19 | ARE YOU LOST?
{ Você está perdido? }
⎊
AS COISAS MUDAM RÁPIDOS DEMAIS, UM PEQUENO INSTANTE FAZ TODO SEU PLANO ir por água abaixo. Todas as coisas de sua vida jamais irá ser da maneira que você imaginou, aquele filme que esperou tanto para o lançamento, quando o assistir pode ser completamente diferente do que pensou. Aquele dia em que planejou fazer milhares de coisas, pode terminar com você sentado no sofá sem ter feito nada daquilo. Tudo e todas as coisas são incertas, você nunca irá saber, não dá para adivinhar, afinal ninguém aqui é Deus. E mesmo se fosse, será mesmo que existe esse tal de livre arbítrio? Será que as nossas escolhas nós trouxeram a exatamente esse momento de nossas vidas?
Um pouco afastado da igreja, os humanoides saiam do chão, como se estivessem por baixo da terra. Em toda a cidade, em todo o lugar dali. Alguns subiam pelas montanhas, enquanto outros sobrevoavam a cidade. Era exatamente aquilo que os Vingadores estavam tentando evitar. Vários deles começaram a atacar as pessoas, o caos na avenida estava pior do que antes. Tony se deu conta do que estava acontecendo, saindo um pouco de seu transe, deu uma olhada para o corpo da garota indeciso sobre o que fazer.
— Vão! — O Capitão gritava para as pessoas, enquanto ambas corriam pelas ruas.
Os humanoides continuavam o ataque. Em cima de um dos prédios, Clint supervisionava tudo, atirando flechas nos robôs que começavam a subir ali também. A garota Maximoff e seu irmão tentavam tirar as pessoas da cidade, estava cada vez mais difícil. Os robôs continham armas pesadas, daquelas que Ultron havia manipulado.
— Ultron. — a voz de visão o chamou, ele estava no céu, então o robô levantou voou para ir falar com ele. Deixando a igreja totalmente sozinha.
Stark olhou novamente para o corpo de Stella conectado naquela máquina, antes de levantar voou para fora da igreja. Os humanoides atacavam as pessoas que corriam pelas ruas, aquela era a definição de catástrofe. Tony não poderia tentar tirar o corpo da menina dali naquele instante, pois a maneira que tudo se acabava do lado de fora era o significado de emergência. O homem de ferro sabia que Ultron não a machucaria, pelo menos não naquele instante. Ela tinha que permanecer viva para o plano dele funcionar, mesmo tendo total certeza disso, Stark sentia um pavor se alastrar dentro de seu peito ao ter que a deixar novamente.
Não havia tido tempo suficiente para que eles conseguissem tirar todas as pessoas dali, na verdade ás coisas tinham ficado piores. O garoto russo atingia os robores rapidamente, fazendo com que a maioria deles se partissem no meio.
— Sexta - feira, o visão. — Tony alarmou, no instante em que derrubava um dos humanoides.
— Está funcionando, está deletando Ultron da internet. Não vai escapar por lá.
Ótimo, pelo menos isso.
— Preciso de alguém para tirar Stella da máquina. — o moreno comunicou, soando no ouvido de todos.
— Como assim da máquina? — Rogers questionou ofegante.
— Aquele filho da puta conectou todos os cabos no coração dela. Mesmo eu sendo fodidamente brilhante, não tem como a tirar de lá sem a certeza de que ficará bem. — Tony respondeu, com certa dificuldade em respirar, havia afastado quatro pessoas da rua e matado oito dos humanoides.
— Estou indo. — o Arqueiro esclareceu, descendo do prédio em que estava.
— Cadê o Bruce e a Natasha? — Stark se deu conta de que os dois amigos estavam desaparecidos até então.
— Já devem estar chegando. — Steve cogitou.
O dia mal havia começado, o nascer do sol estava deslumbrante por trás das montanhas, fazendo todo aquele lugar parecer ter saído de um lindo quadro de pinturas. Porém, a realidade era diferente. Não tinha nada de deslumbrante na maneira que algumas pessoas estavam morrendo e se machucando, não havia nada de lindo no jeito em que o desespero tomava conta de toda a cidade, era a coisa mais apavorante que poderia acontecer com alguém.
Barton conseguiu descer do prédio, deixando as ruas por conta de Wanda e seu irmão. O arqueiro correu em direção a igreja o mais rápido possível, explodindo com suas flechas especiais vários dos robôs no meio do caminho.
Pela primeira vez naquele dia, a respiração atingiu o peito de Stella com toda a força possível naquele instante. Era uma dor da qual nunca havia sentido antes, como se reinasse sobre seu corpo. Cada pequena molécula de sua ardia ferozmente, lhe queimando totalmente de dentro para fora. Ela não conseguia diferenciar o que realmente estava acontecendo ali, não sabia se estava viva, nem se era um sonho ou realidade. Mas de um jeito ou de outro, Stella não gostava daquela sensação que se alastrava por todo seu ser.
Uma força invisível parecia prender seu corpo, lhe impossibilitando de se mover. Não era como se ela realmente quisesse se esforçar para sair dali, apenas sentia que não deveria. Na vigésima vez em que tentou abrir seus olhos, tudo a sua volta girava — novamente igual a uma ressaca. Ela franziu o cenho por alguns segundos, antes de conseguir abrir os olhos por completo. A primeira coisa que enxergou foi paredes em tons amarelados claros, parecia estar em algum tipo de lugar de guerra, aqueles cenários de filme.
— Barton, já chegou? — Tony questionou o amigo, terminando de tirar mais alguns civis da cidade.
O arqueiro não respondeu, então Stark concluiu que ele estivesse ocupado.
Logo que Clint virava a esquina para chegar ao seu destino, Stella se deu conta do que estava acontecendo. Alguns tubos e fios escuros pareciam estar presos em seu corpo, ela seguiu com o olhar até parar com o queixo totalmente inclinado para baixo, indicando o centro de seu peito. Se nós tivéssemos como relembrar o momento exato em que o sentimento de vazio pareceu tomar conta de tudo a sua volta, esse definitivamente séria o momento em que Stella havia atingido essa sensação. Seu corpo inteiro estava alojado em alguma coisa, sua costa totalmente colada a um metal gelado.
Não é o medo da morte, nem nada parecido. Afinal, todos nós já pensamos em nosso último dia na terra, porém então qual era aquela sensação que parecia crescer cada vez mais por todo seu corpo? Era da mesma forma que se sentia quando Tony se aproximava demais de si mesma, era toda aquela adrenalina e sentimentos inexplicáveis... Era a coisa mais imprescindível em toda a face da terra. Era o tudo e o nada, o sol e a lua, o amor e o ódio. Tudo se juntava formando alguma coisa que ela nunca seria capaz de imaginar, não havia palavras o suficiente para descrever o que Stella sentia naquele instante.
Ela ainda não tinha se dado conta e assimilado tudo o que tinha acontecido até chegar a aquele momento em especifico, mas quando suas memorias pareceram voltar a funcionar, o arder do fogo dançou por suas veias. Em um misto de desespero e ansiedade ela procurou o bracelete ao redor de seu pulso, porém ali não havia mais nada, apenas um roxo indicando o lugar onde as microagulhas antes permaneciam. Se fosse em qualquer outro lugar, talvez Stella teria conseguido controlar aquela coisa dentro de si. Mas, aquilo ali era completamente diferente. O barulho da gritaria, as buzinas, o desespero, tudo aquilo apenas a deixou mais nervosa, elevando o seu sangue em uma porcentagem absurda de ser suportada.
A mulher não se deu conta do barulho estridente que ecoou por toda a cidade, mas Thor sim. O Vingador estava abaixo da terra, bem ali da onde os humanoides saíram. Ele estava em baixo da da coisa que conectava Stella à maquina. As paredes começaram a desmoronar bem no momento exato em que a maquina começou a se mover, como que se estivesse sido ligada. Os fechos de luzes azuis era a única coisa que Thor conseguia ver, além de toda aquela poeira causada pelas pedras.
No meio da rua, rachaduras começavam a aparecer no asfalto, indicando que o plano dele estava funcionando. Parecia vim das montanhas, porém percorria a cidade inteira. Causando uma enorme rachadura por todos os lugares, ainda havia civis ali. O Capitão América corria pela ponte, no intuito de salvar o restante do pessoal, mas algo deu errado em algum momento. A ponte se quebrou pela metade, tudo se ergueu.
— Sexta - feira? —Tony chamou a interface, ao perceber que algo estava errado.
— Sokovia vai dar um passeio. — a IA lhe respondeu, soando totalmente embargada.
Metade dos prédios que estavam interligados, se destruíram no momento em que a cidade começou a subir.
— Estão vendo a beleza disto? — Ultron questionou, completamente sarcástico. Observando a cidade totalmente de cima. — A inevitabilidade, vocês se erguem apenas para cair. Vocês Vingadores são mil meteoros, minha espada certeira é terrível, e a terra irá rachar com o peso da derrota de vocês. Quando a poeira abaixar a única coisa viva nessa mundo será de metal.
Então aquela era a jogada final, a cidade inteira se elevando do chão daquela maneira, pronta para desabar a qualquer momento. Não tinha nem números suficientes para definir quantas pessoas morreriam com aquele misero erro, iria ser aquilo a acabar com a carreira de heróis deles.
— Barton? —Tony chamou o amigo, enquanto segurava um carro com quatro pessoas, os impedindo de cair lá em baixo. — Clint, porra.
Parecia que a conexão havia caído, da mesma maneira que Sexta - feira parecia se apagar. Algo estava errado, muito errado. O homem de ferro não suportaria nem em um milhão de anos, carregar o peso da morte de todas aquelas milhares de pessoas. Decidiu voltar para a igreja, não iria ficar esperando que outros resolvessem aquilo, ele mesmo iria fazer. Salvaria Stella, destruiria a maquina e depois tudo voltaria a ser como antes.
Romanoff havia feito Bruce se transformar no Hulk, já que o cativeiro era longe e não haveria como eles chegarem a tempo. O cara verde corria e pulava as montanhas, com a ruiva sobre sua costa. Os gêmeos continuavam salvando as pessoas que estavam nas ruas, enquanto Thor saia de baixo do lugar da onde estava e Stark sobrevoava a cidade novamente. Tudo estava se erguendo, acompanhado de um milhão de solos abaixo, Tony parou no ar — afastado da cidade, para ter uma visão completa ali de longe.
— O núcleo de vibranium tem um campo magnetítico, é o que mantem a rocha integra e totalmente ligada ao corpo de Stella. — a interface da armadura avisou o chefe.
— E se tirar a coisa dela, vai cair ? — questionou, enquanto os gráficos continuavam a aparecer em sua visão.
— Inconclusivo. No momento o impacto vai matar milhares, se for alto o bastante; extinção global.
As definições de merda haviam sido atualizadas, Tony tentou não lhe permitir surtar naquele instante. Precisava bolar um plano extremamente rápido, não havia outro jeito. A cidade continuava a se elevar, ficando cada vez mais alta. Os prédios das beiradas se despedaçava...
— Aquele prédio não está vazio, décimo andar. — sexta - feira avisou novamente a Stark.
O homem de ferro voou em direção ao lugar, quebrando a janela com o reator, entrando rapidamente em seguida. Ele quebrou a porta do banheiro, encontrando os pais e o menino acolhidos no canto do banheiro.
— Hey, ok... Entrem na banheira.
O prédio se fundia com o chão, entrando totalmente para o fundo do núcleo. Stark segurou a banheira entre suas mãos metálicas, deixando a família totalmente segura ali dentro, voando para longe dos destroços.
— Inimigos indo em direção a ponte. — a interface alertou novamente.
— Capitão tá chegando alguém. — alertou o amigo, voando em direção a ponte. — Barton, tá na escuta?
— Eles já chegaram, Stark se preocupe em levar a cidade para o chão. O resto de nós tem uma tarefa, despedaçar essas coisas. Se forem feridos, ferem eles de volta. Se morrerem, levantem e lutem. — Rogers respondeu.
— Será que alguém pode me dizer se Stella está bem? — bravejou impaciente.
— Tive algumas complicações no meio do caminho. — a voz ofegante de Clint se justificou.
Parecia que o números de humanoides tinham se multiplicados, tornando a situação muito mais complicada do que antes. Quando Barton conseguiu chegar a igreja, a visão do corpo da amiga lhe atordoou por instantes.
— Ei, você tá legal? — a tocou pelos ombros em um questionamento.
O rosto dela estava ternamente abalado, as pupilas dilatadas e a expressão completamente assustada. Os fios de cabelos emaranhados, os lábios esbranquiçados e sua respiração parecia não sair.
— Stella? — Clint a chamou novamente, esperando por alguma resposta.
Porém nada acontecia, ele balançou os braços dela com delicadeza com medo de que a coisa conectada ao seu corpo fizesse alguma coisa. Alguns segundos depois, o olhar dela se esbarrou com o seu, foi então que o choque dela veio.
— C-como deixei i-isso acontecer? — ela questionou gaguejando, com o medo tomando conta de todo seu corpo.
— Ai, ai, tá tudo bem.
— N-não, é culpa minha. — Stella se lamentou hiperventilando, mexendo o corpo em um misto de desespero.
— Olha pra mim. — Barton ordenou, segurando o rosto dela entre meio as mãos. Todos sabiam que o contato visual era a melhor forma de acalmar uma pessoa em pânico. — A culpa é sua, é de todo mundo. Quem liga? Mas, você é capaz? Olha eu preciso saber por quê a cidade tá voando, tá bom? A cidade tá voando. Estamos enfrentando um exercito de robôs e eu tenho um arco e flechas, nada disso faz sentido.
— A cidade t-tá v-voando? — os olhos dela se arregalaram, fazendo o oposto do que Barton queria.
— Vai dar certo, vou te tirar daí. — Clint tentou a acalmar novamente, tocando sobre os cabos que lhe conectavam. — Stark, vou tirar os cabos dela.
A respiração de Stella estava entre cortada, seus batimentos acelerados e o calor emanando por todo seu corpo.
— Barton, não mexa nos fios. A conexão está interligada no vibranium, a cidade vai...
A conexão caiu totalmente, Clint não ouviu o restante da resposta. Nem mesmo se tivesse ouvido, teria feito alguma diferença. O arqueiro puxou o tubo do meio em uma velocidade considerada rápida e ágil, não queria que a garota se preocupasse mais com aquilo. Nenhum deles tinham tempo suficiente, Barton jamais a abandonaria ali no meio da cidade, pronta para ser acertada por um dos robôs a qualquer momento. Era perigoso e arriscado, deve ser por isso que ele fez tal coisa.
Nos segundos em que o homem arrancou tudo aquilo que a mantinha conectada naquela coisa, um buraco de tamanho médio no meio de seu peito começou a transbordar sangue. Os olhos da menina se arregalaram totalmente espantados, nos mesmos segundos em que uma coisa abominável tomou conta de seu corpo.
Foi tudo muito rápido, uma nuvem alaranjada puxada por vermelho pareceu se eclodir a sua volta. Toda a visão de Stella ficou escura, algo pareceu queimar seu corpo, como chamas de um fogo. Demorou alguns segundos para ela se dar conta do que havia de fato acontecido, faíscas amareladas dançavam pelo ar em pequenos fragmentos, tornando o tempo quase totalmente parado. Um zumbido ecoava por seus ouvidos,a impossibilitando de ouvir qualquer outra coisa.
À medida que os segundos se arrastavam, a pressão da jóia dentro de seu corpo aumentava. Foi a primeira vez em que ela sentiu totalmente o poder daquilo em seu sangue, a instabilidade era catastrófica, aquilo produzia fortes choques por todo seu corpo, provocando uma detonação. A igreja inteira havia ido abaixo, pedaços de concretos voavam pelos ares e todo o restante a sua volta havia se destruído... Ela não sentiu a maneira que seu corpo foi arremessado a dezenas de quilômetros, arrebentando todos seus ossos junto aos pedaços grandes de concreto. A jóia tinha feito aquilo, a maneira que o vibranium e ela se juntaram causaram toda aquela explosão termonuclear destruindo tudo e matando qualquer coisa viva no raio de vinte quilômetros.
Não tenho palavras pra definir qual meu sentimento nesse capítulo, insegurança me matando de novo. Apenas espero que gostem e apreciem, amo vocês sempre ❤
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