Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

I WANNA BE YOURS

"Louis Tomlinson e Harry Styles são dois alfas e atletas orgulhosos. Sendo as grandes estrelas do futebol na King's College, uma rivalidade entre ambos era inevitável, porém, com a chegada das férias eles resolvem dar uma trégua e viajar com um grupo de amigos para a casa do lago dos Tomlinson. Eles só não imaginavam que em uma casa repleta de alfas pudesse haver um ômega no cio infiltrado..."


O apito do treinador Geller soava estridente por todo o campo, seu rosto em um vermelho-vivo e os punhos apertados para não ir até lá e resolver a situação por si mesmo. Afinal, no meio do campo de futebol a cena infantil e totalmente desnecessária se desenrolava, sob o sol ardido de verão, seus melhores atacantes, Louis Tomlinson e Harry Styles se engalfinhavam como dois cães raivosos, socando, chutando e mordendo um ao outro.

Depois do lance de Tomlinson ter sido cortado por Styles, que ele acusou de ter ido direto em sua panturrilha e não na bola e o chamado de arrombado do caralho eles começaram a discutir, mas como nenhum dos dois era de bater boca e bem mais de chocar punhos um pulou no pescoço do outro e assim se mantinham desde então. O time estava ao redor deles, alguns rindo, outros preocupados tentando apartar a briga, embora receosos de levar um golpe.

Coisa que sempre acontecia quando eles estavam brigando.

Niall, como era o único amigo em comum e um dos poucos que não acabava com o nariz sangrando perto deles se atrevou a fincar as unhas nos ombros de Louis – uma vez que o capitão era bem menos raivoso ou violento do que o de cabelos cacheados. Quando se tratava de Louis, Harry se transformava em um verdadeiro animal – e começou a puxa-lo, ele resistiu de primeira, mas acabou deixando.

— Chega disso, é nosso último dia, não é hora pra brigar, galera! Vamos relaxar.

— Relaxar? Como eu posso relaxar com essa coisa pulando no meu pescoço de cinco em cinco minutos? — Louis berrou com a voz estridente e Harry se remexeu, tentando se livrar do aperto dos outros cinco que o agarraram — Você precisa se tratar!

— Eu preciso é encher a sua cara de murros, isso sim. — Ele retrucou, irrepreensível como sempre.

— E eu preciso que vocês dois cresçam. — Geller se aproximou, os resquícios de irritação presentes em sua voz — É ridículo que depois de dois anos vocês continuem agindo do mesmo jeito. Louis, você é o capitão e Harry, você é o co-capitão, eu tenho relevado por muito tempo, mas se depois das férias vocês voltarem do mesmo jeito, não vão conseguir vaga nem pra cheerleaders, entenderam? Não vão entrar em mais nenhum grupo de atletismo! E como eu sei que são dois cabeças ocas vão acabar à toa pelo campus.

Depois do ultimato o homem ranzinza cuspiu, acertando em cheio a chuteira de Harry que tentou conter a expressão de escárnio, por outro lado Louis não disfarçava seu risinho zombeteiro. O treinador deu um tapa em sua cabeça e saiu marchando para longe.

Ninguém mais disse nada e todos acabaram indo para o vestiário, tomar uma ducha e trocar os uniformes suados. Em questão de segundos o grande vestiário, com filas de armários vermelhos e bancos de madeira estava dominado pelo vapor dos chuveiros e o cheiro forte de mais de vinte alfas suados.

Harry já estava acostumado com aquilo, ele mesmo era um alfa, porém, de uns tempos pra cá esse odor tão característico vinha causando uma estranha agitação em seu estômago. Ele tentava não pensar muito nisso quando saiu do banho com uma toalha amarrada na cintura, gotículas grossas deslizando pelo seu peito nu e os cabelos – que ele vinha deixando crescer nos últimos tempos – raspando em seus ombros largos sem a bandana para contê-los.

— Certo, idiotas, prestando atenção em mim agora! — O timbre inconfundível e odioso de seu principal rival ecoou quando o mesmo subiu em um dos bancos, chamando todos para ouvi-lo. Louis vestia apenas seu calção, tendo a camisa ensopada no ombro, o cabelo puro sebo e mesmo assim agia como se fosse o rei ali.

Harry queria tacar alguma coisa nele, mas cometeu a gafe de esquecer a bola no campo, então apenas tratou de se vestir enquanto todos escutavam o anão de jardim.

— Como todos sabem as férias começam amanhã, não será um mês muito prazeroso porque assim que voltarmos vai ser para disputar o campeonato e isso é uma pressão e tanta. Nós queremos e vamos ganhar, mas pra isso precisamos estar relaxados, então como capitão é meu dever garantir isto, sendo assim os convido para passarem as férias na casa do lago da minha família.

— Porra! Você tá brincando? — Niall Horan berrou no meio dos garotos — A sua casa é tipo uma mansão, tem sala de jogos, cinema e uma puta piscina! Nem fudendo os seus pais deixariam você chamar geral.

— Bem, agora que ela é minha eu posso chamar quem eu quiser. — Tomlinson se gabou, cruzando os braços e estufando o peito.

— Te deram a casa, bro? — Zayn indagou, com a voz mansa, sentado na beirada do banco em que Louis estava em pé. Ele assentiu orgulhosamente.

— Então, quem está dentro? — Os meninos já estavam se preparando para embarcar na euforia quando Horan tratou de levantar a mão — Fala, gazela.

— Acho que eu falo em nome de todos quando eu pergunto: Terão ômegas por lá?

Ômegas, oh sim, o grande déficit daqueles pobres jogadores era justamente este. Ao que parece os alfas atletas tendem a ser pior que os alfas de outras áreas, devido aos constantes embates que eles tinham dentro do jogo, a adrenalina, raiva e desgaste tanto físico quanto emocional eles apresentavam um certo descontrole e brutalidade em todo o tipo de situação, era normal ver os próprios colegas de time se atracando por qualquer besteira e não era preciso dizer que quase todas as disputas com times de fora resultavam em alguém com o olho roxo.

Esse comportamento desenfreado começou a preocupar o reitor e toda a diretoria que afim de proteger os ômegas e betas da faculdade da agressividade dos alfas esportistas, optaram por transferi-los para outro prédio, este também sendo ocupado por outros alfas mais mansos, por assim dizer. Ou seja, aqueles caras não viam ômegas, pelo menos não dentro do Campus e bem, eles tinham cios e muitas necessidades que apenas suas mãos não eram capazes de satisfazer, então a mínima possibilidade de ter contato com um ômega os deixava eufóricos e ao ver de Harry este era um grande problema, ninguém iria chegar perto de rapazes tão desesperados como aqueles.

Por sorte ele ainda não havia tido o desejo de pular em um pobre ômega e vivia tranquilamente.

— Eu vou ver o que posso fazer. — Louis disse como um político fazendo suas promessas de campanha. Harry riu alto — Tá rindo de quê, ameba?

Agora vestido em regata e jeans, com uma bandana vermelha prendendo seu cachos, o co-capitão girou em seus calcanhares para encarar Tomlinson exalando arrogância.

— Oh, vai querer mandar na minha boca agora? — Perguntou em desafio, cruzando os braços para que seus bíceps se salientassem mais, apenas dando uma prova do quão doloroso seria um soco seu na cara de Tomlinson caso ele resolvesse comprar briga. O que para Louis surtia o efeito contrário de amedrontar, ele era mais destemido e briguento do que todos ali juntos, e estava prestes a cair dentro de um novo confronto quando as palavras do treinador Geller retumbaram em sua mente como um lembrete de que aquilo só lhe traria prejuízo, a rixa com Harry tinha que acabar. Agora!

Louis engoliu uma enorme bola de orgulho ao dizer:

— Sabe, você pode ir também se quiser...

Harry franziu as sobrancelhas retas em incompreensão.

— Ir?

— É, pra minha casa do lago, nas férias. Acho que seria legal, para aquele lance de tentarmos nos dar bem, seria bom pra todos nós. — Aquela era a primeira vez que o time, na verdade era a primeira vez que alguém via Louis Tomlinson com o rosto vermelho e sem jeito. Harry não se encontrava diferente, ele era treinado para os ataques e represálias de Louis, mas não para um pedido de trégua tão repentino.

Dúzias e mais dúzias de olhos arregalados se viraram em expectativa para Styles, a espera de sua resposta. Ele não sabia o que dizer. Por que Louis não podia simplesmente chama-lo de filho da puta e lhe tacar a chuteira como sempre fazia? Era tão mais prático.

Mas ele sabia a coisa certa a ser feita naquele momento.

— Er, pode ser legal. Talvez eu vá. — Esfregou a nuca e sorriu desconcertado.

Louis também deu um sorriso que mais se assemelhava a uma careta e desceu do banco um tanto cabisbaixo, arrancando seu uniforme e caminhando em direção ao chuveiro pensando que Harry lá só acabaria com suas férias dos sonhos.

Xx

O capitão estava conformado de que teria o seu arqui-inimigo dentro da sua casa e teria de suportar sua presença, sua voz e risada estranha pelas próximas semanas, mas ainda tinha a esperança de poder evitar isso pelo máximo de tempo possível, porém seus planos foram por terra no momento em que Eleanor, uma de suas várias ficantes disse que havia prometido uma carona para Taylor, colega do time de torcida que infelizmente vinha saindo com quem? Isso mesmo, a criatura desprezível com uma coleção infinita de bandanas ridículas e camisetas de times de basquete e que coincidentemente vinha usando uma dessas hoje, os Lakers deveriam contratar Harry como garoto propaganda porque francamente seria um bom negócio, a contragosto Louis abriu o porta malas para que ele colocasse suas malas e as da loira que pulou para o banco de trás levando a morena consigo, sem dar chance para que o namorado se sentasse ao seu lado já que engatou uma conversa animada com Eleanor sobre alguém que pegou o namorado na cama com fulana.

A Harry restou o banco do passageiro ao lado de Tomlinson que com a mais enfezada das expressões começou a dirigir sem lhe dirigir a palavra, coisa que para o outro era perfeito porque eles não se gostavam e não tinham absolutamente nada em comum. Desta forma seguiram por quase duas horas apenas com as vozes das garotas, o vento quente da alto estrada entrando pelas janelas abaixadas e bagunçando os cachos castanhos de Harry que o levavam a tentar arruma-los de cinco em cinco minutos. Não estava nem tão quente assim, mas para ele as janelas abaixadas não bastavam, assim como o ar condicionado ligado.

Estranho.

Louis permaneceu calado, dirigindo compenetrado em seu caminho, olhando casualmente para o garoto ao seu lado mexendo no celular com o lábio inferior entre os dentes, cachinhos perfeitinhos emoldurando seu rosto e todo encolidinho no banco poderia até levantar dúvidas quanto a ser um alfa de verdade, mas Louis o conhecia há anos e sabia que aquele era dos piores, embora não conseguisse sentir sua essência forte como dos demais, talvez usasse algum produto para mascarar, como ele próprio fazia por achar inconveniente chegar nos lugares causando reboliço no estômago de todos os ômegas ao seu redor.

Quando faltava menos de meia hora até a casa do lago as meninas insistiram para que ele estacionasse em um posto de gasolina por estarem apertadas, há um tempo Tomlinson havia captado um cheiro característico, adocicado e deliciosamente inconfundível, exclusivo aos ômegas. Sabia que Els era uma beta, e ele e Harry sendo alfas, só podia ser...

Assim que avistou as pernas longas de Taylor sumindo para dentro da lojinha de conveniências se debruçou sobre o console do carro para cutucar Harry que havia apagado há pelos menos quinze minutos, seus cabelos estavam ensopados e de seu pescoço escorria suor assim como sua camisa se encontrava grudada no corpo, talvez o cio de Taylor estivesse provocando reação em Harry e despertando seu próprio cio.

Droga, ele precisava dirigir rapidamente.

— Styles, ei, acorde! — Sem ser dado a delicadezas deu um tapa na cabeça do outro que saltou no banco alerta. O rosto vermelho e as pupilas dilatadas — Caralho, você precisa de um banho de água fria, cara!

— Eu... Eu estou b-bem. — Disse com a voz falha, se remexendo desconfortável em seu assento como se algo o incomodasse. As unhas deslizavam em agonia pelos jeans agarrados as suas coxas.

Louis analisou aquilo com curiosidade, dando de ombros e batucando os dedos no volante de sua BMW.

— Olha, cara, eu não quero ser intrometido nem nada, mas acho que você e a Taylor deveriam voltar pra cidade.

— O quê? Por quê?

— Por que? — Riu surpreso — Bem, nós estamos indo lá pra casa e deve ter no mínimo uns quinze alfas na seca, não é seguro e se a sua namorada está no cio...

— Como a Taylor poderia estar no cio se ela é uma beta? — Indagou com sua voz rouca e cortante.

— Beta? A garota é beta? — O queixo de Louis estava caído e agora um enigma pairava em sua mente, algo está muito errado. Harry assentiu — E quanto a esse cheiro doce?

Harry inflou as narinas, tentando aspirar o cheiro ao qual o outro se referia, mas não sentiu absolutamente nada.

— Deve ser impressão sua. Ou talvez uma delas esteja usando um daqueles perfumes que dão a essência de ômega.

— Aqueles perfumes são lixo, não se comparam ao cheiro verdadeiro e esse parece legítimo.

— Acho que precisa transar, colega. — Styles respondeu com descaso, passando a bandana pelo rosto, secando o suor.

— Cuida da sua vida, otario. — Rosnou com sua voz de alfa que não deveria fazer efeito algum em Styles, mas que mesmo assim tremeu e se encolheu no banco pelo resto do caminho.

Xx

A chegada a casa do lago foi a mais baderneira possível, haviam muitos e muitos alfas, grandes, fortes e estúpidos, loucos para quebrar coisas e encher a cara. Por sorte ao redor da casa o que não faltavam eram trilhas e esportes radicais para extravasar um pouco do frenesi e calor que borbulhava nas veias dos rapazes.

Alguns levaram suas namoradas betas e todas se reuniram para fazer suas coisas longe dos babacas que só queriam se provar a todo instante, segundo elas. No segundo dia, os "casais" já tinham sido desfeitos porque tanto Harry quanto Louis só viviam e respiravam futebol e enquanto eles ficavam fora jogando sem parar Taylor e Eleanor acharam a companhia de dois alfas gêmeos das redondezas bem mais interessantes e agora livres eles podiam se concentrar unicamente em alimentar sua rivalidade que na teoria seria amenizada durante estas semanas juntos. Não foi. As coisas só pioraram.

No futebol eles chutavam as canelas um do outro invés da bola, no basquete as trombadas eram tão violentas ao ponto de deixar hematomas por seus corpos, não importava o que fosse, eles encontravam uma forma de se machucar, tipo no dia em que jogaram dama e Louis conseguiu virar o tabuleiro pesado no pé de Harry que mancou pelos próximos dois dias.

O último vinha mostrando dois extremos bastante diferentes, em uma hora ele estava atacando Louis com tudo o que tinha, virando shots e mais shots a noite, tirando rachas de motocicleta e quedas de braço com seus colegas de time e no outro estava envolvido em algum cobertor deitado na rede sem falar com ninguém, no quarto ao lado Tomlinson ouvia seus choramingos e suspiros que ele não entendia o motivo. Numa hora Harry era um lobo feroz e na outra um gatinho choroso.

Conforme os dias iam passando ele ia desacelerando, aguentando menos corridas e bebendo pouco, passava a maior parte do tempo no quarto sem querer ver ninguém e aos olhos dos outros não era nada de mais. Mas Louis sentia falta, porque sem Harry não havia com quem brigar.

Foi pensando em uma briga das boas que mandou chamar todo mundo depois do almoço, eles teriam um jogo daqueles.

Como pedido todos os garotos vieram e Harry estava entre eles, com sua camisa verde com a gola amarela, Styles e um 57 impresso em suas costas, a arrogância exalando pelos poros e uma bandana verde apertada em sua cabeça afastava os cachos de seu rosto de traços firmes e harmoniosos que nos últimos dias traziam uma suavidade estranha ao ver do mais velho.

Com a torcida organizada na varanda e os times bem divididos eles começaram a jogar, não era uma partida longa pela proximidade do fim do dia, mas Louis aproveitou para exibir seu talento com a bola driblando o máximo de jogadores que podia correndo o mais rápido que podia em direção ao gol e abrindo o placar para o seu time. Styles não ficara atrás, jogando com a habilidade e astúcia de um profissional trouxe dois gols seguidos para seu time e a competitividade veio tomando forma a cada lance mal sucedido ou impedido do outro. Depois de um tempo não se tratava mais da bola em si, mas de Louis e Harry se engalfinhando como duas crianças birrentas.

Assim que Harry deu uma rasteira no menor este decidiu que era guerra e não poupou ataques.

O seu mais direto ataque foi acertar o mais novo com tudo o que tinha na panturrilha, quando Harry caiu ele rolou pela grama, Payne que não o vira no chão tropeçou em seu corpo e acabou por cair sobre ele e os dedos de Tomlinson se torceram na esperança de que o impacto tivesse levado Styles a quebrar o pescoço. Seria trágico, mas maravilhoso ao mesmo tempo.

Infelizmente não aconteceu, porém algo igualmente estranho também houve.

No lugar de empurrar o outro para longe de seu corpo e sair praguejando como qualquer alfa faria, Harry gemeu, alto o suficiente para que todos ouvissem e se agarrou ao corpo de Liam, suas pernas fortes contornaram o corpo de Payne, assim como seus braços enlaçaram seu pescoço, o rosto se perdera em seu ombro e como alguém bem humorado entendeu aquilo como uma brincadeira do amigo. Liam era um alfa fofinho que curtia abraços e por seu time estar na liderança os demais se juntaram a eles num imenso abraço grupal comemorando a vitória que viria meia hora depois.

Após o jogo Tomlinson não estava exatamente feliz. Acenderam a churrasqueira, os vizinho mais jovens foram chegando trazendo barris de cerveja, as garotas espalharam lâmpadas coloridas por todo o jardim e o lago brilhava com a luz do luar. Post Malone foi a primeira escolha da DJ, eles dançavam e faziam muito mais em sua pista de dança improvisada, o capitão assistia a tudo aquilo entediado de sua sacada, revezando em beber sua cerveja e dar um trago em seu cigarro. Como os demais usava sua camisa do time, mas nem de longe se sentia extasiado como nas noites de jogo.

Algo o incomodava, provocava uma instabilidade irritante em seu interior e o impedia de relaxar e curtir o momento.

Ele quis fugir da agitação. Então foi para a entrada da propriedade onde todos os carros estavam estacionados. Os faróis do carro de Liam estavam ligados, por curiosidade Louis foi até lá, embora tivesse oitenta por cento de certeza de ter visto Payne pulando no lago.

Um gemido agonizante rompeu do automóvel no momento em que abriu a porta, quase o levando a desmaiar pelo forte cheiro adocicado que saiu de lá, mais surpreendente foi ver Harry Styles estirado no banco traseiro. Bastou uma breve olhada para concluir que ele estava encharcado.

— Você caiu no lago, esperto? Por que não foi se trocar, ah, espere, você já está chapado? A festa mal começou.

Harry permaneceu imóvel.

— Ei, Styles! Tá morto? — Perguntou o cutucando com a garrafa fria de cerveja que levou o mais novo a tremelicar na hora — Ai está, seu drogado sem vergonha.

— Eu não estou drogado, seu idiota. Eu vim pegar a vodca quando comecei a me sentir tonto...

— Mais tonto que o normal? — Louis não pode resistir. Era uma pena que o outro nem tivesse se dado ao trabalho de lhe mostrar o dedo do meio.

— Tem algo de... de e-errado comigo. — Harry grunhiu se revirando no banco, o cheiro que emanava dele só ficou mais forte e ao atingir Louis em cheio também o deixou tonto a ponto de cambalear para trás deixando a cerveja cair no chão. Não precisava ser um gênio para entender o que estava acontecendo ali.

O cacheado parecia estar morrendo de dor, suando e se revirando sem parar e deus, aquele cheiro era mais do que o suficiente. Explicava perfeitamente o incomodo de Tomlinson, era por causa dele, era por causa de um maldito ômega no cio bem debaixo do seu nariz. Quando ele se virou mais uma vez, rolando de bruços um rosnado baixo arranhou a garganta do outro e o corpo de Harry reagiu com seus quadris se arqueando.

Maldição!

— Você não é um alfa. — Ofegou o óbvio, olhando para fora do carro premeditando o momento em que os outros seriam atraídos pelo cheiro.

— Eu tinha minhas suspeitas, mas pensei que fosse no mínimo um beta. — Disse entredentes, arranhando o estofado do banco sem aguentar as contrações constantes por seu corpo, principalmente abaixo da cintura.

— Mas não, você tinha que ser um ômega. A porra de um ômega no cio. Você não pode ficar aqui, os meninos vão sentir seu cheiro, eu vou chamar a Taylor pra te levar pra casa.

Assim que ouviu o som dos sapatos de Louis sobre as folhas Styles se esforçou para sentar, até aquele momento ele não tinha tomado ciência da umidade na parte de trás de seus jeans.

— Por favor não, eu não quero que nenhum deles saiba. Se descobrirem que eu sou um ômega vão me tirar do time.

— Os ômegas também tem um time de futebol.

— Pro inferno o time deles! Você sabe que eu não sou nada parecido com um ômega, tirando essa circunstancia atual, mas ninguém vai querer saber disso. Eles apenas vão me transferir de uma vez.

— E o que quer que eu faça? Que te deixe aqui pra virar comida de algum alfa lúpus que vai sair da floresta. — Louis não economizou em sua ironia, aquilo tudo o deixava nervoso porque era justamente o seu inimigo, o seu inimigo no cio que só pelo simples fato de estar ali desestabilizava por completo seus instintos sempre dentro do controle.

Louis era um alfa atleta, ele jamais poderia esquecer que sem controle ele se tornava um animal.

— Pode pedir um taxi. — Pediu com a voz pequena. Os sentidos de Harry já iam falhando.

— Se você quiser ser estuprado é melhor ficar por aqui com algum conhecido de uma vez. — Revirou os olhos irritado.

— Então você... — Começou, estremecendo com um espasmo violento, o suor escorria frio por sua pele ardente — me leve daqui, agora.

Tomlinson abriu a boca para protestar,

Levá-lo? O pânico ferveu em suas veias, ele ainda era um alfa e... Merda! Os outros estavam vindo, tropeçando nos próprios pés embriagados, isso os deixaria mais suscetíveis ao instinto.

Era duro admitir, mas ele era a única chance de Harry sair em segurança daquela casa.

Sem tempo para hesitação ele bateu a porta de trás, e entrou na da frente, a chave já estava na ignição, bastou dar a partida e por o carro em movimento. Ele sabia de um hotelzinho ali perto, poderia deixar Harry lá e entrar em contato com a família dele e pronto, teria cumprido o seu papel como bom cidadão e viveria em paz.

Dirigia evitando ao máximo olhar para trás sabendo que o cacheado se contorcia e gemia a todo momento. Ele vestia as mesmas roupas da tarde e parecia em tempo de arranca-las do corpo. A mão de Styles já se esfregava furiosamente contra sua virilha quando Louis tomou a decisão de parar em uma loja de conveniências.

Entrou as pressas no local, se odiando por usar uma camisa com seu nome berrante nas costas, isso era outra coisa a se preocupar. Como esperado de uma lojinha de beira estrada bastante frequentada por jovens universitários em uma prateleira aos fundos estava perfeitamente enfileirados dildos dos mais variados tamanhos, formas e cores. O primeiro dilema foi sobre quantos levar, depois se havia alguma diferença pelas formas e todas as suas dúvidas ficaram sem respostas porque não havia um ômega sequer em sua vida e Harry tampouco poderia opinar sobre suas preferências. Dane-se, qualquer um desses serviria para aliviar seu sofrimento na semana que se seguiria.

Encheu a cestinha com tudo o que foi achando, desde lubrificantes, dildos até um livrinho e um ioiô porque vai que o cio acabasse mais cedo e Harry ficasse entediado, mal dava pra acreditar que ele estava fazendo aquilo por seu inimigo de eras. Louis foi até o caixa, olhando pra carteira ao invés da atendente, algo lá fora o chamou sua atenção. Ele passava o cartão quando percebeu o grupo de garotos altos e rosnados profundos rodeando o carro como animais famintos, o mais novo tinha passado para o banco da frente, de longe ele parecia pequenino e acuado.

— Se estiver indo passar o cio com alguém talvez fosse melhor levar algumas pi–

Um dos garotos segurou a maçaneta da porta e essa foi a deixa de Louis para pegar as sacolas deixando a pobre moça falando sozinha. Assim que colocou os pés para fora da loja foi com um olhar predatório e as narinas dilatadas em uma respiração pesada ao que ia retornando ao seu carro, os outros o olhavam raivosos, querendo o ômega para si. Harry não era de Louis, ele não tinha sua marca e jamais teria, ainda assim naquele momento ele precisava agir como se aquele fosse o seu ômega.

Conforme Louis foi se aproximando eles foram se afastando. Logo entrou dentro do carro e suspirou aliviado. Harry estava semiconsciente do seu lado, os cachos tornando-se mechas lisas e coladas ao seu rosto, ele ligou o ar condicionado, mas não surtia efeito.

— Eu trouxe isso aqui. — Empurrou para Harry as sacolas.

O menino revirou os objetos lá dentro com um vinco entre as sobrancelhas.

— O que você espera que eu faça com isso? — Questionou balançando um dildo de quinze centímetros no ar. Louis enrubesceu.

— Você sabe.

Styles também estava corado.

— Eu nunca fiz isso. Eu nem sei c-como...

— A gente vê quando chegar ao hotel, okay? — Ele assentiu, deixando as compras no banco de trás.

Em poucos minutos a angustia de Harry foi aumentando, os espasmos e a mão sobre a virilha não bastavam e a dor atingia novas proporções que o faziam deitar a cabeça sobre o painel e gritar. Aquilo afetava Tomlinson que não fazia a menor ideia de como poderia ajudar.

— Eu não aguento mais isso. — Disse chorando contra o braço.

— Qual é, Harold, são só mais três quadras.

— A dor vai continuar quando chegarmos lá.

— Nós vamos dar um jeito, eu já disse. — Ele repetiu, engolindo em seco.

Harry deixou o corpo cair novamente sobre o banco, as bochechas tingidas de rosa e os lábios mais inchados do que nunca após tantas mordidas violentas. Louis tentava ignorar, mas aquela era uma puta visão quente.

Os olhos verdes iam se estreitando em sua direção e Harry começou a se inclinar sobre ele.

— Pode dar um jeito nisso agora. Só pare o carro e me deixe sentar em você.

— O que? Você enlouqueceu?

A boca de Harry tocou seu pescoço, lábios macios e molhados e uma respiração quente enebriando seus pensamentos mais rápido que as ervas que Zayn partilhava com eles depois de uma vitória.

— Me come! — Ele gemeu lascivo em um tom provocador — Me come com força no banco de trás, me deixa aberto pra depois me preencher com o seu pau...oh, deus, eu quero tanto o seu pau, Lou. Eu faço qualquer coisa por ele, qualquer coisa. Só põe ele em mim.

Louis não sabia como reagir a aquilo. Todos os ômegas com quem já estivera estavam bem longe do cio. Esse era um terreno completamente novo, ainda mais com Harry. Era estranho.

Harry normalmente queria brigar, não foder.

— Harold, eu preciso que você fique quietinho, okay? Estamos quase chegando.

O cacheado mordeu o lábio inferior, assentindo ansioso. Mas longe do seu estado normal ele não conseguia parar de se contorcer e se esfregar no banco, não demorou até que ele voltasse a esconder o rosto no pescoço de Tomlinson.

— Alfa, dói tanto. — Choramingou em desespero. Os instintos de Louis voltaram a se rebelar com um novo rosnado que só servia de brasa para o fogo do ômega — Eu quero, quero dar pra você aqui, agora. Me come bem forte e fundo, me enche com o seu nó. — Enlaçou os braços no pescoço de Tomlinson, a boca carnuda fazendo morada no pescoço do jogador,saboreando sua pele com a língua e a marcando com os dentes vez ou outra. O timbre rouco e macio mandou vibrações por todo o corpo do alfa que era incapaz de não reagir ao que o ômega se mostrava tão responsivo e necessitado — Me encha com os seus filhotes.

Filhotes? Argh, não!

— Eu quero filhotinhos, quero um monte deles. — Disse firme, puxando uma das mãos de Louis e a encaminhando para baixo de sua camisa, espalmando-a sobre seu rijo abdômen de atleta — Apenas me imagine com uma barriga grande e redonda, tão cheio de você, carente e necessitado precisando que você trepe comigo de hora em hora do contrário irei me desfazer e todos vão poder ver que eu sou seu ômega e você, meu amor, você é meu alfa.

E como o canto de uma sereia toda aquela história veio junto a um efeito hipnótico que tomou Louis por completo. O lobo em si rosnou em possessividade e desejo, ansiando por tornar tudo aquilo que fora dito em realidade imediatamente.

— Meu. — Rosnou arranhando a barriga do outro que arfou delicadamente. Rapidamente, o juízo voltou a operar em Louis — Não! Sem esse papo de filhotes ou ser meu, okay? Esquece.

Harry fez um ruído de desgosto e sem mais caiu, o rosto afundando bem em cima da virilha do mais velho que saiu um pouco da pista.

— Que porra é essa, garoto?

— Me deixa ficar aqui, me acalma. — Pediu esfregando o nariz exatamente na glande abaixo do tecido. Ele poderia lidar com isso.

Harry manteve o rosto em sua virilha até finalmente chegarem ao hotel mais próximo, obviamente ele não conseguia sair sozinho, então, Louis precisou equilibrar as sacolas e um atleta com quase o dobro do seu tamanho preso em si como um coala gigante. Mas sem dúvida alguma a parte mais difícil foi esconder a a parte de trás dos jeans do garoto completamente ensopada, o cheiro doce inundou o carro de Liam e Louis mesmo ficou embebido com ele.

Por sorte haviam quartos sobrando e no instante que pisou no quarto mandou Harry para o outro cômodo se virar como pudesse com seus novos brinquedos. Ele foi desanimado, mas isso já não era problema seu. Passaram-se cerca de meia hora até que ele desse por falta de gemidos e toda a euforia que esperava de um ômega fodendo seu cio para fora.

Se preocupou que por Styles nunca ter feito isso antes tivesse se machucado ou talvez ainda lidasse com o receio da primeira experiência. Um tanto receoso ele resolveu ir até o quarto, não o encontrando em parte alguma rumou até o banheiro, o chuveiro estava ligado e Harry também estava lá. O box de vidro embaçado pela fumaça, seus dedos escreveram algo no vidro.

Tolamente Louis resolveu se aproximar, Harry se virou, o corpo nu e molhado se pressionou contra o vidro, as nádegas se espalhando sobre a superfície lisa, a água quente deslizando pelo vale entre elas só colaborando pela umidade em sua entrada já suficientemente encharcada, mas tristemente vazia. Ela se contraia em desespero, sem parar e causando agonia no garoto. Ele esperava que Louis pudesse se apiedar de sua triste condição.

O jogador leu a mensagem "foda-me" era o que dizia. Harry estava se expondo como numa vitrine e por mais controlado que ele fosse, aquilo era seu máximo, já havia perdido as contas de quantas vezes havia esporrado em seus jeans no carro, ele lutou bravamente, mas no fim cumpriria o seu papel de alfa, afinal, que mal havia em perder o controle de vez em quando?

Acariciou a bunda arrebitada sobre o vidro, dedilhando com cuidado sua repartição, seu pau se contraiu fortemente.

Ergueu os olhos para Harry e rosnou.

Era hora de matar a fome.

Louis entrou no banheiro quase arrebentando a porta, ainda vestido, Harry se jogou desesperado em seus braços, beijando sua boca de maneira esfomeada, sugando sua língua por entre os lábios partilhando de seus gemidos e ofegos, ao mesmo tempo que os dedos corriam pelos botões da calça de Tomlinson, louco para que aquele tecido deixasse de ser um empecilho entre eles.

— Tão apressado. — Louis cantarolou grave, segurando Harry pelos pulsos, o ômega fez beicinho — Você quer tanto assim o meu pau arrombando seu cuzinho virgem?

Harry praticamente miou um "sim".

— Na verdade, seu não, mas meu, não é mesmo? — Uma mão firme agarrou a cintura corpulenta e outra escorregou por entre suas nádegas achando facilmente seu ponto contraído, Styles fez questão de move-lo para que Louis o sentisse nos dedos. Ele empurrou dois dedos contra e Harry se apertou com mais força — Não acredito que depois de implorar tanto vai negar a minha entrada.

— D-Desculpe. — Murmurou envergonhado baixando a cabeça, a água caindo abundante por seus cachos desfeitos.

Louis quase o considerou angelical, mas ele conhecia a peça em seu estado natural.

Harry era selvagem.

— Sabe, no campo você pode bater de frente comigo, mas aqui... — Disse ríspido, erguendo o queixo de Harry ao mesmo tempo que o sentia relaxar contra seus dedos e lhe dar uma passagem suave para seu interior sufocante e absurdamente molhado, o lubrificante natural o tornara ainda mais escorregadio e quente. Investiu os dedos com força, o ômega tremeu violentamente contra seu corpo — sou eu quem mando.

— Sim, alfa, eu vou ser obediente. — Harry gemeu com um beicinho, jogando a cabeça para trás, os olhos fechados e seu pescoço leitoso totalmente entregue.

Louis correu a língua por ele, o garoto era delicioso. Um rosnado violento fugiu por entre seus lábios e Harry quase desfaleceu em seus braços em tamanha submissão.

O alfa o segurou pelo pescoço, trazendo seu rosto de encontro ao seu para que seus lábios tornassem a se unir em um beijo desejoso e afobado, onde havia mais língua e gemidos do que qualquer coisa, em meio ao frenesi Louis sentiu suas costas contra o azulejo, a água caindo sobre suas cabeças e o corpo de Harry ainda mais escorregadio, cachos faziam cócegas em seu rosto e ele não poupava força ao estocar seus dedos de encontro a próstata do cacheado que se apertava mais e mais ao seu redor. Eles se agarravam com força e seus membros eretos se esfregavam descaradamente. O capitão precisava desesperadamente de algum alívio.

Puxou seus dedos para fora de Harry e o colocou de joelhos para si.

Quando o capitão se desfez da calça juntamente com a boxer, a boca de Harry salivou diante do membro latejante diante de si.

Seus olhos transparentes brilharam para si com inocência por um momento, mas bastou segura-lo pelo cabelo para que ele entendesse, abrindo a boca e recebendo tudo de Louis em sua garganta. O que lhe faltava em experiência era compensado em energia e excitação, a última o cacheado tinha de sobra, sua língua macia girando sobre a glande de Tomlinson logo se tornou sua coisa preferida em todo o mundo, a forma como ele erguia os olhos para ele em busca de aprovação e como todos aqueles cachinhos caiam pelo seu rosto era fodidamente demais para a sua sanidade, mais um pouco e ele teria vindo na garganta de Styles com prazer, porém ele queria sua porra em outro lugar.

Em um movimento ágil Harry foi erguido novamente, desta vez de costas. Ao contemplar sua posição ele mal pode conter os choramingos necessitados.

— Louis, alfa, por favor, me dê o seu pau, por favor... — Implorou em meio a soluços. Louis sorriu colando seu peito nas costas dele, deixou mais um chupão em seu pescoço e segurou a base de seu pênis, arrastando a cabeça pelo cuzinho gotejante, ele o sentiu vibrar e se abrir ansiando por recebê-lo, deslizou mais uma vez e depois outra, testando a entrada macia clamando por ele — Alfa, por favor. — Tornou a pedir choroso, jogando a bunda farta em direção ao seu pau que desta vez foi certeiro ao seu enterrar dentro dele.

O grito de Styles foi altíssimo.

Todo o prédio deveria tê-lo escutado, contudo aquilo só massageou o orgulho do alfa que não tardou em começar a investir duramente contra seu ponto mais sensível, comendo impiedosamente sua pequena entrada que se alargava ao máximo ao experimentar pela primeira vez um pênis em si, na verdade todo o corpo de Harry parecia em completa euforia, seu pênis vazava entre suas pernas, todos seus músculos encontravam-se tencionados e seus mamilos tão deliciosamente intumescidos que fora impossível para Louis não toma-los entre os dedos, beliscando-os.

Harry jogou os braços para trás, com um segurou a nuca de Louis, afim de beija-lo e com o outro agarrou o quadril do outro para garantir que ele o fodesse o mais profundamente possível, o que não foi difícil devido ao habitual furor descontrolado do alfa. Ele fodeu Harry até que este tivesse o seu primeiro orgasmo em cio, tudo o que ele sabia fazer era agradecer, mas era Louis quem se sentia grato quando ele se apertou com tamanha intensidade que seu primeiro orgasmo também veio. Durante seu breve nó continuaram a se beijar e quando se desfez, Tomlinson o puxou em direção ao quarto.

Styles pulou na cama, bastante relaxado e satisfeito, mas não inteiramente saciado, em pé de frente pra cama Louis tirava sua camisa do time e foi involuntário para Harry a lubrificação escorrendo de sua entrada aberta e avermelhada.

O mais velho viu aquilo como um convite perfeito, sobre os lençóis brancos seu maior inimigo estava com as pernas abertas, molhado e necessitado. Ele engatinhou por entre as coxas de Harry, beijando-as e deslizando suas carícias mais e mais internamente até estar deitado de bruços com a língua rodeando a borda de seu cuzinho tão desesperadamente vazio, ansiando por ele. Styles agarrou a cabeceira da cama e sua coluna afastou-se da cama ao arfar completamente entregue.

Louis sorriu com aquilo, não tardando em começar a come-lo agora com a boca, provando de seu sabor deliciosamente doce sobre o palato. As unhas cavavam as coxas firmes, avermelhando toda aquela bonita pele suave que pela primeira vez lhe atraira a atenção.

Harry era uma coisa de outro mundo, jogando a cabeça para trás, espalhando seus cabelos molhados pelo travesseiro e praticamente chorando pela língua de Tomlinson socando em seu interior tão apertadinho.

— Alfa, por favor, eu preciso de você dentro de mim. — Suplicou em agonia, soltando da cabeceira para procurar cegamente por Louis, quando o alcançou, puxou com força seus cabelos, arrancando um rugido raivoso do outro.

— Que porra há com você? Ômegas deveriam ser fracos. — Resmungou, sentindo o couro cabeludo latejar em dor.

Harry se revirou, Louis assistiu curioso sua reação atordoada, apoiou-se na cabeceira, ficando de costas para o alfa e de frente para o grande espelho acima da cama. Suas bochechas vermelhas, a boca pornográfica aberta ao que ele tentava reaver o ar, os cachos um pouco secos caídos sobre seu rosto e o corpo inteiro ainda tenso e espasmando simplesmente pela presença de Louis.

— Eu n-não sou um ôm-mega... sou, um alfa. — Disse num chiado de voz, fraquinho e suave, em nada parecido com o seu tom firme de sempre.

O lobo devasso de Louis riu, assim que se pôs de joelhos atrás de Harry, uma nova leva de lubrificação deixou sua entrada, escorrendo pelo interior de suas coxas até tocar a colcha da cama. Tomlinson dedilhou a espinha do cacheado com as pontas dos dedos, ao mesmo tempo que deixava sua respiração quente massagear a nuca do outro.

Ele não só se arrepiou como ronronou.

— Não, bae, você não é um alfa. — Rosnou, mordiscando o lóbulo da orelha de Styles que se derreteu sob seu toque. A mesma mão que lhe acariciava as costas desceu até sua entrada novamente, apenas umidecendo seus dedos antes de mergulhar quatro de uma vez. A boca de Harry abriu, mas nenhum ruído soou dela e Louis aproveitou para tocar dois dedos sobre ela, sentindo a textura macia sobre os dígitos, escorregou os dedos até o lábio inferior avermelhado, Harry os envolveu com a língua. Louis seguiu hipnotizado o gesto.

Através do reflexo, Styles o encarou.

E Louis retribuiu.

Não havia mais verde ou azul.

Apenas preto.

Não havia mais Louis ou Harry.

Apenas alfa e ômega.

Não havia mais humanidade.

Apenas instinto.

Quando um novo e doloroso espasmo do cio o atingiu, Harry soluçou e apoiou a cabeça sobre os braços. O mais velho puxou os dedos para fora do cacheado, assistindo de perto as contrações desesperadas que rapidamente diminuíram ao sentir a glande inchada circundando seu buraco, ameaçando entrar, sem de fato fazer.

— Ômega. — Louis disse com sua voz de alfa.

— Sim, alfa. — Harry respondeu instintivamente, sem a necessidade de mais palavras, apenas movendo seu quadril para trás, os dentinhos pontudos da frente abriram pequenas feridas em seus lábios quando forçou sua entrada na cabeça larga do pau do alfa e se forçou mais ainda até sentir a satisfação de tê-lo por inteiro dentro de si, dilatando-se em seu interior quente e apertado.

Ele não conseguia deixar de tremer.

Suas mãos mal conseguiam manter-se agarradas na cabeceira, mas ele não deixou de fazer como seu alfa queria, começando a se foder voluntariamente com o pau dele, indo e vindo lentamente de início e conforme o incômodo dava lugar ao prazer, acelerando até estar revezando entre quicar e rebolar. Gemendo nada discreto.

E foi usando Louis como um dildo e tocando seu pau com furor que Harry teve um segundo orgasmo e sentiu um pouco da selvageria do cio deixando seu corpo, mas não teve mais do que poucos instantes para se recuperar antes que sentisse a ardência em suas costas quando Louis correu as unhas até sua nuca onde encheu a mão com seus cabelos e o puxou até ter toda a garganta exposta unicamente para que pudesse envolve-la com a outra mão, o deixando levemente sem ar.

A estocada que se veio a seguir o deixou tonto, a outra o fez tremer até o último fio de cabelo, e a próxima fora tão forte que o fez cair sentado sobre o colo do alfa que não viu problema algum em pegar Harry pelo quadril e mantê-lo parado enquanto metia impiedosamente nele. Sentindo um novo orgasmo, o ômega virou o rosto para Louis, seus dentes rasparam na mandíbula dele, sua gengiva formigava ansiando mais do que tudo para morde-lo, porém seu nariz captara uma sutil mudança no aroma de Louis.

Estava mais forte.

Quase tão forte quanto o seu próprio cheiro.

Tão forte quanto um cio.

Ele não era o único no cio ali, não mais.

O ômega gritou quando a mão do mais velho formou um anel apertado na base de seu pênis, impedindo que ele gozasse.

— Não... — Choramingou agoniado, arranhando o pulso de Louis na tentativa de afasta-lo.

Diferente de antes, ele não estava tão paciente para suas rebeldias e o jogou de costas para a cama, ainda prendendo seu orgasmo. Styles se contorceu e tentou tocar sua glande, mas Louis prendeu seus pulsos sobre sua cabeça e rosnou mais firme quando ele continuou a choramingar.

— Vai continuar desobedecendo seu alfa? — Rosnou, fitando o mais novo com seus olhos escuros, a franja molhada caindo sobre os mesmos — Você é um ômega tão mau.

Ouvir aquilo o fez parar de se remexer e tentar lutar contra seu alfa para conseguir suas vontades.

— Não se envergonha disso? — Louis continuou, apertando com mais força o pau de Styles que lutou para não resmungar, ao invés disso balançou a cabeça, assentindo. Ele piscou devagar deixando algumas lágrimas teimosas deslizarem por suas bochechinhas rubras — Oh, babe, não precisa chorar. Apenas seja bonzinho.

— Eu vou, alfa, eu prometo. — Dito isso fez biquinho, pedindo um beijo que lhe foi dado em conjunto com o pau de Louis voltando a se enterrar profundamente em seu cuzinho, surrando sua próstata incansavelmente.

A bondade de Harry não durou mais do que míseros dez segundos antes que ele voltasse a querer gozar antes de Louis. Ele lutou para se soltar e só se acalmava quando Louis usava a voz de alfa com ele, instantes depois lá estava ele se rebelando novamente, em um momento o alfa resolveu deixá-lo se soltar e quando o fez foi melhor ainda porque Harry inverteu as posições e cavalgou nele com tamanha animação e empenho que os gemidos dos dois definitivamente puderam ser ouvidos a quarteirões dali e claro, ambos alcançaram seus orgasmos.

Enquanto o de Harry manchou todo o peito de Tomlinson, o do outro transbordou pelo interior do ômega, o nó foi longo e os manteve atados por meia hora. O ômega caiu sobre seu peito e Louis, um tanto mais calmo acariciou seus cabelos e beijou seu ombro, fantasiando em como ele ficaria ainda mais lindo com uma mordida ali.

Pelas duas horas seguintes eles estiveram tranquilos, podendo dormir e desfrutar do serviço de quarto, até Harry jogar tudo para fora da mesa e transar com Louis sobre a mesma. Cenas como essa se repetiram incontáveis vezes, às vezes era Louis, outras vezes Harry, mas de uma maneira ou de outra conseguiram sobreviver aos seus respectivos cios.

No final daquela semana quando suas mentes não estavam mais tomadas pelo desejo incontrolável, eles não tiveram coragem de se encarar. Harry aproveitou quando Louis foi ligar para seus amigos, afim de avisar que não estava morto, e fugiu covardemente. Pelo resto do verão eles não se viram.

Até a volta às aulas quando tudo parecia bem.

Quer dizer, Louis estava jogando melhor do que nunca e ele e Harry não brigavam mais, não que eles tivessem resolvido suas diferenças. Era mais porque Styles não aparecia tanto nos treinos, as más línguas diziam que ele estava cogitando basquete e havia até quem dissesse que ele estava doente.

De vez em quando Louis torcia pela segunda opção, se Harry morresse levaria com ele aquele terrível segredo que eles compartilhavam.

Era só mais um dia comum quando Niall foi se alongar ao seu lado.

— Ih, olha só quem resolveu dar as caras. — O irlandês cantarolou, fazendo Louis olhar na direção da arquibancada onde Harry conversava com Liam e Zayn — Meio gordinho, não? Deve ter fugido de nós nas férias pra ficar na padaria da mãe dele, aposto.

Tomlinson deu de ombros, mas não teve como ignorar quando Styles deixou os outros dois para correr até a lixeira mais próxima e vomitar. Talvez ele estivesse mesmo doente.

— Caramba, de novo?! — Horan exclamou — Se esse cara não fosse um alfa eu diria que ele está grávido. — E com isso se juntou aos outros garotos que foram acudir Styles.

Louis riu sozinho.

Um alfa grávido.

Que absurdo... Espera.

Harry não é um alfa. Ele é um ômega.

Um ômega que transou com Louis por uma semana inteira e pode ser só um palpite, mas com certeza Harry não se lembrou dessa parte de ser um ômega. Ninguém pensou nessa possibilidade.

Então era isso, Harry estava esperando um bebê.

Um bebê de Louis.

Talvez fosse o calor, falta de um café da manhã adequado, cansaço ou simplesmente desespero, mas mesmo assim Louis Tomlinson desmaiou no meio do campo e o time teve de se dividir entre cuidar tanto de Louis quanto de Harry.

Ninguém estava entendendo o que estava acontecendo com aqueles alfas ultimamente, mas definitivamente entenderiam tudo dali a nove meses.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro