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16 | I DIDN'T FIND THE JEWEL, SHE FOUND ME

{ Não encontrei a jóia, ela me encontrou }

A PARTE MAIS DIFÍCIL APÓS UM DESMAIO É QUANDO VOCÊ ACORDA. Provavelmente já deveria ter me acostumado com essa sensação, mas ainda parecia novidade. Minha cabeça girava quase da mesma maneira de quando acordamos de ressaca, me sentia enjoada e tonta. Tentei me forçar a abrir meus olhos diversas vezes antes, porém não tinha mais forças para isso.

Então fiquei apenas ali sentindo o gelado do chão, enquanto ouvia murmúrios inaudíveis de fundo.

Barulhos de metais ecoavam por meus ouvidos, fazendo com que eu me sentisse péssima a cada segundo a mais. Talvez eu não deveria ter embarcado no jato, após todos negarem minha presença. Agora tinha certeza do motivo exato, sou péssima em me defender.

Conseguia sentir o frio do metal ao redor de meu pulso, o bracelete ainda estava ali. Então, pelo menos algo estava sobre o controle.

Soltei o ar de meu peito, tentando abrir os olhos novamente. Dessa vez diferente de antes, os consegui abrir.

Demorei alguns segundos para me acostumar com o ambiente, estava escuro e muito frio. Alguma parte em meu corpo doía como se estivesse sido quebrada, poderia ser minha perna ou algumas de minhas costelas.

Não sei. Apenas sinto a dor.

Após algum tempo, me sentei com certa dificuldade. O rosto cansado da Vingadora foi a coisa mais clara que havia ali.

— Finalmente. Não aguentava mais ser a única acordada. Esse robô ridículo não para de falar coisas desnecessárias.

Romanoff soltou um suspiro demonstrando seu cansaço, mantendo os olhos sobre mim. Sua expressão estava preocupante, na mesma proporção em que parecia calma demais.

Me ajeitei, encostando na grade.

— Faz quanto tempo? — minha voz saiu rouca, como se precisasse de água. — Onde estamos?

— Algumas horas. — Natasha respondeu se sentando ao meu lado. — Você tá legal? Não acho que deveria estar aqui... Ele tava murmurando coisas sobre a jóia.

— A do berço? — questionei confusa. Sentindo cada pequeno músculo de meu corpo arder de dor, como se estivesse pegando fogo.

— Sim. Sobre você também. — a ruiva me respondeu, tocando meu ombro para um melhor contato. — Estou tentando mandar algum tipo de mensagem para eles, coisa que o Clint saberia. Então, provavelmente nas próximas horas eles chegarão.

Tentei me sentir mais tranquila ao ver ela tentando me apaziguar. Sabia que eles viriam atrás de nós duas e eu também sabia que as coisas para mim estava ficando feias.

Uma onda de calor parecia me queimar, quase como uma febre.

Me manter sã e calma era a coisa mais difícil naquele instante, especificamente pelo simples motivo de que a metade das minhas memórias pareciam dar voltas em círculos e parar no mesmo lugar; o sorriso, olhos, boca e jeito de Stark.

Devia estar realmente doente, afinal estava trancada em um cativeiro com aquele robô filho da puta planejando o extermínio do mundo — enquanto meus pensamentos eram totalmente voltados para ele.

Será que estava bem?

Preocupado ou angustiado?

Será que ele pelo menos está tentando me achar?

— É um tipo de código de agentes? Igual aqueles que aprendemos no acampamento? — a questionei, vendo - a girar a pequena caixinha de rádio.

— Quase isso. — me respondeu sem tirar sua própria concentração.

— Você acha que vou morrer?

Natasha levantou os olhos, tirando sua atenção do rádio e a colocando totalmente sobre mim. O cabelo ruivo colado no rosto, bochechas avermelhadas e um pouco de sujeira ao redor. Ela franziu os lábios, antes de prosseguir.

— Por quê acha isso? — questionou com uma expressão preocupada.

Não respondi, já que não sabia a resposta. Definitivamente era uma coisa boa a se pensar, o seu último dia de vida. Estava perdidamente assustada, meu corpo parecia se esquentar cada vez mais. Enquanto minha cabeça rodava com as lembranças de Tony... Só queria saber o real motivo de ser ele, a coisa que estou pensando em um momento como esse.

Quando era mais nova, acho que devia ter treze ou doze anos, foi um pouco antes de ser adotada pela minha mãe. Tinha um garoto no orfanato, Dilan — nunca vou esquecer — que vivia brigando comigo, pegando no meu pé igual o restante das criancas que viviam lá. De fato é, nunca saberia o motivo exato por ter recebido tanto ódio gratuito daquela maneira. Ele era o pior deles, fazia todo tipo de brincadeira sem graça, até que um dia comecei a gostar dele.

Foi aí que percebi o tipo de pessoa trouxa que eu era. Por quê era loucamente apaixonada por quem me tratava tão mal daquele jeito? Não tinha um dia sequer, eram todos eles.

Às vezes, me pegava argumentando comigo mesma o fato de que era merecedora daquilo. Que todas as coisas ruins que me aconteciam, todas as brigas, machucados, brincadeiras de mal gosto, tratamento ruim. Tudo era minha culpa, como se eu não merecesse algo bom de verdade.

Por muito tempo foi assim, mesmo depois de ter sido adotada, uma parte minha achava que a qualquer momento ela me abandonaria. Só aceitamos o amor que achamos merecer? Eu me odeio tanto a esse nível baixo?

Foi entre aquela época que entendi; crianças que passam por muito sofrimento, crescem rápido demais.

— Acho que me sacrifique demais quando mais nova.

As palavras saíram fluidamente por meus lábios, ganhando a atenção de Natasha novamente. A ruiva me lançou um olhar duvidoso, cono se tentasse me entender.

— Não aprendi a ser feliz, deve ser por isso que estar aqui me apavora. — continuei meu diálogo monótono.

— Sacrifício? Até parece. — ela parou de mexer no rádio, cruzando as pernas e me observando totalmente. —  Você não é um soldado em uma guerra. Por quê se sacrificaria?

— Não sei. — dei de ombros sincera.

— Você se dedicou na vida, começou a faculdade, mas não conquistou nada e não foi feliz. Então deve querer se convencer de que se sacrificou. — seu argumento pareceu válido, quase como profissional. — É só uma desculpa que as pessoas criam para se sentirem melhores.

— Não me sinto melhor. — desabafei, apertando meus olhos com força. — Eu só... Tô assustada, isso tudo... Como consegue?

— Você tá se saindo bem, para uma principiante. — a ruiva comentou, parecendo ser verdadeira, voltando sua atenção para o rádio.

Ao nosso fundo os barulhos de metais ainda eram ouvidos, pesados e arrastados. Como se eles estivessem com pressa para terminar o mais rápido possível.

— O que me assusta não é o fato de estar aqui, com aquele robô escroto lá fora. — me justifique, criando coragem para ser totalmente sincera comigo mesma. — Tô assustada por vocês, por mim, pelo mundo. Eu tô completamente assustada Nath... — minha visão começou a se embasar, indicando o início das lágrimas. — Tô assustada por quê me senti feliz pela primeira vez, com todos vocês.

Ela não disse nada, apenas se aproximou e passou seus braços ao meu redor. Aquele foi o momento em que eu senti que havia encontrado algo especial de verdade, aquilo que não se comprava por nada. Sequei minhas lágrimas com a palma da mão, notando a ruiva me olhar preocupada.

— A cerca de dois dias atrás, Stark e eu nos beijamos.

— E? — questionou, tentando enviar novamente o código para Clint.

— Pensei que você ficaria mais surpresa. — comentei confusa, decepcionada por aquela reação.

Estava escondendo aquilo a sete chaves, achando que seria uma bomba quando descobrissem.

— Oh, desculpa. — pediu, se virando para mim, arqueando as sobrancelhas e com um tom de voz surpreso, repetiu. — E?

Nós duas rimos. Eu por achar que estava o tempo todo exagerando e ela provavelmente pela minha expressão facial.

— Não acha nada demais? — perguntei após cessar o riso.

Não gostaria que ela fosse sincera, tinha um pouco de receio na resposta que iria vim a seguir. Por isso franzi meu cenho por alguns segundos, em uma tentativa banal de disfarçar meu desespero.

— Bom, — ela comentou, dando uma leve pausa, com a atenção novamente em mim. Os olhos pareciam transbordar alguma coisa que parecia indecifrável. — sinceramente? Eu já esperava.

— Acho que não ficaria surpresa se tivessem apostado. — comentei em uma tentativa de brincadeira.

Natasha franziu os lábios e deu de ombros, parecendo ter sido descoberta.

— Pera, vocês apostaram? — minha voz saiu incrédula, acompanhada de uma leve gaguejada.

— Não foi uma aposta, não. — a ruiva gesticulou em um esforço para encontrar as palavras certas. — O Clint que comentou sobre o assunto, discordamos, então resolvemos esperar para ver...

— Apostaram. — me exaltei batendo as duas mãos sobre o joelho. — Não acredito nisso.

Fico imaginando o momento exato em que esse cativeiro vai ser totalmente destruído, as grades quebradas, a armadura avermelhada e dourada entrando em meu campo de visão... E os olhos achocolatados dele procurando pelos meus.

E sinto medo de um jeito que nunca me ocorreu antes. Sinto que a cada minuto que passa, o pior está se aproximando.

— Vejo que já acordou.

A voz metálica me assusta por completo, o que faz Natasha se aproximar de mim, ficando ao meu lado. Meu campo de visão é um pouco limitado, mas vejo que é ele. Ultron. O rangido de seus metais, faz com que minha cabeça dispare de dor.

Ele se aproxima totalmente da grade, olhando nós duas com certo desdém. Sua expressão é indecifrável, afinal era um robô. Mesmo assim tentei apostar comigo mesma o que estava prestes a acontecer, de uma forma surreal meu corpo continuava a se esquentar.

O grande cadeado que trancava a grade, foi aberto por ele. A ruiva se movimentou novamente para tentar me defender, mas no fundo nós duas sabíamos que não adiantaria muita coisa.

Ele segurou em meu anti braço, me forçando a levantar.

— Vou ficar bem. — tentei convencer ela, que apenas balançou a cabeça em concordância.

Era ruim, aquilo era o que todos esperávamos. Sabíamos que uma hora ou outra ele iria me encontrar, só não achamos que pudesse ser dessa maneira.

O aperto ao redor de meu braço era forte, doía. As minhas têmporas ardiam, indicando que meu choro estava prestes a ser desabado. Tinhamos um plano, tinha que dar certo. Definitivamente não nasci para aquela vida.

— Stella, — ela me chamou, enquanto estava sendo puxada para fora. Seu olhar tentava passar tranquilidade, mas sabia que ela não estava nada tranquila. — não fiquei surpresa por quê o olhar é diferente.

Durante momentos como esse, aquele em que você se dá conta da ligação que construiu com outra pessoa, a sua única escapatória é fixar aquela lembrança em sua cabeça. É inconveniente e prepotente a maneira que tudo se interliga, ela lembrava da primeira conversa que tivemos... Isso me pegou de jeito.

Quando somos crianças nos julgamos dignos de certas atitudes, como ir a escola sozinho, caminhar até a pracinha da cidade e até mesmo ir no mercadinho da esquina, tentamos sempre mostrar para os adultos o quão grandinhos nós somos. Se naquela época eu tivesse a plena noção do que significava ser grande, iria inventar uma porção maluca que me deixasse naquela idade para sempre. Mesmo que toda a minha infância tenha sido a pior fase da minha vida, uma boa parte de mim prefere elas do que a responsabilidade que carrego atualmente.

Não dá para saber qual dia será o mais importante da sua vida. Os dias que você pensa serem importantes nunca atingem a proporção imaginada. São os dias normais, os que começam normalmente que acabam se tornando os mais importantes.

Importante como o seu último dia na terra.

Se você soubesse que seu relógio de vida está marcado e predefinido até um horário exato, o que fazeria? Correria para os braços de quem ama e diria tudo aquilo que esconde? Ou você fazeria as coisas que gosta apenas mais uma vez?

Quando paro para pensar nisso, não consigo me concentrar totalmente em qual seria a minha escolha. Pois minha cabeça continua girando em círculos, voltas e mais voltas, parando todas as vezes nos olhos achocolatados dele.

Se eu soubesse que aquela seria a última vez em que o veria teria feito alguma diferença? Ele teria se aproximado de mim, selado seus lábios nos meus e dito coisas bonitas? Ou nada mudaria?

Quando você se depara com escolhas difíceis, as coisas complicam. Você pode viver com isso? O que você pode deixar pra trás? Certo ou errado, você tem que decidir pelo que está disposto a lutar. A escolha é sua.

Nunca achei que seria eu a pessoa disposta a lutar por alguma coisa.

Conforme Ultron me levava, pude observar o lugar com um pouco mais de clareza. Apesar de meu corpo estar ardendo de dor, sinto que a qualquer momento o perigo se iniciará.

É tudo gelado. O ambiente inteiro transborda frio. Então por quê eu continuo a queimar?

Às paredes eram cinzas em tons escuros, alguns dos robôs humanóides estavam ali ao redor. Havia muito deles, dezenas. De uma forma estranha minha cabeça começou a raciocinar o que talvez seria o plano dele.

Quando chegamos onde ele desejava, uma cadeira metálica daquelas de consultório estava bem ali no meio da sala. Ao redor dela seis humanóides nos esperavam, prontos para algo.

— Não vai fazer nada com ela, não é? — o questionei, dirigindo a palavra a ele pela primeira vez.

Ultron não me respondeu, apenas soltou meu braço, quase me derrubando por cima da cadeira. Me lançou um de seus olhares estranhos.

— Ela não me serve morta. — sua voz me causava histeria.

De alguma maneira fodidamente estranha, meu corpo continuava a se aquecer. Era impossível ouvir meus próprios batimentos cardíacos, mesmo assim, de minuto em minuto eu corria meus olhos pelo bracelete, em busca de algo.

Assim que me deitei sobre a cadeira da forma exata em que ordenou, duas trancas saíram da cadeira, apertando meus braços na mesma. Me impedindo de me mover totalmente.

Eu não conseguia ouvir mais nada. Nenhum dos murmúrios, nem metais pesados sendo arrastados. Estava tudo um silêncio pacífico.

— Uma parte minha achava que alguns de seus amiguinhos conseguiriam descobrir sobre meu plano. — Ultron comentou, mexendo em uma mesa ali ao lado, buscando alguma coisa. — Stark é o mais burro, apostei minhas fichas no Capitão. Mesmo assim, pelo visto ambos são ingênuos.

Conforme ele ia dialogando sua frase monótona, minha cabeça ia aumentando aquela dor constante. Me remexi na cadeira demonstrando meu desconforto, ou pelo menos tentei, já que aquelas coisas ao redor de meus braços me impedia.

— Será que pode terminar o discurso que você decorou e ir direto ao ponto?

Não gaguejei, mesmo estando me tremendo de medo. Uma parte minha sentia alguma coisa indecifrável, isso me apavorava mais do que Ultron.

— É isso que não entendo sobre vocês humanos. Tolos cheios de sentimentos que só servem para atrapalhar. — sua voz soava bizarra demais. Ele se aproximou de mim, com uma agulha em mãos.

— Veneno? — arquei as sobrancelhas. — Esse é seu grande plano?

Com a agulha em mãos, ele a injetou em mim. Sem se preocupar em achar alguma veia, apenas enfiou em qualquer lugar de meu braço. Doeu como uma picada de abelha, leve e árduo.

Em cima da mesinha que antes estava a agulha, pude finalmente enxergar com clareza o que era. Brilhava como fogo, me atraia de uma maneira estranhamente gratificante. Tentei me recompor, me forçar a continuar firme. Mas a queimação por meu corpo piorou, me sentia em chamas.

Ao redor de meu pulso as pequenas micro agulhas projetadas por Stark, pareciam enfiar cada vez mais ao fundo.

Ultron pegou a pedrinha brilhante sobre a mesa, trazendo até mim com certa cautela. Nesse instante meus olhos já se encontravam fora de foco, mesmo assim eu conseguia sentir.

Meu corpo rejeitava, por conta do remédio que o objeto ao redor de meu pulso proporcionava. Meu peito queimava descendo a tensão por todo o restante de meus músculos, comecei a me debater. Não era como se eu tivesse ido atrás dela, a jóia vinha até mim — como um sussurro inaudível.

A cada segundo em que me esforçava a evitar, era quase como ser atropelada por caminhão, diversas vezes seguidas. Todo meu corpo doía, parecendo estar se quebrando.

Por fim me dei conta, a gente sempre sofre mais se tentar nadar contra a correnteza.

Em frações de segundos, o bracelete metalizado que estava ao redor de meu pulso se explodiu, causando faíscas brancas. As micro agulhas se soltaram de meu corpo, e a força invisível daquela coisa do infinito tomava conta de mim.

A coisa sobre a vida é: você nunca sabe quando um passo em falso pode desviar sua vida para fora do curso.

Honestamente, o que você estaria pensando nos seus últimos segundos de vida? Se gratificando por tudo que viveu, ou se sentindo arrependido de estar ali? Me responde você, pois eu não consigo pensar em nada a não ser em ser salva... É nesse breve instante em que a escuridão vem, tomando todo meu corpo fazendo ele se relaxar.

Eu a sinto, como se estivesse por minhas veias e transformando meu sangue em algo diferente.

Me dou conta...

Agora a jóia estava dentro da minha mente.

Não sei o que dizer sobre esse capítulo. Foi o primeiro em que estivemos em primeira pessoa na visão de Stella, e eu realmente fiquei insegura. Mas, tenho quase certeza de que não teria um jeito melhor de escrever esse capítulo.

Enfim, espero que tenham gostado. Amo vocês

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