03 | DEMONIC ROBOT CALLED ULTRON
Esse capítulo vai ser narrado pela Stella, para descobrirmos um pouco mais sobre ela. Foi o mais curto até agora, espero que gostem.
Aproveitem a leitura!
{ Um robô demoníaco chamado Ultron}
⎊
— Domingo —
16:43, Torre dos vingadores
O SUOR QUE ESCORRIA POR SUA TESTA ERA DEFINITIVAMENTE A ÚNICA COISA QUE ELA SENTIA NAQUELE MOMENTO, Stella estava quase desmaiando de tanto esforço. Já fazia quatorze dias desde que tudo aquilo começou, as coisas pareciam ter saído um pouco do controle no começo, mas agora a garota já se sentia melhor. A pequena caixa de som vermelha tocava — quase totalmente baixa — Fools do Troye Sivan. Para si a melhor maneira de se concentrar nas coisas, era com uma boa música de fundo. Então quando o primeiro soco veio em sua direção, ela conseguiu desviar perfeitamente, erguendo suas duas mãos acima de seu rosto — em sua auto defesa.
Já fazia algum tempo desde que a vida real daquelas pessoas, havia virado a sua vida real. Tudo tinha mudado, para ser mais especifica sua vida antiga tinha praticadamente morrido por completo. Não que estivesse gostando de estar ali, na verdade detestava. Mas, a companhia de alguns deles tornava tudo um pouco mais suportável. Mesmo estando ciente de que havia sido feita de cobaia por sei lá quem, Stella ainda desejava voltar a viver normalmente. Estava no último semestre da faculdade — isso a um ano atrás — provavelmente seus amigos deviam ter pensado que ela havia desistido, já que estava enfrentando alguns problemas naquela época.
A falta de dinheiro nem era mais novidade, praticadamente cresceu procurando sempre a maneira mais fácil de não passar fome. Algumas vezes não conseguia, claro. Então ficava alguns dias sem comer, para conseguir pagar pelo menos seus livros da faculdade... O que atualmente parecia não importar muito, já que havia sido sequestrada por loucos nomeados de hidra. Pelo menos era assim que as pessoas ali os chamava, ah, sem contar da parte que seu DNA havia sido completamente modificado para algo que ela não fazia ideia. E pelo visto, todos ali também não. Talvez esse seja o motivo especifico por estar presa naquela torre a duas semanas.
— Acho que por hoje já está bom. — a voz de Steve a trouxe de volta a realidade. Os olhos azuis do homem a sua frente, parecia analisar os seus. Era incrível a capacidade que ele parecia sempre saber o que ela estava pensando.
Rogers desatou as luvas pretas de sua mão, observando de relance a menina fazer o mesmo. Kieran soltou um longo suspiro e ajeitou o rabo de cavalo, que estava se desfazendo.
— Como eu tô? — ela franziu os lábios, isso era uma mania que o homem percebeu a algum tempo atrás. Todas as vezes em que ela parecia preocupada, ela o fazia.
— Bem melhor que o seu primeiro dia. — foi sincero. Apoiando suas duas mãos na cintura, a olhando com sua expressão pacifica demais. — Sabe que não precisa fazer isso, não é?
— Mas eu quero. — Stella rebateu, recuperando seu folego gradualmente a tempos de ouvir o toque de Dusk till dawn, começar. — Preciso me sentir útil em alguma coisa.
— Eu sei mas...
— Xiu Steve. — o repreendeu. — Ninguém sabe o que aconteceu comigo, vai que sou muito boa...
— Ou vai que você fica do mal e tudo que eu te ensinei, vai ser usado contra mim. — Rogers completou a frase dela, recebendo a gargalhada da mesma em resposta.
— Jamais Capitão. — ela deu um tapinha no ombro do novo amigo e se virou para desconectar a música.
Ficar muito tempo presa no mesmo lugar, tinha lá suas vantagens. Aquele lugar era enorme, tinha tudo que ela era capaz de imaginar... Menos um cinema, porra, seria demais se o tivesse. Mas, tirando isso, era maravilhoso. Seu lugar preferido era ali naquele pequeno ginásio, onde todos os equipamentos de treino ficavam. Para ser sincera nunca havia se imaginado em um lugar como aquele antes, apesar de ter feito defesa pessoal quando mais nova — já que o bullying no orfanato era enorme. Crianças são sempre piores do que adultos, em algumas partes em especifico.
A verdade era que jamais se imaginou realmente em um lugar como aquele, já que cresceu em um apartamento de um metro quadrado. Não que sua vida tivesse sido péssima, longe disso. Ela sabe muito bem que existe milhares de crianças com vida piores, mas, algumas partes da sua infância não havia sido lá muito boa. Apesar de ter sido adotada por uma mulher incrível, e que sentia muita falta. Uma boa parte sua — a maior dela — gostaria de conhecer seus pais verdadeiros e os perguntar o por quê.
Quando entrou em seu quarto, tratou - se de tirar seus tênis e ficar descalça. Não sabia o motivo exato e nem se lembrava de quando aquela mania começou, mas era quase insuportável calçar qualquer tipo de coisa, se sentia presa. Na verdade englobando tudo, estava realmente presa ali. Pelo menos por enquanto, até as coisas se ajeitarem.
Assim que colocou outra de suas playlist's para tocar, entrou dentro do box no banheiro, deixando a água quente acertar seu corpo. Aquela praticadamente era a sua rotina em todos aqueles dias, acordava, comia, treinava, banhava e assim por diante. Alguma das vezes entrava no laboratório e passava um tempo com Bruce, afinal ele ainda era o único que parecia preocupado com ela. Foram várias amostras de sangue tiradas e mais algumas toneladas de exames, mas não parecia realmente ter nada de errado com ela.
Stella não se lembrava com perfeição quando seu interesse por tecnologia e coisas parecidas havia nascido. Provavelmente foi em um de seus filmes favoritos na infância, ou talvez não. Mas, esse era um fato. Esse havia sido um dos motivos por ter começado sua faculdade de robótica e ter se interessado por engenharia elétrica, apesar de não ser tão inteligente como a maioria de seus colegas, pelo menos tentava. Seu passatempo enquanto estava no orfanato — se escondendo das outras crianças — era ler, sua única escapatória do mundo real. Talvez esse também seja um dos motivos por se sentir animada ali naquele lugar, pelo menos um pouco. Era tudo completamente diferente da sua vidinha tranquila de antigamente, ela estava ao redor de pessoas importantes e algumas até demais.
Foi um dia depois que acordou, que havia decidido fazer algo de diferente, já que tudo ao redor parecia extremamente modificado. Não era como se tivesse criado coragem do nada e ido pedir ajuda a eles, afinal eles era os vingadores. Mas em especifico a Steve, vulgo Capitão America. Entre todos ali, ele parecia o mais fácil de convencer... E o mais simpático também, então foi mutuo quando a amizade de ambos foi cultivada.
Ela ficou sabendo — sem querer — sobre o que todos ali estavam preocupados. Algo como um robô demoníaco, chamado Ultron que estava preparando algo gigantesco para a extinção deles. Foi dessa maneira que ouviu Rogers e Natasha conversando, eles pareciam realmente determinados a acabar com aquilo. Não era como se Stella tivesse ouvido de propósito, afinal só estava a caminho da cozinha, quando os viu no laboratório. Mas, a maneira como eles cochichavam parecia importante demais, para se passar reto. Alguns dos outros integrantes ali do grupo de heróis, havia sumido por uns dias. Claro que de primeira ela apenas achou que eles tivessem coisas mais importantes para fazer, mas depois ficou um pouco estranho demais, quando quase todos se foram.
De primeira havia sido Thor, era surreal ficar perto dele. Pelo menos Stella se sentia assim, já que o homem parecia emanar uma áurea muito poderosa e principalmente toda aquela beleza que rodeava ele.
Depois foi Stark, não que ela estivesse contado desde o momento exato em que o homem sumiu. Mas definitivamente, foi o que mais a deixou desconfortável. Sabia que ele era praticadamente o homem mais importante ali, de quase toda a América. Completamente ocupado de tantos trabalhos que ele provavelmente participava, de longe ele era o cara mais rico que já havia conhecido. De perto, ele parecia normal... Mas, não comum. Afinal, estávamos falando do homem de ferro, de provavelmente o cara mais desejado entre as mulheres. Isso a deixava um pouco instável, ainda mais depois da primeira vez em que conversou realmente com ele. Não que ficasse relembrando a cena a cada momento em sua cabeça — só as vezes quando ia dormir.
Mas, o fato era que aquilo realmente havia abalado suas estruturas. Não por que era ele, mas pela maneira que seu corpo parecia não responder aos seus chamados... Ficando totalmente intacto no mesmo lugar, como se fosse algum tipo de feitiço. Talvez fosse daquele jeito que Tony conseguia manter todas aquelas mulheres ao seu alcance, provavelmente. O que fez Stella ficar um pouco mais irritada que o normal, afinal ele não a conhecia. Não havia dado liberdade para o homem fazer aquele tipo de coisa, ainda mais alguém como ele. Se tem algo que aprendeu desde cedo a ignorar e jogar fora, era pessoas e principalmente caras embustes.
Quando a noite se aproximou toda a base já estava um pouco mais vazia, as enfermeiras e alguns dos agentes já haviam deixado o lugar. Então quando Stella saiu do quarto em direção a cozinha, imaginou que iria ser a única ali. Afinal a maioria de suas noites estavam sendo daquela maneira, não que ela odiasse a própria companhia — na verdade até gostava. Mas quando algumas coisas são em extrema doze, começa a ser enjoativo.
Se não podia sair dali, pelo menos gostaria de participar de algumas das coisas que eles faziam juntos. Mas, também sabia que seria apenas um peso a mais, já que não era lá tão boa assim.
Com o notebook em mãos, caminhou até a cozinha, o colocando em cima do balcão. Provavelmente uma missão com urgência havia surgido, o silêncio por ali indicava isso. Ela deu play em 10 coisas que eu odeio em você, já havia visto o filme um milhão de vezes, mas o que seria daquela noite sem um clichê para preencher seu vazio interno?
O bom daquele lugar, era que tudo era extremamente grande demais. A cozinha era uma delas, o balcão de mármore definitivamente deixava muito claro o quão rico o dono dali era. Apesar de ser acostumada a sua minuscula cozinha, se acostumou ali rápido demais. O que era péssimo, já que iria embora daqui uns dias — se eles resolvessem logo, o que tinha dentro de si.
— Ei. — a voz do arqueiro atraiu totalmente a atenção dela. Ela deu um pause no filme e se virou. — O que faz?
— Algo para comer. — respondeu, voltando atenção a panela que havia colocado no fogão. — Achei que estivessem em uma missão, ou algo do tipo.
— Não. — ele se sentou, apoiando as duas mãos sobre o balcão. — Como você tá?
— Bem. Tirando o fato de ter algo alienígena em meu corpo. — ela deu de ombros, aquilo realmente parecia algo banal no momento.
— Sinto muito. Vamos descobrir o que é.
— Tudo bem. Não é a coisa mais importante no momento, afinal aquela coisa... Ultron, está atrás de vocês. — Stella foi sincera, não podia se colocar em primeiro quando coisas mais importantes estavam acontecendo.
— Esse é o mais estranho. — Clint suspirou pesadamente. — Ele está em silêncio faz algum tempo...
— Sim, deve está tramando algo.
— Como anda as aulas? Te disse que sou melhor que o Rogers. — Barton perguntou, fazendo graça.
— Acho que tô me saindo bem. — ela franziu os lábios, desligando a chama. — Que tal me ensinar arco e flecha?
— Fechado. — ele estalou os dedos, concordando.
Essa era uma das partes boas para ela, gostava de conversar. Era como se cada um deles fosse completamente diferentes e afinal eram mesmo. Por vários dias, ela pensou que só estavam sendo gentis já que eles eram heróis e coisas to tipo. Mas, depois foi se dando conta de que talvez as coisas fossem diferentes. A companhia de Clint era agradável, a conversa fluía bem e ambos beberam algumas latinhas de cerveja. Então quando a menina deitou em sua cama, se sentindo tranquila e confortável pela primeira vez em dias. Foi perfeitamente fácil pegar no sono.
Essa sempre havia sido sua parte preferida do dia, desde que ainda era uma criança. Fugir da realidade, de tudo, dormir era o mais próximo de escapar. Por isso era completamente apaixonada pelo ato em si, mas com o tempo isso foi aumentando... Começou quando sua mãe adotiva faleceu, era como se não conseguisse lidar com tudo aquilo sozinha. Ás vezes os pesadelos ainda vinham, mas não tanto como antigamente. Talvez por agora ser um pouco mais fácil ignorar seus sentimentos e não os deixar ter total controle sobre si. Claro que nem sempre ela conseguia fugir, então eles pareciam lhe sufocar pesadamente. Quase como se Stella se afogasse no meio do oceano, enquanto buscava um traço de ar para conseguir continuar viva.
Mas diferente de todas as outras vezes em que acordou de um pesadelo, dessa vez todo seu corpo parecia queimar. E aquilo doía até o fundo de sua alma, uma dor que ela achou ser quase impossível de ser sentida. Não parecia normal, não era nada comum. Então em um enorme sobressalto seus olhos foram abertos e o ar pareceu entrar em seus pulmões, nunca havia se dado conta de que ser sufocada era tão agoniante assim.
Ela se levantou da cama e abriu a porta do quarto com cautela, não sabia o que poderia estar acontecendo ali. Mas, o calor dentro daquele lugar estava insuportável. Decidiu - se que iria tomar um enorme corpo de água gelada, parecia que era a coisa mais lógica do momento. Então quando deu os primeiros passos em direção a cozinha, ouviu pequenos barulhos, quase inaudíveis. Pareciam vim do andar de baixo, provavelmente era alguém que teve a mesma ideia que ela mesma. Quase perguntou — quem é ? — mas se deu conta de que soaria patético demais, como um filme de terror barato.
Quando chegou na beirada da escada que lhe levava até o andar de baixo, o barulho pareceu ser um pouco mais alto e estridente. Antes que pudesse ter alguma chance de verificar o que era — afinal não podia ser nada demais, já que ali definitivamente era o lugar mais seguro do mundo. Pelo menos era para ser — sentiu algo quente e forte lhe puxar para trás, o que fez seu corpo se chocar contra a parede. Fazendo com o barulho se tornasse cada vez mais insuportável, ela se virou em direção a aquilo que lhe puxou e os olhos achocolatados caramelizados foi a única coisa que conseguiu ver. Se preparou para o xingar e perguntar que merda ele estava fazendo, quando ele colou o corpo no seu e tampou sua boca.
Seu corpo novamente não obedecia aos seus comandos, os olhos de Stark estavam vidrados no barulho que parecia subir os degraus. Então em um ágil movimento, ele empurrou o corpo de Stella para dentro da primeira porta que havia ali. Mantendo sua mão esquerda na boca da garota e a sua direita posicionada na cintura da mesma, segundos depois ela o empurrou completamente.
— Stark, que porra você acha que...
E aconteceu novamente, só que dessa vez o único lugar além daquele quarto para se esconder, era o closet. O corpo de Stella pareceu se rodopiar nos dedos fortes do homem, ele os empurrou para dentro do pequeno lugar que era aquele closet. Ficando totalmente na frente dela, fazendo com que o rosto dela batesse em seu peito, e que a respiração de ambos ficassem perfeitamente sincronizadas. Então o barulho da porta se abrindo foi ouvida por eles, passos pesados e arrastados ecoavam por todo os lados. Tony empurrou um pouco mais o corpo para a esquerda, na tentativa de os esconder um pouco mais.
Não que Stark fosse lá muito alto ou coisa do tipo, mas Stella era definitivamente mais baixa que ele. Então o braço esquerdo dele, estava apoiado na parede ao lado da cabeça dela. E os olhos da garota não conseguiam enxergar outra coisa, além da boca dele. Uma parte sua queria o empurrar e o manter afastado, por quê sabia exatamente o tipo de perigo que Tony proporcionava. Mas, seu corpo não obedecia. E provavelmente se fizesse o que seu cérebro tanto queria, acabaria os colocando em risco. Já que sem a armadura, ele era apenas um cara normal que sangrava.
Ele estava com metade de seu rosto virado, tentando enxergar o que era aquilo. Mas quando voltou seu rosto ao normal, os grandes olhos de Stella o esperava. Não que ele nunca tivesse ficado perto o bastante dela, aquela vez no laboratório comprovava isso. Mas daquela maneira ali, uma parte de seu corpo estava agindo sem pensar. Ele era homem afinal, qualquer um em sã consciência deixaria aquilo rolar. Mas não parecia o certo e Stark não sabia por quê. Por seu peito estar na altura do rosto dela, o corpo dos dois estavam próximos demais. Então ele conseguia sentir perfeitamente o coração dela acelerando, estava batendo muito forte e ela pareceu se dar conta disso.
— Não tire conclusões precipitadas. — sussurrou, tentando se afastar um pouco do corpo do homem. — É seu coração que está batendo. — mesmo aquele ali sendo um péssimo momento e ambos estando ciente daquilo, o sorriso que brotou nos lábios dele foi impagável.
— Eu tenho um reator, lembra? — sussurrou de volta, mal contendo o sorriso que aquilo lhe proporcionou.
Então antes que eles se preparassem para o que estava por vim, o barulho da porta se batendo foi ouvido e a menina empurrou rapidamente o corpo de Stark. Os dois saíram daquele pequeno lugar e ele foi em direção a porta, a abrindo com perfeita cautela. Parecia que o que quer fosse que estivesse ali, tinha ido embora. Ele saiu para fora, sendo acompanhada dela que fez o mesmo.
— Fica aqui. — pediu se afastando um pouco de Stella, indo em direção ao final do corredor.
— Eu não...
Ninguém em sã consciência ficaria sozinha, enquanto algo praticadamente estava sendo invadido. Apesar de estar descalça e apenas com uma camiseta e um short, ela correu em direção ao quarto para se trocar. Já que aquilo tudo parecia ter importância, vestiu a primeira calça que achou e calçou seus tênis. Quando se preparava para sair, foi quando o calor pareceu lhe atingir novamente. Era estranho e definitivamente não era normal, então quando sua mão rodou a maçaneta, pareceu o inferno de tão quente. Ela desceu os degraus com rapidez até chegar no andar debaixo onde a sala e cozinha ficava, foi quando o primeiro estrondo veio. Fazendo com que ela perdesse o equilíbrio, puxou do bolso da calça um dos aparelhos de ponto — que Natasha praticadamente a obrigou colocar cada um em cada calça. Para qualquer tipo de emergência e aquilo ali parecia uma.
— Clint! — Stella chamou o nome do amigo, que devia estar ali na torre junto a ela. Mas não obteve responda alguma, até o segundo estrondo acontecer e o fogo atingir ali a sala. As janelas gigantescas de vidro, se quebraram como se não fosse nada.
Então quando seus olhos conseguiram enxergar um pouco atrás de todo aquele fogo, conseguiu ver algo andando por entre ele, caminhando em sua direção. Demorou alguns segundos para sua visão focar no que aquilo era, era grande e robusto, parecia uma das armaduras do Tony. Mas, quando foi chegando mais perto, ela se deu conta do que era. Se levantou do chão com dificuldade, já que parecia ter se inclinado um pouco por causa da explosão.
— Stark. — gritou o nome dele, se levantando e começando a andar em direção as janelas. — Tony!
— Stella. — respondeu com a voz abafada. — Tá desmoronando, fica onde você ta...
— Lado sudoeste da torre, acima da letra A. — ela atropelou as palavras, falando rapidamente.
— Fica aí. — reforçou o aviso.
— Ele tá aqui. Não posso ficar, vou ter que pular.
— Stella. — a repreendeu.
— Tony, tá pronto ?— perguntou, seu coração estava acelerado.
O robô se aproximava cada vez mais dela. O fogo parecia se sobressair sobre o lugar a cada segundo, ele era grande demais. Ultron era tudo aquilo e um pouco mais do que eles haviam alertado, ela nunca tinha visto alguma coisa como aquela antes.
— Pera aí, pera aí, pera aí.
— Já era. Stark, é com você. — sentiu seus pés esbarrarem nos cacos de vidros, estava perto demais. Era sua única chance, um caminho sem volta.
Segundos depois quando o robô se jogou para cima dela, no susto e desespero, Stella também se jogou pela janela. No momento exato em que se esquivou dele, sentindo a queda livre acertar seu rosto.
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