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LITTLE DEATH

" Harry é um rico herdeiro que acaba de ser abandonado no altar. Querendo esquecer da humilhação e afogar suas mágoas vai a um bar onde encontra Louis, um homem que todos evitam, mas para Harry ele é o único que pode ajudá-lo..."


O motorista dirigia a horas sem um destino certo, o homem grisalho de tempos em tempos checava a gasolina. Aquele tour pela cidade já tinha esvaziado quase todo o tanque, passava das 23:30 e seu chefe continuava no banco de trás, taciturno e pensativo.

Harry não era do tipo calado, mas especialmente hoje não haviam palavras que pudessem expressar seus sentimentos atuais. Bem, ele sabia que não era o homem perfeito, contudo estava convicto de ser o melhor namorado que Rachel já teve em toda a sua vida, ele era atencioso, um ótimo ouvinte, lhe enviava flores, assistia todos os filmes ruins que ela sugeria – nem ao menos adormecia durante a seção de tortura, pelo amor de deus – e a respeitou totalmente quando ela decidiu que eles só voltariam a transar depois do casamento, o que levou três anos até se concretizar.

Correção; nada se concretizou. Harry viveu em celibato por três malditos anos à toa, porque por algum motivo misterioso a bela Ray acordou e olhou para todas as flores e damas, canapés e o vestido fodidamente caro e achou que nada daquilo era pra ela, que era jovem demais pra se prender a alguém daquela forma e sem sequer deixar um bilhetinho jogou coisas aleatórias em uma mochila e pegou um avião para o Marrocos.

A noiva dele estava no Marrocos e ele no altar, ainda alheio a mudança radical de planos. Não é preciso dizer que foi no mínimo constrangedor quando Niall se esgueirou para dentro da igreja sem trazer a porra da irmã no braço, o que servia de dica mais do que direta, mas ele precisou chegar mais perto e sussurrar no ouvido de Harry – nada baixo, o que acabou piorando a situação – Anne e Desmond ouviram de primeira e fizeram um show daqueles, afinal, não era só vergonhoso para Harry, como também para o nome da família Styles. Eles eram milionários, a elite inglesa não podia ter seu herdeiro levando um pé na bunda com cobertura da imprensa e tudo mais. E foi enquanto todo mundo enlouquecia que o cacheado sequestrou o motorista da família e o mandou dirigir pra qualquer lugar.

Em algum momento Harry se esqueceu que cabia a ele escolher o qualquer lugar.

Remoendo a raiva, frustração e angústia porque, bem, eles não eram alma gêmeas, estavam mais para melhores amigos que se beijaram uma vez e decidiram namorar. Ser marido de alguém não estava na sua lista de sonhos, mas parecia certo quando decidiram e embora arrassado também se sentia aliviado. Como se tivesse sido impedido de cometer um grave erro.

No fundo estava grato a Rachel por ter tido a coragem para fazer aquilo que ele não conseguiu.

Foi só quando Owen, seu motorista pigarreou que se deu conta de onde estava. Havia deixado sua mente vagar enquanto observava as ruas movimentadas de uma sexta feira à noite através da janela.

— Senhor, temos um destino? — Indagou com seu tom cordial e o sotaque acentuado de sempre.

Harry estava se convencendo de que era melhor voltar para o seu apartamento. Agora era apenas seu, mesmo que tivesse um bilhão de rastros dela por cada milímetro dele.

Era uma decisão quase certa quando se assustou com o barulho de buzinas passando bem ao seu lado, eram dois carros que passavam acelerados, cheios de jovens enérgicos e bagunceiros, eles desceram e rumaram para um bar grande com letras néon piscando em roxo o nome Purple Night, ele nunca havia estado em um lugar como aquele. Não parecia grande o suficiente para uma boate, estava mais para um bar.

Um bar de estrada com todo o tipo de gente, definitivamente não o seu tipo. De repente, beber algo pareceu atraente demais pra dizer não.

— Owen, acho que vou ficar por aqui, pode voltar. Depois eu pego um táxi. — Disse, voltando a vestir seu sobretudo sobre o smoking e ajeitar os longos cabelos cacheados de maneira que caíssem harmoniosamente por seus ombros.

O motorista rapidamente virou o rosto para encara-lo.

— De modo algum, Sr. Styles! Permita-me levá-lo ao bar de um hotel, ou qualquer lugar que corresponda a sua classe, senhor. Eu insisto.

Harry sorriu com os lábios comprimidos, ele sabia que Owen era deveras preocupado, assim como seus pais, mas hoje ele não queria estar sob a asa de ninguém. Ao menos uma vez queria se permitir experimentar algo por si mesmo, sem envolver questões de classe ou alguém lhe servindo de pajem. Queria fazer algo normal, de pessoas normais. Ir a um bar pra tomar um porre parecia atender as suas necessidades do momento.

— Aprecio muito a sua preocupação, mas já está resolvido, além disso é tarde e já passou da sua hora de dormir e meus pais vão ficar preocupados com você.

— Seus pais vão ficar furiosos comigo se algo acontecer ao senhor. — O homem estava aflito.

— Não vai acontecer nada comigo, eu sou bem crescidinho e sei me cuidar. Hoje foi um dia difícil, eu preciso lidar com isso sozinho por agora, está bem? Vá pra casa e descanse. Amanhã de manhã eu te mando uma mensagem informando que voltei em segurança e com todos os membros, pode ser?

Owen acabou por ceder, destravando as portas para que Harry pudesse sair.

— Estarei esperando, Sr. Styles. — Fez questão de frisar antes que o outro se afastasse, ele assentiu em concordância e observou o carro se afastar.

Harry deu uma boa olhada ao redor. Não fazia a menor ideia de que bairro era aquele ou onde estaria o ponto de táxi. Não tinha mais tanta certeza sobre conseguir voltar, e quando percebeu que estava sendo observado por um grupo de homens mal encarados não teve tanta certeza se teria segurança ou manteria todos os membros. Engolindo o bolo em sua garganta se aproximou do bar, a entrada era tão barata que ele não sabia se tinha uma nota com valor tão baixo, após pagar e receber um carimbo no dorso – ele estava fascinado em observar aquele borrão de tinta na pele, era inédito – , entrou reparando em absolutamente tudo, desde a forma como o teto tinha ferros demais expostos e uma fiação bagunçada sobre suas cabeças, o globo multicolorido e brilhante que tinha algumas luzes sofrendo de mal contato, até as cadeiras amontoadas, o palco minúsculo e o bar tão estreito que o barman mal podia se mover ali.

Sem querer se sentir descolado ficando parado no meio do salão por mais tempo que o necessário, optou pelo bar. O barman estava empenhado em exterminar uma mancha escura no balcão.

Styles o assistiu esfregar fervorosamente até se dar por vencido.

— Que porra! — Exclamou o rapaz de cabelos castanhos e feição irritada, enfiando o pano no avental amarrado a sua cintura.

— Deixaram alguma bebida cair? — Tentou puxar assunto, se acomodando na cadeira tão estreita quanto o bar, só podia ser infantil, mal cabia a sua bunda, o que mais uma vez era inédito.

O homem olhou em sua direção e soltou um riso irônico.

— Bebida? Nunca viu sangue antes, rapaz?

Oh. Aquilo era sangue.

Harry pulou para o lugar mais ao centro do bar, só por precaução.

— Então, o que vai querer?

— Hum... — Batucou os dedos pensando sobre o que pedir. Atrás do barista estava uma infinidade de bebidas que ele nunca ouvira falar antes, não queria arriscar dizer qualquer nome que entregasse que ele era um burguesinho a passeio no subúrbio, por isso apostou no mais óbvio — , uma dose do seu melhor uísque... Por favor.

Ele assentiu. Ponto pra Harry, ele não tinha feito nenhuma merda. Ainda.

O homem, que observou por seu crachá se chamar Liam, serviu sua dose, empurrando o copo pra ele e em seguida pegando um para si, quando recebeu um arquear de sobrancelhas do mais novo, deu de ombros.

— Não tem como trabalhar nisso aqui e se manter sóbrio, amigo. — Disse. Erguendo o copo em um breve brinde e então virando de uma só vez, Harry espelhou sua ação e pela falta de costume, automaticamente engasgou e tossiu ruidosamente pela queimação desde a garganta até o estômago.

Liam olhava pra ele.

— Não é a sua primeira vez, é?

— Não, não, eu só não costumo beber nada tão forte assim.

— Sério? Nem quando sai?

— Eu não costumo sair. — Aceitou quando Liam encheu seu copo novamente, se preparando psicologicamente antes de virar novamente com um careta. Foi melhor do que antes — A minha família tem uma empresa e eu trabalho muito nela.

— Empresa. Hum, que chique. — Aproveitando-se da falta de clientes, Liam apoiou os cotovelos sobre o balcão e deitou a bochecha sobre uma das mãos, conversando com Harry de perto que não pode deixar de notar que aquele era um homem lindo, mas não que fizesse muita diferença já que ele era hétero — E o que você faz lá?

— Nada demais, sou só o presidente.

Os olhos do outro dobraram de tamanho e ele serviu uma dose dupla desta vez.

— Caralho, você é importante, então. — Styles deu de ombros, perdendo qualquer cerimônia ao virar as doses uma atrás da outra. Depois de beber o que ele julgava tão pouco já começava a se sentir um pouco aéreo, leve, tonto e é, um pouco bêbado, mas esse sempre foi o objetivo — As garotas devem ficar loucas por você.

Aquilo o fez gargalhar, alto e escandaloso. O tipo de coisa que ele não fazia nunca. Por dois motivos, Harry era muito bem educado e sabia que gargalhadas eram grosseiras e segundo, ele não gostava de gargalhar. No entanto, isso só provava que ele estava bêbado.

Tão rápido. Tão vergonhoso.

— Liam, sobre isso, eu preciso te contar um segredo. — Começou a sussurra sem motivo nenhum — Eu acabei de ser abandonado no altar.

— Oh. — Ele parecia envergonhado — Sinto muito.

— Tudo bem, nós nunca teríamos dado certo.

— Já que é assim, mais uma pra comemoramos! — Liam preparou mais uma dose dupla.

Harry acabara de virar a primeira quando teve um sobressalto ao que uma bolsa preta era jogada ao seu lado.

— Boa noite, Sr. Tomlinson, que prazer vê-lo. — O barman falou em um tom afetado, diferente do que vinha usando até então. Tomlinson, mais do que ciente da ironia apenas fechou ainda mais a cara e apertou os punhos sobre o balcão — Beleza, Louis, você não tá pra brincadeira. Que novidade. Mas se você veio atrás do Artie perdeu a viagem, ele foi pra Manchester hoje e só volta na quinta.

— Eu não tô nem aí pro Artie. Só quero uma bebida.

Liam se apressou em servi-lo com uma garrafa de uísque ainda mais cara do que a que vinha servindo para Harry. Louis estava em outro patamar.

E por falar em Harry, este se encontrava tão alheio a tudo e se sentindo mais desinibido do que nunca, resolveu brincar com o chaveiro da bolsa, sorrindo para como o bonequinho tinha os cabelos despenteados, porém, sua brincadeira inocente não agradou nem um pouco o dono da tal bolsa. Assim que Louis percebeu, a puxou com tal violência que acertou a mão de Styles e o deixou com os olhos arregalados em espanto.

— Se eu fosse você tomaria muito cuidado a onde resolve tocar. — O repreendeu com o olhar carregado de severidade.

Tal como Liam, Louis também era bem bonito, mas nada que remetesse a doçura ou gentileza. A grosseria e ignorância praticamente exalavam por seus poros, a forma como o encarava e por seus lábios retorcidos para baixo se podia detectar a natureza antipática. Seus cabelos eram espessos e muito bagunçados como se ele tivesse vindo de alguma festa selvagem, ou uma transa, talvez. Ele vestia preto dos ombros aos pés e quando o barman lhe ofereceu o copo, preferiu a garrafa inteiro, com um último olhar irritado deu as costas e saiu marchando com a bolsa no ombro.

Harry o olhava se distanciando, embasbacado. Louis atravessou as pequenas mesas, sendo vítima de muitos olhares enviesados, até se acomodar no sofá de veludo vermelho de frente para o palco, o que acabou por barrar toda a visão do cacheado sobre si.

— Nem fudendo eu sirvo esse psicopata, se ele quiser qualquer coisa você leva. — Uma garçonete de cabelos verdes fez questão de informar Liam.

— Qual é, Amanda?! — Mas Amanda não quis conversa e saiu andando decidida. Liam xingou baixinho, resmungou mais um pouco e se voltou para a observadora criatura de olhos verdes a sua frente — Eu não sei como funciona entre os ricaços, mas aqui, se você for bisbilhoteiro pode acabar com um tiro na testa.

— Eu não queria bisbilhotar. — Falou fazendo biquinho e batendo as mãos sobre a madeira.

Liam só fez rir.

— Você não é do tipo forte pra bebida, só que como você levou um pé na bunda tem todo o direito de encher a cara o quanto quiser. E fica longe daquele cara.

— Por que?

— Você não quer saber. — Um grupo de amigos chegou e Liam foi atendê-los.

Xx

O bar estava quase vazio quando ele cansou de ficar sofrendo naquele balcão. Já havia bebido todas, mas por ter começado pela mais forte tudo o que veio depois parecia bem mais leve e podia dizer que não estava mais tão bêbado. Um pouco alto? Definitivamente, mas plenamente consciente. Consciente o bastante pra não tirar os olhos de Louis Tomlinson.

Diferente dos demais que evitavam olha-lo a todo custo, parecia que ele era uma espécie de Medusa, quem o olhasse diretamente viraria pedra. O que não era bem verdade. Harry e ele se encararam e bem, Styles estava ótimo.

Meio cambaleante, mas ótimo.

Louis estava lá na frente. Sozinho. Harry se sentia triste por ele.

Pediu a Liam uma garrafa de champanhe e mais duas taças e tomou coragem para se por de pé. Levou um tempo até ele lembrar como funcionavam seus pés, mas assim que o fez foi como se fosse um profissional – será que existiam profissionais em andar? Se existissem, Harry seria um dos melhores – ele sorriu consigo mesmo e começou a se afastar do bar, assim que se deu conta de para onde ele seguia, Liam tentou impedi-lo, no entanto ele já estava anunciando:

— Louis, lindinho, estou chegando, bebê! — Cantarolava animadamente. Nada além de sua voz e a batida lenta da música podia ser ouvida. Ninguém ali podia crer no que seus ouvidos ouviam.

Louis permaneceu imóvel.

Harry chegou e se jogou no sofá, tagarelando sobre o champanhe e tentando abrir a garrafa, o que não foi nada fácil e quando o fez acabou molhando os papéis que Louis deixara sobre a mesa de centro.

— Ai, eu sinto muito mesmo. — Lamentou, balançando a folha no ar, na esperança de secar.

Tomlinson enfim se moveu, inclinou o corpo e tomou o papel da mão do cacheado.

— Vá embora. — Ordenou.

— Mas eu acabei de chegar. Aqui, vamos beber.

Ele os servia nas taças de vidro quando as luzes baixaram e o primeiro stripper da madrugada adentrara o palco.

— Hum, nada mal. — Disse dando um longo gole em sua bebida. Louis não lhe dirigia o olhar, apenas continuava a rabiscar em uma agenda de capa de couro, sem interrupções. Naquela altura, Harry queria atenção e resolvera por atormentar a única pessoa a quem deveria evitar.

E num ato infantil, embriagado e incoscequente bateu com a mão no caderno que caiu aos seus pés, Louis foi tão ágil que Harry não percebeu até que sentisse as mãos dele, uma apertando seu braço e outra em seu rosto. O aperto era tão forte que ele sentia a ardência das unhas de Louis em suas bochechas.

Seus rostos estavam próximos e os olhos de Louis ardiam em fúria. Ele era alguém muito irritadiço.

— É a segunda vez que você entra no meu caminho. Me irrite uma terceira vez e eu acabo com você. É a última chance que estou te dando, é melhor aproveitar, garoto.

E o soltou.

Garoto? Ele não era um garoto.

Era um CEO. Um CEO.

E quem Louis era? Provavelmente só um encrenqueiro, ele era o garoto ali. Um garoto babaca e convencido. Harry só tinha tentado ser legal e amigável e agora tinha que aguentar os ataques desse mimadinho, apesar de que ele era quem tinha sido o inconveniente até ali. Ao se dar conta disso concluiu que não estava mais tão bêbado e que podia se lembrar de ficar plantado naquele altar esperando por nada, do longo e exaustivo sermão de seus pais sobre eles terem avisado e do olhar de pena de todos os 2.000 convidados.

Pra completar, tinha bancado o stalker com um desconhecido em um bar.

Era oficial, Harry queria morrer.

Até o stripper começar a dançar bem diante deles. Harry não conhecia a música, mas sabia que o garoto de cabelos loiros estava fazendo um ótimo trabalho ao perfoma-la. No começo, dizia a si mesmo que apenas admirava a dança, até passar a prestar atenção em como seus mamilos estavam vermelhos presos por entre os grampos, como o corpo dele ficara mais bonito ainda com o corset e que ele era muito bom em todo aquele lance de rebolar e que a calcinha dele tinha um design muito interessante que merecia ser admirado com muita atenção por isso a necessidade de se sentar na beira do sofá e não perder nem um mínimo detalhe.

Como era de esperar, o stripper notou a atenção exclusiva a si e sorrindo passou seu chicote pela bochecha corada de Harry, batendo de levinho, descendo até o queixo e o fazendo olhar para cima.

— Hey, gracinha, fico feliz de ter agradado. — E como para provar sua fala tocou a ereção evidente de Harry com o chicote e então se retirou.

Diferente do andar tranquilo do garoto, Harry saiu em disparada em direção ao banheiro. Praguejando sem parar até se colocar diante das pias, a atenção presa naquele maldito volume em seu jeans. Que merda era essa? Ele ficou duro vendo um garoto de lingerie? Não, não era possível.

— Vejo que você está com um grande problema. — Era Louis. Calmo e indiferente, com as mãos metidas no bolso e sua mala secreta sobre o ombro.

Ele sabia?

— E-Eu... Me desculpe por te importunar antes. — Murmurou nervoso, aquilo não era nada bom. Ele abriu a torneira e observou a água correr na esperança de que sua ereção fosse embora ao pensar em nada, não deu certo. Lavou o rosto e respirou fundo com os olhos fechados contando até dez. Abriu os olhos e ela continuava lá.

Harry precisava ir embora.

— Já vou indo. — Disse ao passar por Louis que não teve nenhum tipo de reação, até subitamente fechar a porta e se colocar atrás de Styles — O que você...?!

— Um stripper magrelo, sério? — Tomlinson perguntou descrente. Desta vez parecia muito bravo. Harry o olhou por cima do ombro, os olhos grandes, os cílios tremulando com pequenas gotículas de água caindo por suas bochechas igualmente úmidas e tingidas pelo rubor, seus lábios se mantinham firmemente pressionados como se ele lutasse para manter palavras aprisionadas, mas Louis só podia ver como eles eram rosados e carnudos e que deveriam ser o próprio paraíso ao deslizarem por seu pau duro.

— Eu não sei do que você está falando.

— Não sabe mesmo? — Ele encurtou a distância entre eles, seu peito se pressionou contra as costas do mais novo e seus quadris se tocaram superficialmente. Mesmo assim, Harry o sentiu e arfou por isso — Você não tirou os olhos de mim a noite inteira. Por quê?

Por que? Ora, foi porque... Hum, porque ele... Harry não fazia ideia.

Preferiu virar para a porta sentindo seu rosto queimar.

— Porque... — Disse num fio de voz — porque ninguém tinha me repreendido antes.

— Você nunca levou uma bronca?

Balançou a cabeça.

Louis riu achando graça daquela garoto de costas para si e a ponto de atravessar a porta de tanto constrangimento e apenas para enloquecê-lo um pouco mais, investiu o quadril contra o dele, simulando estocadas. Harry guinchou na hora e se agarrou a porta.

O que só o incitou a estocar com mais vigor, se deliciando com cada som delicado e obsceno que escapava por entre os lábios do cacheado.

— Agora eu me pergunto, o quão importante você deve ser pra não levantarem a voz pra você. — Harry se arrepiou e se contorceu quando Louis esfregou a barba por seu pescoço leitoso — Será um astro de cinema? — Estocou com força — Um presidente? — Mais forte — Um príncipe? — A investida fora tão forte que todo o corpo de Harry estava pressionado contra a porta, seu membro extremamente duro sendo esmagado entre ele a madeira. Choramingou, mas não por querer escapar, tinha gostado daquilo e queria mais. Muito mais. As estocadas de Louis contra sua bunda, pela primeira vez o fazia desejar algo dentro dele, algo grande e grosso o bastante para enchê-lo e dissipar aquele vazio agonizante que o fazia se contrair em torno do nada, um pouco mais e ele se desfazerei da calça e imploraria para ser comido ali mesmo.

— Um CEO, eu sou CEO de uma multinacional. — Sibilou porque se via na obrigação de respondê-lo.

Seu corpo foi virado e ele estava diante daquele olhar frio e malicioso. Ainda se derretendo contra a porta, o cacheado ofegava baixinho.

— Uau. — O mais velho acariciou docemente seu rosto, colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha — Qual o seu nome, meu caríssimo CEO?

Harry trêmulou, apertando as coxas uma contra outra. Louis percebeu e as separou colocando a própria perna entre elas sentindo o pênis duro dele rente a sua coxa.

— Harry. — Disse num gemido. Então Harry era um ótimo nome para se gemer, Tomlinson agradecido pela informação moveu a perna, criando a fricção. Styles passou a respirar com ainda mais dificuldade, mordendo os lábios para conter os gemidos — Harry Styles.

— Harry Styles. — Repetiu — Então, eles devem te chamar de "Sr. Styles."

— Eles chamam. — Quando Louis friccionou novamente, ele tentou impedir ao segura-lo. O que só serviu para irrita-lo.

— Oh, o que foi isso? Pensei ter sido claro quando disse que acabaria com você se entrasse no meu caminho. — Ele começou a se afastar e seguiu de volta para as pias, chamando o cacheado. Harry se aproximou hesitante, Louis puxou seu sobretudo sobre os ombros e o deixou cair no chão — Belo smoking. — Comentou casualmente, desabotoando metodicamente cada um dos botões, os olhos verdes seguiam tudo com máxima atenção e ansiedade. Jogou o paletó no chão e desfez o nó da gravata, com um puxão os botões da camisa social se soltaram revelando o peito pálido. Harry até tentou esconder, mas Louis afastou seus braços para examinar seus mamilos, vermelhos e inchados e ele sequer tinha tocado neles. Foi preciso mais do que autocontrole pra não torce-los da forma mais dolorosa possível naquele momento, Harry deveria ficar tão bonito sentindo dor, invés disso, levou as mãos dele até seus próprios mamilos — Sr. Styles, eu tenho uma missão muito importante pra você. Eu terei minhas mãos ocupadas e preciso que você estimule os seus mamilos enquanto isso. Eu quero eles o mais sensíveis possível, então se você parar, eu vou notar. Pode fazer isso por mim?

Sem que fosse preciso dizer mais uma vez. Harry obedeceu, enganchando os pequenos bicos entre os polegares e indicadores e os torcendo como Tomlinson fantasiara. Seus lábios entreabriram e os olhos escureceram de desejo. Parecia chocado pela sensação até então desconhecida provinda daquela parte de seu corpo.

— Ótimo, continue fazendo exatamente assim e se incline até o balcão da pia.

Parte de Styles queria perguntar o porquê de tudo, outra parte apenas queria acatar todas as ordens daquele homem. Essa foi a parte que venceu.

E quando ele o faz, Louis toma a posição atrás dele, admirando suas costas arqueadas e a bunda perfeitamente empinada, quase como se ele a estivesse oferecendo para Louis, desce as mãos até seus quadris, beliscando a pele por debaixo da barra da camisa. Harry geme e roça a bunda na ereção atrás de si.

Tomlinson respira com um pouco mais de dificuldade, mas não deixa nada mais escapar de sua boca.

Harry está concentrando em continuar beliscando e puxando seus mamilos, sentindo seu estômago revirar a cada novo puxão. Os cabelos estão uma bagunça e formam uma cortina sobre seu rosto que com dificuldade consegue enxergar no espelho daquele banheiro mal iluminado. Ainda não tem muita certeza do que está fazendo, mas até então nunca se sentira tão ansioso e excitado. Sentindo-se suficientemente atrevido, empurra a bunda mais uma vez contra o pau de Louis, que não reage investindo contra.

Céus, adorou quando ele simulou estar metendo nele, já não podia tirar da cabeça qual seria a sensação de ser invadido, possuído, fodido.

Uma espessa nuvem cinzenta foi tomando sua mente e tão rápido quanto ela se formou, se desfez. Primeiro veio o estalo, depois se corpo solavancando pra frente e por fim a dor. Na hora, soltou seus mamilos para agarrar a pedra do balcão, tentando assimilar aquela dor estridente em seu traseiro, não houve tempo e dois golpes muito mais fortes vieram.

Louis puxou seus cabelos com uma mão, mantendo o cinto na outra.

— Você me fez acreditar que era um bom menino, Harry. Estava mentindo pra mim, você é um mentiroso?

— Não, Louis, eu...

O aperto em seus cabelos aumentou. A pequenina orelha de Harry estava pressionada contra a boca de Louis, que aproveitou para puxar o lóbulo com os dentes e se satisfazer com o gemido choroso do garoto.

— Desculpa, por favor, me desculpa. Eu vou me comportar, prometo, me dê só mais uma chance. — Suplicou angustiado, voltando as mãos para o peito e olhando-o com seus olhos pidões.

— Você tem tido chances demais, seu moleque mimado. — Louis voltou a golpea-lo, ele continuava a gemer baixinho, mas parecia menos surpreso. Era engraçado que fosse ele quem estivesse dando a primeira surra daquele garoto. Imaginava que primeiras coisas ele o proporcionaria ainda esta noite.

Prestes a dar o próximo golpe a porta foi aberta. Um de seus clientes, Zayn transpareceu um breve abalo antes de se recompor e aproximar-se, ele estava checando seu cabelo no espelho, exatamente ao lado de onde Harry estava debruçado.

— Sextas a noite você sempre fica selvagem, não é, Tomlinson? — Disse com humor.

— Você não faz ideia. — Louis bateu com o cinto na própria coxa, devolvendo o sorrisinho malicioso de Zayn, que antes de se retirar afastou o cabelo de Harry admirando seu rosto e sustentou o sorriso ao passar por Louis.

— Seu namorado?

Coçou o queixo, fingindo estar pensativo.

— Ele pode ser minha vadia, meu garoto ou meu bebê, ou nada disso. Seja como for não é da sua conta, senhor.

Contrariado, o homem preferiu guardar a raiva e partir.

Quando a porta bateu, o mais velho rosnou, apertando uma das nádegas do garoto com possessão.

— Eu odeio esse cara. — Falou, dirigindo o olhar para as costas de Harry que se moviam a medida que sua respiração acelerava — Você costuma se comportar assim nos banheiros da primeira classe? Ou é só comigo que você mostra a vadia que é?

Ele gemeu alto e rouco.

Tomlinson sorriu convencido, mordendo os lábios ao que deslizava os dedos para a repartição das nádegas do cacheado, esfregando exatamente onde se encontrava sua entrada. Vez ou outra fazendo pressão contra o buraco que ele já imaginava estar totalmente desesperado para recebê-lo.

— Vadia... — O cacheado sussurrou.

— O quê? Você gosta de ser chamado de vadia? — Ele anuiu, movendo os quadris, se esfregando nos dedos de Louis. Afastou a mão.

— Mais, por favor...

Louis tomou distância, ajeitando a franja e rumando em direção a porta.

— Você só vai conseguir mais se vier comigo, é claro que eu não vou ser gentil ou amável, então pense bem.

Contudo, Harry não queria saber de pensar, somente queria muito mais daquilo que provara tão brevemente e quando o mais velho saiu, ele foi em seu encalço. Fingindo não ver o olhar aborrecido de Liam, o acompanhou até os fundos onde ele deixara sua moto, Harry nunca tinha andando em uma moto, mas não deixou transparecer seu nervosismo ao pegar o capacete e se sentar na garupa, agarrando Louis com toda a sua força durante todo o caminho.

Temos vagas brilhava com tanta vivacidade quanto o letreiro do bar.

Tomlinson estava hospedado naquele hotel. Os corredores eram silenciosos, a mulher da recepção que mascava chiclete lhe deu uma boa olhada e então notou que estava com uma camisa arruinada e não tinha lembrada do sobretudo ou o paletó. Seja como for, ele não precisava de mais roupas.

Entrou acanhado, mas Louis não fazia o tipo que ofereceria uma xícara de chá ou diria para que ele se sentisse em casa. Não tinha nem meia hora que eles tinham começado a interagir e Harry se julgava conhecedor de algumas coisas sobre o outro. O quarto era pequeno, frio e impessoal, não era a casa de ninguém, não havia nada que revelasse que tipo de pessoa Louis era, porém, tinha uma pista.

Sobre a cômoda estavam quatro ou cinco câmeras enfileiradas, lentes espalhadas, dois computadores e algumas fotografias escapando de uma pasta. A curiosidade pinicava seu cérebro, louca para saber o que ele poderia ter fotografado.

— Você é um verdadeiro bisbilhoteiro, garoto. — O timbre rouco e áspero de Louis soou pelo cômodo. Lá estava ele de cenho franzido, o ombro escorado na soleira da porta, a bolsa tinha sumido e ele segurava uma garrafa de vodka, pelo jeito não era fã de copos.

— E você bebe bastante. — Harry retrucou atrevido. Andando até Louis.

— Eu tenho meus motivos. — Sorriu, dando um longo gole — Você também bebe muito.

Ele dá uma risadinha, pegando a garrafa da mão de Tomlinson e dando um gole ainda maior.

— Eu tenho meus motivos. — Imitou, tornando a levar a garrafa até boca. Louis se interpõe, empurrando o gargalo de seu caminho e colocando sua boca contra a de Harry. Ele o beija. Seus lábios são exigentes, firmes e vagarosos, os dentes se fechando nos lábios cheinhos do cacheado que geme e se joga nos braços do mais velho, enlaçando seu pescoço e Louis o envolve junto de si, apertando-o contra seu corpo e projetando seus quadris para frente, esfregando suas ereções. Devagarinho, desliza os dedos pelos botões remanescentes da camisa e quando solta, a empurra para fora do corpo de Styles que inebriado dá a passagem para que Louis possa afundar sua língua dentro da boca quente e macia do outro.

— Meu deus, isso é tão gostoso. — Harry geme, agarrando os ombros de Louis, sentindo a língua dele acariciar seu pescoço e a mão escorregando de sua cintura até a bunda, apertando com força suficiente para gravar seus dígitos mesmo sobre o jeans.

O mais velho concorda. Tão gostoso. Puxa Harry pelo cabelo para olhar bem o seu rosto, absurdamente sexy. Ele parece tão fodido e eles sequer começaram a brincar.

— Ah, Harry, o que eu faço com você? — Trouxe a mão para frente, apalpando-o, a região estava úmida e seu pau fodidamente duro. Era um milagre que ele não tivesse gozado ainda, mas estava quase, bem na borda.

— O que você quiser. Pode fazer qualquer coisa comigo. — Disparou excitado, mordiscando o lábio inferior de Louis e jogando a cabeça para trás para que ele pudesse puxa-lo novamente pra frente com mais força.

— Você é mesmo uma vadiazinha louca por um pau. Me diga, você gosta tanto assim de ser fodido?

Harry hesitou e desviou o olhar.

— O quê? — Louis o segurou pelo queixo, trazendo seus olhos juntos de novo.

Ele parecia pequeno, tímido e envergonhado. Seus dentes maltratavam o lábio inferior. Louis deixou um beijinho sobre a pele judiada.

— Me fale, bae.

— Eu nunca fiz isso antes. — Sussurrou — Nunca fui fodido. Eu era meio que hétero.

— Hétero?

Balança a cabeça.

Louis o deixa para ir até a cômoda abrindo uma das gavetas e pegando um cigarro do maço, acende e dá um trago, soprando a fumaça para cima que escapa rumo a janela aberta.

— Acho que isso não vai dar certo. — Diz.

— Não, mas eu acho que eu não sou tão hétero assim... — O mais novo tenta contornar a situação, temeroso com a possibilidade de sua noite acabar ali.

Dando um novo trago, ele ergue os olhos para Harry, através dos cílios espessos, um olhar ardente e perigoso. Não é pra menos que ele perde o ar.

— O problema está em eu não saber lidar com virgens. É difícil e não sou gentil pra te proporcionar uma experiência mágica e indolor.

— Eu não me importo com isso.

— Se importa com o que, então?

— Que seja você. Que você seja o meu primeiro.

— Eu? E por que eu? — Ele caminha para Harry, com ar debochado — Por que eu pareço um príncipe e me porto como o vilão? Qual a historinha?

— Não tem historinha, você só me dá tesão pra caralho.

Estavam frente a frente, sérios e concentrados. Louis deu mais um trago e soprou sobre o rosto de Harry, ele fechou os olhos e a fumaça se dissipando ao seu redor o deixara com um ar angelical, que surtira efeito direto na cabeça de baixo de Tomlinson.

— Tesão pra caralho. Um argumento totalmente válido. — Declarou, passando por Harry e se deixando desabar sobre a poltrona de couro marrom próxima a cama — Se nós vamos mesmo fazer isso precisamos esclarecer algumas coisas antes, primeiro; eu não sou gentil, ou respeitador, muito menos romântico.

— Tudo bem. — Harry concordou, parado diante dele — Eu meio que gostei do seu jeito rude e de quando você me bateu e... Me chamou de vadiazinha.

Tomlinson sorriu.

— Você gostou do vadiazinha? Certo. Segundo; você precisa ser muito obediente. Não tenho paciência para garotos rebeldes.

— Okay.

— E último, mas não menos importante, você precisa se foder antes que eu te foda.

— C-Como assim?

— Minha doce e puritana putinha. — Ele disse tranquilo, cruzando as pernas — Você não vai querer que a primeira coisa a deflorar o seu pequenino botão rosado seja o meu pau, eu até poderia usar um dos meus dedos, mas eu me conheço. E é por me conhecer que eu quero que você faça isso primeiro, tire a roupa, deite na cama de bruços, essa linda bunda virada pra mim, o lubrificante está na primeira gaveta daquela pequena cômoda ao lado da cama e então você vai fazer tudo no seu ritmo, mas não muito devagar porque eu não tenho muita paciência. Você vai afundar o seu dedo bem devagarinho no seu cuzinho, bem molhadinho, ok? Não quero que você sinta dor, bae. E vai movê-lo, até o desconforto passar e você só sentir prazer e querer mais um e depois outro até os seus dedos não serem suficientes e você precisar de mais, quando você ansiar por isso, eu te dou o meu pau inteirinho, só pra você. Agora podemos seguir em frente.

A cabeça do cacheado estava girando com tantas instruções. Mas ele tinha entendido o que deveria ser feito, se desfez do restante de suas roupas, corando por Louis praticamente comê-lo com os olhos, foi até a cama e se deitou de bruços, de imediato seu pênis vazou sobre os lençóis, bastava se esfregar só um pouquinho e toda a sua porra se derramaria ali. Quente e aliviado.

Não. Disse que seria obediente. Isso não era obedecer.

Esticou a mão, procurando na gaveta pelo lubrificante, estava mais ao fundo e por isso precisou se esticar um pouco mais o que fez sua bunda levantar e Louis gemer só com aquela visão.

Havia sido o som mais obsceno e gostoso que ele já ouvira. Nunca pensou que alguém pudesse gemer daquele jeito na vida real, com tanto desejo e fome, por assim dizer. Como alguém faminto por sexo. Pela primeira vez na vida, Harry se sentia desejável, sedutor, irresistível.

Com o lubrificante em mãos despejou muito do líquido em seus dedos, foi meio bagunçado, molhou o travesseiro e escorria por entre seus dígitos, então ele preferiu derramar diretamente na fonte. Usou uma mão para abrir suas nádegas e com a outra despejou o lubrificante, a sensação gélida deslizou diretamente por sua entrada, parte dele se acumulava sobre sua entrada e o restante escorrendo por seu períneo, até às bolas e por fim gotejando na cama.

Esfregou suas mão lambuzada pelas coxas e bunda, arranhando, apertando, provocando. Deixou um tapa ardido na coxa, alisando-a em seguida para amenizar a vermelhidão, subindo de volta para a bunda, massageando antes de também bater com força. Ela estava brilhante e escorregadia por conta da lubrificação, seu cuzinho não parava de contrair tão molhado e ansioso por alguma atenção. Harry separou as nádegas, queria que Louis visse como sua entrada era tão pequeninha e virgem antes dele. Que agora ela estava a sua disposição, que poderia devora-la, alarga-la, usa-la o quanto quisesse. Era dele.

— A quem pertence esse cuzinho tão apertadinho, bae? — Perguntou com a voz arrastada. Harry queria olhar para ele, mas estava tão envergonhado. Nunca fora tão safado.

— É seu.

— Bom. Então, prepare ele pra mim. — A ordem foi clara e rapidamente acatada.

Não era nada tão difícil, bastava ir devagar. Esfregar um pouco o pau contra o colchão para sentir toda a onda de prazer correndo por suas veias, beliscar seus mamilos como Louis o ensinara a fazer mais cedo, acariciar sua coxa, puxar seu cabelo, tocar sua entrada levemente com o dedo, testando o melhor momento, até que ele começasse a rebolar em direção ao dedo, pedindo por ele dentro de si. Harry estava quase, prestes a meter dentro quando Louis o interrompeu.

— Diga pra mim.

— Hum?

— Fala pra mim como é, fazer isso pela primeira vez, o que está sentindo, cada detalhe.

— Hum, bem... Eu... Tenho um pouco de medo, mas eu, eu não consigo parar de pensar como é ter algo dentro de mim. Tem uma sensação de vazio tão grande, e mesmo com medo eu acho que se fizer assim, lentamente... — Como ele dizia seu dedo se movia, se pressionando contra a entrada, afundando devagar — Louis, é tão difícil. É apertado demais.

— Imagino. — A voz de Louis estava embargada, Harry só não era capaz de dizer do que seria — Você precisa colocar o dedo inteiro, bae.

— Eu não consigo. — Soluçou, juntando as pernas. O mais velho se levantou para abrir as pernas dele novamente.

— Se fechar as pernas só vai ficar mais apertado. Você consegue, só um pouco mais fundo, assim. — Decidiu continuar entre as pernas dele, com as mãos sobre as coxas de Harry e a visão privilegiada de seu cuzinho se espremendo ao redor de seu dedo.

— Consegui. — Harry ofegou quando levou o dedo todo para dentro, era estranho, um pouco doloroso, estava se acostumando ainda.

Louis lhe deu dois minutos antes de perguntar:

— Como é?

— Sufocante. Quente. Molhado. — Disse pausadamente, as sensações incômodas foram se dissipando calmamente e parado daquele jeito se sentia relaxado. Quase satisfeito.

— Vai precisar mover esse dedo se quiser abrir espaço pra mim. — As mãos de Louis subiram das coxas para a bunda dele, abrindo o bastante para não perder nada — Pode começar a se foder.

Harry moveu o dedo, para cima e para baixo.

— Isso, devagar. — O encorajou, beijando seu quadril — Muito bem, Harry, isso. Ah, você é tão gostoso assim, eu poderia gozar só olhando pra você. — Beijou o outro lado, deixando uma mordida — Porra! Você me deixa duro, eu queria tanto poder te comer agora.

Harry gemia contra o travesseiro, puxando o mamilo com uma mão e metendo em si mesmo com a outra. Ele tinha começado a ondular os quadris, investir contra a cama, estimular seu pau enquanto socava em seu cuzinho que se expandira o suficiente para querer por mais, ele esfregou o dedo médio sobre o lubrificante e empurrou para dentro sob os olhos azuis cravados nele.

— Oh, é apertado pra caralho. — Gritou alto.

Louis riu de seu desespero, mas ele não estava muito melhor. Era uma delícia ver Harry se tocando no seu ritmo, no entanto, sua paciência estava acabando, não era justo que seus dedos estivessem desfrutando daquilo que pertencia ao seu pau. Não era do seu feitio tirar toda a roupa, mas que se foda! Estava meio bêbado e cheio de tesão. Harry seria sua exceção. Arrancou a jaqueta, a camisa, o colete, os sapatos, se levantou apenas para puxar as calças e cueca por suas pernas e voltou a se colocar entre as coxas dele.

Envolveu seu membro e empurrou a franja para trás, dedicando concentração total em não perder nenhum movimento do cacheado e bombear seu pênis com o punho. No mesmo ritmo que Harry fodia sua entrada, Louis fodia sua mão.

— Harry, fala comigo. — Pediu, mais para o seu controle do que para de fato saber.

Styles estava gemendo, se contorcendo e rebolando. Erguia tanto a bunda que quase tocava o punho de Louis, quando este deixou algumas gotas de pré-gozo caírem na bunda dele, Harry só se retorceu mais.

— Eu preciso de mais. Não é o bastante.

— Tente outro dedo.

Harry meteu sem se preocupar em lubrificar.

— Melhor?

— É tão bom. — Falou manhoso, por sua voz Louis quase podia imagina-lo formando um biquinho com seus lábios molhados por ele estar salivando por ter seu cuzinho fodido pela primeira vez. Ele estoca com seus dedos fervorosamente, metendo com velocidade e assim como Louis ele está perigosamente perto. Os dois estão.

Até que Harry para.

— Louis, eu te imploro, me dá o seu pau agora. Eu estou pronto pra ele. Me fode, vem foder a sua vadiazinha, por favor.

Finalmente.

Ele puxou o pulso de Harry, arrancando seus dedos de dentro. O mais novo ofegou e esperneou pelo vazio repentino. Mas logo gemeu deleitado quando o corpo bronzeado e caloroso se colocou sobre ele, a virilha de Louis estava pressionada a bunda de Harry e a glande estava escorrendo sobre a entradinha avermelhada. A finalidade de Tomlinson era "apenas" pegar a camisa na gaveta, entretanto Harry o olhava com aquela expressão avassaladora, de lábios mordidos, bochechas vermelhas, olhos marejados e cabelos desgrenhados. Ele era obrigado a comê-lo daquele jeitinho, rasgou a embalagem e vestiu seu pênis sem desviar os olhos daquele gatinho manhoso embaixo de si.

— Eu vou te foder agora, Sr. Styles.

E por mais rústico que seja o modo de agir de Louis, ele se policia para não ser tão grosseiro porque bem no fundo não quer causar mais dor do que prazer naquele burguesinho que caiu de paraquedas no meio de seu intervalo de trabalho. Agora ele deveria estar bebendo sozinho, talvez fodendo o stripper daquele bar ou polindo suas ferramentas de trabalho, mas definitivamente não deveria estar tirando o cabaço de um mauricinho que deveria ter estudado em Eton e tomava chá das cinco com a rainha. Mas se a sorte resolveu lhe sorrir ele aproveitaria cada centímetro, pedacinho por pedacinho que vinha adentrando delicadamente aquele corpo gostoso abaixo de si. Ele é deslumbrante.

E verdadeiramente apertado, sufocante é apelido, a sensação de seu interior ao redor de Louis é esmagadora, beirando ao torturante. Ele nem se atreve a perguntar se Harry sente dor quando ele próprio está quase chorando.

— Acho que nós dois precisamos de um tempo. — O mais novo brinca se atrevendo a rir.

Louis o olha incrédulo.

Harry está uma bagunça, mas tem algo na forma como seu rosto bonito fica ainda mais fofo aninhado ao travesseiro que só faz Louis desejar beija-lo. Ele nunca tinha sentido a necessidade de beijar ninguém antes.

Harry era um verdadeiro achado.

Tomlinson o beija, levando seu rosto até o dele e o beijando com força, exigindo sua boca, dominando sua língua e tomando seus gemidos e gritos quando passa a se movimentar. Não é uma tarefa simples, no entanto ficar parado para sempre não é uma opção. A agonia atinge a espinha de Louis como uma facada e ele mesmo grita contra os lábios do cacheado, respirando com dificuldade.

— É por isso que eu odeio virgens. — Ele solta, tenso e dolorido. Se arrependendo assim que a frase escapa.

No lugar de xingá-lo, Harry toca seu cabelo, afastando a franja de seus olhos e tocando seu nariz com o dele.

— Sim, mas você já parou pra pensar que é como se eu fosse feito pro seu pau, porque você é o meu primeiro e nenhum homem me tocou antes de você. — Diz com a voz lenta e rouca, quase falhando, pode não ser a sua intensão, mas ele não podia ter soado mais erótico.

E o mais velho reacende a sua natureza selvagem.

— Você não deveria ter dito isso, bae.

Ele se coloca de joelho atrás de Harry, puxa o seu quadril pra cima e o penetra de uma só vez. O grito do cacheado ecoa e é seguido por outros cada vez mais desesperados, ofegantes e sem fôlego. Louis também mal consegue respirar, mas segue obstinado estocando com força, assistindo a pele da bunda de Harry adquirir o tom rubro pela violência do impacto de seus quadris. Ele dá um tapa e depois outro, o desenho perfeito de seus dedos se forma.

Não satisfeito por fode-lo de quatro, o vira de barriga pra cima. Harry está ofegante e extasiado, as pupilas negras e os mamilos carentes de atenção. Louis não perde tempo antes de ataca-los, tomando um em sua boca e espremendo o outro entre seus dedos, eles endurecem mais ao contato quente da saliva de Tomlinson que não querendo ficar fora de Harry, desliza três dedos de uma só vez pra dentro dele. Mesmo já tendo recebido seu pau ele continua a espremer aquele cuzinho ao redor de seus dedos, praticamente os sugando para mais fundo ainda.

— Nossa... — Louis geme, mordendo o bico escarlate e lambendo a pontinha — eu tenho uma vadiazinha muito gulosa. Você quer mais do meu pau, delícia?

Ele concorda frenético.

— Onde?

— Aqui. — Toca onde os dedos de Louis se afundam e abre amplamente as pernas, o convidando a entrar — Bem fundo e bem forte, por favor.

— Tem certeza? Eu posso te machucar.

Os olhos dele brilharam e seu pau vazou sobre o estômago.

— Eu quero isso. E-Eu adoro na verdade, adoro que você grite comigo, que me bata e sei que se você me machucar, eu vou... — Foi interrompido por uma única investida que levou Louis a atingir em cheio seu ponto mais sensível. Como era de esperar, Harry atingiu o orgasmo na mesma hora, o gozo espirou em tiras longas por todo seu peito e barriga, mas Louis tinha acabado de entrar e não pararia tão cedo.

Abaixa para lamber desde a barriga até o peito, limpando cada rastro. O cacheado o encara com os olhos cerrados e quando ele se aproxima o bastante enterra as mãos nos seus cabelos e o puxa de encontro a si, prendendo Louis em um beijo molhado e necessitado, envolvendo suas costas com as pernas e o incitando a começar a se mover bem menos dócil do que antes, violento, rápido e constante, fazendo o corpo do mais novo solavancar para cima e ter cada músculo de seu corpo se contraindo ao redor de Tomlinson que parece cada vez mais enérgico e determinado, agarrando uma das coxas de Harry para conseguir se mover com ainda mais precisão surrando sua próstata e ignorando por completo sua sensibilidade até senti-lo endurecer novamente.

É demais e quando Harry percebe já está soluçando. Ele não sente dor ou desconforto, apenas prazer em excesso e isso acaba se manifestando por meio de lágrimas que ele tenta ocultar no ombro de Louis que por sorte entendo o que se passa, que nem por isso pretende facilitar as coisas.

Seu orgasmo está pronto, porém Louis o segura um pouco mais para completar o capricho de deitar em suas costas trazendo Harry consigo, ele o tem montado em seu pau. As mãos trêmulas em seu peito, os mamilos inchados se salientando pela posição, cabelos cacheados e longos caindo por seus ombros e costas em ondas suaves e todo o corpo forte e esculpido cintilando pelo suor.

E por fim tinha aquelas lágrimas, lindas lágrimas cristalinas escorrendo por suas bochechas. A porra de um anjo fodido, não? Era maravilhoso.

— Você vai me fazer gozar assim, então é melhor ter poupado energia.

Sua expressão congelou e os dobraram de tamanho.

— Louis, eu não sei como...

Ele rosnou, o cacheado se encolheu.

— É melhor aprender. Eu não sou lá muito paciente quando o assunto envolve o meu pau.

Styles assentiu, porém, continuou imóvel. Aborrecido, Louis lhe deu uma palmada na bunda e outra na coxa.

Com os lábios pressionados para prender o choramingo dolorido decidiu se mover. De início testando a sensação, céus, ele estava totalmente preenchido, agarrado a cada centímetro de Louis. Suavemente, passou a se mexer, para cima e para baixo, entrando em um ritmo que pouco a pouco foi adquirindo velocidade, intensidade e muita força, ao passo que tudo que se ouvia era o som obsceno do pau de Louis fodendo a entrada de Harry. Os gemidos se misturando, seus arquejos e os orgasmos se aproximando e então, chegando em conjunto com seus gritos.

Harry desabou sobre o peito dele, entorpecido, letárgico e leve.

Eles podiam ter parado por ali.

Adormecido nos braços um do outro e se beijado lentamente ao acordarem. Porém, nenhum deles estava interessado nisso. Quando recuperados, Louis o jogou bruscamente na cama, o virou e se divertiu em tortura-lo com lambidas e mordidas em seu cuzinho maltratado.

Depois ensina-lo didaticamente como se chupar alguém e muitas outras fodas tão ou mais duras quanto as primeiras. Em algum momento o corpo de Harry não foi capaz de lidar com tantos orgasmos e ele apagou. Teria dormido pelos próximos três dias se não tivesse dado pela falta de Louis ao esticar o braço e não encontrá-lo, tentou outra vez com os olhos fechados e esbarrou em algo, a pulso abriu os olhos pesados, com a visão embaçada discerniu a silhueta trajada de negro, o cabelo molhado penteado para trás e óculos de grau.

Louis estava diferente, parecia um professor universitário invés do punk arrogante do bar.

— Você vai sair? — Quis saber com a voz embargada.

Mal podia reconhecer aquele timbre.

— Tenho trabalho a fazer. — Foi sua resposta, ele mexia em algo.

Harry se espreguiçou e rolou, ele estava nu e o lençol cobria pouca coisa e ele não se importava nem um pouco em se cobrir.

— Mas é de noite.

— Está amanhecendo.

O sol surgia, mas era tecnicamente noite para ele de qualquer forma.

— Que tipo de fotógrafo trabalha de madrugada?

Louis dobrou o pescoço, um sorriso verdadeiro se formando em seus lábios e sem mais ele gargalhou, tão escandalosamente quanto Harry havia feito mais cedo.

Qual era graça?

— Bae, eu não sou um fotógrafo. — Disse com tom de lamento.

Styles não entendeu. Então Louis virou para que Harry pudesse ver o que estava em seu colo, ele empalideceu.

Era uma submetralhadora.

— Você é policial?

— Hum, digamos, que eu não sou um dos mocinhos, também não sou um dos vilões. Algo como um anti héroi.

— Tipo um assassino?

— É, um assassino de aluguel. Eu elimino quem me mandam, ou seja, não precisa ficar com medo que eu te mate. Não sou um psicopata, apenas um profissional.

— Isso é estranho.

— O quê?

— É só... Eu não tenho medo.

— Não? — Era realmente estranho pra Louis ouvir aquilo, mas era alívio também. Acariciou a bochecha do cacheado que sorriu voltando a deitar a cabeça no travesseiro — CEO e assassinos não costumam se dar bem, sabia disso?

— Eu acho que terei que discordar. — Retrucou aproximando seus lábios para uma beijo leve, roçando os dedos pela barba áspera. Louis sorriu com os lábios fechados, beijando a bochecha de Harry e se afastando.

— Vai esperar por mim?

— Uhum.

— Eu não vou demorar. — Se despedindo com mais um beijo, puxou a mesma bolsa preta sobre o ombro e partiu. Harry assistiu o nascer do sol, e só uma única coisa passou por sua cabeça além de Louis e o giro de 360° que sua vida tinha dado em tão pouco tempo.

Encontrou o celular no bolso de seu jeans e digitou a mensagem com um sorriso atrevido no rosto.

| Harry Styles:

Querido Owen, voltei bem e em segurança, com todos os membros em perfeito estado.

Deu uma olhada no espelho, sua bunda estava rosada e repleta de marcas, mas definitivamente em perfeito estado. Embora não soubesse se se conservaria assim quando Louis voltasse.

Precisava lembrar de mandar flores a Rachel pelo imenso favor.

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