PARTITION
" Quando foi chamado para servir como motorista naquela noite Liam esperava qualquer coisa, exceto encontrar um casal tão... Atrevido?"
As expectativas para o sábado à noite de Liam Payne estavam especialmente baixas. Sua semana havia sido atribulada, repleta de provas e horas a fio estudando na biblioteca, depois do encerramento dos exames a maioria de seus amigos haviam se refugiado em suas casas para o fim de semana, para aliviar o estresse, outros tinham resolvido se jogar na farra. Normalmente estaria entre o último grupo, mas ele estava zerado de grana e não parecia inteligente gastar seus últimos dólares com bebida ruim e as voltas de táxi.
Enquanto pressionava os botões do joystick, concentrando-se no jogo, não conseguia parar de pensar que precisaria arrumar um emprego à partir da próxima semana. Ele precisava de dinheiro para agora!
E se você é do tipo que acredita em milagres, um destes acabara de acontecer no instante em que o celular de Payne começou a tocar desesperadamente. Meio distraído, sem querer pausar a troco de um trote ou telefonema por engano, o enganchou entre a bochecha e o ombro, dando pouca atenção a pessoa do outro lado.
— Liam? Liam, você tá aí? — Reconheceu de imediato a voz de Niall.
— Uhum, o que você quer? — Inclinou todo o corpo quando um zumbi surgiu do nada na tela, tentando morder seu avatar.
— Afim de ganhar muita grana sem precisar se esforçar?
Opa!
Liam largou o jogo na hora. Vários zumbis pularam sobre ele, mas não fazia mais diferença, havia uma oferta bastante atraente bem aqui.
— Qual o golpe?
— Sem golpe, cara. É um emprego de uma noite como motorista.
— Motorista? — Franziu as sobrancelhas castanhas, não muito empolgado sobre.
— Yeah! Sabe que eu trabalho aos fins de semana nesse cassino foda aqui no centro, então, hoje tem um puta evento e o patrão vai vir, mas pelo que disseram um dos motoristas dele ficou doente e precisam de outro com urgência. Acho que é pro filho dele, se não me engano, bom, tanto faz. Eu disse que poderia arrumar alguém, tem interesse?
— Depende... de quanto estamos falando?
— 500.
— 500? Só pra dirigir por uma noite? — Riu descrente, parecia bom demais pra ser verdade — Tô dentro, Nialler.
Ouviu Niall suspirar aliviado do outro lado. Com certeza aquilo lhe renderia alguns pontos com a gerência.
— Ótimo, vou te dar o endereço. Arranje um terno. — Disse e Liam tentou lembrar se havia algum no fundo de seu armário — Ah, mais uma coisa, você já dirigiu uma limousine antes?
Xx
Não. Liam nunca havia sequer visto uma limousine de perto, mas isso não seria impedimento para que ele conseguisse seus 500 doláres. Contanto que não fosse uma nave espacial acreditava em seu potencial para conduzir qualquer automóvel.
Não foi uma tarefa fácil desamassar seu terno de entrevistas, ao menos não estava sujo. Ponto pra ele. O nó na gravata não foi dos melhores, Zayn costumava ajudá-lo com isso, porém, ele fazia parte do grupo que debandou para a casa da mamãe para lamber as feridas depois de suas notas não muito exemplares. Suspirou aliviado por pelo menos seu cabelo não ter sido um problema já que tinha cortado recentemente, sua barba ainda estava aceitável e praticamente se banhou com o perfume caro de um dos garotos da república, só pelo caso do tal Sr. Tomlinson ser bonito e solteiro. Jamais abriria mão de tentar fisgar um ricaço.
No entanto, assim que chegou até o endereço onde ele deveria pegar a limousine que estava sendo preparada para conduzir o milionário, um velho começou a lhe ditar um bilhão de regras e normas de etiqueta e por fim lhe empurrou um quepe e luvas brancas repetindo que:
— O Sr. Tomlinson é um homem muito temperamentall.
Começou a suspeitar que ele deveria ser um velho, filho de alguém ainda mais velho, feioso, tedioso e irritante. Então, quando dirigiu até os grandes portões de ferro no bairro mais rico e antigo da cidade, que nunca estivera antes, já havia materializado um homem completamente horrendo. Contornou a fonte d'água na entrada da mansão vitoriana, as grandes janelas estavam iluminadas, a porta aberta e vinha música alta do lado de dentro.
O mordomo que o aguardava na entrada ordenou que ele esperasse e desapareceu no interior da mansão.
Seguindo as orientações que recebera saiu da limousine preta e lustrosa e se colocou ao lado da porta traseira com as mãos cruzadas diante do corpo. Não quis pensar no quão ridículo parecia com aquelas luvas brancas. Poderia se passar por um mímico.
De qualquer forma era um trabalho bastante fácil, pegar o velho, levá-lo até o cassino, trazer de volta e pegar o dinheiro. Voltaria antes que os garotos começassem a chegar de porre.
De repente uma silhueta surgiu diante da imensa porta de entrada, a luz amarelada contornava o corpo magro de um homem que ainda estava distante demais para que Liam pudesse discernir muita coisa, mesmo assim concluiu que se tratava de alguém embriagado por conta de seus passos cambaleantes e lentos. Mesmo assim ele continuou se aproximando, os degraus foram um desafio a parte, entre pequenos tropeços o alcançou cheio de risadinhas e deixando sua taça de champanhe cada vez mais vazia ao que ia derrubando mais e mais do líquido pelo caminho.
E ok. Ele não era velho. Não era nada velho, nem feio, ou horrendo, nada disso. Pelo contrário, era lindo. Lindo do tipo uma estrela de cinema, um rosto que você não vê por aí. Seu rosto era exímia perfeição, a mandíbula bem marcada, os lábios cheios e bem delineados ao que ele trazia um biquinho sobre estes avermelhados e sorridentes por seu pouco equilíbrio, a luz era parca, mas o verde dos olhos era luminoso o suficiente para se destacar mediante a escuridão, seu cabelo era uma bagunça meio ondulada, meio cacheada em tom de canela e sua roupa preta era fina, elegante e definitivamente brilhante. Um dos suspensórios estava caído sobre o quadril e o sapato de salto não pareceu a escolha adequada quando tornou a cambalear e tombar para frente contra o peito de Payne que o agarrou para impedir que ele se estatelasse contra o concreto.
— Oh mon dieu, c'était proche. — Cantarolou com o timbre rouco aos risos, jogando a cabeça para trás, o olhando diretamente nos olhos.
Liam engasgou.
— Desculpe, eu não entendi.
O cacheado sorriu ainda mais largo, exibindo as aspas em seu sorriso. Covinhas era jogo baixo.
— Pardon, eu me confundo um po- — Pressionou um dedo contra os lábios ao soluçar — um pouco com os id-idiomas quando bebo. — Santo deus! Como se não bastasse ser lindo de morrer, ele tinha aquele sotaque, um bendito sotaque francês e seus lábios formavam um biquinho a cada palavra que ele dizia — Eu ser Harry, quer dizer, eu me chamo Harry. — Ele se remexeu tentando puxar o braço para oferecer a mão em cumprimento para Liam e foi só quando este se deu conta de que estavam próximos demais, com suas costas contra o carro e o corpo do rapaz colado ao seu devido ao seu braço ao redor da cintura corpulenta dele. Magnífico, deveria ter causado uma ótima impressão o agarrando de primeira. Harry deveria achá-lo um tarado.
— Perdão! — Exclamou o soltando e baixando a cabeça — Eu juro que não foi minha intenção faltar com respeito, Sr. Tomlinson.
— Sr. Tomlinson? — Repetiu confuso — Oh, você é o motorista especial, por isso não me conhece. Não, querido, eu não sou o Sr. Tomlinson.
— Não? — Piscou atordoado, será que ele errou o endereço?
Harry negou com a cabeça, bebericando de sua taça ao indicar a casa. Os anéis cintilavam em seus dedos.
— Ele está lá dentro, sendo a putain de reine du drame — Disse com escárnio, franzindo o nariz ao que esvaziou sua taça — Oh, acabou. — A balançou diante dos olhos de Liam — Eu quero mais. — E se jogou nos braços dele.
Certo, Harry estava muito bêbado e o homem a quem ele deveria estar conduzindo esta noite ainda não tinha dado as caras e era bem provável que o rapaz em seus braços fosse marido dele e se o tal Tomlinson aparecesse na porta naquele exato momento não daria um dólar para Payne.
— Está bem, Sr. Harry...
— Só Harry. — Pediu brincando com a gravata de Liam — E qual é o seu nome, mon bon garçon?
— Liam Payne.
— Uh, Sr. Payne. — Disse, lambendo os lábios.
— Harry, bem, vocês tem um compromisso, não vão querer se atrasar. Por que não chama o Sr. Tomlinson para que possamos ir?
— Eu adoraria, sabe. — Começou, coçando o queixo, como se lutasse para lembrar o porquê de não fazê-lo — Mas... mas ele não está falando comigo.
— Não está? Vocês discutiram?
— Tipo isso. Ele me mandou embora, por isso eu saí.
Excelente, tinha chegado no meio de uma DR.
— Então, acho que não vão sair hoje. É melhor eu ir embora. — Fez menção de se retirar, mas assim que se moveu, foi puxado de volta pela mão de Harry que prendia sua gravata. Foi um tanto desconcertante quando seus peitos se chocaram e o cacheado se aproximou um pouco mais, mordiscando os lábios.
— Lou não vai gostar se você for.
— Lou? — Sibilou um tanto inebriado pelo perfume do outro. Ele cheirava tão bem.
— É, Louis Tomlinson. Nós estávamos sem fazer nada, então começamos a beber e beber e beber mais e então eu quis dançar e ele disse que era melhor não, mas eu não dei ouvidos e comecei a rodopiar, só que estou um pouquinho tonto e acidentalmente esbarrei naquele vaso antigo e cafona e quando ele quebrou, Lou ficou uma fera e começou a gritar comigo. — Dizia tudo isso com uma vozinha infantil e os olhos lacrimejantes, talvez fosse toda a sua áurea alcoólica que estivesse embriagando Liam, era a única explicação para ele estar querendo pegar o rapaz no colo e consolá-lo como se fosse um bebê — E ele sabe que odeio que gritem comigo. — Uma lágrima escorreu por sua bochecha rosada — Então eu fiquei meio nervoso e quebrei outras coisas e o Louis parou de falar comigo e depois de um silêncio interminável disse que era pra mim voltar pra Paris e deixá-lo em paz.
— Quer dizer que quando você estava saindo pretendia voltar para Paris?
O garoto fungou, secando a lágrima.
— É, acho que ia pegar um ônibus, algo assim. Paris não fica muito longe, certo?
— Bem, nós estamos em Los Angeles, então é meio longe na verdade. — Disse coçando a nuca. Estava ficando tarde e nada de Louis aparecer — O que faremos então?
Harry o olhou confuso e depois se pôs a pensar, quando uma ideia o abateu se afastou de Liam para caminhar, apoiando-se contra a lataria da limousine até chegar a porta do motorista, por meio da janela aberta pesou a mão contra a buzina. O som ecoou fortemente por toda a parte.
Não satisfeito, buzinou por vezes seguidas.
— Louis Tomlinson, saia já daí! — Gritou em conjunto com o som irritante, repetindo o ato sem parar até que uma nova silhueta destoou no hall. Uma bem menor do que Harry, mas igualmente desalinhada e embriagada — Venha, chérie
— Sem essa de "chérie", Styles! — Louis rosnou, revelando-se como um britânico com o sotaque carregado — Você merecia umas palmadas pelo que fez lá dentro.
— Pode me dar quantas palmadas quiser no caminho, veja, temos uma limousine só pra nós. E este é Liam Payne, nosso novo motorista.
Pela primeira vez, Louis olhou propriamente para a limousine, seguindo até um Liam amuado que acenou, sem saber o que fazer consigo mesmo.
— Foda-se, não vou a lugar nenhum. Pode ficar com a limousine e o quebra-nozes aí.
Liam travou a mandíbula para não dizer quem ali era o quebra-nozes.
Harry não se deu por vencido e continuou insistindo, chamando-o manhosamente pelos próximos cinco minutos, adulando-o, mas nada funcionava, até que desistiu.
— C'est bon! — Styles suspirou dramaticamente, passando a mão pelos cabelos e estendendo a mão para Liam que rapidamente a segurou, guiando-o até a porta traseira. Antes de entrar, fez questão de olhar sobre o ombro — Continue bancando a prima-dona, haverão tantos homens pra me manter ocupado que nem irei me lembrar de você.
Essa deveria ter sido a estratégia de Harry desde o início, pois teve efeito imediato. Ele veio escorregando pelos degraus, irritadiço e bufando sem parar, equilibrando uma garrafa de champanhe numa mão, dando goles generosos e tentando capturar o ar com a outra. Quando chegou perto o suficiente, Harry se apressou em sair do caminho para que ele entrasse primeiro, no entanto, ao invés disso Tomlinson seguiu até a porta da frente e se sentou no lugar do passageiro.
Harry foi até a sua janela.
— O que está fazendo aí?
— Eu não estou falando com você. — Disse cortante, subindo o vidro e deixando Harry de cara com o fumê.
O cacheado se virou para Payne arrasado. Bem, as coisas não pareciam mais tão simples agora.
Xx
Durante toda a sua vida, Liam Payne foi um observador. Não gostava de confrontos ou se meter em confusão, preferia ver os outros fazendo isso. Era menos cansativo e até divertido, normalmente ele sabia quando estaria prestes a presenciar uma discussão ou o que fosse, mas quando aceitou ser chofer aquela noite jamais imaginou que estaria literalmente no meio de uma briga de casal.
Normalmente o trajeto de L.A até Hollywood era simples, não levava mais do que meia hora. Porém era um sábado a noite e todos tinham um lugar para ir e coincidentemente parecia ser o mesmo que o deles, o Waze indicava que havia um extenso trânsito na estrada principal e se isso não fosse aborrecimento o suficiente o passageiro no banco do carona não parava de apertar absolutamente todos os botões do painel. Ligava e desligava o ar condicionado, o pisca alerta e parabrisas, sem falar de estar a ponto de quebrar o teto solar de tanto abrir e fechar, abrir e fechar, em eterno looping. O rádio também foi uma de suas vítimas.
Ele não queria ouvir nada, mas isso não servia como razão suficiente para que ele deixasse de pular música atrás de música, principalmente se Harry gostasse de alguma. Liam não o conhecia, tampouco sabia algo além de seu nome e para onde ele estava indo, mesmo assim concluiu com certeza que Louis Tomlinson era um perfeito fedelho pirracento.
Mas um fedelho bem bonito.
Foi fácil discernir que Louis era o mais jovem ali, era podre de rico, no entanto, calçava Vans, usava skinny e camiseta, você poderia dizer que ele se "esforçou" apenas ao colocar um blazer caro com um lenço no bolso e só. O cabelo castanho era armado em uma bagunça repicada que entre inúmeras passadas de mão de seu dono acabaram formando um topete interessante e o único detalhe em si que o destoava de um completo adolescente era a barba, rala, porém ainda estava ali. Haviam tatuagens se revelando em seus braços e peito e um piercing na boca, olhos azuis bastante compenetrados na tarefa de se revirar para qualquer música que surgisse no visor.
Harry era mais velho e estava totalmente rendido por aquele moleque que o ignorava mesmo que Styles estivesse acampado entre a partição, acariciando os ombros e cabelo de Tomlinson toda vez que ele voltava a se acomodar em seu lugar.
— Mon cher amour... — Suspirou com a voz rouca no ouvido de Louis, suas mãos foram descendo dos ombros dele por seu peito, adentrando o blazer e se esfregando pela camisa, antes de também se afundarem dentro dela revelando um 7 e o início de outro número que Liam se obrigou a não prestar atenção. Seja profissional.
— Talvez não seja tão careta quanto eu pensei. — Liam se assustou quando ouviu a voz de Louis soar tão perto e ele de fato quase perdeu a direção quando sentiu a mão dele o tocando.
— Desculpe? — Tentou dividir a atenção entre o homem e a rua. Ainda estava para escapar da N Broadway.
Louis balançou sua manga, indicando as tatuagens que se exibiam um pouco abaixo da luva e o punho do blazer.
— Tem mais dessas?
— Bem, sim, algumas... — Pigarreou ao encontrar dois olhinhos azuis brilhando com malicia em sua direção.
— É mesmo? — Assentiu — Tire as luvas!
— Senhor, eu recebi ordens p-
— De quem? Pensei que estivesse trabalhando para mim essa noite.
— Sim, tem razão, senhor. — Payne engoliu em seco diante disso e tirou uma das luvas. Antes mesmo que pudesse voltar a tocar a mão direita sobre o volante lá estava Tomlinson, se inclinando sobre ele, os dedos deslizando por seu dorso, dedilhando os desenhos com atenção, verdadeiramente encantado com as tatuagens, mas não dava para ignorar seus joelhos se tocando, uma das mãos dele raspando contra a coxa de Liam e a bochecha pressionada em seu braço, se ele baixasse um pouco o rosto poderia sentir o perfume dos cabelos de Louis e tudo bem por ele já que estava mais do que solteiro, mas alimentava a leve desconfiava de que não era o caso do menor.
— Uau, essa águia está perfeita! E o que diz aqui? Espera, você tatuou as suas iniciais? — Ele sorriu divertido, seus dedos passeando até o pulso de Liam.
— É, tatuei. — Murmurou atordoado, Louis o olhava de uma maneira que o deixava desconcertado — É idiota.
— Eu não achei nem um pouco idiota. — Retrucou e então voltou a olhar para ele, um sorriso relaxado dançando por seus lábios e os olhos felinos caindo sobre cada centímetro de si, pegando sua respiração pesada e as mãos levemente trêmulas — Te deixo nervoso?
— Não, é só que... — Sim, sim, você me deixa nervoso pra caralho! — , o senhor está sem cinto. É perigoso.
— Perigoso, porquê? Não é um bom motorista? Quer dizer que não posso confiar em você pra me manter em segurança?
Liam abriu a boca, mas não soube o que dizer.
Louis estava muito perto e de repente não estava mais.
Ouviu um grunhido e então o som de suas costas se chocando com o banco. De relance enxergou a mão dele apertando o pulso de Harry que tinha a mão alojada na parte de trás de cabeça de Louis, entre seus cabelos. Ele o tinha puxado pelos cabelos. Então eram do tipo selvagens.
— Coloque a porra do cinto e deixo-o em paz. — A voz de Harry soou grave e severa. Como estava inclinado sobre a repartição e Louis ainda acuado, o olhava de cima.
— Por que estou tendo o desprazer de ouvir sua voz?
— Porque eu estou aqui e deveria me agradecer porque se não fosse por mim estaria congelando naquela cabaninha de merda no Alasca.
— É melhor que não esteja esperando um agradecimento. — Disse entredentes estreitando os olhos para o cacheado.
— Nunca espero nada além de malcriação da sua parte. — Harry resmungou, soltando o cabelo de Louis para se inclinar um pouco mais e prender seu cinto e foi o momento que o menor se aproveitou, ele segurou a nuca de Styles e aproximou seu rosto do pescoço dele.
Quando Harry gritou, Liam deu um salto, assustado.
— O que houve? O que aconteceu? — Se virou para os dois assustado, por sorte estavam parando no meio de um imenso engarrafamento na Hollywood Fwy.
Harry voltou para o seu lugar, trêmulo com a mão no pescoço.
— Você me mordeu. — O timbre amenizara em muito.
Louis deu de ombros, virando no banco, ainda sem cinto, puxando a mão de Harry querendo contemplar sua obra.
— Você invadiu o meu espaço primeiro.
— Você faz bem mais do que invadir o meu espaço e mesmo assim eu nunca te mordi. — Os olhos verdes queimavam de raiva sobre Tomlinson.
— Porque não quis.
— Vou me lembrar disso quando estiver chupando o seu pau.
Liam corou fortemente, mas mesmo assim fingia não estar ouvindo nada.
— Desculpe, Liam. Meu amigo aqui não tem classe alguma.
— Eu não sou seu amigo. — Harry rosnou — E eu tenho muita classe.
— Toda a classe que um stripper poderia ter.
— E não é assustador como um stripper sabe se comportar muito melhor do que um riquinho malcriado? — Eles tornaram a aproximar seus rostos, se encarando impacientes.
Payne não sabia se estavam prestes a se beijar ou se socar.
— Não comece a me provocar se sabe que não vai aguentar depois. — Louis disse em tom de alerta.
— Acho que posso fazer o que quiser. Você está aí e eu aqui. — Harry encurtou um pouco mais a distância, seus narizes se tocando e ele insinuando estar prestes a beijar Louis que contrariado lhe deu as costas.
— Você tem razão. — Bufou olhando para frente, as luzes da cidade afora e os faróis iluminaram o perfil de Louis, aos olhos de Liam ninguém nunca lhe pareceu mais aborrecido. Louis era dono de um gênio terrível — Liam, suba a divisória.
— Ñ'ose-tu pas! — O cacheado rugiu, mas Louis já havia apertado o botão e subido a divisória. Não houve mais ruído algum vindo de trás.
Preso no trânsito não havia mais como fingir prestar atenção em qualquer outra coisa.
— E-Eu não entendo muito de relacionamentos, mas acho que essa não é a melhor forma de tratar seu namorado. — Liam balbuciou, apertando o volante.
— Ele não é meu namorado. — Respondeu, tirando um maço de cigarros do bolso, ofereceu para Liam que relutou — O que eu disse antes foi zoeira, é claro que eu não pretendo bancar o seu chefe. Vamos, você merece, eu sei que estamos te dando nos nervos.
— Não é verdade. — Aceitou um dos cigarros e deixou que Louis o acendesse.
Ambos tragaram e sopraram a fumaça pelas janelas abertas.
— O que faz quando não está dirigindo limousines de luxo?
— Sou universitário, estou me formando esse ano.
— Mesmo? Isso é incrível. — Ele sorriu, desatando o único botão de seu blazer e repousando um braço no encosto da janela — Eu fui aceito em Yale. Era pra ser o meu primeiro ano.
— Era?
— Não consegui pensar em nada que gostaria de estudar, então, não fui.
— Que pena.
— Bem, talvez eu esteja fadado a ser como meu pai, um milionário cretino. — Disse com pesar.
— É um destino que eu apreciaria ter.
Eles se olharam e desataram a rir.
Uma música começou a soar dos alto-falantes.
— Da onde vem isso? — Louis franziu o cenho, o rádio estava desligado e mesmo assim Wallflower continuava a tocar.
— Lá atrás tem outro rádio. — Liam se lembrou.
— Ótimo! — Suspirou, massageando as têmporas ao tempo que um ruído vinha da divisória, como se alguém arranhasse o vidro. Não podiam ver o outro lado, mas sabiam bem quem era.
— Louis. — A rouquidão de Harry sobrepunha a canção, o nome soando bem diferente quando dito em francês. Liam não pode deixar de notar que parecia muito com um gemido. Louis não movera um músculo, continuava a fumar seu cigarro inabalável ou talvez estivesse bastante abalado, só evitava demonstrar — Bébé, j'ai besoin de toi... Viens me baiser maintenant.
Não saber francês era uma bela merda, ele não entendia nada e talvez está fosse a intenção de Styles. Tomlinson, pelo contrário, aparentava compreender cada linha porque estava petrificado, os olhos baixos e os ouvidos atento em cada som, cada suspiro. Liam também ouviu o chiado de um zíper abrindo.
A música por si já era bastante sugestiva.
"But I want to be real bad with you." Foi nesse exato trecho que Harry gemeu deliberadamente, alto e prazeroso, chamando toda atenção para si.
Tomlinson fechou os olhos devagar e a mão caída em sua coxa se apertou.
— Si tu ne viens pas vite, je vais commencer à m'amuser sans toi. — Ofegou e mais ruídos foram ouvidos — Je vais sucer mes doigts et imaginer ta bite en place, et puis je vais les mettre au plus profond de moi. C'est dommage que tu ne puisses rien voir de tout ça, papa. — Fosse lá o que ele estivesse dizendo surtiu efeito, porque Louis estava ofegante, o cigarro completamente esquecido, os olhos apertados e a mão sobre a coxa tinha escorregado até entre suas pernas e quando Harry gemeu "Mange-moi, s'il te plaît" apertou seu pau duro e gemeu arrastado.
Os gemidos de Harry estavam ficando mais desesperados e Louis mais fora de órbita, Payne acabou se vendo nessa bolha dos dois e perdendo o foco de onde estava e o que fazia até a buzina dos carros de trás zumbirem e ele perceber que o trânsito andara um pouco. Tomlinson arregalou os olhos, voltando a si. Olhou para onde sua mão o acariciava e a fechou em punho, olhando de Liam para o chão até se resolver a abaixar a divisória.
O motorista suava frio ao imaginar em que estado encontraria Styles, mas longe do que esperava o encontraram sentado no banco à esquerda, as pernas estiradas sobre o estofado de couro, servindo-se de um scotch no bar. Os leds azuis estavam ligados, piscando conforme uma nova música começava.
— Bonjour! — Cantarolou erguendo seu drink ao encontrar os dois o encarando.
Liam sorriu porque o cacheado era adorável, sorrindo daquele jeitinho meigo com suas covinhas e dentinhos pontiagudos, mas Louis não parecia enxergar a mesma meiguice. Sem pensar duas vezes abriu a porta e saiu, tanto Liam quanto Harry se assustaram com a possibilidade dele simplesmente ter ido embora caminhando, o que não parecia muito inusitado naquela altura do campeonato.
De súbito a porta traseira foi aberta e Tomlinson entrou, feroz como um lobo avançando contra o maior. Empurrando Harry com tanta força contra o banco que o fez chiar de dor e então prendeu o rosto dele entre os dedos, criando vergões sobre as bochechas macias com a ponta das unhas.
— Você prometeu se comportar. — Rosnou, tensionando a mandíbula. Harry deitou a cabeça sobre o braço de Louis que se apoiava do outro lado.
— E não me comportei? — Inquiriu cínico, tentando se aproximar de Louis, que enfurecido só o empurrou com mais força.
— Não, tudo o que você fez o dia inteiro foi me irritar.
— Uh, devo pedir desculpas, papa? — Piscou os olhos verdes com ar de inocência.
— Apenas me deixe em paz. — E então o soltou, pegou uma garrafa de vodka no bar e se acomodou no banco ao fundo, voltado para a frente do carro. Abaixou as janelas e começou a beber, ignorando por completo a presença de Harry que estava mais do que insatisfeito com isso.
Por pura birra começou a desabotoar a camisa, até revelar a borboleta em seu estômago, dando mais um gole em sua bebida checou se Louis o olhava. Nada.
Harry queria atenção.
Se mudou para o assento as costas do motorista e aproveitando da distração de Liam roubou seu quepe.
— Como estou? — O cacheado mordeu os lábios ao exibir seu novo chapéu para Payne.
— Bem, quer dizer, ótimo pra falar a verdade. — Disse um tanto sem jeito, porque assim como Louis, Harry tinha um tipo de olhar intenso demais para meros mortais olharem por muito tempo e diretamente.
— Que gentil! — Ele ronronou, chegando ainda mais perto e começando a brincar com seus dedos, simulando-os como perninhas que iam subindo pelo ombro de Liam. As unhas pintadas de preto serviam perfeitamente como sapatinhos — Desculpe pela minha brincadeira, eu não estava fazendo nada de verdade.
— Tudo bem. Eu não entendi nada, meu francês é péssimo.
— Sério? Oh, não acredito nisso, deve entender pelo menos um pouco. Vejamos, uma pergunta simples... Hum, Liam, est-ce que tu aimes le sexe? — Engoliu em seco, por inúmeros motivos: primeiro, Harry havia sussurrado em seu ouvido; segundo, ele o fez em francês, terceiro, seus dedos haviam alcançado seu colarinho e agora "caminhavam" por sua nuca, subindo pelo pescoço; quarto, ele entendeu a pergunta — Le sexe, je veux dire l'activité physique, le coït. Tu aimes ça? — Os carros andaram um pouco e foi preciso muita concentração para lembrar-se de como dirigir. Por que eles não transavam de uma vez? Quer dizer, não ele e Harry, mas Harry e Louis. Obviamente eles queriam isso, então, porque não cediam logo?
Quando menos esperava sentiu dois braços envolvendo seu pescoço e os cabelos de Harry caindo por seu rosto, um mar de ondas castanhas nublando sua visão que por sorte não era tão necessária quando voltaram a ficar parados.
— Serei seu professor de francês, oui?
Liam só soube concordar e Harry deu um pulinho, excitado e batendo palmas e então beijou sua bochecha.
E mesmo sem olhar sentiu a presença de mais alguém, o cheiro forte de vodca, tabaco e Clive Christian dominando o ar e os sentidos dos demais.
— Deveria parar de perturbar Liam. — Louis disse baixo, dando uma nova tragada.
— Eu não estou perturbando. — Retrucou, fechando a cara para o outro — Está com ciúmes? Quer o Liam só pra você?
— Se eu quisesse já teria te deixado em uma esquina há muito tempo. — Louis comentou, passando a língua pela argolinha em sua boca, atraindo toda a atenção do maior.
— Acho que você esquece quem manda aqui de verdade.
— Espero que não esteja falando de você. — Zombou, rindo com escárnio..
— Bem, de você que não é, moleque mimado. — Harry fez questão de dizer lentamente ao encarar o rosto de Louis. Sua expressão se azedou e ele só olhou de relance para Liam ao dizer:
— Motorista, suba a divisória, por favor.
Desta vez não havia a mesma birra ou impaciência de antes, Louis estava calmo e firme, o que só podia significar que as coisas haviam tomando um ar bem mais sério do que antes. Liam deu uma última olhada pelo retrovisor, Harry e Louis que não tinham uma aparência nada amigável um para com o outro.
— Sim, senhor. — Apertou o botão, esperando que sua participação na história fosse finalmente encerrada.
Xx
Quando a divisória estava devidamente fechada e não havia mais ninguém além dos dois, mas Harry não queria deixar tão explícita a sua ansiedade para se jogar em Louis, então derreteu sobre o banco, acariciando o decote com a ponta dos dedos em um ritmo vagaroso que deixava sua pele arrepiada. Podia sentir os mamilos endurecendo só pela forma que Louis o olhava. Ele podia ser um garoto birrento e dissimulado, mas Harry o lia como um livrinho infantil.
— Fez bem em pedir que ele subisse o vidro, não preciso que ele me veja de joelhos. — Afastou um lado da camisa, rodeando a auréola do mamilo castanho, casualmente, enquanto fingia se interessar pelo trânsito do lado de fora.
— Não é como se você não estivesse implorando por isso desde que entramos nessa limousine.
— Sim, estou, mas é você quem tenta disfarçar com todo esse mal humor.
Louis deu um longo gole direto do gargalo de sua garrafa de vodca, todas aquelas luzes do lado de fora e o led piscando sobre eles lhe deixava tonto e olhar Harry se exibindo e o tentando do outro lado só o deixava mais excitado do que antes, se esparramou ainda mais no banco e afastou as pernas, roçando as unhas pela calça até o meio onde podia sentir seu pau latejando por aquele maldito provocadorzinho de merda.
— O que eu estou tentando disfarçar?
Styles se inclinou para frente, beliscando o mamilo e sorrindo lascivo.
— Que você está cheio de tesão e quer me foder, certo, daddy? — Usou seu tom inocente ao dizer fazendo biquinho.
Tomlinson riu assentindo.
— Certo, então venha logo que eu estou faminto.
Encarou Louis com os olhos arregalados e as bochechas corando, porque ele estava tão ansioso por isso que mal podia acreditar. Tomlinson o chamou com o dedo e ele engatinhou até ele.
Harry de quatro vindo em sua direção era uma puta visão.
— Tão lento, será que você está engatinhando ou rastejando?
— Daddy. — Gemeu, ficando entre as pernas de Louis, esfregando a bochecha em suas coxas, o cabelo se arrastando pelo jeans — Eu sempre estou rastejando por você. — Foi subindo a boca, beijando a parte interna das coxas de seu daddy, até alcançar seu pau que mesmo coberto pelo tecido estava marcado o bastante para que Harry corresse a língua por todo ele, sugando a glande, descendo mais para baixo mordiscou seus testículos o fazendo ofegar alto — Shiu, não queremos incomodar Liam.
Ele revira os olhos pela hipocrisia de Styles e segura seu queixo, puxando o rosto dele para cima deixando um beijo rápido e doce em seus lábios pecaminosos com sabor de uísque.
— Não parecia se importar tanto quando deu o seu showzinho.
— Bem, sim, mas era só uma brincadeirinha. — A voz dele é macia e provocante, combinada com seus dedos dançando sobre o cinto, botão e zíper da calça de Louis, puxando-o para baixo — De agora em diante vai ser tudo bem real. — Declarou antes de chupá-lo sobre a cueca.
— Ah, Harry. — Louis suspira afetado e empurra a cueca do caminho, enche a mão com os cabelos de Styles e o puxa de encontro ao seu membro carente que é de imediato acolhido dentro da boca quente e molhada do cacheado.
Harry ergue os olhos para ele ao mesmo tempo que move a língua sobre a glande, girando-a e pressionando apenas para provar o pré-gozo e se deliciar com a visão de Louis ofegando e se remexendo, maltratando seus lábios ao mordê-los tão grosseiramente. Oh, isso aborrece, Styles, só ele pode morder os lábios de Louis daquele jeito. Mas o que esperar de um daddy tão malcriado? Como castigo ele chupa mais forte e enfia ainda mais fundo até senti-lo na garganta e Louis geme alto.
Tão alto que não restam dúvidas de que Liam pôde ouvi-lo perfeitamente.
Ele larga seu cigarro na rua e traz o punho em direção a boca para mordê-lo e conter a chuva de gemidos que o acomete quando começa a mover a cabeça de Harry em consonância com seus quadris, fodendo sua boca. E como sempre, ele é ótimo nisso, não importando o quanto Louis force, ele não engasga ou recua, apenas aceita tudo o que lhe é dado e geme por mais, no entanto, hoje eles estão brigados e Harry ainda sente seu pescoço arder pela mordida de antes.
Olhando bem para Tomlinson, seus olhos cristalinos revelando suas más intenções, alisa suas coxas com um quê de ternura e de um momento para o outro, mostra os dentes. Louis grunhe dolorido e teria acabado com Harry se não viesse naquele exato instante, deixando seu líquido quente e salgado deslizando pela garganta do cacheado.
Após engolir até a última gota, Styles se afasta.
Louis que ainda tenta estabilizar sua respiração abre os olhos e o fita, Harry está bem ali, ajoelhado, o observando com um sorriso triunfante, cheio de orgulho de si, que vacila quando a mão pesada de Louis cai sobre seu rosto. O som estalado atravessando a divisória e fazendo Liam estremecer de onde está.
— Tu es une salope cruelle! — Rosna, se inclinando para puxar o bico do mamilo de Harry que praticamente ronrona com o rosto vermelho.
— Você sabe que eu não resisto quando você fala francês comigo, chère.
— Eu sei. — E pelo cabelo, puxa Harry pra cima que rapidamente se acomoda em seu colo, agarrando Louis pelo pescoço e o beijando avidamente. Ninguém precisa dar passagem, porque ambos procuram desesperadamente um pelo outro e suas línguas estão mais do que ansiosas por se envolverem e deslizarem juntas, tal como suas mãos que cavam por entre as roupas até tatearem a pele quente e macia sob a ponta dos dedos.
O blazer de Louis cai, assim como a blusa de Harry, que perde um pedaço da gola no caminho.
— Lou, você rasgou minha blusa! — Choramingou, olhando para o tecido caro jogado no chão.
— Não precisa dela. — Firmou o aperto sobre a cintura de Harry, pressionando seus quadris para baixo, onde a bunda dele estava perfeitamente alinhada ao seu pau.
— Uhm, daddy, é tão mal. — Disse com um gemido, abraçando o pescoço dele e começando a rebolar.
— Me mostre seu pescoço. — Pediu calmo, Harry hesitou e resolveu obedecer, mostrando a mordida que Louis havia deixado antes, as marcas avermelhadas de seus dentes por sobre a pele lisa, ele a tocou e tremeu — Dói?
Assentiu, mordiscando os lábios.
— Parfait! — Segurou a nuca e o puxou, tornando a mordê-lo sobre a marca. Ele abriu a boca para gritar e Louis o alertou: — Se você for barulhento eu tiro minhas mãos de você na hora. — Com medo de tal possibilidade, engoliu os soluços e choramingos, sentindo os dentes de Louis maltratando sua pele, para em seguida deslizar a língua quente sobre, arrancando arrepios por cada centímetro de seu corpo. Sua mente estava nas nuvens, ele queria tanto, tanto, um gemido longo arranhou sua garganta.
Sua pele estava tão quente, os quadris não deixavam de se mover e ele se pressionava cada vez com mais força contra o menor, se deliciando com Louis o marcando. Poderia gozar apenas com aquilo, quando de repente ele parou. Harry mal teve tempo de entender o que acontecia quando se deparou com a porta em frente ao seu rosto, o peito repousando sobre o couro do banco e os quadris nas pernas de Louis, mais precisamente era a sua bunda na mira da mão dele.
— Daddy... — Tentou pestanejar, mas em sua primeira palavra foi punido com uma palmada dolorosa. Apertou os dentes para não gritar pela ardência, porém, Louis não satisfeito puxou sua calça para baixo e o cacheado pode sentir a brisa fria entrando pelas janelas — As janelas! Alguém pode ver. Lou, por favor...
Louis deu de ombros e baixou ainda mais as janelas.
Com os olhos famintos sorriu malicioso, alisando a pele imaculada e macia da bunda de Styles, tão perfeitamente redonda e gostosa. O golpeou novamente, admirado com a pigmentação rosada que fora tomando com lentidão e seguiu deslizando os dedos pelo tecido preto e sedoso, tão minúsculo, era obsceno de se ver.
— Sabe, Harry, eu me pergunto, o que uma vadiazinha como você pretende usando uma calcinha tão pequena assim? — Cantarolou, dedilhando por debaixo da peça, rodeando com a ponta do indicador a borda da entrada, a sentiu contrair em expectativa e a pressionou diretamente só por provocar.
O francês engoliu um gemido.
— Harry, não me ouviu? — Com o silêncio veio outro golpe estalado e desta vez ele não pode se controlar e grunhiu em deleite.
— Eu só queria te agradar. — Disse em meio a um resfolego, não soando bom o bastante para Tomlinson que bateu com muito mais força desta vez. O corpo de Harry saltou para frente o fazendo se agarrar a primeira coisa que via que era o painel de controle ao lado da porta. O volume na música aumentou e a divisória começou a baixar, os olhos verdes cresceram em pânico e antes que tornasse a apertar o botão, Louis o impediu, ele implorou: — Papa, s'il te plait.
Para seu alívio, Tomlinson impediu que descesse ainda mais, mas não o fechou, deixando metade do vidro aberto, revelando ao menos a figura de Louis que permanecia sentado. Harry estava prestes a se recompor, mas o menor tinha outros planos e o bateu quando ele ousou se mover, quando seus lábios se separaram para gemer, meteu os dedos entre eles.
— Oh, Sr. Tomlinson! — Liam se virou para Louis quando percebeu que a divisória havia sido abaixada. Estranhou quando não encontrou Harry as suas vistas, ele deveria estar deitado, o que significava que eles de fato estavam se resolvendo a sua maneira. Sentiu as bochechas corarem ao concluir isso.
— Hey, Liam, sentiu saudades? — Indagou animado, ao passo que separava os dedos para ter a língua de Harry entre eles. Sua outra mão se ocupava em esfregar o cuzinho dele por sobre a calcinha, aquecendo e estimulando a região — Como vai o trânsito?
— Um pouco melhor, acho que chegaremos em no máximo vinte minutos.
— Vinte minutos? Isso é ótimo. Você não acha, Harry? — Harry ergueu os olhos para ele em confusão e Louis empurrou os dedos mais fundo em sua garganta, repetindo a pergunta — Vamos, mon amour, responda.
Obviamente ele não poderia responder com os dedos de Louis enchendo sua boca, por isso soltou apenas um grunhido que ele esperava soar como um "Uhum", o que provavelmente não foi o caso, já que Louis o olhava daquele jeito em que segurava o riso porque estava sendo um garotinho perverso que adorava constrangê-lo e por algum maldito motivo ele adorava isso.
Era tão vergonhoso e excitante.
— Querido, acho que você bebeu demais. Mal consegue falar.
Finalmente deixava a boca de Harry livre, mas por pouco tempo, pois logo estava levando os dedos embebidos em sua saliva quente até a entrada dele, acariciando a borda quase que gentilmente antes de empurrar o primeiro dedo. De onde estava, Styles podia ver o quepe de Liam e temia que ele pudesse ter um vislumbre de si e por isso foi se encolhendo, fechando as pernas e pressionando o peito em direção ao banco, o que se provou uma péssima decisão, já que seus mamilos duros estavam sendo inconscientemente estimulados e quando o dedo de Louis entrou dentro dele, estava mais apertado do que nunca. Como seu tempo era curto, rapidamente outro dedo se juntava a ele.
— Você vive em uma república, Liam? — A voz de Louis era estável e límpida, como se estivesse tendo um simples passeio de carro, o que em parte era verdade, desconsiderando o fato de que começava a mover os dedos no interior de Harry, em um vai e vem vagaroso, girando lentamente, o dando tempo para relaxar, antes que pudesse brincar livremente.
— Exatamente. — Liam respondeu, suspirando quando viu o trânsito começando a se mover — Senhor, talvez conseguiremos chegar ainda mais cedo.
— Perfeito! — Suspirou, dobrando os dedos e pressionando a próstata de Harry que surpreso gemeu alto. Ele tentou tapar a boca, mas o som já havia flutuado pelo carro — O que foi isso? Liam, você ouviu?
— Uhm, sim, eu acho...
— Acha? Com o que se parecia?
Payne olhou pelo retrovisor, os olhos azuis felinos de Louis estavam mirando de volta.
— Um gemido, senhor.
— Sim, foi o que pareceu. — Tomlinson fez de novo, o fodendo justamente naquele ponto em que era quase impossível se controlar, novamente Harry não foi capaz de se conter — De novo isso. Harry, se desculpe com o Liam.
Harry grunhiu envergonhado, escondendo o rosto. Louis se inclinou sobre, escorregando os dedos para fora dele e batendo com força em um de suas nádegas, quando o puxou pelo cabelo, o rosto do cacheado estava vermelho pela dor e principalmente pela vergonha.
— Você não me engana, cadela. — Harry gemeu baixinho, tentando esconder o rosto contra o peito de Louis.
— Papa, je suis désolé, je ne le referai plus. — Suplicou com o timbre manhoso, beijando suas clavículas expostas.
— Harry, obedeça! — Mandou, firmando o aperto em seus cabelos.
Com os olhos lacrimejantes, assentiu.
— Liam. — Payne estremeceu ao ouvir o seu nome entoado naquele sotaque francês afetado, quase choroso — Me desculpe.
— Desculpe pelo quê? — Louis provocou.
— Por ser um mau garoto e atrapalhar o seu trabalho, prometo que não farei de novo.
— Está tudo bem, Harry. — Disse com os olhos fixos no caminho, por mais que sua imaginação não parasse de pintar uma imagem do francês sobre o banco, nu e envergonhado, dizendo aquilo com um biquinho, enquanto Louis continua a provocar, sem nunca parar. Talvez fosse a má influência de Tomlinson, seja lá o que for, por algum motivo viu as seguintes palavras deixando sua boca: — Apenas tente ser um bom garoto de agora em diante.
A maneira como o cacheado fechou os olhos e gemeu prazeroso contra o peito de Tomlinson lhe deu a confirmação de que Liam era, de fato, bem mais do que um simples motorista.
No retrovisor, assistiu o olhar de aprovação de Louis e algo dentro de Payne se aqueceu, revirou e derreteu.
— Ele será, Liam, ele será. — Garantiu, tornando a subir a divisória. Voltando apenas aos dois, olhou para Styles — Temos no máximo quinze minutos.
Embora um tanto mole e aéreo, Harry se levantou e foi para o banco da esquerda, em frente ao bar. Bebeu mais alguns drinques, se desfazendo das calças sobre o tornozelo e tirando a calcinha também.
Louis rapidamente se desfez das peças restantes e voltou a atenção para seu membro que tornara a endurecer, rubro e gotejante. As veias grossas o envolviam e a glande sensível, derramava mais e mais pré-gozo a cada vez que pressionava o polegar sobre a fenda. Ouviu um suspiro, doce e lascivo como só ele era capaz de soltar.
Harry estava deitado à sua frente, completamente nu, com os joelhos flexionados, apoiando-se sobre um cotovelo para poder admirá-lo, os cabelos despenteados e o rosto cheio de resquícios de tudo o que vinham fazendo até então: os lábios inchados do boquete, a bochecha vermelha do tapa e os olhos chorosos pela vergonha e excitação, agora também exibindo as pupilas dilatadas, mas o melhor estava em dois de seus dedos longos desaparecendo dentro dele, as bordas se esticando para aguentar seus dígitos brincando com seu cuzinho tão deliciosamente desesperado por aquele pau entre os dedos de Louis. Toda vez que a mão de Tomlinson massageava seu membro, os dedos de Harry se enterravam dentro dele.
— Não deveríamos estar fazendo isso. — Louis ofegou, salivando com a visão de Harry tirando os dedos e os lambendo.
— Sim, é tão errado. — Concordou, voltando três dedos para dentro de si.
— A culpa é sua por ser tão vadia. — Sentindo o pau pulsando entre os dedos, se aproximou do cacheado.
— Non, a culpa é sua por ser tão gostoso. — Piscou seus brilhantes olhinhos inocentes para Tomlinson ao que deixava sua entrada e enchia os dedos com suas nádegas, abrindo caminho para o outro que ia se deitando sobre ele. Uma pequena distância estava entre seus lábios quando sussurrou: — Mange-moi maintenant, papa.
— No meu idioma, Styles.
— Desculpe. — Mordeu os lábios, soprando com a respiração quente contra a orelha de Louis: — Coma-me agora, papai.
— Avec plaisir bébé. — Murmura ele, posicionando o pau na abertura de Harry e então empurrando, suavemente. O cacheado abre a boca e seu peito arqueia delicadamente, Louis abaixa a cabeça para chupar um dos mamilos, enquanto todo seu pau vai pouco a pouco preenchendo Harry, de maneira que ele vai se tornando inquieto debaixo dele. Por longos segundos ele fica parado, apenas olhando para Harry com seu mamilo na boca.
Styles está se contorcendo em agonia quando Louis o pega desprevenido, estocando uma única vez com força o bastante para lhe roubar o ar.
— Lembre-se de fazer silêncio, mon petit. — Diz com um sorriso vitorioso, os olhos brilhando em malícia, ele geme quando começa a se mover. Apoiando os cotovelos de cada lado da cabeça de Harry para se firmar, seus movimentos de início lentos e suaves, vão tomando força a medida que Styles vai perdendo o controle de seus choramingos e seu corpo treme.
— Mais forte, por favor, daddy. — Soluçou, empurrando seus quadris de encontro aos dele.
O ar condicionado estava ligado, mas ambos estavam suando.
Por incrível que pareça. Louis o acatou desta vez. Tomando velocidade e força, e investindo com intensidade contra ele, não sendo capaz de conter seus próprios gemidos que em conjunto com os de Harry sobrepujam a música e o som dos carros e buzinas no mundo exterior.
Nada soa tão interessante quanto sentir Harry se apertando ao seu redor, sufocando seu pau da maneira mais deliciosa possível com sua cabeça jogada para trás e seus gemidos inebriantes.
— Oh oui, ça fait du bien, papa, détruis-moi. — Geme, quase delirante, empurrando os quadris em direção a Tomlinson, que mais do que satisfeito por senti-lo desmanchar ao seu redor quer se exibir um pouco mais.
Sai de abrupto de dentro de Styles e o agarra pela garganta, ele arfa, engasgando.
— Mon chéri, acho que daqui nosso amigo não consegue nos ouvir.
Sua boca se abre e seus olhos se arregalaram, definitivamente chocados e ele rapidamente assente, rasteja até o banco próximo ao motorista, de joelhos coloca as mãos contra a divisória.
Louis vem atrás dele, segurando seu quadril e então está mergulhando para dentro que se contrai e geme arrastado. A cabeça de Harry cai contra o vidro e Louis sussura em seu ouvido:
— Nos mostre a puta escandalosa que você é. — Mete nele com muito mais força, acertando sua próstata consecutivas vezes e Harry não para de se apertar e jogar o corpo contra Tomlinson, o vidro embaça por conta de suas respirações pesadas, as luzes parecem oscilantes a medida que seus olhos turvam e seus gemidos tão altos parecem ser ouvidos por todo o mundo. Louis se pergunta o que Liam estaria pensando sobre eles agora? Pensava em perguntar quando sentiu o interior do cacheado pulsando fervorosamente e a rouquidão em sua voz crescendo a medida em que ia se derramando contra o couro do banco.
Ele está tão relaxado e exausto, se Louis fosse um cavalheiro o deixaria descansar, mas como esse não é o caso, empurra contra ele que solta um gritinho abafado e involuntariamente rebola, o que só incita o menor a continuar estocando até que a sensação de formigamento e euforia percorre sua derme e então deslizou para fora dele, se masturbando brevemente antes de espirrar seu gozo sobre a pele lisa e imaculada de Harry, recolheu um pouco do líquido e o pincelou sobre o cuzinho avermelhado e aberto do maior que se encolheu e resmungou pela sensibilidade e bem, aquilo fez o humor de Louis melhorar consideravelmente.
Xx
O enxame de pessoas e carros indicava que Liam estava no lugar certo. Era um bairro sitiado por cassinos luxuosos, com grandes fachadas luminosas, longos tapetes vermelhos e pessoas bem vestidas circulando com os bolsos cheios. O Waze indicava o destino final em menos de cem metros. Estava aliviado por finalmente chegar, ao passo que estava bastante constrangido pela ereção gritante entre suas pernas, tudo estava sob controle até que começou a ouvi-los tão perto como se estivesse bem ali, ao seu lado. Claro que eles precisavam foder contra a divisória, nunca havia conhecido uma dupla tão narcisista como aquela.
Os dois eram péssimos, sem exceção.
Estava nervoso quanto a possibilidade de estarem indecentes, mas então a divisória foi abaixada e tudo parecia estranhamente normal. Por canto de olho enxergou Harry devidamente vestido, olhava pela janela com uma taça de chardonnay e seu cabelo tinha sido ajustado de forma que cobrisse a mordida deixada por Tomlinson, que por falar nele estava do outro lado com as pernas estiradas sobre o banco, mexendo no celular com uma expressão emburrada. Ele definitivamente parecia um adolescente.
As janelas abertas tinham disseminado toda a fragrância sexual e pela forma distante com que se colocavam era quase inacreditável que eles tivessem se provocado e até mesmo fodido durante o caminho. Estavam encenando tanta inocência, isso era estranho.
Liam queria perguntar se houve algum problema quando estacionou diante do cassino, mas então um homem alto e bem apessoado se aproximou da limousine, o terno, a postura, até a forma de andar eram impecáveis, ele parecia o estereótipo perfeito do homem bem sucedido, um milionário, o dono daquela imensidão elegante e luxuosa, muitos o rodeavam e ele sorria para eles educadamente, piscando seus olhos azuis e correndo os dedos por entre os cabelos castanhos bem penteados, ele lembrava alguém.
Olhou do homem para Louis e concluiu, aquele é o outro Sr. Tomlinson.
O homem alcançou a porta e quando a abriu não foi Louis quem se jogou em seus braços.
Okay... isso era estranho. Não entendia como funcionava com gente tão rica, mas no seu ponto de vista um pai não deveria tocar o namorado do filho daquela maneira, tampouco beijá-lo.
Harry deu um sorriso amável após o beijo, mantendo os braços ao redor do pescoço do homem que sussurrou algo em seu ouvido e voltou a beijá-lo. Louis se moveu, empurrando os dois para abrir caminho. Soltou uma das mãos da cintura do cacheado para bagunçar os cabelos do mais novo.
— Lou, pelo amor! Que cara é essa? Hoje é um dia especial.
— É só mais um cassino, não tem nada de mais. — Bufou, revirando os olhos.
O Sr. Tomlinson o olhou indignado.
— Amour, ele é só um adolescente, não entende a importância disso. — Harry diz carinhosamente, ajeitando a gravata do homem, como ele fizera com Liam mais cedo. O que não deixa de ser curioso a forma como ele muda completamente, antes era para Louis que ele dirigia esse olhar apaixonado e agora, é como se ele não estivesse sequer ali.
Louis também, exalava um evidente desprezo pelo cacheado.
— Ninguém te perguntou nada.
— Louis! — Soou irritado, porém contido — O que eu disse sobre usar esse tom com o Harry?!
Louis cruzou os braços.
— Argh, tá bom, que saco! — Exalou, se voltando para Styles — Desculpa, mamãe.
— Louis!
— Que é? Ele é casado com o meu pai, logo é minha mãe, não? Bom, tanto faz! Eu preciso de uma bebida. — E saiu marchando para dentro, os outros dois o seguiram e Liam ainda não tinha muita certeza do que aquilo significava, embora a dinâmica esquisita continuasse no caminho de volta. Louis de um lado, e seus "pais" do outro que não tiravam as mãos um do outro, as únicas reações esboçadas por Louis foi quando o pai questionou Harry sobre a gola rasgada da camisa e porquê ele não o beijava corretamente.
Bem, talvez porque ele deu um boquete ao seu filho, era o que Liam pensava e Louis também pela risadinha que soltou.
Na metade do caminho o celular do homem tocou e ele ficou em ligação durante o restante do trajeto, saltando apressado para fora do carro quando pararam diante da mansão. Liam mantinha a porta aberta para Louis e Harry que saiam castamente da limousine, sem qualquer menção ao toque.
Louis lhe pagou o dobro do combinado, sibilando um:
— Pela sua discrição.
Claro que ele não diria nada a ninguém, mas estava chocado.
— Vocês são padrasto e enteado. — Dizer aquilo em voz alta foi ainda mais sinistro. Os dois pararam e se voltaram para ele, hesitantes.
— Eu disse que ele não era meu namorado. — Louis retrucou, como se isso tivesse sido um claro sinal da realidade deles. Não, não foi, nem de longe.
— Oh, Liam, isso não é nada demais, só um passatempo. — Harry disse com descaso.
— Claro, e você não pode me culpar por ter o mesmo bom gosto do meu pai. — Deu de ombros e deu palmada na bunda de Harry que saltou assustado, procurando pelo marido com o temor do flagra.
É sério?
Liam suspirou.
— Vocês dois são uns cretinos. — Ele se aproximou da dupla que parecia horrorizada, pelo jeito ninguém nunca disse algo assim pra eles antes — Eu já achava vocês terríveis antes, mas agora, vocês são simplesmente desprezíveis, sabiam disso?
Harry piscou seus imensos olhos verdes embasbacados, olhou para Louis esperando que ele fizesse algo a respeito, porém, Tomlinson parecia igualmente intimidado, engoliu em seco.
— Liam... — Começou, e então sentiu uma dolorosa pressão na parte de trás da cabeça.
— Calado! — Ordenou e se voltou para Harry, também o agarrando pelo cabelo, trouxe ambos para perto.
A vida na cidade grande era agitada e Liam como um universitário precisava de um bom hobby para extravasar o estresse e tudo mais, alguns gostavam de futebol, basquete, marcenaria, pintura, ele se encontrou no mundo BDSM e como um bom dominador conhecia de longe um submisso e aqueles dois não enganavam ninguém, eles poderiam ser mimados e caprichosos, mas se disciplinados seriam perfeitos. Ele via muito potencial ali.
— Era só uma viagem de carro, tão simples, mas vocês me atormentaram o caminho todo e eu tenho um sério problema. — Pressionou o quadril sobre cada um para que sentissem seu duro problema.
— E-Eu sinto muito... — Tomlisnon soluçou, a frase soou estranha, como se ele não soubesse se desculpar, o que não era surpresa.
— Eu também. — Styles se apressou em dizer, usando de seu charme para persuadir Liam — Mas você não vai contar pra ninguém, certo?
— Não, chère. — Disse com tal aspereza que o cacheado se encolheu — Mas como podem notar, vocês tem uma dívida comigo.
— Na próxima semana, nós vamos precisar de um motorista novamente, talvez possamos compensar de alguma forma.
— Compensar?
— Oui. — Harry sussurrou.
Eles não pareciam particularmente odiar isso, pelo contrário, pareciam ansiosos. Não era novidade, tudo o que fizeram foi se jogar pra Liam a noite inteira.
— Eu não sei...
— Por favor. — Tanto ele, quanto Styles estranharam ouvir aquilo de Louis.
— Pode ser. — Disse por fim, os soltando, eles pareciam meio dispersos quando o fez — E é melhor que sejam bons garotos, do contrário... — Deixou um tapinha no rosto de cada um e se afastou, mesmo quando já estava dirigindo para fora da propriedade podia vê-los estáticos no mesmo lugar e sorriu consigo mesmo.
Mais tarde quando os garotos ainda não davam sinais de chegar Liam caiu em sua cama, sua imaginação estava aflorado e por mais que ele não fosse dado a criar fanfics mentalmente começou a visualizar Harry e Louis vivendo sob o mesmo teto, fodendo secretamente, se provocando, brigando e tentando manter as aparências. Será que eles se tocavam debaixo da mesa?Harry surgia no quarto de Louis tarde da noite? Eles se excitavam em serem quase flagrados? Eles seriam bons garotos para Liam? É claro que seriam, ele iria ensiná-los.
Porra.
E eis uma nova ereção por culpa de Harry Styles e Louis Tomlinson.
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