04 | BARTON FAMILY FARM
Eu realmente não queria ter parado o capítulo naquela parte, então a melhor cena ficou pro próximo capítulo. Se não esse aqui ia ficar longo demais e não queria cansar vocês. Então é isto, obrigada por todo o apoio.
Aproveitem a leitura!
{ Fazenda da família Barton }
⎊
— Segunda - feira —
03:28, Jato
A FORMA COMO STARK HAVIA CONSEGUIDO A SEGURAR ANTES QUE o corpo dela se chocasse totalmente contra o chão, foi um pouco magnifica demais. Até para alguém como ele. A verdade estava ali completamente explanada no rosto de todos, Ultron definitivamente tinha mais planos como aquele. O que os deixava mais apertados, já que não tinham nenhuma maneira perfeita de escaparem daquilo. Imprudentemente, Stella havia se jogado da torre. Nunca havia visto alo completamente parecido antes, não sobre as mulheres com quem saia. E por incrível que pareça, mesmo sendo o homem de ferro, por alguns segundos achou que não conseguiria a salvar.
Quando se deu conta de toda a merda onde todos se encontravam, Tony foi atrás de respostas. Não podia aguentar ver os dias passando e ficar sentado sem fazer nada — apesar de poder sim, sair e curtir um pouco as coisas. Não queria, era como se algo o mantivesse preso ali, no mesmo lugar sempre. Pouco a pouco foi descobrindo algumas pequenas coisas sobre o robô demoníaco que havia criado, mas, nenhumas delas era útil. Pois o segredo que ela carregava no peito, ainda estava intacto.
Foram duas longas semanas, fez tudo o que pode. Viajou para mais de treze países, tentando a todo custo encontrar algum meio de resposta. Passava quase uma noite em cada lugar, foi exaustivo e completamente desgastante. Não queria voltar para a base de mãos abanando, nem nada do tipo. Tentou diversas vezes ter pelo menos uma boa noite de sono, de preferência acompanhado. Já que deveria fazer quase uma semana que não se deitava com ninguém. Não que fosse desesperado ou coisa do tipo, só gostava do prazer que tudo aquilo proporcionava. E da maneira como seu corpo se sentia em êxtase por alguns segundos. Mas, desde que tudo isso começou, não sentiu vontade nenhuma de qualquer outro tipo de prazer — enquanto não acabasse com aquilo.
Quando segurou o corpo da menina nos braços, ela já estava desacordada. Provavelmente havia desmaiado segundos depois que se jogou. Isso fez Stark achar graça da situação, como se fosse uma especie de defesa de seu próprio corpo. Olhando para trás, dava para ver toda a fumaça que saia da torre. Mais uma vez ela havia sido destruída, pelo menos tinha durado mais de um mês. Ainda bem que só havia os dois quando tudo aconteceu, mas provavelmente quem estivesse passando ali por perto havia se ferido.
— O que vocês acham? — a voz de Natasha o trouxe de volta a realidade. Eles estavam novamente dentro do jato, indo em direção ao cetro. Stark descruzou os braços, deu uma última olhada para o corpo da Stella — que estava completamente apagada — e deu alguns passos, perto o bastante deles.
— Vamos nós preparar. — Rogers os alertou, quando a enorme montanha de areia entrou no campo de visão de todos.
Estavam quase saindo totalmente de Nova Iorque, a última localização do cetro parecia estar em algum tipo de navio naufragado. Pelo menos era aquilo que parecia, antes da torre ser explodida; Steve, Clint, Bruce e Natasha já haviam saído para esta missão. Já que foi algo completamente do momento, e não acharam que pudessem estar corretos. Pelo visto, parecia que a pista era verdadeira.
A imensidão azul do mar logo era a única coisa que conseguiam ver, já que tudo ao redor era apenas água. Estavam alguns minutos de Nova Iorque, mas logo em segundos um navio parecia estar parado bem no meio do mar... Era apenas um ponto preto no meio de toda aquela água. Era incrível a maneira como o clima mudava tão drasticamente. Estavam na Grã Bretanha.
A ruiva era quem estava no controle da nave, alguns segundos depois ela já o estava pousando um pouco afastado. Todos os garotos começaram a se arrumar devidamente, Clint ajeitou as flechas, Steve pegou o escudo e Tony adentrou a armadura. Bruce era o único que não iria, afinal alguém precisa ficar de olho na garota. Já que supostamente era a única vulnerável dali do grupo e novamente supostamente Banner era o vingador mais forte.
— Não me compare com o Stark. Isso me ofende. Stark é uma doença. — a voz grossa e falhada de Ultron soou por todo o ambiente. Pelo visto estavam interrompendo algo.
— Ah Júnior... — Tony suspirou, carregando sua voz de sarcasmo. O corpo grande e metálico daquilo virou em sua direção a tempos de o ver pousando a armadura. — Vai partir o coração do papai.
— Talvez eu faça isso. — Ultron respondeu, se virando totalmente dessa vez.
— Ninguém tem que partir nada. — a voz rouca de Thor atraiu a atenção de todos ali... Pegando os amigos de surpresa, já que estava sumido a dias.
— Com certeza nunca fez uma omelete. — o robô respondeu.
— Tirou as palavras da minha boca. — o homem de ferro brincou dessa vez, olhando de relance para o loiro.
— Ah que engraçado, senhor Stark. — um dos gêmeos falou, com o sotaque russo perfeito nos lábios. — Tá confortável? Como nos velhos tempos?
— Minha vida nunca foi isso. — Tony respondeu, olhando de relance para as bombas no andar de baixo. Sabia exatamente sobre o que ele estava falando, mas não era como se fosse sua culpa. Talvez apenas um pouco, mas quando descobriu do que suas armas eram capazes...
— Vocês dois ainda podem sair dessa. — o Capitão argumentou aos irmãos.
— Ah nós vamos. — a garota respondeu com ironia.
— Eu sei que sofreram.
— Capitão América. O homem santificado. — Ultron atraiu a atenção a si mesmo, novamente. — Fingindo que consegue viver sem uma guerra. Olha eu não consigo vomitar, infelizmente. Mas...
— Se você acredita em paz, deixe nós mante - lá. — Thor se impôs dessa vez, cortando a frase.
— Acho que está confundindo paz com silêncio. — respondeu novamente, dando alguns passos pesados para mais perto deles.
— Aham, para o que quer o vibranium? — Stark cortou, completamente sem paciência. No caminho até aqui, ele descobriu sobre o que aquilo se tratava. Não era mais sobre a garota, pelo menos não naquele momento... Era sobre algo maior.
— Que bom que você perguntou, porque eu queria aproveitar para explicar meu plano maligno. — a coisa respondeu, levantando um de seus braços e ativando algo azul. Que fez com que a armadura de Stark voasse para a frente, quase como se fosse um imã. Então quando isso aconteceu, Ultron o atingiu. O que fez ele bater na parede, do outro lado.
Em segundos foi como se a faísca tivesse se acendido. Ele definitivamente já estava sem paciência mesmo, afinal a sua noite havia sido totalmente desperdiçada. Achou que iria conseguir ter uma boa noite de sono — por pelo menos um dia. Antes de voltar a vida normal, novamente. Poderia até ter batido um belo papo com Stella, se ambos estivessem se esbarrado na cozinha acidentalmente. Se nenhuma explosão tivesse acontecido.
Eles estavam lutando no ar, a armadura de Ultron não era lá muito diferente da de Stark. No fato sobre força, já que a cada soco, Tony sentia gradualmente a pancada em si. No andar de baixo, alguns dos outros robôs atacava os demais. Stark olhou de relance, vendo um deles socar totalmente Steve. Ele se perguntou por alguns segundos, onde Barton e Romanoff estava. Mas provavelmente eles tinham um plano B. Já que tudo praticadamente saiu de controle, totalmente.
O Deus do trovão quebrou uma das maquinas no meio, mas quase foi derrubado por um dos gêmeos. Na verdade os dois lutavam bastante, principalmente a garota, que parecia ter algum poder em especifico. Um tiroteio começou, fazendo com que os outros dois aparecessem. Clint acertava o máximo de balas que conseguia e Natasha fazia o mesmo — só que com armas. As coisas estavam começando a sair de controle, sem contar em Ultron que continuava a socar a armadura de Stark.
Os meninos pareceram contornar a situação, Thor e Steve se juntaram e quebrou alguns deles rápido demais. Alguns dos robores pareciam sair do navio, mas aquilo ainda estava ruim.
— Gente? É código verde? — a voz de Bruce soou no ponto de todos, a conexão estava ruim.
— Fique no jato. — o homem na armadura respondeu, se esquivando novamente de um pedaço de metal jogado em sua direção.
— Thor, como está? — Capitão perguntou ao amigo, aquilo era algo que todos sempre faziam.
— A garota tentou invadir a minha mente. Tomem cuidado, duvido que humanos consigam evita - lá. — respondeu, alertando em seguida.
O barulho se esvaindo era a única coisa que Stark ouvia, quase como se estivesse acabando. Ele terminou a pequena luta com algumas daquelas coisas e ouviu o barulho das flechas de Barton, apagando todos ao redor. Mas segundos depois, após ver os últimos dos robôs saindo voando, o homem de ferro os seguiu. Começando novamente uma luta no ar, atingiu o corpo de Ultron rapidamente, o que fez com que o corpo dele caísse no chão.
— Quem ainda estiver de pé. Temos que sair. — Clint os alertou, soando no ponto de todos.
— O vibranium está indo embora. — Ultron argumentou, encostando na pedra.
— E você não vai a lugar algum. — Tony ponderou, apontando uma das armas da armadura para aquela coisa.
— É claro que não. Eu já estou lá. Você vai entender. Mas primeiro, precisa dar um jeito no Doutor Banner... — ele não deixou o robô continuar, o explodiu e saiu voando rapidamente.
Precisava chegar ao jato, urgentemente.
— Gente, alguém precisa ir até a nave. — Stark ordenou, sobrevoando o mais rápido possível para chegar até lá.
— A equipe inteira caiu. Não tem nenhum suporte de apoio aqui. — Clint respondeu, enquanto parecia aparar os amigos.
— Porra. — Tony praguejou. — Se algo tiver acontecido...
O clima no jato estava uma merda, Barton era quem estava no comando. O corpo de Bruce estava totalmente jogado no chão e uma manta escura o mantinha aquecido. Todo o tipo de merda possível, aconteceu naqueles pequenos períodos de minutos. Enquanto todos os outros haviam sido atacados pela garota — que entrou na cabeça deles — no momento exato em que Stark estava voando até eles, ela conseguiu entrar na cabeça de Bruce também. Fazendo com que o Hulk aparecesse. O que foi um completo desastre, já que ele era o único protegendo a menina.
Apesar de tudo ter acontecido rápido demais, Stark havia conseguido chegar a tempo de tirar os gêmeos de lá. Conseguiu impedir que a levassem, mas não conseguiu deter Banner. Naquela altura do campeonato, Hulk já estava na cidade vizinha, completamente surtado. Então quando os amigos chegaram na nave, foi a vez de Tony ir atrás do amigo.
Não foi fácil, na verdade foi difícil para caralho. Muitas coisas acabaram sendo prejudicadas, vários prédios foram destruídos... Sem contar no centro da cidade. Agora eles estavam ali, todos novamente dentro do jato, indo em direção ao nada. A noite já estava chegando, deviam estar ali a horas.
— Merda. — a voz estridente, completamente embargada de sono se alastrou sobre o lugar.
Com os olhos ainda fechados, ela tinha uma careta no rosto. Parecia estar tentando recuperar a visão por completo, se sentou com lentidão e olhou os rostos ao redor.
— Eu morri? — Stella perguntou, olhando para os olhos de Bruce. Que estava sentado no chão. — Me lembro de estar caindo...
— Lembra? — a voz de Stark atraiu os olhos dela. — Você se jogou, louca.
— Você ia me pegar ué. — a menina deu de ombros, recebendo uma revirada de olhos em resposta.
O corpo de Tony pareceu se relaxar um pouco, depois de todo o estresse causado por Ultron. Ainda não conseguia entender o por quê tudo sempre acontecia em uma frequência rápida demais, como se necessitasse de ação. Eles haviam levado uma surra, por completo. Todos ali estavam estressados, a menina pareceu sentir tudo aquilo. Os olhos de todos transbordava exaustão.
Stark desligou a tela do celular, guardando no bolso, após ler a mensagem que a agente da S.H.I.E.L.D havia enviado. Se aproximando do piloto.
— Quer trocar de lugar? — perguntou a Clint, cruzando os braços.
— Não. Eu tô bem. Se quiser dormir um pouco, é uma boa hora. Falta muito para chegarmos. — Barton respondeu, sem tirar os olhos da frente da nave.
— Pra chegarmos aonde? — perguntou confuso, sem entender.
— A um refúgio.
As horas se passavam lentamente, e a cada segundo presos ali dentro daquele jato era completamente insuportável. Pois o clima estava uma merda, ninguém gostava de perder. Ainda mais para aquela coisa, a qual todos estavam exaustos.
Stark provavelmente dormiu por duas horas — ou três. Esse era o seu recorde da semana, já que não havia dormido absolutamente nada nos últimos dias. Quando acordou, observou que Natasha estava ao lado de Clint e que o mesmo ainda pilotava. Sentado do outro lado da nave, estava Thor. Ele era o que mais parecia irritado, porra, dava para sentir só de olhar.
Banner parecia dormir também, no mesmo lugar o qual estava sentado antes. Se Stark estava exausto de tanto lutar, não queria nem pensar em como o amigo se sentia.
Os únicos que pareciam completamente acordados, era a garota e o Capitão. Ambos estavam sentados no chão do jato, a menina com um aparelho em mãos — cujo Tony julgou ser um celular — enquanto segurava um fone em sua orelha e o outro estava no de Steve.
— Essas músicas são horríveis, Stella. — ouviu a voz do amigo opinando e em seguida a risada fraca da menina.
— Porra, não fala assim do Zayn. — a voz dela parecia ofendida, mas em seguida a risada veio, acompanhada de um pedido de desculpas.
Provavelmente por ter falado palavrão na frente dele. Tony fez uma nota mental, em perguntar depois quando foi que eles ficaram tão próximos.
— São pornográficas. — Rogers franziu o nariz, ao dizer aquelas palavras. — É mais o estilo do Stark.
— É? — ela franziu a testa, imitando o ato dele sem perceber.
Novamente uma nota mental foi feita automaticamente na cabeça de Tony, e dessa vez era sobre o estilo de música que ela curtia...
Não que estivesse interessado, mas sim curioso. Nem se deu conta de que realmente havia ficado fora por vários dias, então não era nenhuma surpresa que algumas coisas tivessem acontecido. Mas, ver eles daquela forma o deixou um pouco desconfortável.
A verdade era que eles haviam sido expulsos — um pouco — e que toda a mídia os estava detonando. Afinal, eles tinham quase destruído uma cidade inteira. Apenas tentando consertar os erros de Ultron, mas com toda a certeza não estava no plano, tudo aquilo.
Era como se tudo tivesse sido completamente atropelado, se sentia assim, pelo menos. Se levantou do chão esticando os braços. Um pequeno movimento que foi obrigado a aprender, se não ia ficar atrofiado qualquer dia desses. Observou que o sol já parecia nascer do lado de fora, se espreguiçou mais um pouco. A camiseta preta parecia apertada demais naquele momento, já que o reator parecia querer a rasgar.
Ele andou em alguns passos até a frente, verificando se nenhum deles queriam trocar de lugar. Depois de receber outro não, deu meia volta e caminhou até Steve. Dessa vez o Capitão era o único sentado no chão, a menina estava no banco. Stark estava totalmente entediado, então se sentou ao lado de Stella.
— Como ele tá? — perguntou como quem não quer nada a Rogers, sobre Bruce — que ainda dormia —
— Péssimo. — Steve franziu os lábios, olhando de relance para o amigo.
— Ah qual é. — a garota ao seu lado choramingou, atraindo os olhos de Stark para si.
Em um rápido movimento, — talvez até considerado desnecessário — ele puxou um dos fones de Stella e colocou no ouvido. Observando a expressão neutra dela, mas obviamente ele sabia o tipo de impacto que causava nela, era divertido. Então quando reconheceu o toque da música, soube na hora o quão entediado estava.
— Shot throught the heart... and you're to blame. Darlin', you give love a bad name. — cantarolou o refrão da música, sentindo os olhos dela queimando sobre si. Stark abriu os olhos e sorriu de lado.— Bom gosto, nervosinha.
A única reação possível que Stella conseguiu proporcionar foi uma arqueada de sobrancelhas, olhando de relance para Steve. Provavelmente pedindo algum tipo de explicação para aquele apelido ridículo. Mas o Capitão apenas deu de ombros, como se fosse uma das atitudes normais de Stark.
Devia mesmo ser, pensou a garota. Afinal, se tudo aquilo que leu sobre ele estiver correto, então teria que tomar cuidado em dobro. Apesar de uma pequena parte sua, desejar — apenas um pouco — descobrir por si só, o que ele era de verdade.
Tinha alguns pequenos pontos que havia conseguido guardar, entre eles estava a maneira estúpida que seu corpo reagia todas as vezes em que o homem estava próximo a ela. Quase como mágica, ela não conseguia se mover e seu coração sempre acelerava. Talvez pelo desconforto eminente que Tony Stark proporcionava... E se os seus próprios palpites estivessem certos, o homem de ferro sabia perfeitamente o tipo de impacto que causava ali. E o pior era que aquele sorriso cafajeste que ele soltou, só comprovou a teoria de Stella.
Não demorou muito para o jato pousar, todos ali pareciam estar um menos piores. Mas, o clima ruim ainda pairava sobre o ar. Quando desceram da nave, pareciam estar em algum tipo de fazenda. O que fez um pequeno sorriso se instalar nos lábios da menina loira, não que Tony estivesse observando. Talvez só por precaução.
Eles caminharam quase a metade do pasto inteiro, até chegarem a enorme casa de veraneio — branca com cercas da mesma cor. Eles subiram os degraus e Thor foi o primeiro a quebrar o silêncio.
— Que lugar é esse?
— Um refúgio. — Stark respondeu, sendo o último a subir para a varanda.
Barton aparava Natasha, provavelmente sua cabeça ainda estava fodida, por conta daquela garota. Ele abriu a porta, segurando Romanoff de um lado. Sendo seguido pelos restantes dos vingadores e Stella, que ficou um pouco para trás.
— Amor? — Clint chamou, fazendo com que Tony levantasse as sobrancelhas em surpresa. — Cheguei.
Por trás do batente da porta, uma mulher de cabelos escuro e definitivamente grávida. Andou até Clint, o abraçando.
— Oi. Temos visita. — Barton continuo a frase, assim que se desgrudou da mulher. — Desculpa não ter avisado.
— Ela deve ser uma agente nova. — Stark ponderou a Thor, que parecia tão surpreso quanto ele.
— Senhores. Essa é a Laura. — Clint a apresentou.
— Sei o nome de vocês. — ela sorriu, olhando para todos os rostos ali.
Segundos depois um barulho surgiu, chegando até a sala. Eram duas crianças, que pularam totalmente nos braços do arqueiro. Fazendo com que o restante das pessoas ali, ficassem totalmente perplexos. Parecia até mais surpreendente do que quando Stella levantou o martelo.
— Esses são agentes mirins. — Tony disse novamente, recebendo dessa vez uma revirada de olhos da menina que estava ao seu lado. Uma das crianças abraçou Natasha.
— Desculpe por termos vindo assim. — Rogers pediu totalmente sincero, observando a cena.
— É. Teríamos ligado, mas estávamos ocupados não fazendo ideia de que existiam. — Stark completou a frase do Capitão, cruzando os braços parecendo insatisfeito. O que fez com que Stella desse um leve empurrão no braço dele.
— Poise. O Fury me ajudou a esconde-los, quando entrei. — Clint se explicou. — Manteve oculto dos arquivos da S.H.I.E.L.D. Acho que aqui é um bom esconderijo.
Tony não estava nada convencido daquilo, estava completamente chateado.
— Eu sou o único que não sabia? — ele colocou as mãos na cintura, perguntando. — Eu acho isso ridículo, eu conto tudo a vocês e vocês fazem isso comigo...
Ele não teve tempo de terminar frase, pois a mão de Stella já estava em sua boca. O impedindo totalmente de ser mais ridículo do que já havia sido, os olhos achocolatados dele pareciam ferver de impaciência.
— Agradeço por nós receber. — Stella foi sincera também, mantendo a mão sobre a boca do homem. — Nós vamos dar uma voltinha...
A menina sorriu, fingindo que tudo estava sobre controle. E empurrou o corpo de Stark para a varanda, deixando os outros lá dentro.
— Larga de ser bebê chorão. — ela limpou a palma da mão na calça escura.
— Não é justo! — Tony rosnou em resposta, apoiando as duas mãos na cintura. Isso era um ato que a menina percebeu que ele o fazia com frequência.
— Relaxa, homem de lata. — ela deu de ombros, se esquivando e sentando na grade ali da varanda.
— Homem o que? — ele estava com as sobrancelhas arqueadas novamente. Parado na frente dela com as mãos novamente na cintura. Porra, aquilo tava ficando engraçado.
— Acha que só você pode dar apelidinhos ridiculos? — perguntou franzindo os lábios dessa vez, mantendo toda a sua atenção no homem a sua frente que parecia estar entrando em uma crise interna. — Prefere playboyzinho?
Ela definitivamente não esperava que ele se sentisse realmente ofendido com aquilo, afinal aquela era a mesma maneira que ele sempre agia com todos. Sendo totalmente incoerente e falando tudo sem pensar, era daquele maneira que Tony era. E ver aquilo de perto só fazia a curiosidade de Stella crescer, talvez até da mesma proporção que ele se sentia sobre ela.
Mas a expressão que tomou conta do rosto dele, foi algo completamente jamais visto por ela. Não tinha como adivinhar o que estava passando por aquela cabeça, as pupilas pareceram se dilatar e o aroma do perfume — provavelmente importado — invadiu as narinas dela.
Stella não se deu conta da pequena proximidade que eles se encontravam, até ele apoiar o braço direito ao lado de sua perna. Fazendo com que a mão dele se agarrasse completamente a grade branca, ficando perto o bastante.
— Prefiro que me chame de outra coisa. — sussurou em seu tom mais ousado, se inclinando o bastante para sentir o corpo dela se erijecer.
Ele sabia perfeitamente que ela não tinha controle sobre o próprio corpo, o que o fez desejar brincar com aquilo um pouco mais. Para saber até onde aguentaria, estava ficando um pouco mais divertido. Pelo menos dessa maneira conseguia ignorar um pouco a catástrofe em que todos se encontravam e a maneira que os olhos azulados dela lhe encarava — parecia o desafio perfeito e Stark não conseguia ignorar.
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