas sumir, pois seria mais fácil do que o encarar.

— Quer que eu durma aqui, docinho? Por quê sabe, peitos são realmente travesseiros maravilhosos e eu adoraria...

— Pervertido. — interrompeu o discurso sobre seu próprio corpo, jogando o travesseiro na cara dele. 

Tony deu um sorriso malicioso mal conseguindo se conter, se aproximando rapidamente da cama, juntando a boca de ambos em um movimento ágil. Empurrando a própria língua para dentro da boca da garota, tornando o beijo molhado e quente. Bom o suficiente para o fazer se esquecer por alguns segundos de toda a merda que havia acontecido no seu dia e, de todas as merdas que viriam a acontecer nos próximos. Assim que o ar fez falta, ambos se separaram com um pequeno sorriso no rosto.

— Não posso ficar. — comunicou, selando os lábios nos dela mais uma vez em um selinho. — Tenho umas coisas a fazer.

— Eu sei. — ela forçou um sorriso amarelo, com o coração batendo a mil por aquele pequeno contato com o corpo dele. — Vai lá, herói.

A última palavra fez as rugas ao redor dos olhos, boca e nariz aparecer — quando Stark deu um sorriso triunfante, saindo porta a fora. Deixando com que a noite e o silêncio em que o lugar se encontrava, entrasse na cabeça de Stella. Era tão difícil lidar consigo mesma quando estava completamente sozinha, pois o pavor rodeava seu corpo pedindo para que ela o deixasse entrar novamente. E sem querer ela acabava permitindo que isso acontecesse e, depois não havia nada o qual pudesse lhe assegurar. O medo era real, ele não iria embora tão facilmente.

Não nego, estou amando escrever essa segunda parte. Meu coração está quentinho vendo esses dois interagindo enquanto as coisas dão certo. Mal posso esperar pelos próximos capítulo, amo vocês ❤

Me digam dois dias da semana que preferem atualização, estou com vários capítulos prontos e preciso postar logo. Estava pensando em domingo e quarta, mas ainda não sei. Me ajudem, perdão a demora em responder os comentários do capítulo anterior. Fiquei sem internet por alguns dias.

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