21 | GOD IN THE SKY, STARK HOT ON EARTH.
{ Deus no céu, Stark gostoso na terra }
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HAVIA ALGO DE ERRADO MEXENDO COM O CORAÇÃO DE STELLA KIERAN, algo sombrio e forte o suficiente que a puxava para baixo. Ela era jovem, mas estranhamente não queria uma vida de bondades e nem de promessas. Ela havia sido atraída para o caos, e continuava sendo constantemente pelas coisas que acalmaram sua mente e tornaram esse mundo um pouco menos cruel para seus olhos.
Todo ser humano morre em algum momento, é por isso que a vida é ainda mais bonita. O primeiro pensamento que Stella teve quando recuperou a memória, — naquela quarto de hospital intensamente branco — foi viver cada dia como se fosse o último. Se aquele fosse seu último dia, aquela seria a sua memória... Então seria melhor viver e amar muito. Porém, não agir até o seu próprio limite, era muito mais difícil do que pensava.
O clima ali estava levemente agradável. De fundo uma música clássica ecoava, fazendo algumas das pessoas se sentirem à vontade o suficiente para se expressar na pista de dança. Não que estivesse em uma boate ou algum lugar parecido, era apenas uma das festas na nova mansão de Tony Stark, como o mesmo havia dito; festa de salvamos o mundo.
Era para ser uma noite agradável para todos, sendo apenas uma social entre o grupo. Mas pelo visto o bilionário tinha mudado totalmente de idéia, o lugar estava lotado de pessoas. Menos de duzentas não tinha ali.
Havia se passado um mês desde a luta contra Ultron, e aquela era a primeira oportunidade desde então de reunir totalmente o pessoal, já que a garota havia ficado internada por tempo suficiente.
Ela não se sentia completamente a mesma, afinal tudo havia mudado. Agora ela não era mais uma garota com uma vida comum, Stella tinha poderes e isso era inegável. Mesmo tentando ao máximo esquecer esse fato, todo dia certas pessoas faziam questão de a recordar.
A garota estava sentada na banqueta do bar, enquanto bebia um copo de Whisky. Aquela era a prova do quão estava se sentido no fundo do poço naqueles últimos dias, já que antigamente não tinha muita tolerância ao álcool.
Era a primeira vez que iria estar novamente em grupo, isso incluiria estar no mesmo ambiente que Tony. Mesmo tudo tendo acontecido tão depressa, seus sentimentos estavam mais aflorados do que nunca, o que tornava tudo muito mais doloroso, pois nenhum dos dois haviam tido tempo para aquele tipo de conversa. Também não era como se ela desejasse isso incansavelmente, a garota estava chateada, as lembranças da batalha ainda atordoavam seus pensamentos.
Stella tinha ficado internada no hospital por quase duas semanas, e nesse meio tempo todos seus amigos a visitaram — incluindo o Stark — mas diferente do que a garota imaginava, o homem não fez nenhum comentário engraçadinho ou coisa parecida... Ele parecia diferente. E de fato estava.
Mesmo assim, trocaram a conversação básica. Mas, aquilo não deixou de a incomodar, pois suas emoções estavam mais descontroladas que nunca e todas as vezes em que os olhos dele se esbarravam com os seus, o coração dela pulava que nem um louco — mesmo ele desviando o olhar após dois segundos. Era frustrante e decepcionante, ela não queria sentir tudo aquilo... Uma parte sua sentia que ele a estava evitando.
Talvez seja por isso que ele não estava ali. Pelo menos seus olhos não o havia encontrado, a garota rodou pelo salão inteiro. As janelas de vidro desciam do teto até o chão, rodeando a sala inteira. A vista do lado de fora era esplêndida, o oceano escuro contornava toda a casa.
Definitivamente era um dos lugares mais bonitos em que já havia estado, Malibu era um paraíso.
Stella se remexeu com certo desconforto ali onde estava sentada, o vestido justo não era lá uma de suas peças de roupa preferidas. Mesmo assim se esforçava para continuar ali plena, como se tudo estivesse bem. Não queria decepcionar seus amigos, por isso assim que Natasha, Clint, Steve se aproximaram — ela forçou um sorriso, fingindo estar se divertindo.
Seus olhos se desviaram dos três Vingadores, olhando por trás do ombro e observando o dono da casa aparecer. Tony trajava uma camiseta social preta, uma gravata azul clara e o cabelo extremamente penteado. A garota contou até dez antes de desviar os olhos novamente ao ver ele cumprimentando uma das modelos que estavam ali. Ela tinha cabelos avermelhados, vestido dourado e um sorriso impecável no rosto. Não que isso fosse um problema, mas no instante em que ele se inclinou para sussurrar algo no ouvido dela, fez o estômago de Stella se revirar de nojo.
Não podia se descontrolar, afinal aquele poder da jóia ainda reinava pelas suas veias — a qualquer instante algo poderia acontecer. Porém isso não a impediu de se imaginar fazendo certas coisas ruins... ainda precisava aprender.
— Que barulho será que faria se eu quebrasse esse copo na lateral da cabeça dele? — se auto questionou, virando a bebida de uma vez fitando o copo em sua mão.
— Hey.
A voz conhecida de Rogers a fez levantar os olhos totalmente para o amigo, os outros dois agentes a cumprimentou sentando um de cada lado ali no bar. Apenas Rogers ficou de pé a sua frente, o Vingador vestia uma blusa social azul marinho — realçando totalmente seus olhos.
— Já deram uma olhada pela casa toda? — Stella questionou, deixando o copo de lado e olhando para os amigos.
— É gigante. — Barton respondeu, virando a garrafa de cerveja. — Eu acho ridículo o fato dele não me dar um estoque novo de flechas explosivas.
Os quatros desataram a rir, achando completamente engraçado o comentário do arqueiro. Aquele era o melhor lado em ter aquelas pessoas como seus amigos, eles se importavam demais, qualquer pequeno espirro não planejado de Stella, eles correriam para a socorrer.
— Como você está? — Natasha questionou dessa vez, dirigindo a atenção a amiga.
A Viúva Negra trajava um vestido vinho de matar, estava perfeita.
— Não tô me sentindo muito bem para falar a verdade. — respondeu, evitando os olhares deles. — Acho que vou pra casa.
— Acabou de chegar. — Rogers a contrapôs.
— Eu sei mas... Amanhã tenho que resolver algumas coisas da faculdade e... — a garota gaguejou a resposta quando olhou de relance por cima dos ombros e notou o homem de ferro ainda na mesma posição. — Ajudar nos preparativos do festival lá.
Não era como se eles fossem namorados né? Afinal só tinha rolado um beijo e nada mais. Então por quê ela estava ao ponto de surtar? Talvez a jóia continuava a desequilibrar suas emoções cada dia mais do que no anterior. Stella deu um sorriso pacífico para os três amigos, antes de se levantar da banqueta decidida a ir embora, afinal tinha coisas importantes para fazer no dia seguinte. Porém, o toque melancólico de Never Enought atraiu sua atenção.
— Se dançar comigo, prometo ficar mais um pouco. — pediu ao Vingador, recebendo um olhar incrédulo do amigo.
— Stella, eu não danço. — Rogers contrapôs, totalmente sem jeito.
— Ah qual é? Vocês me negam tudo.
— É, qual é Steve? É só uma dança. — Natasha colocou lenha na fogueira, a tempos de ver ele revirar os olhos
A mais nova não deu nenhuma brecha para que o mais velho começasse a ditar os motivos exatos para não dançar, ela puxou o braço dele o levando até o meio da pista de dança — onde os restantes dos convidados dançavam.
— Odeio danças. — o loiro resmungou, envergonhado pelos olhares dos convidados.
— Você é tipo um idoso, devia saber dançar.
Do outro lado do saguão, ali no bar. O arqueiro olhava intrigado para a dupla de amigos dançando desajeitados no meio do salão, diferente de Natasha que olhava tudo com a maior graça.
— Não tô te entendendo. — Barton comentou, dando outro gole em sua cerveja.
— Vai entender... — a ruiva zombou em um tom brincalhão, deixando a frase morrer ao perceber o dono da casa se aproximando.
— Barton, Romanoff. — Tony os cumprimentou, se inclinando no bar para pedir um drinque.
— Stark. — os dois agentes dizerem em uníssono, sem mover os olhos dos dançarinos.
O homem de ferro apoiou o braço direito sobre o bar, cruzando suas duas mãos, seguindo o olhar dos amigos, enquanto esperava sua bebida. Os braços de Stella estavam passados ao redor do pescoço de Rogers, enquanto o mesmo mantinha as duas mãos totalmente desajeitadas na cintura da garota. Se não fosse crítico, ele até poderia achar graça da situação — se não estivesse se coçando para ir até lá e acabar com aquilo.
Embora Tony fosse do tipo que negasse à todo o custo a importância daquele assunto, ele sabia que não poderia continuar ignorando aquilo por muito mais tempo.Tinha passado tempo demais se afundando nos trabalhos da indústria e nos novos protótipos da armadura — tentando ignorar a maneira que seu subconsciente insistia em ficar se lembrando daquele dia. O peso da culpa sobre seus ombros lhe afastava da realidade, lhe jogando contra sua própria parede que lhe separava do mundo real.
— Tudo bem aí? — a voz da Natasha o questionou, levantando a mão livre até a orelha, fingindo escutar algo. — Juro que escutei alguma coisa se despedaçando por aqui.
— Ha ha, só perde pro silêncio. — o moreno retrucou desviando os olhos da pista de dança, virando o copo de bebida em um só gole, sentindo a queimar em sua língua.
Se afastando do bar em seguida, bem no exato momento em que a música chegava em seu clímax e os passos de Stella e Steve se encontravam mais animados e ambos continham um sorriso no rosto. Demonstrando a mudança de humor repentina.
Os dois Vingadores trocaram olhares entre si, ao ver o homem saindo dali.
— Pra que inimigo com uma amiga como você. — Clint zombou, esticando a nota de cinquenta doláres para a mulher. Aceitando totalmente a própria derrota.
— Eu disse. — a ruiva deu de ombros, guardando o dinheiro entre os seios, com um sorriso triunfante nos lábios.
Stark terminou de cumprimentar seus convidados, isso lhe custou toda a sua bendita paciência. Então virou mais um copo de whisky na boca, apreciando o amargo da bebida no fundo de sua mandíbula. Antes de decidir deixar a festa e descer para a oficina.
Não era nenhuma novidade que a batalha de Ultron tinha atormentado Tony de uma maneira surreal, os pesadelos só haviam piorado depois daquilo. Às noites de insônia começaram a o deixar neurótico, então ele simplesmente se desligou enquanto buscava respostas. Por isso aquela festa estava acontecendo um mês depois da luta, pois ele se sentia um pouco melhor para encarar as coisas de frente.
Tony não estava sendo indiferente de propósito naquele último mês, ele nutria algum tipo de sentimento por Stella e isso era percetível para todos seus amigos. Mas, a maneira que isso o atormentava era realmente assustador, pois as lembranças daquela batalha insistiam em lhe atordoar... Recordando o tempo inteiro de que ele não forá suficiente.
Assim que entrou na oficina, afroxou a gravata ao redor de seu pescoço, se sentando na cadeira azulada. Vários dos papéis ainda estavam acumulados ali, um sobre o outro — indicando várias noites sem dormir. Tony soltou o ar pesado de seu peito, desejando pela vigésima vez naquele dia, um momento de paz em sua mente... Pois parecia que as coisas ali dentro nunca se acalmava.
Lá do lado de fora a música acabava de se finalizar e os dois amigos que antes dançavam, já estavam de volta no bar.
— Água. — a menina pediu, tentando controlar sua respiração ofegante. Dançar realmente exigia esforços, principalmente de alguém sedentária.
Romanoff olhava para Stella de um jeito estranho, com o canudinho entre meio os lábios e uma sobrancelha arqueada.
— Você tá literalmente me assustando.
— Nossa dança foi tão ruim assim? — Steve perguntou, também prestando atenção na ruiva.
A verdade era que naquele meio tempo em que Natasha conhecia Stella era o suficiente para se importar com a menina, de uma maneira absurda. Então se fosse necessário ela faria de tudo para que a garota não precisasse sofrer, pois no fundo as dores que Stella guardava apenas se acumulava diariamente, como se esperasse o momento certo para a explosão.
Talvez até fosse verdade, Stella se sentia tão apavorada consigo mesma que evitava ao máximo lembrar daquele dia e da imagem de Pietro se explodindo diante de seus olhos. Era horrível ter que encarar Wanda depois de tudo aquilo, mesmo a garota já tendo dito que não havia sido culpa dela — Stella iria se culpar pelo resto de sua vida. Afinal a explosão veio de seu corpo, aquela coisa já estava em você. O barulho exato que a bomba fez quando o vibranium se eclodiu com a jóia, não saia da cabeça dela.
Nos segundos em que observava a pequena discussão entre Clint e Natasha, sobre se a sala de estar da casa dos Bartons seria um bom espaço para um escritório. O celular da garota vibrou, dentro da pequena bolsa preta que estava pendurada em seu ombro.
Quando deslizou o polegar sobre a tela, o nome "Senhor Stark🔥" piscou indicando uma nova mensagem. Nem se lembrava de quando havia salvo o número dele com aquele nome, então apostou que tivesse sido Natasha, já que nos últimos dias a mais velha insistia em piadinhas sem graça.
"Oficina.
Emergência.
— Sabe quem sou."
Ela não queria ir, não depois de tudo que tinha acontecido. Então virou a tela do celular para baixo, ignorando a mensagem. Porém segundos depois o mesmo vibrou novamente.
"Se não aparecer em 5 minutos,
sexta feira vai anunciar
pela casa toda."
Ela olhou novamente a mensagem, amaldiçoado todos os Deuses / amigos que a fizeram estar ali naquela noite. Ninguém planeja festejar após ter matado alguém e quase ter matado um dos Vingadores, porém parecia que os heróis não ligavam muito para aquilo — quase como se já tivessem matado pessoas o suficiente que aquilo nem era mais tão importante assim.
Stella estava cansada, mesmo quando se levantou do banquinho e discou o número do táxi — ainda se sentia cansada e não sabia do que exatamente.
Alguns minutos depois ela estava passando pelo hall da sala, onde um piano se encontrava e algo parecido com um pedestal de água caia serenamente. Ela desceu os degraus indo em direção a oficina, não que já tivesse estado ali... apenas sabia onde era. Assim que chegou, uma enorme parede de vidro a separava do lado de dentro do lugar.
Dali daquele lugar, Tony parecia completamente distraído como se estivesse ocupado demais com seus próprios pensamentos. Na lateral esquerda estava acoplada sete das Marks, as armaduras pareciam impecáveis com todas aquelas luzes azuladas por atrás. No meio da oficina tinha algo parecido com um palco, onde Stella suspeitou ser o local onde ele experimentava os trajes.
Demorou alguns segundos para Stark notar a presença da mulher, mas assim que bateu seus olhos em Stella, fez um movimento com a mão para que ela entrasse.
Todos aqueles últimos dias do último mês, Tony apenas pensava em uma maneira de a fazer se sentir bem depois de tudo que aconteceu. Mas era tão difícil se aproximar, as palavras nunca pareciam ser as certas e isso lhe deixava nervoso pois não queria que soasse indiferente, mesmo agora sendo exatamente isso que parecia.
— O que foi? — Stella questionou com desdém de imediato no instante em que botou os dois pés dentro da oficina.
As sobrancelhas da mulher estava totalmente arqueadas, bochechas rosadas e uma linha reta nos lábios. Ela estava chateada, isso era evidente.
— Podemos conversar como dois adultos civilizados? — Tony perguntou, apoiando as duas mãos na cintura olhando totalmente para ela. — Ou um adulto e meio?
Stella franziu o cenho e o nariz ao mesmo tempo, demonstrando sua total insatisfação.
— No último mês você só conversou comigo três vezes, e uma das falas foi "Me passa o cereal." — fez aspas com os dedos, segurando sua impaciência.
— Eu estava um pouco ocupado.
— Vá direto ao ponto, tô esperando um táxi. — ela concordou fingindo total desinteresse no que ele tinha a dizer.
Olhando de perto dava para ver a total diferença que agora emanava por ela, Tony percebia a maneira que a garota agia.
— Bom, primeiramente eu não estava dando em cima daquele modelo. Ela até que queria...
— O que tenho haver com isso? — o interrompeu. Tony franziu o cenho confuso. — Quer dizer, você deve preferir mulheres mais velhas tipo você. Não tenho nada contra.
— Vou ignorar o fato da maneira que isso soou ofensivo.
— E é lá mentira? — ela deu de ombros, se recompondo. — Olha Tony, não precisa se justificar nem nada. Não estamos em um relacionamento, foi só um beijo. Já foi.
Ele negaria até a morte, mas aquilo definitivamente assustava. Ter alguém entrando na sua vida é realmente algo surpreendente. Porque eles trazem seu passado, presente e futuro com eles. E toda a vida dessa pessoa vem junto com ela. O coração é frágil e pode ter sido quebrado... Esse coração está vindo também.
E se tinha uma coisa que Tony sabia era que aquela garota ali estava profundamente assustada com a maneira que sua vida havia virado de cabeça para baixo.
— Não foi só um beijo. — dessa vez quem fez cara de desdém foi ele, sua voz saiu rouca.
A garota franziu os lábios em breves segundos, antes de soltar um sorriso que parecia ser digno de pena.
— Não tô entendo o sentindo dessa conversa, qual a emergência? — questionou com um leve tom de irritação, se sentia um brinquedo quebrado.
— A emergência era você dançando com o Rogers. — exclamou com seu tom de voz levemente alterado, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Sua expressão estava zangada, as sobrancelhas formando um vinco no meio da testa e suas rugas ao redor do nariz.
Demorou alguns segundos para Stella processar aquela frase, então ela soltou uma risada sarcástica. Cruzando os braços acima de seu peito, mudando a postura.
— Então me trouxe aqui apenas em uma das suas tentativas fúteis de sedução? Não deu certo com a modelo, sou seu escape?
Ela respirou fundo, como se tentasse controlar si mesma de explodir.
— Sua falta de fé em mim é realmente assustadora. — se defendeu, fingindo estar com o orgulho ferido.
Stella sabia, os arrependimentos são inúteis, não adianta chorar pelo leite derramado. O tempo não vai voltar para você.
Tudo o que você pode fazer é devagar encher o copo novamente.
Isso não se referia exatamente a ele, pois não tinha feito muita coisa com Tony. Mas ela não conseguia mais, existia aquela questão não resolvida entre eles, aquele e se? Aquela coisa invisível que continuava fazendo seu coração palpitar e sua pressão subir, todas as vezes em que ele estava por perto.
— Olha, Tony...
— Eu não consigo dormir. — ele interrompeu a frase dela, pegando a de surpresa. — Eu não consigo!
O olhar dele parecia controlar quaisquer movimento dela, Stella se sentia presa sem ter para onde fugir. Aqueles eram os olhos que ela esperava terem voltado para si, quando ele prometerá.
Ele se abaixou para pegar algo ali dentro de uma das caixas, enquanto mantinha seus olhos nela.
Definitivamente Stella havia mudado, isso era percetível. Ele poderia culpar o poder ou qualquer outra coisa, mas em partes sabia que ela não conseguia evitar.
— Olha, pode parecer confuso e um monte de coisas a mais. Você pode até me chamar de louco, mas isso eu também já sei.
Ele se explicava enquanto procurava a coisa dentro da caixa, deixando Stella totalmente assustada com aquele comportamento avulso do homem. Ele segurou o objeto com força entre meio seus dedos, se reerguendo ficando de frente a ela.
— Eu não consigo dormir, Stella. Você tá sempre lá, isso fica mexendo com a minha cabeça e eu não consigo resolver. — Tony gesticulava como um doido, ele respirou fundo com certa paciência antes de colocar o álbum em cima da mesa, diante dos olhos dela.— Quando fomos ao orfanato você trouxe isso, certo? — questionou, recebendo uma concordância de cabeça. — Bom, de primeira achei que poderia ser apenas uma coincidência maluca e tudo mais. Porém, — ele abriu o caderno aveludado, folheando até parar na foto. — essa foto... mil novecentos e noventa e quatro.
— O que tem? — ela se inclinou para observar a fotografia com mais êxito.
— Esse é meu pai. — apontou para o rosto do homem. — Esse sou eu, essa é você.
Stella franziu os lábios, impressionada e questionou;
— Como sabe que essa sou eu?
— Fácil. Seus olhos e esse cabelo amarelado. — gesticulou com as mãos. — Enfim, estamos todos reunidos aqui. Especificamente nesse dia... Você por acaso se lembra de alguma coisa estranha? Que meu pai fez com você ou algo pior?
— Não tô entendendo onde você quer chegar.
— Paciência jovem. — Tony irrompeu, caminhando até o outro lado da sala, pegando algumas pastas e voltando para perto dela. — Você fez parte de algum experimento, isso é óbvio, sinto que não nasceu assim. Porém, meu pai nunca foi caridoso e isso não aconteceria do dia pra noite se ele não tivesse planejado alguma coisa...
— Deixa eu ver se entendi. — Stella se levantou da cadeira, encostando na mesa, mantendo os olhos sobre Stark. — Seu pai, tem algo haver com essa coisa dentro de mim?
— Sei que parece insano, mas é a única questão plausível... Só preciso de provas concretas, tô bem perto de descobrir. — ele gesticulou novamente com as mãos, tentando prender a atenção dela. — Andei pesquisando sobre tudo, por isso andei sumido. Não tava te ignorando pelo beijo nem nada parecido, só como eu disse: ocupado. Não dá pra fazer várias coisas ao mesmo tempo afinal, precisava me concentrar.
Um minuto de silêncio se espalhou pela oficina, um Tony com semblante estranho esperando ela dizer algo. E uma Stella com um olhar de desdém e cara de nada, ela piscou repetidas vezes antes de prosseguir.
— Fez essa explicação toda pra no final jogar esse assunto novamente?
— Não é nenhuma novidade isso entre nós. Você sabe que temos segundas intenções. — foi sincero olhando irônico para ela, apoiando as duas mãos sobre a cintura.
Mantendo toda sua atenção nela, esperando especificamente pela mexida desconfortável que ela fazeria, mas ela não o fez. A mulher franziu os lábios em uma expressão pensativa, antes de decidir dizer algo.
— Eu vou ser honesta com você. Isso, — apontou entre os dois em um movimento vai e vem. — é algo completamente platônico, queremos transar um com o outro, nada demais. Então, será que poderíamos fingir que essa tensão sexual desgraçada não existe? Pois não vai dar certo, então vamos evitar o óbvio. Isso já tá me tirando a paciência totalmente, preciso me concentrar em coisas reais.
— Nossa. — ele soltou acompanhado de uma expressão uau, com um sorriso largo no rosto e olhos brilhantes. — Sexo resolve tudo.
— Ah, pelo amor de...
Ele não permitiu que a mulher resmungasse a frase por completo. Tony quebrou o pequeno espaço que continha entre ambos, prendendo ela totalmente contra a mesa. O olhar assustado da garota, aumentou totalmente a excitação dele. Stella abaixou os olhos assustada, sem saber como agir, tentando evitar se derreter totalmente naquele instante. Seus batimentos cardíacos já estavam disparados, a pressão aumentando e seu teor sexual no máximo.
Ele era um playboy, nenhuma garota ao lado dele durava mais do que uma semana. E Stella definitivamente não queria ser uma dessas.
Tony abaixou o rosto, roçando a barba no pescoço da mulher. Deixando um beijo molhado no lugar, esperando pela reação que aquele simples ato provocaria em seu corpo.
— Não faça essa cena toda, você sabe que quer.
— a voz dele saiu totalmente rouca, arrepiado qualquer mera existência de pelo no corpo dela.
Se suas pernas fossem gelatina, Stella já estaria no chão. Uma tremedeira incontrolável tomava conta de seu corpo, era a primeira vez em tempos que se sentia excitada de verdade. Não queria que fosse com Tony, não queria deixar aquilo acontecer pois ela sabia... Nunca conseguiria superar. Se já ficava abalada só de se lembrar do beijo, imagina quando o sentisse dentro de si?
— N-não...— sua voz saiu falhada, quase em um som inaudível acompanhada de uma leve gaguejada.
— Eu acho que sim.
O moreno sustentou o olhar sobre as pupilas dilatadas, apertando a cintura dela com mais força. O bom naquele instante era o fato da garota estar trajando um vestido, o que facilitou totalmente a ação de Stark. Ele tocou o tecido por dentro do vestido de Stella, sentindo a pequena umidade que já se instalava na calcinha.
Tony deu um sorriso malicioso ao perceber a maneira que tinha poder sobre ela, naqueles segundos Stella era totalmente sua... o olhar dela parecia implorar para que tudo acabasse de uma vez. Não tinha responsabilidade, não tinha nenhuma batalha, não tinha grupinho de amigos. Era apenas os dois presos naquela oficina, livre para fazer o que tiverem vontade.
Ele a pressionou com certa força, sabia que ali era o ponto fraco. Empurrou com o polegar a lateral do tecido da calcinha, penetrando seu indicador lentamente.
— Você é a porra de uma ótima provocadora. — sussurrou novamente no ouvido de Stella, sentindo a maneira que a pele dela borbulhava de calor. — Sexta feira, avise a todos que a festa está acabada.
Sorriu satisfeito consigo mesmo, quando notou as pupilas dela totalmente dilatadas e os olhos transbordando desejo. Eles estava fodidamente excitados, iria fazer aquela ser a melhor foda de toda a vida de Stella. Ela já estava derretendo em seus dedos, não seria tão difícil.
Tony começou a fazer movimentos circulares sobre o clitóris da mulher, as coxas dela se contraia a cada pequena ação que os dedos ágeis dele proporcionava.
Sua ereção se sentia presa naquela calça, ele queria apenas tirar e agilizar um pouco mais as coisas. Porém primeiro, tinha que a fazer o desejar.
Stella pendeu a cabeça para trás, quando os dois dedos de Stark lhe penetrou com um pouco mais de velocidade. Com o polegar o moreno fazia movimentos circulares, enquanto mantinha o movimento de seus dois dedos, em um vai e vem, totalmente lento.
Ela se pegou pensando se havia sido impulsiva em descer ali pra baixo quando ele a chamará, sua respiração estava ofegante e, sua boca molhada. Será que havia sido um erro? A partir dali ela sabia que não tinha mais como voltar atrás, o barulho da música do salão — a mantinha em alerta, parecendo apenas uma miragem.
Tony desejava que aquele momento tivesse acontecido milhares de vezes antes, que não tivesse perdido tanto tempo fodendo sua cabeça com os problemas da sua vida.
O olhar dela entregava todo o jogo, Stella queria o toque de Stark cada vez mais. Com mais força, mais precisão, mais quente. Mais dentro...
Ela o queria.
Tony Stark era o homem mais gostoso que já havia tocado seu corpo. Poderia gozar apenas por olha - ló.
Como se lesse os pensamentos da mulher, Tony aumentou a quantidade de dedos, apressando os movimentos. A menina fechou os olhos sentindo o prazer que aquilo a proporcionava. Suas pernas começaram a tremer, quase como se não suportasse a energia que se arrastava por todo seu corpo. O moreno a ergueu em seus braços, tirando seus dedos totalmente de dentro do calor dela — no instante em que Stella quase chegava em seu ápice.
Ela lhe lançou um olhar piedoso, desaprovando totalmente aquela atitude.
O homem de ferro a colocou sentada sobre a mesa, derrubando alguns dos papéis que estava ali. Tomando os lábios dela dessa vez, enquanto a mesma o puxava para mais perto de si. Tony se posicinou no meio de suas pernas, soltando um gemido quando ela impacientemente apertou seu pau coberto pelo tecido da calça.
Stella puxou o corpo dele pela nuca, roçando o cabelo recém cortado, abrindo a boca totalmente sobre a dele aprofundando o beijo malicioso. Tony já estava ternuamente impaciente, suas mãos desciam e subiam em movimentos agressivos sobre as costas da garota. Era como pequenas faíscas de chamas que se preparavam para iniciar o incêndio. Ele explorava seu corpo, tocando cada região pela primeira vez. A parte de dentro de suas coxas ardiam a cada passada de dedo que ele fazia, deixando a respiração dela totalmente desregulada em um misto de ansiedade.
Com os lábios ainda juntos em um beijo fogoso, ele espalmava sua bunda, dando apertos contínuos. Fazendo Stella arfar entre meio a gemidos. Quando o ar fez falta Tony aproveitou o momento para descer os beijos pelo pescoço, chupando alguns pontos deixando sua marca.
Ele terminou de jogar para o chão o restante das coisas que estavam sobre a mesa e deitou o corpo da garota sobre o metal gelado, que a fez arrepiar por completo. Seus mamilos já estavam sensíveis e doloridos em busca de um melhor contato, aquilo era a perdição.
Tony beijou sua barriga, sentindo a pele dela borbulhar de calor — e foi descendo os beijos até chegar na parte de dentro a sua coxa. Dando chupões e beijos molhados, sem se importar com a marca que ficaria ali no dia seguinte. Então ele chegou ao lugar que ela ansiava. O moreno deu um beijo por cima dos lábios, segundos depois começou a fazer movimentos circulares com a língua — entrando e saindo de dentro da buceta, repetidas vezes. Fazendo com que Stella arfasse e levantasse as costas da mesa, se contorcendo com o prazer que ele lhe proporcionava.
A respiração dela mal conseguia sair direito, invés disso sussurros e gemidos inaudíveis saiam por sua boca. Alguns eram amaldiçoado Deus por ter feito um homem tão gostoso e talentoso como aquele e, outros era agradecendo qualquer alma existente por ter feito sua vida se cruzar com Tony Stark.
Ele continuava os movimentos com a língua, dessa vez usando os dedos para lhe auxiliar enquanto sugava e beijava o interior da buceta — como se aquela fosse a coisa mais prazerosa de todo o mundo. Quando Stella sentiu suas pernas tremerem e o arrepio percorrer todo seu corpo, indicando que estava perto de gozar. Ela puxou Tony pelos cabelos, levantando a cabeça dele, tendo uma visão fodidamente gostosa da expressão perversa cheia de luxúria que o rosto dele proporcionava.
Stella o puxou para cima, se sentando novamente na mesa. Sentindo a boca dele se pressionar contra a sua, transbordando todo o seu próprio gosto a sua língua. Totalmente sem paciência, precisava o sentir agora.
Tony tentava tirar o vestido do corpo dela, porém não estava sendo nada útil. Sua dor parecia aumentar, seu pau pulsava dentro da calça. Não aguentava mais, desabotou o cinto — enquanto sua língua percorria a boca de Stella, sem perder tempo. Às mãos dela desceram até seu membro, em uma tentativa de tirar aquela coisa logo e agilizar o processo.
Os dois gemeram. Ela quando sentiu o tecido fino da box sobre seus dedos e ele quando sentiu o toque dela em seu pau.
Sem perder tempo.
Era isso que ambos repetiam em suas cabeças, precisavam daquilo como se fosse a última coisa viva na face da terra. Segundos depois a box branca de Tony estava no chão e seu membro estava para fora. Stella moveu a mão novamente para tocar Stark totalmente, envolvendo - o em seus dedos, começando a fazer movimentos leves de vai e vem. Ao redor da cabeça rosada do pau de Tony, o líquido facilitava os movimentos intensos da garota. Enquanto o moreno arfava em seu ouvido, quase como se implorasse que continuasse.
Foi então que ele perdeu a paciência, não aguentava mais aquela tortura. Tony puxou Stella para a beirada da mesa, a segurando firme pela cintura e, posicionou seu pau em sua entrada.
Penetrando totalmente sem nenhuma piedade, não começou com estocadas fracas. Naquele instante ele não fazia ideia do que significava ir devagar, quem estava transbordando excitação era ele.
— T-Tony... — ela o chamou em meio a gemidos, mal conseguia manter seus próprios olhos abertos.
Embora tentasse e quisesse ter a visão dos olhos achocolatados transbordando todo aquele desejo, Stella não conseguia os deixar aberto de tanto prazer que isso lhe proporcionava... Era quase impossível.
Os dedos dele se enrolaram na nuca dela, a segurando pelos cabelos, aumentando a pressão das estocadas. Entrando e saindo com toda sua força possível. O bater da bunda de Stella na mesa, o barulho dos gemidos de ambos, as respirações ofegantes. Era tudo aquilo que engoblava o que aquele desejo sucumbido desde a primeira vez que se viram significava.
— Porra, você é tão... gostosa. — ele segurou os gemidos entre os dentes, mas sua expressão facial lhe entregou.
Tony mantinha a boca aberta para conseguir respirar melhor, enquanto uma mão sua a puxava pela nuca a fim de um contato melhor. Odiou estar na oficina, queria a foder na cama... Totalmente pelada.
As pernas de Stella se contrariam, pressionando o membro de Tony dentro de si — indicando que o orgasmo estava próximo novamente. O homem aumentou a velocidade da penetração, entrando e saindo com mais força. Então alguns segundos depois seu líquido quente se derramou sobre o pau latejante e duro de Stark, quase como se fosse uma energia multiplica que o obrigou a aumentar a velocidade mais uma vez — já que também estava prestes a gozar.
Dito e feito, Tony pressionou as mãos ao redor da cintura de Stella — para um melhor equilíbrio. E aumentou a velocidade das estocadas, sentindo seu pau latejar. Segundos depois ele o retirou de dentro do lugar quentinho que estava, jorrando o líquido branco
na coxa da garota. Os dois arfando por ar, as bochechas rosadas e os olhares presos um no outro. Ambos contaminados pela luxúria e o prazer, vendo aquele momento de desejo se esvair e se estagnar no ar.
OWW MEU LENÇOL DOBRADO JÁ TA TODO BAGUNÇADOOOOOOOO
Me digam, chegamos com tudo nessa segunda parte hein? Tô morrendo de inveja da Stella, não nego mesmo. Segurei esse capítulo por muito tempo, mas nossa senhora gente QUE FOGO FOI ESSE?
Tô quase sem ar, quero esse homem pra mim.
Essa nova etapa promete um turbilhão de sentimentos. Espero que tenham gostado e, me digam o que acharam. Tô ansiosa demais. Um beijão e até a próxima ❤
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