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05 | MISSION ALMOST IMPOSSIBLE

Esse definitivamente é o capítulo mais longo. Simplesmente não pude o dividir, que é o meu favorito até agora. A música que toca no final é Dancing with your ghost — está em cima, caso ninguém tenha a escutado.

Aproveitem a leitura!

{ Missão quase impossível }

Segunda feira
14:15, Casa dos Barton's

A RESPIRAÇÃO DE STARK ESTAVA PERTO O BASTANTE PARA SER SENTIDA POR STELLA. Os olhos da menina estavam arregalados, com aquele tal ato do homem. Não que ela estivesse completamente nervosa, mas a maneira que aquilo soou totalmente sexual a seus ouvidos — fez o coração dela disparar de uma maneira surreal. Odiava aquele desconforto interno que ele fazia questão de causar. A mão dele parecia estar mais perto de sua coxa, quase totalmente encostada. Mas, de alguma maneira estupidamente imbecil — Stella achou aquilo tudo uma boa piada de mal gosto.

Não que ela nunca tivesse namorado antes, ao contrário disso, teve bons relacionamentos. Mas nada em especifico foi totalmente surpreendente a ela. Era como se eles fossem sempre iguais, só que com rosto diferentes e algumas manias irritantes. Ainda não sabia exatamente o motivo exato em que passou a ser digna de alguma coisa, já que havia conseguido levantar aquela preciosa coisa de Thor. Mas, de alguma outra forma, sentia que estar ali naquele momento — próxima dos olhos de Stark. Parecia a resposta, mesmo totalmente escondida por aquelas ações provocativas que saiam da boca dele. 

— Vocês estão ai. — a voz do Capitão a trouxe de volta para a realidade, fazendo com que a mesma saltasse de cima da grade — em um movimento rápido. 

— Oi. — Stella bateu as duas mãos na coxa, como se limpasse uma sujeira invisível. Observou de relance que Tony havia cruzado os braços novamente e que também prestava atenção em Steve.

— Fizeram um lanche para nós.

— Ótimo. Tô morrendo de fome. — ela desconversou, fingindo naturalidade. Passando pelo loiro e adentrando a casa.

— O que houve? — Rogers cruzou os braço, imitando ele.

— Nada. — Tony respondeu, franzindo o nariz sem perceber. 

Logo todos estavam sentados ao redor da mesa de Barton, quase como pessoas de verdade — sem preocupações com a vida. Era como se por alguns minutos eles pudessem aproveitar a realidade, mesmo sendo um pouco falsa. Já que alguns deles jamais teriam uma vida como aquela, isso era o que Stark pensava, enquanto terminava de comer um dos pedaços de bolo que estava sobre a mesa. Ás vezes tentava ao máximo ignorar seus pensamentos, já que eles na maioria das vezes era sobre todo o grande trabalho que havia pela frente. Uma parte sua achava aquele momento completamente banal, já que um robô maligno estava provavelmente planejando colocar um de seus planos em ação. Enquanto eles estavam ali, tomando café e jogando conversa fora. 

Mas aquela sua outra parte — a que está tão escondida que quase ninguém conhece — desejou aproveitar aqueles minutos por muito mais tempo. Já que as suas últimas duas semanas foram completamente sobrecarregadas de tanto estresse e trabalho, enquanto buscava respostas. Talvez aquilo ali, fosse uma pequena recompensa por todo seu esforço nos últimos dias. Mas, sua cabeça não conseguia relaxar. Mesmo dizendo a si mesmo que estava tudo bem e que tinha aquele direito de descansar, não conseguia. Tony Stark jamais iria conseguir ser um homem com momentos felizes, isso era o que mais pesava em sua cabeça. Odiava saber que nada nunca seria normal o bastante, para sentar em um final de tarde e tomar um café sem preocupações. 

Ao contrário do homem sentado na ponta da mesa, Stella amava momentos como aquele. A cada risada ridiculamente alta — percebida por Stark — ela se dava conta de como aquelas pessoas ali estavam começando a ser importantes em sua vida. Se deu conta de que nunca tinha tido momentos como aqueles antes, não que sua vida fosse horrível. Mas, nunca se sentiu em família de verdade... E era desse jeito que estava se sentindo. Se pegou desejando algum dia ter uma família como a de Clint. 

O dia estava se passando da maneira mais calma e tranquila que todos poderiam imaginar, nada de tão horrível havia acontecido. As garotas — Stella, Natasha e Laura — passaram quase todos os momentos brincando com as crianças, os filhos de Barton era adoráveis. 

Do outro lado estava Steve e Tony — por incrível que pareça — cortando lenha, enquanto as garotas estavam sentadas em baixo da árvore, os observando de longe. Sobretudo, Thor não estava ali com os amigos. Ele havia sumido novamente, resmungando quase da mesma proporção que Stark, dizendo que tinha coisas mais importantes para fazer. 

— Thor não disse onde ia procurar respostas? — Tony perguntou, batendo o machado em uma das lenhas, o quebrando.

— Ás vezes, meus colegas não me contam as coisas. — o Capitão respondeu, olhando de relance para Clint que estava na varanda com um dos filhos. — Eu esperava que Thor fosse a exceção.

— É. Só esperar um pouco. — Stark disse, pegando novamente um pedaço de madeira para o cortar. — Não sabemos o que a garota Maximoff mostrou a ele. 

— Os heróis mais poderosos da terra. Fomos despedaçados como algodão-doce. — Capitão soltou a frase, se abaixando e pegando também mais uma madeira.

— Ah, qual é. — a voz de Stella os interrompeu. Os dois homens pousaram os olhos sobre ela, que deu um pequeno sorriso em resposta. Percorrendo os olhos rapidamente pelo corpo de ambos, já que trajavam roupas comuns. — Não foi tão ruim assim. — deu de ombros, tentando levantar o astral dos garotos.

— Pra você, que tava dormindo. — Tony retrucou, recebendo uma revirada de olhos em resposta.

— Não dá pra ganhar todas. — rebateu, amarrando os fios amarelados do cabelo com um elástico.

— É. Mas, essa em especifico não podemos perder. — Steve explicou, parando o que estava fazendo e dando atenção a ela.

— Eu sei mas... — Stella franziu os lábios, olhando tenuemente para ele. — Nossa, seus olhos são bonitos. 

— Porque não viu os meus totalmente de perto. — Tony brincou dando ênfase no totalmente, atraindo os olhos dela para si dessa vez.

— Enfim, vai dar tudo certo no final. Afinal, vocês sãos os vingadores. — ignorou totalmente a frase do homem de ferro e continuou o que estava falando. 

— Você é tão otimista. — Capitão alegou, vendo ela sorrir em resposta.

— É que é muito chato ver vocês assim. — se justificou, sentando em um dos troncos de madeira. — Porra, vocês são heróis. Não deviam ser os últimos a perder esperança?

— Deixa a gente sofrer em paz. — Stark importunou, recebendo uma careta acompanhada de uma língua, por Stella.

— Com licença. Senhor Stark. — a voz de Laura atraiu a atenção dos três ali. — Clint disse que não se importaria, nosso trator não liga de jeito nenhum. Será que poderia...

— Tá. Eu dou uma olhada. — cortou a frase dela, olhando para os outros dois presentes. — Não pega da minha pilha. 

Ele agradeceu silenciosamente o fato da garota não ter chegado ali antes e ter pego ele e Steve em uma discussão nada amigável, afinal, todos ainda lhe culpavam por tudo que aconteceu. Imprecisavelmente, aquilo tava começando a ficar muito mais difícil do que antes.

Era obvio a maneira como Ultron estava tentando os separar, seria muito mais fácil se eles não lutassem juntos. Afinal, a linha de confiança ali estava bastante rígida. E não era nenhuma surpresa que Rogers era o que mais estava furioso com aquilo, mas obviamente ninguém nunca iria entender o motivo exato por Stark ter feito o que havia feito. Era esse tipo de merda que acontecia, quando deixava o medo controlar suas ações.

Ele abriu a porta do celeiro, observando o lugar. Muitos fenos e ferramentas, parecia a cena perfeita para aquela morte em filmes de terror. No meio ali estava o trator.

— Oi lata velha. Me conta tudo. — Stark encostou nele, começando a procurar o que havia de errado. — Tá sentindo o que?

— Faça me o favor. — a voz reconhecível soou atrás de si. O que fez Tony franzir os lábios e se virar completamente — não surpreso.

— Tenta não dá vida a isso ai. — Fury pediu, colocando suas duas mãos no bolso de sua calça.

— Senhora Barton... — ele suspirou. — Já sei. Maria Hill te ligou, né? Ela deixou de trabalhar pra você?

— Inteligência artificial. E você nem pensou duas vezes. — Nick se aproximou.

— Foi um dia longo demais, como um dos livros de game of thornes. Então vamos logo para a parte que interessa. — Tony pediu, se aproximando do homem com os braços cruzados.

— Olhe no meu olho e me diz que vai desligá - lo. 

— Você não é meu diretor. 

— Nem seu, nem de ninguém mais. — Fury declarou. — Sou só um velho que se importa muito com você. 

— E eu sou o homem que matou os vingadores. — Stark concluiu, mantendo a pose. — Eu vi. Não contei para a equipe. Como poderia? Eu os vi todos mortos, Nick. Eu senti. Aquela garota entrou na minha cabeça e me mostrou isso. Tudo, o mundo todo. Culpa minha. — ele descruzou os braços se sentando no feno — Não tava pronto, não fiz tudo que podia. 

— A garota Maximoff mexeu com você, Stark. Brincou com seu medo. 

— Não fui enganado. Tive uma revelação. — aumentou o tom de voz, fazendo com que o outro homem presente, sentisse a tensão em sua voz.

— E a garota nova, ela é um risco.

— O quê? — Tony questionou, se levantando da onde estava sentado.

— A que você encontrou. Stella, certo? Aposto que já viu do que ela é capaz. — Fury respondeu, se levantando também.

— Ela só... — ele não soube completar a frase. Não era como se tivesse sido normal o fato dela levantar o martelo de Thor, mas aquilo que estava em seu DNA...

— Eu sei. Vocês ainda não sabem, não é? Estou só dando um aviso, Stark. Ela é um risco, enquanto estiver por perto, coisas ruins continuarão acontecendo. 

— Ela é só uma garota. — se contrapôs, cruzando os braços novamente. — Não tá me dizendo pra falhar com ela também, né?

— É só um aviso. 

— Se é só um aviso, então por quê nesse tom invasivo? — Stark cruzou os braços abaixo do reator, mantendo sua expressão séria.

Aquela conversa não saia da cabeça de Tony, nem depois que saiu do celeiro. Se sentia inseguro e inútil, havia escondido de todos o fato de que havia tido aquela visão de todos mortos. Mas, não era algo que gostaria de sair contando por ai. Porque era o seu medo e seu erro, tudo junto na mesma proporção. E apesar de evitar o máximo não ter sua cabeça fodida por aquilo, sabia que quando fosse dormir acabaria sonhando novamente com todo aquele sangue escorrendo por entre seus dedos.

O sol já estava se pondo quando ele adentrou a casa, já que Barton havia o indicado ao banho. Apostou que todos os outros já estavam limpos, pois se sentiu um pouco excluído quando percebeu que era o último. Quando subiu as escadas em direção ao quarto de hospedes, passou pelo primeiro e notou as duas mulheres nele. A ruiva estava sentada na cama, com as pernas esticadas e a garota loira estava de pé, enquanto parecia secar os cabelos com a toalha. Não que ele tivesse observado cada pequena coisa, só havia olhado detalhadamente. E ainda não sabia o motivo exato por seus olhos se manterem presos nela.

— Olha Nath... — ele conseguiu ouvir a voz de Stella cortar a frase, a o ver passando pela porta. 

— O que? — a mais velha perguntou. 

— Como vocês estão? — ela desconversou, fechando a porta e voltando para dentro do quarto. — Quer dizer, como tá indo?

— Não entendi. — Natasha respondeu, entrelaçando as duas mãos acima da barriga.

— Você e o Bruce. — a menina exclamou como se fosse obvio. 

— Como sabe...

— É fácil. Os olhos.

— Não tem nada haver. — Romanoff revirou os olhos, endireitando a coluna.

— Claro que tem. O tipo de olhar é que entrega. — Stella sorriu, se sentando na cama dessa vez. — Por exemplo, a maneira que você olha para o restante do grupo é completamente diferente do jeito que olha Bruce. — estava totalmente empolgada, pois já fazia dias que queria ter uma conversar normal de garotas.

— O olhar entrega? — a ruiva perguntou, recebendo um aceno de cabeça da mais nova. — Então, você e o Steve, o que tá rolando?

— Quê? 

— Ué. — a gargalhada de Natasha preencheu o quarto por completo. — Se o olhar entrega, então tá mais do que claro.

— Acho que acabei de ouvir a Laura me chamar. — Stella brincou, se levantando da cama. — Somos amigos. Amo cada um de vocês. — fez um coraçãozinho para a ruiva. Ela adorava passar um tempo com a mais velha, afinal, Natasha era tudo o que ela queria ser um dia. 

Enquanto descia para o andar de baixo, afim de procurar algo para fazer. A garota pensava em pequenas acontecimentos desde que sua vida havia mudado, não que tivesse participando de uma das missões deles. Mas, mesmo assim, algumas coisas estavam completamente diferentes, desde que acordou naquela torre. 

Odiava a maneira como se sentia — completamente — inútil, perto de pessoas como aquela. Gostaria de poder fazer mais, de se enturmar, de ser útil. Era quase como se fosse sua principal missão...

— Precisa de ajuda? — Stella perguntou a senhora Barton, que guardava algumas das louças no armário.

— Não Stel, tá tudo bem.

— Stel? — a menina franziu as sobrancelhas com o apelido.

— É assim que eles te chamam, quando você não tá olhando. — a mais velha soltou uma risada, ao ver o rosto da menina.

Antes mesmo que a garota pudesse continuar o assunto, os braços pesados de Clint foram passados ao redor de seu pescoço. Quase como um mata leão, o que a fez se assustar. Já que aquele tipo de coisa não acontecia com frequência, Barton puxou a menina até o lado de fora da casa — quase como se ela fosse uma refém — até eles chegarem a pequena fogueira.

— Quem foi o filho da puta que me apelidou de Stel? — a menina soltou, atraindo os olhares dos amigos. — Parece um apelido pro Max Steel.

— Não faço a mínima ideia. — Natasha riu, sendo acompanhada pelas risadas dos restantes. A menina cruzou os braços, tentando parecer irritada.

— Steve, quem foi? — se sentiu esperta, já que sabia que o homem jamais iria mentir para ela. Nem percebeu que eles estavam bebendo, novamente quase como pessoas normais.

— Stark! — a voz de Rogers saiu engraçada, como se tentasse conter o riso.

Aquela era uma cena bonita, pelo menos para Stella. Ver todos ali ao redor da fogueira, bebendo e comendo, era um pouco prazeroso.

— Eu sabia. — bufou irritada — Insuportável.

Parecia explodir, quando a última frase foi solta. Mas, a reação na cara dos amigos, foi realmente impagável. Eles começaram a rir e a menina ficou sem entender.

— É uma honra. — a voz grogue do homem de ferro soou em seus ouvidos. Tony passou o braço direito ao redor de seu pescoço, fazendo com que ficassem mais próximos. — Estou ficando chateado... — sussurrou, em um tom brincalhão, para que apenas ela pudesse ouvir.

O corpo de Stella se esquivou tão rápido, que nem pareceu que eles estavam próximos segundos atrás. A maneira que estar próximo dele lhe deixava nervosa, era descomunal. Não era algo que qualquer um conseguisse proporcionar, estranhamente aquilo vinha apenas dele. Mesmo sabendo detalhadamente o jeito que aquilo lhe arrepiou totalmente, ela fingiu que o ato dele havia sido totalmente banal. Já que se sentou no meio de Steve e Natasha, enquanto os outros formavam aquele circulo torto. Nada de muito interessante ocorreu no restante da noite, era ridículo como o teor alcoólico de Stella era definitivamente baixo. Havia tomado apenas duas cervejas e já não estava se sentindo nada bem, o que a deixou morrendo de inveja de Rogers, já que o Capitão parecia nunca ficar bêbado.  

Do outro lado da roda, Tony estava um pouco embriagado. Ria e falava besteiras com muito mais frequência do que anteriormente. E estava sendo quase impossível manter seus olhos em outra coisa, que não fosse ela. Isso o irritava de uma maneira surreal, já que não fazia ideia do problema que ela proporcionava. E apesar de ser explicito o quão ruim as coisas poderiam ser, parecia que aquilo o fazia querer muito mais. Era um problema enorme, ele sabia disso. Sabia perfeitamente o tipo de pessoa que era e o quão irritado ficava quando as coisas simplesmente não dava certo... Pois sempre tinha que dar certo, afinal era Tony Stark, o mundo caia aos seus pés se pedisse. 

Suspirou um pouco irritado ao perceber que estava olhando já fazia alguns minutos e que provavelmente alguém havia notado. Porra, parecia tão errado. Mas a imagem que se formou em sua cabeça, apenas por alguns segundos — fez a sua parte de baixo pulsar. Se obrigou a cruzar as pernas, desviando o olhar enquanto tentava censurar seus pensamentos inapropriados. 

— E se a gente dançasse? — ouviu a voz de Stella já manhosa — julgou ser a bebida — propor ao Capitão.

— Eu não danço. — Rogers negou, fazendo com a menina fizesse uma cara de reprovação.

— Natasha... — a loira suplicou a mais velha, recebendo uma risada em resposta.

— Não olha pra mim. — A viúva negra deu de ombros.

Porra, não dança. Não dança. Era tudo que Tony conseguia pensar, se aquilo que imaginasse começasse a acontecer, não se responsabilizaria por seus atos. Não ia conseguir conter o que estava lhe segurando, até parecia que não transava a um bom tempo. Se sentia agindo que nem um adolescente, lendo uma revista porno pela primeira vez. Mas por quê? Não sei. 

— Tony, quer dançar? — a voz da menina o chamou de volta para a realidade. 

O homem de ferro franziu as sobrancelhas, em um misto desesperador em buscar uma resposta justificativa o bastante. Mas antes mesmo que pudesse se dar o trabalho de processar a frase que estava tentando achar, um barulho forte e estridente atraiu a atenção de todos. Mostrando segundos depois o rosto suado de Thor.

— Senhor do trovão. — Stella brincou, com as bochechas completamente vermelhas. Ela mesma sabia o quanto precisava dormir, mas não conseguia.

— Não é senhor. É Deus do trovão. — ele a corrigiu, recebendo um sorriso.

— Conseguiu respostas? — Stark questionou, descruzando as pernas ao perceber que já havia acalmado.

— Não tem muita coisa a ver com o cetro. Quer dizer, com a gema. — Thor comunicou, com total atenção dos companheiros. — Eu vi, existe algo como as joias do infinito. O cetro é uma delas, ele dá ao individuo acesso a todos pensamentos e sonhos de qualquer ser. Vocês acharam que a hidra fez mutação no organismo dela, como fez com os gêmeos. Mas, é um pouco mais do que isso. O que tem no DNA dela, é algo como uma energia. 

— Energia? — Clint perguntou dessa vez, olhando de relance para a menina que mantinha os olhos abertos com bastante dificuldade.

— É como um controle sobre a energia. — explicou de um jeito mais fácil. — É como se agora estivesse selado dentro dela, mas a qualquer momento, qualquer pequena coisa pode fazer com que seja destravado. 

— E o que Ultron tem haver? — Bruce questionou.

— Como não pensamos nisso antes? — a voz de Tony parecia um questionamento. — Achamos que ela não estava nos planos dele, pelo simples motivo de não a ter levado. Mas agora é tão simples, tudo faz parte, cada pequena virgula. Se essa energia se juntar com o vibranium, vai ser muito fácil nós transformar em pó.

— Stella é a última etapa. — Steve concordou com a explicação. — Mas por quê deixar ela com a gente? — nem se deu conta de que a garota já estava dormindo, apoiada em seu ombro. 

— Qual é o grupo mais instável possível no mundo inteiro? — dessa vez Natasha questionou, com um tom de sarcasmo. 

A claridade do sol parecia invadir seus olhos, mesmo se revirando nos lençóis em uma tentativa péssima de voltar a dormir. Parecia que um caminhão enorme, havia passado por cima de seu corpo. Aquilo definitivamente não era uma de suas maneiras favoritas na hora de acordar. Demorou alguns minutos até criar coragem o suficiente para sair da cama, percebeu que estava sozinha no quarto. 

Então logo desceu as escadas, encontrando todos seus colegas na mesa de jantar. Havia algumas dezenas de papeis acumulados um sobre o outro e várias xícaras de café espalhadas também. Sentiu os olhares de todos sobre si, menos o de Stark. Que parecia concentrado demais no que quer que estivesse fazendo no notebook. 

— Você tá legal? — Steve foi o primeiro a quebrar o silêncio. Chegando perto o bastante dela, para a tocar no ombro. Ela estranhou o clima.

— Claro. — respondeu fingindo casualidade. Deu uma pequena olhada para o balcão da cozinha e se serviu uma xícara de café também. — Estão assim por causa de mim?

— Como sabe? — Bruce questionou, recebendo uma pequena risada em resposta.

— Eu ouvi ontem e tudo mais. Mas apaguei sem perceber. — deu de ombros, enquanto tirava um dos papeis sobre a cadeira e se sentava. — E então, quem vai me executar?

— Ninguém vai fazer nada com você. — o tom autoritário do Capitão a fez estremecer. 

— Que eu saiba, sou o plano principal dele. — fez uma careta ao tomar o primeiro gole da bebida.

— Encontrei. — Tony anunciou, fazendo com que Natasha olhasse por cima de seu ombro. — Robert Watson. Tem um evento beneficente essa noite, já consegui o convite. Entro e pego, simples.

— Robert? — Stella questionou, recebendo os olhos de Stark pela primeira vez. — Eu o conheço. Fui estagiária por um tempo, enquanto fazia faculdade. 

— Então já foi na casa dele? — Rogers perguntou, olhando para a menina.

— Conheço como a palma da minha mão. Por quê? — questionou, observando os olhos do homem de ferro a queimar. Era quase como se não conseguisse quebrar o contato visual.

A menina nem estava surpresa em saber que seu ex chefe mantinha algo como aquilo em sua própria mansão, para falar a verdade ele sempre havia sido um pouco obcecado em colecionar coisas estranhas. Mas jamais iria imaginar que um dia sua vida estaria nas mãos dele, já que não tinha sido uma experiencia tão boa em trabalhar para ele. Robert era o pior de todos os homens que já encontrou em toda sua vida, era ridicula a maneira que sofria milhares de assédios a cada minuto enquanto estava naquele lugar. Definitivamente essa devia ser a razão por se oprimir tanto naquela época, era obrigada a continuar trabalhando ali. Já que a faculdade não iria se pagar sozinha e nem seus boletos. 

Estava nervosa, estressada, aflita e incerta. Sentia que o mundo estava caindo totalmente sobre a sua cabeça, já sabia desde o começo que tinham feito algo com ela... Mas, saber e ter a total certeza são coisas completamente distintas. Stella estava apavorada, mesmo tentando esconder de todos. Seu coração parecia querer explodir de tanto ódio que sentia, era como se Deus a odiasse. Como se a cada segundo ele ficasse a lembrando o quão inútil era e o quão desnecessária era sua vivencia ali na terra. Mesmo tendo conseguindo se iludir por algum pequeno período de tempo, acreditando na possibilidade de que realmente poderia ser boa. Era isso que dava passar muito tempo com Steve, o homem que sempre achava uma solução para tudo. 

Devia ser por isso que amava treinar com o homem, apesar de ser um pouco fã do trabalho dele e acompanhando pela televisão. Era diferente estando pessoalmente cara a cara, o Capitão sempre conseguia fazer com que ela acreditasse em contos de fadas. 

Sorriu nervosa ao ver seu reflexo no espelho, fazia um bom tempo em que não se sentia bonita. Antes de entrar no carro, deu um abraço na família de Clint. Até parecia que nunca mais os veria, até poderia ser verdade. Depois que Thor explicou mais uma vez — detalhadamente — o que tinha dentro dela, foi como se algumas pequenas coisas começassem a fazer sentido. O que fez com que Stella procurasse tudo sobre o assunto na internet, não que tenha encontrado algo útil, ao contrário, apenas ficou mais confusa. Toda via, todos decidiram que iriam dar um jeito naquilo. E aquela pequena missão na mansão de seu ex chefe, era o começo. 

De acordo com Stark, havia algo parecido com o reator em seu peito, que conseguiria fazer com que aquela energia que estava dentro de Stella — ficasse totalmente selada, sem chances de ser quebrada. E apenas uma pessoa no mundo inteiro tinha o tal do objeto, era Robert Watson. Não foi nada difícil para Tony conseguir um convite apropriado, então agora eles estavam a caminho. Na verdade, Natasha, Clint e Stella estavam no carro. O Rogers e Stark tinham ido mais cedo, não que eles também fosse entrar. Mas, parar armar todo o plano. Quando Romanoff estacionou o carro, ela e Barton pousaram os olhos na menina.

— Está pronta? — questionaram em uníssono. 

— Acho que sim.

— Iremos ouvir tudo o que dizer. Estaremos monitorando cada passo seu, então não precisa ficar nervosa. Só dizer a palavra chave que iremos te resgatar. — Clint assegurou.

Stella apenas concordou com a cabeça, abrindo a porta do automóvel e saindo. Quase como se um arrepio percorresse sua espinha, a cada passo que dava em direção a entrada da mansão. Aquele lugar definitivamente não era o seu preferido, nada de bom havia vindo dali, além do dinheiro. Achou que seus pés fossem falhar, antes mesmo de conseguir subir os largos degraus. Tinha uma pequena fila na porta de entrada, e um tapete ridiculamente vermelho.

— Nome? — a mulher perguntou, nem olhando para Stella.

— Anthony Stark. — murmurou desconfortável, com medo das pessoas ali ouvir. A mulher levantou os olhos e a mediu de cima a baixo, abrindo a porta com uma feição de desdem. 

O salão era enorme, o tecido vermelho do tapete parecia combinar com cada pequeno detalhe. Havia algumas mesas um pouco afastada e alguns dos objetos colecionáveis de Watson em caixas de vidro, onde todos conseguiam ver com perfeição. Stella se sentia desconfortável em cima daqueles saltos, uma música agradável ecoava por todos os lados. Ela procurava ao redor qualquer coisa que a fizesse conseguir ir logo ao andar de cima, afinal, sabia com perfeição que os objetos importantes estavam trancados em outro lugar... E apenas conseguindo a chave para entrar, e ela sabia onde Robert carregava as chaves. Então quando sentiu uma mão tocando seu ombro, ela já soube, o que a fez virar com um sorriso completamente falso no rosto.

— Stella Kieran. — ele a cortejou, mantendo suas mão sobre o ombro da menina. — O que faz aqui? Estou surpreso e totalmente encantado. — beijou a costa da mão dela. Aqueles olhos eram medonhos, o motivo de seus pesadelos quando mais nova.

— Fui convidada. — forçou outro sorriso — Estou realmente surpresa, como conseguiu fazer algo assim?

— Sabe meus métodos. — Robert salientou, quebrando a proximidade entre eles. — Aceita dançar?

— Sempre. — pegou na mão estendida do homem. Podia jurar que quase vomitou com tal ato, sentia que quando tivesse a oportunidade iria tomar banho de álcool só para tirar qualquer vestígio dele de si mesma. 

Os Deuses realmente deviam a odiar, era a única coisa que ela conseguia pensar. Seu corpo e seu rosto não conseguia esboçar nenhuma reação, mas sentia que seus olhos sim, então agradeceu estar colada ao corpo dele. Pelo menos assim ele não iria ver o quanto as lágrimas queriam descer e o plano não iria água abaixo. A verdade era que Stella tinha acabado de completar seus vinte anos, quando começou a estagiar ali. Não sabia como lidar e nem reagir a muitas coisas, já que cresceu cercada de coisas ruins. Então tudo de ruim que veio depois dali, era normal para ela... Até claro, se dar conta. Quando o toque da música pareceu terminar, sentiu que não poderia aguentar por muito mais tempo. Então como se lesse seus pensamentos, algo surgiu.

— Ah desculpa. Vejo que conheceu minha assistente pessoal. — a voz de Stark os interrompeu, ele puxou o braço esquerdo de Stella, afastando ela do corpo do homem. — Sem contato físico, por favor.

— Senhor Stark. — Robert sorriu, fazendo com que o estomago dela se embrulhasse. —  Stella é uma graça, já trabalhou para mim. Somos bem próximos.

— Tenho certeza que ela se mostrou ser como ela é uma graça. — Tony passou o braço ao redor da cintura da menina, chamando a atenção de todos.

— Foi um prazer, meu anjo. — o sorriso malicioso do rosto de Robert parecia não querer ir embora. — Se precisar de mim, sabe onde me encontrar. — ele pegou na mão dela, na tentativa de a beijar novamente. 

— Eu disse sem contato físico. — Tony bateu na mão dele, puxando ela para mais perto. O sorriso no rosto de Watson não queria morrer, mesmo assim, ele se virou e saiu drasticamente. Então como se o ar pudesse entrar novamente dentro dos pulmões de Stella, ela se sentiu segura. — Aceito aquela dança agora.

Stark não esperou que a menina respondesse alguma coisa, ele sabia exatamente o que havia acontecido ali. Estava observando os dois dançando já fazia alguns minutos, mas no momento em que viu a maneira que os olhos dela estavam.

Foi como se não pudesse segurar e necessitasse a tirar dali, mesmo se isso incluísse acabar com todo o plano. A música suave tocava, cantando algo sobre um amor perdido. Era triste e arrastante, mas as pessoas ainda a dançavam. Suas mão direita segurava fortemente a cintura dela, quase como se a impedisse de cair, enquanto a outra esquerda segurava a mão dela. Provavelmente ela não percebeu que estava em silêncio já fazia alguns segundos e nem se deu conta do que estava fazendo. Apenas quando seus olhos se encontraram com os dele, que ela soube. 

— Não me olha assim. — resmungou envergonhada, desviando o olhar do de Stark. Ele não respondeu, não parecia o certo. Tony não queria quebrar aquilo, pois já parecia quebrado o suficiente. Mesmo assim, perguntou:

— Como você tá? 

— Ótima. — mentiu descaradamente, evitando o olhar. Mas era impossível, já que a pequena risada dele chamou a atenção dela. 

— Sabe... — ele ponderou, mantendo suas mãos firmes enquanto guiava a dança, sem tirar os olhos sobre ela. — Não vou falhar com esse plano também. Deixar ele levar você.

— Por que? — questionou incerta. Jamais imaginou aquela frase saindo da boca dele.

— Sou um herói afinal. Vou ser o seu se quiser.— Tony balbuciou, atraindo os olhos surpresos dela totalmente para si, conseguindo a capturar por completo.

— Não me olha desse jeito! — Stella repetiu a frase, erguendo os olhos totalmente dessa vez, quase como se fosse uma ordem.

— O que foi? Você tem idade para ser minha filha. — desconversou, fingindo total desinteresse naquilo. Afinal não conseguia controlar seus olhos e nem os pontos específicos em que eles faziam questão de encarar. Achou que dizendo a frase em alto e bom som, seria o suficiente para lhe convencer e talvez até estivesse conseguindo, até a imensidão azul lhe encarar de volta.

— Tony, já sou um pouco grandinha. — riu das próprias palavras, voltando a dançar de uma maneira mais tranquila.

— Então quer dizer que você aceitaria... 

— Não. Quero dizer, eu sei bem o que você quer das mulheres. — Stella assegurou, observando o chocolate dos olhos do homem de ferro, esperando a resposta dele. Mas não obteve nenhuma, ele apenas pareceu ignorar o comentário. 

Mais uma vez ela achou que suas palavras não tivessem tanto poder assim sobre ele, mas parecia que sempre que dizia algo parecido ele parecia se chatear. Se é que alguém como ele tivesse tal sentimento. Sabia que as pessoas eram diferentes do que se via na televisão e internet, e sabia também que Tony poderia não ser tudo aquilo que todos sempre diziam; já que todas as pessoas merecem a chance da dúvida. E mesmo convivendo com ele por pouco tempo, sabia que o homem escondia algo de todos os amigos. 

Quase como se quisesse ficar completamente sozinho, como se o medo fosse maior do que suas outras vontades. Era até inconveniente de se pensar, afinal ele era o homem de ferro. E a maneira que Stark sempre usava as palavras e agia de modo diferente era o que tornava para Stella uma missão quase impossível em não se deixar se apaixonar por ele. Porque enquanto estava ali, com as duas mãos dele sobre seu corpo — e o perfume caro dançando por suas narinas. Ela se deu conta de que talvez já havia falhado. Pois por um segundo enquanto as órbitas achocolatados lhe encarava, ela se deixou acreditar que os olhos dele realmente pareciam totalmente mais bonitos de perto.

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